PF mira exibicionistas
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini
A direção da Polícia
Federal começou a fechar o cerco aos policiais, delegados e servidores de todas
as áreas da corporação em relação às condutas nas redes sociais. A Portaria
10.754, editada na última terça-feira pelo diretor-geral, delegado Maurício
Valeixo, institui o grupo de trabalho para “apresentar minuta de regulamentação
para uso dos símbolos, distintivos, insígnias, uniformes, viaturas
caracterizadas ou quaisquer objetos que contenham símbolos da Polícia Federal
por servidores em publicações de fotografias ou vídeos em perfis de redes
sociais – pessoais ou privadas (sic)”. A medida abrange também sites pessoais
ou de instituições. O grupo de trabalho conta com 14 profissionais, entre
policiais e delegados, e terá 60 dias para apresentar as normas.
Recado dado
O recado é claro
para os que estão usando a marca da PF para fins de promoção pessoal, política
ou mercadológica. E já há agentes monitorados na internet.
Tão perto
Um agente da PF, por
exemplo, do staff da escolta pessoal do ministro da Justiça, Sérgio Moro, é
citado internamente como um case a ser orientado ou até punido.
Risco
O agente se exibe
nas redes sociais e coloca toda a equipe em risco. Há casos também de policiais
que usam a posição para se vangloriar, vender cursos de segurança.
Palanqueiros
Mas a principal meta
é barrar os policiais e delegados que eventualmente estejam usando a PF como um
palanque pré-eleitoral para as campanhas de 2020 e 22.
Fala, TSE!
O início de 2020,
ano eleitoral, será quente no Tribunal Superior Eleitoral, que terá de
responder questionamentos do deputado federal Roberto de Lucena sobre brechas
jurídicas em regras. Uma delas: “Um partido que tenha iniciado o processo de
coleta das assinaturas antes de 2013 (dois anos antes da edição da lei) e se
proponha a dar entrada no registro de seu estatuto junto ao TSE, depois de
entrar em vigor a Lei nº 13.165, de 2015, irá satisfazer as exigências da
legislação?”
Mais essa
Outra: “As
assinaturas coletadas anteriormente a 2015 por eleitores já filiados a outros
partidos políticos serão válidas para satisfazer as exigências da nova
legislação?”. Mais: “As novas exigências da lei de 2015 em relação ao prazo de
dois anos começam a contar a partir do momento em que o partido adquire
personalidade jurídica na forma da lei civil?”. Com a palavra, os togados.
2020 juridiquês
Fato é que,
independentemente das respostas, as questões supracitadas podem abrir um longo
debate sobre regulamentações para criação de partidos e sobre os já existentes.
Não trava a disputa eleitoral, mas pode definir muitos rumos no segundo
semestre.
$erviços
Os maiores
empresários do setor de serviços no Brasil – que responde por boa parte do PIB
nacional – estão brabos com o ministério da Economia, que tem freado demandas
já muito avançadas entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.
Grita federal
A frente
suprapartidária representante do setor reclama, em especial, da reforma do
PIS/Cofins, que trava o mercado. Capitaneia o grupo o deputado federal Laércio
Oliveira, presidente da Frente Parlamentar do Setor de Serviços
Família Campos
Pitu é um camarão de
água doce. Mas, na gíria popular, significa dizer que uma pessoa confirma que
está de um lado mas vai para o outro. Isso é o comentário geral na roda
política de Pernambuco sobre a atitude da ministra do TCU Ana Arraes, ao
criticar seu neto, o deputado federal João Campos, e ficar do lado do seu filho
Antônio Campos.
Esplanadeira
# A TIM
passou a compor o grupo de organizações reconhecidas pela Controladoria-Geral
da União como Empresa Pró-Ética, iniciativa que existe com o objetivo de
promover um ambiente corporativo mais íntegro, ético e transparente.