quarta-feira, 31 de julho de 2019

STARTUP MINEIRA DESENVOLVE UMA PLATAFORMA PARA ECONOMIZAR O PAGAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA


Luz no fim do túnel: plataforma digital mineira reduz contas de energia residenciais em até 15%

Tatiana Moraes





Em meio à crise econômica e atolados em dívidas, mineiros encontram em uma plataforma desenvolvida por start-up mineira uma luz no fim do túnel. Ao assinar o programa da Metha Energia, o consumidor entra no mundo da geração distribuída, liderado por Minas Gerais no Brasil, e consegue reduzir em até 15% a conta da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que somou reajustes de aproximadamente 30% nos últimos dois anos. Tudo isso, sem fazer investimentos.
A empresa é uma das pioneiras no Estado nesse modelo de geração quando o assunto é o segmento residencial e já se prepara para entrar, também, no comercial.
A Metha opera de forma simples e inovadora. Ela arrenda fazendas solares e usinas biodigestoras no Estado (que produzem energia a partir de dejetos de animais) e repassa os créditos gerados por elas a consumidores comuns. Para isso, o interessado deve preencher um cadastro e integrar um consórcio liderado pela start-up.


 
Além da redução na conta de energia, André Andrade ressalta a facilidade de adesão ao sistema


De acordo com as regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os créditos criados pela unidades de geração distribuída podem ser utilizadas pelo mesmo CPF ou por integrantes dos consórcios em até cinco anos. Muitas vezes, no entanto, as fazendas e unidades biodigestoras acabam desperdiçando o excedente.
“É formada uma espécie de cooperativa e nós operamos esses créditos. Existem fazendas que geram muita energia e não conseguem utilizá-la. Dessa forma, todos ganham”, pondera o diretor de marketing da empresa, Fábio Teixeira. Ele destaca que os créditos não podem ser repassados de outra forma que não seja por meio dos consórcios.
Desconto
O desconto varia de acordo com a ligação do cliente e com o valor da taxa de iluminação pública. “A conta é formada por taxa de disponibilidade, iluminação pública e gasto com eletricidade. O desconto não recai sobre a taxa de disponibilidade e iluminação pública, apenas sobre o gasto”, explica o executivo.
Aqueles que têm ligação monofásica pagam 30 megawatts-hora (MWh) por mês de taxa de disponibilidade. Residências bifásicas pagam 50 MWh e trifásicas, 100MWh. A taxa de iluminação pública em Belo Horizonte é de aproximadamente R$ 18.
Robustez
Hoje, a Metha possui 6 mil clientes e espera dobrar de tamanho até o ano que vem. Empresas também têm interesse no negócio, que será oferecido a elas no curto prazo. “Mas nosso foco continuará nas residências”, garante Teixeira. Ao todo, a start-up opera sete fazendas solares e usinas biodigestoras espalhadas por Pará de Minas, Corinto e São José da Varginha, municípios localizados na região Central do Estado.



Fábio Teixeira: “A conta é formada por taxa de disponibilidade, iluminação pública e gasto com eletricidade. O desconto não recai sobre a taxa de disponibilidade e iluminação pública, apenas sobre o gasto”


Teixeira destaca que o abatimento na conta de luz pode demorar até 60 dias para ter início e o plano não tem fidelidade. Dessa forma, caso a pessoa não goste, ela pode cancelar a prestação do serviço a qualquer momento.

O arquiteto urbanista e empresário André Andrade aderiu à plataforma da Metha Energia há quatro meses e tem aprovado os resultados. Ele, que tinha uma conta de luz de aproximadamente R$ 350, tem economizado entre R$ 30 e R$ 40 mensalmente. Isso significa que, ao longo de um ano, a economia gerada chegará a cerca de R$ 420.
“Eu conheci a plataforma na internet e achei muito tranquila adesão. Só precisei me cadastrar e enviar uma foto da minha conta de luz. Recebo o desconto sem ter que fazer investimento algum”, diz o consumidor.
Todo o processo burocrático de migração do sistema convencional para a geração distribuída fica por conta da Metha. Após o cadastro aprovado, a residência começa a receber um boleto da start-up, que substitui a conta de luz da Cemig.
Concessionária
A Cemig também é beneficiada. Conforme afirma o diretor de Marketing da start-up, Fábio Teixeira, como há menos demanda da concessionária, a possibilidade de haver sobrecarga é reduzida. Além disso, a energética precisa fazer menos investimentos em manutenção.

Futuro
A geração distribuída é o futuro, conforme afirma o coordenador-geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Araújo.De acordo com ele, como o valor do investimento nas placas é estável e a tarifa de energia tem sofrido uma escalada forte, é de se esperar que o modelo seja adotado por muitos consumidores nos próximos anos, seja por meio de geração remota, como no caso da Metha, seja como geração própria.
Neste segundo caso, o consumidor instala no telhado de casa algumas placas fotovoltaicas que geram energia. De dia, quando há sol, a residência utiliza a eletricidade gerada por ela mesma. Quando não há uso, a energia é injetada na rede da Cemig. À noite, quando o sol se põe, o cliente consome energia da concessionária. No fim do mês, há um encontro de contas e o consumidor paga apenas a diferença. Como resultado, é possível reduzir a conta em até 70%.





MORO DEFENDE A SUA PORTARIA QUE REGULAMENTA A EXPULSÃO SUMÁRIA DE ESTRANGEIROS CRIMINOSOS


Não podemos ser 'generosos' com estrangeiros criminosos, diz Moro

Agência Brasil







O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, defendeu a portaria que estabelece deportação sumária de estrangeiros

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, defendeu nesta terça-feira (30), a Portaria 666, publicada em 26 de julho, em que regulamenta a deportação sumária de estrangeiros considerados perigosos, afirmando que os brasileiros não podem ser “generosos com criminosos”.
Moro destacou que o país é formado, em grande parte, por migrantes das mais diversas partes do mundo, mas que “podemos ser generosos com a imigração, generosos com estrangeiros, mas não devemos ser generosos com criminosos”.
A declaração foi feita durante solenidade no ministério para marcar o Dia Internacional de Combate ao Tráfico de Pessoas, lembrado nesta terça-feira (30).
“A portaria não muda o feitio generoso de nossa lei de imigração, mas visa vedar o ingresso no Brasil de estrangeiros suspeitos da prática de crimes extremamente graves, entre eles terrorismo e o crime de tráfico de pessoas”, disse Moro.
Pela manhã, ele também comentou a portaria, que, em seu entender, veio preencher lacunas ao regular uma legislação que “estava um tanto quanto falha”.
“Nenhum país do mundo, tendo o conhecimento de que, por exemplo, tá vindo pessoas suspeitas de envolvimentos em condutas criminais graves, como terrorismo, crime organizado armado, tráfico de drogas, de pessoas ou de armas, ou exploração sexual de crianças ou adolescentes, nenhum país permite”, disse o ministro.
Deportação sumária
A Portaria 666 estabelece que pessoas consideradas perigosas “ou que tenham praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal” poderão ser deportadas sumariamente ou ter seu visto de permanência no Brasil reduzido ou cancelado.
O texto da norma lista entre “pessoas perigosas” os estrangeiros suspeitos de envolvimento com terrorismo; grupo criminoso ou associação criminosa armada; tráfico de drogas, pessoas ou armas de fogo; divulgação de pornografia ou exploração sexual infanto-juvenil ou envolvimento com torcidas com histórico de violência em estádios.
Jornalista
Quando da publicação da portaria, levantou-se a preocupação de que tivesse como objetivo velado retaliar o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, que mora no país, e desde o mês passado tem publicado mensagens trocadas entre o ministro Sergio Moro e o coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, procurador Deltan Dallagnol.
No sábado (27), o presidente Jair Bolsonaro negou qualquer intenção nesse sentido. Ele afirmou que o jornalista “não se encaixa na portaria”.

25 ANOS DO PLANO REAL NO BRASIL


O que podemos aprender com os 25 anos do Plano Real

Tiago Mitraud







Há 25 anos, o Brasil dava passos importantes na direção da estabilização econômica e na redução da pobreza. O Plano Real, implementado em 1994, foi responsável por conter a inflação que ultrapassava os três dígitos e causava o completo desespero da população brasileira, que via seu salário ser corroído pelo constante aumento dos preços dos produtos mais básicos. A história de sua implementação traz importantes lições que podem ser usadas hoje na missão de retomarmos o crescimento da economia brasileira.
Em primeiro lugar, o Plano Real era um desafio à mentalidade política da época. A hiperinflação da década de 90 não era apenas consequência de fatores externos que desvalorizaram o Cruzeiro. Era também reflexo de péssimas políticas de controle inflacionário da Ditadura Militar, o desequilíbrio dos gastos do governo e a manutenção dessa irresponsabilidade na redemocratização.
É por isso que, além das fases mais conhecidas do Plano (o ajuste fiscal, a moeda de transição URV, a troca pelo Real), também foram necessárias medidas estruturantes para que o país pudesse manter a estabilidade da moeda. Políticas como as metas de inflação do Banco Central, a Lei de Responsabilidade Fiscal e as privatizações foram fundamentais no processo.
Em segundo lugar, o Real era um desafio de comunicação. Era necessário convencer uma população já extremamente cética, que havia visto outros sete planos fracassarem. Foi necessário um extremo esforço de diálogo da equipe técnica com o então presidente Itamar Franco, com os congressistas da época e principalmente com os brasileiros.
Apesar do atual contexto econômico muito mais favorável, sem grandes crises externas ou inflação, nós temos os nossos próprios desafios a vencer, como o gigantismo do Estado, o déficit das contas públicas, o desemprego e o baixo crescimento do PIB. Assim como a hiperinflação, nossos desafios de hoje também têm raízes nas péssimas decisões dos últimos governos.
A boa notícia é que, assim como foi feito na implementação do Plano Real, é possível superar esses impasses. Basta que nós abandonemos o populismo e a busca por poder, recorramos às políticas públicas técnicas, sejamos responsáveis com as contas públicas e tenhamos um diálogo transparente com a população sobre a necessidade das medidas a serem tomadas.
O Livres, movimento liberal do qual faço parte, tem realizado um importante papel de recuperação histórica do Real para a estabilização da economia brasileira. Nesta semana, lançaram um documentário que resgata os pontos mais relevantes da sua implementação. Assista um trecho em: bit.ly/TeaserReal25.
Em tempos confusos como os atuais, precisamos aprender mais com nossa própria história. Com os bons exemplos e, também, com aquilo que não queremos mais repetir. Meus parabéns ao Livres pela qualidade do trabalho desempenhado em busca deste objetivo

DEPUTADO DA OPOSIÇÃO FALOU ALGUMA COISA É INDICIADO PELA PF

Brasil e Mundo ...