sábado, 3 de agosto de 2019

GUERRA DE TARIFAS ENTRE OS EUA E A CHINA


China alerta para retaliação após Trump impor novas tarifas

da Redação 




© Aly Song/Reuters China diz que não cederá a chantagens dos Estados Unidos com a imposição de tarifas

Em mais um capítulo da guerra comercial, a China afirmou nesta sexta-feira, 2, que deve retaliar a imposição de novas tarifas dos Estados Unidos a produtos chineses. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Hua Chuying, classificou como chantagem a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifas de 10% sobre 300 bilhões de dólares em importações chinesas a partir do próximo mês.
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Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chuying, o país não irá ceder. “Se a América aprovar essas tarifas, então a China terá que adotar as contramedidas necessárias para proteger os interesses principais e fundamentais do país”, disse Hua em entrevista à imprensa.
“Não iremos aceitar qualquer pressão máxima, intimidação ou chantagem. Sobre as principais questões de princípio não cederemos nem um centímetro”, disse ela, acrescentando que a China espera que os EUA “desistam de suas ilusões” e voltem ao caminho correto nas negociações com base em respeito mútuo e igualdade.
Na quinta-feira Trump surpreendeu os mercados financeiros ao dizer que planeja aplicar as tarifas adicionais a partir de 1 de setembro, em um fim abrupto para uma trégua na guerra comercial que vem desacelerando o crescimento global. Neste semana, representantes dos dois países se reuniram em Xangai, sem grandes avanços, mas haviam concordado em fazer uma nova negociação em setembro nos Estados Unidos.
Trump também ameaçou aumentar ainda mais as tarifas se o presidente chinês, Xi Jinping, não agir mais rapidamente para fechar um acordo comercial. As novas taxas propostas vão ampliar as tarifas de Trump para quase todos os produtos chineses que os EUA importam.
A tensão entre as duas super potências deixou mercados apreensivos mundo afora. Na quinta-feira, o dólar fechou o dia vendido a 3,85 reais, alta de 0,7%. Já o Ibovespa, principal indicador da bolsa  brasileira, que estava em forte alta por causa do corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, desacelerou após a fala de Trump, e fechou o dia aos 102.125 pontos.
Guerra de tarifas
A tensão comercial entre China e Estados Unidos começou em meados de 2018. Trump foi eleito com uma bandeira forte contra os produtos “made in China”, acusando o país asiático de prejudicar a indústria nacional e gerar desemprego. O ápice ocorreu quando o presidente anunciou tarifas de 25% sobre 50 bilhões de dólares de alta tecnologia chineses e 10% sobre 200 bilhões de dólares de outras mercadorias, em março do ano passado.Houve retaliação chinesa e a partir de então os dois países iniciaram à uma queda de braço que, por envolverem as duas maiores potências econômicas do globo, passou a gerar consequências em todo o mundo. A situação esfriou no fim de 2018, com o início de negociações para uma trégua.
Quando a guerra comercial parecia perto de uma solução, Trump anunciou em maio deste ano a elevação de 10% para 25% das tarifas sobre produtos de alta tecnologia chineses. O motivo, segundo o presidente, foi o fato da China ter supostamente quebrado o acordo comercial que os dois países estavam negociando. A medida teve retaliação chinesa poucos dias depois, com aumento das tarifas a produtos dos Estados Unidos, estimados em 60 bilhões de dólares. Seguiu-se um período maior de tensão, até que, durante o G-20, foi anunciada uma trégua e o reinício das negociações para um acordo.
(Com Reuters)

A GUERRA FRIA VAI VOLTAR NOVAMENTE ENTRE EUA E RÚSSIA


EUA confirmam saída de tratado de desarmamento nuclear com a Rússia

Da Redação 




© Brendan Smialowski/AFP O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, em reunião na Finlândia: Washington acusou Moscou de violar tratado - 16/07/2018

O governo dos Estados Unidosconfirmou nesta sexta-feira, 2, a retirada do tratado sobre armas nucleares assinado com a Rússia durante a Guerra Fria. A decisão abre caminho para uma nova corrida armamentista.

Em 1º de fevereiro, Washington anunciou a retirada do acordo bilateral. O processo de saída tem duração de seis meses e foi concluído hoje.
O presidente russo, Vladimir Putin, ratificou em 3 de julho a suspensão da participação de Moscou no acordo. A saída dos dois países acaba com o tratado INF que, ao proibir o uso de mísseis com alcance de entre 500 e 5.500 quilômetros, permitiu a eliminação dos projéteis balísticos SS20 russos e Peshing americanos espalhados pela Europa.
Os europeus manifestaram preocupação com o risco de uma nova corrida armamentista no continente, mas a Otan apoiou a postura americana, alegando que o míssil russo 9M729 violava o tratado INF. Moscou rebateu as acusações e afirmou que sua nova arma tinha alcance máximo de 480 quilômetros.
“O tratado INF foi útil para nós, mas funciona somente se as duas partes o respeitarem”, declarou recentemente o novo secretário da Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper.
O Tratado de Armas Nucleares Intermediárias (INF, na sigla em inglês) foi firmado em 1987 com a antiga União Soviética. O acordo permitiu a destruição de milhares de armas americanas e soviéticas e manteve mísseis nucleares fora da Europa por três décadas.
O fim do tratado pode ser benéfico para os Estados Unidos, opinou no mês passado o então secretário da Defesa, Ash Carter.
“Do ponto de vista militar, e não político, não é tão ruim”, afirmou durante uma conferência no think tank Council on Foreign Relations, acrescentando que “poderíamos fazer um bom uso do que chamamos de ataque convencional rápido”.
De fato, o Pentágono comemora o fato de poder modernizar seu arsenal para contra-atacar o crescente poder da China, que tenta estabelecer sua supremacia militar na Ásia.
“A maior parte do arsenal chinês é integrado por mísseis de alcance intermediário, e devemos estar seguros de ter as mesmas capacidades se, infelizmente, entrarmos em conflito com eles algum dia”, destacou Esper.
Washington afirmou que não deslocaria novos mísseis nucleares na Europa, mas não fez nenhuma promessa sobre as armas convencionais.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, qualificou o fim do tratado como um passo perigoso que “provavelmente aumentará, e não reduzirá, a ameaça representada pelos mísseis balísticos”.
“Quando expirar amanhã, o mundo perderá um freio indispensável na guerra nuclear”.
(Com AFP)

DIRETOR DO INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS QUE CRITICOU BOLSONARO SERÁ DEMITIDO


Diretor do Inpe será exonerado após crítica a fala de Bolsonaro

Agência Brasil





O anúncio foi feito pelo próprio Galvão, em rápida declaração a jornalistas

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, decidiu exonerar o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, após uma reunião entre os dois na tarde de hoje (2), em Brasília. O anúncio foi feito pelo próprio Galvão, em rápida declaração a jornalistas.
"Diante do fato, da maneira como eu me expressei em relação ao presidente [Bolsonaro], criou um constrangimento que é insustentável. Então, eu serei exonerado, mas ficará no meu lugar uma pessoa que já me substitui, com grande possibilidade de nós continuarmos o desenvolvimento da linha de ação", afirmou Galvão. Ele disse que seu mandato é de quatro anos, mas que o Regimento Interno do órgão permite uma substituição por decisão do ministro. "O ministro pode, é perfeitamente legal, numa situação de perda de confiança, substituir", explicou.
A assessoria do ministro Marcos Pontes confirmou à reportagem da Agência Brasilque a exoneração está decidida. Em seu perfil no Instagram, o ministro publicou o vídeo do pronunciamento de Ricardo Galvão a jornalistas e agradeceu o trabalho do auxiliar à frente do instituto. "Agradeço pela dedicação e emprenho do Ricardo Galvão à frente do Inpe. Tenho certeza [de] que sua dedicação deixa um grande legado para a instituição e para o país", disse Pontes.
No último dia 19, em entrevista a correspondentes internacionais, o presidente Jair Bolsonaro disse que a divulgação de informações sobre desmatamento feita pelo Inpe prejudica o país em negociações comerciais realizadas pelo governo brasileiro com outros países. Na ocasião, o presidente disse que os dados de desmatamento atribuídos ao seu governo não eram verdadeiros. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Galvão criticou a fala do presidente afirmando que este fez "acusações indevidas a pessoas do mais alto nível da ciência brasileira". Galvão também reafirmou a validade científica dos dados do instituto, que monitora áreas florestais desde a década de 1970.
A polêmica começou no início do mês, quando o Inpe informou que o desmatamento na Amazônia Legal brasileira atingiu 920,4 quilômetros quadrados em junho, um aumento de 88% em comparação com o mesmo período do ano passado. Ontem (1º), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, exibiu imagens de satélite para demonstrar que pelo menos 31% do total do desmatamento apurado em junho ocorreram em anos anteriores, principalmente em 2017 e 2018, mas só foram computados depois.

De acordo com o ministro, para chegar a essa conclusão, foram analisadas imagens de 56% das áreas desflorestadas em junho indicadas pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).
O Deter é usado desde 2004 para detectar o desmatamento em tempo real em áreas maiores do que 3 hectares (30 mil metros quadrados). Utilizando imagens dos satélites WFI/CBERS 4 e AWiFS/IRS, que cobrem a Amazônia a cada cinco dias, o sistema emite alertas de desmatamento que servem de apoio às ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Só em junho deste ano, foram emitidos 3.250 alertas.
Segundo o Inpe, o sistema não deve ser entendido como taxa mensal de desmatamento. "A cobertura de nuvens, intensa na região amazônica, pode impedir que uma área de devastação seja identificada no mês que ela ocorre, e só apareça quando a visibilidade melhorar", diz o órgão. Além do lapso temporal, Ricardo Salles destacou que houve sobreposição de imagens de desmatamento.
No pronunciamento aos jornalistas, Ricardo Galvão também elogiou o ministro e ressaltou que o trabalho do Inpe será preservado. "A reunião foi execelente, foi muito construtiva, o ministro conversou comigo de uma forma muito cortês. O que eu fiquei muito feliz na conversa com o ministro é a preservação do Inpe. Claro, com o meu discurso com relação ao presidente, criou constrangimentos. No entanto, eu tinha uma preocupação muito grande [de] que isso fosse respingar no Inpe. Não vai acontecer. O ministro, inclusive, nós discutimos em detalhe como vai ser a continuação da aadministração do Inpe."

DEPUTADO DA OPOSIÇÃO FALOU ALGUMA COISA É INDICIADO PELA PF

Brasil e Mundo ...