Redes sociais
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini
Magistrados da
Justiça do Trabalho contestam a proposta de regulamentação do uso de redes
sociais que está em discussão no Conselho Nacional de Justiça. Em nota técnica
enviada ao colegiado responsável por fiscalizar o Poder Judiciário, a
presidente da associação que reúne os juízes (Anamatra), Noemia Porto, assinala
que a eventual edição do ato normativo representa um grave retrocesso ao
direito da livre expressão do magistrado. Elaborada por um grupo de trabalho
coordenado pelo ministro e conselheiro Aloysio Corrêa da Veiga, a proposta de resolução
recomenda aos juízes, entre outros pontos, “evitar manifestações que busquem
autopromoção ou que evidenciem superexposição, populismo judiciário ou anseio
de corresponder à opinião pública”.
Conduta
Na avaliação da
presidente da Anamatra, é desnecessária qualquer regulamentação que tenha por
objetivo disciplinar os limites de utilização das mídias sociais, “uma vez que
os dispositivos constitucionais, legais e regulamentares hoje existentes tratam
da conduta dos juízes e permitem o enquadramento de eventuais faltas por eles
cometidas”.
Forense
A discussão sobre o
ato normativo será retomada pelo Conselho Nacional de Justiça após o recesso
forense, em agosto.
Hackers
Os desdobramentos da
prisão dos acusados de hackear o celular do ministro Sérgio Moro reforçam a
suspeita, suscitada pela Coluna em junho, de que eles queriam lucrar com as
informações. Atualmente, não há no Código Penal tipificação de crime para
receptação de material obtido de forma ilícita.
Penas
A desarticulação da
quadrilha cibernética também deve acelerar as discussões no governo e no
Congresso sobre mudanças no Código Penal para endurecer penas contra crimes de
invasão de aplicativos de celular e divulgação. A lei está defasada.
Capitalização
Além da inclusão de
estados e municípios, senadores alinhados ao Palácio do Planalto discutem a
possibilidade de ressuscitar a capitalização da Previdência no texto da reforma
que será discutido e votado no segundo semestre.
Poupança
“Obsessão” do
ministro da Economia, Paulo Guedes, a capitalização – espécie de poupança que o
trabalhador faria para garantir a aposentadoria no futuro – foi retirada das
discussões sobre a reforma já aprovada em primeiro turno na Câmara dos
Deputados. Em paralelo ao movimento dos governistas no Senado, a equipe
econômica e ministros palacianos também cogitam o envio de um novo projeto ao
Congresso Nacional para incluir o regime na Previdência.
Honorários
Chegou à Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara o projeto (PL 3.787/19) da deputada e
ex-procuradora do DF Bia Kicis (PSL), que prevê a punição de advogados em casos
de recebimentos de honorários tendo conhecimento da origem ilícita dos
recursos.
Rol de clientes
Na justificativa da
proposta, a parlamentar diz haver um extenso rol de clientes, predominantemente
réus em ações penais, que não possuem recursos oriundos de fontes lícitas para
custear “vultosos honorários advocatícios”.
Varig
A Justiça do DF
suspendeu o pagamento de R$ 6 bilhões à massa falida da Varig. A companhia
moveu ação contra a União, com pedido de indenização pelo congelamento de
tarifas durante o Plano Cruzado, entre 1985 e 1992.
Mérito
A 17ª Vara Federal
do Distrito Federal suspendeu o pagamento à Varig até que o mérito da impugnação
à execução seja apreciado. A ação se arrasta na Justiça há mais de 20 anos.
Decretos
Em resposta a um
pedido de informações da bancada do PSol na Câmara, a Consultoria Jurídica do
Ministério da Justiça admite que “não produziu, recebeu, tramitou ou participou
da elaboração” dos decretos presidenciais sobre armas.
Intercâmbio
Uma delegação com
representantes de nove embaixadas vai visitar, nas próximas semanas,
propriedades rurais e agroindústrias na Bahia. A visita faz parte do programa
de intercâmbio da Confederação da Agricultura (CNA) que aproxima produtores
rurais brasileiros e representantes dos mercados internacionais parceiros do
Brasil.
Com Walmor Parente e
Equipe DF, SP e Nordeste