sexta-feira, 21 de junho de 2019

IRÃ DERRUBA DRONE DOS ESTADOS UNIDOS


Irã diz ter derrubado drone dos EUA







© picture-alliance/dpa Drone americano do tipo Global Hawk

Ministério do Exterior do país afirma que aeronave americana violou espaço aéreo e alerta para as consequências de "medidas provocadoras". Autoridades americanas dizem que equipamento não entrou em território iraniano.
Os Guardiões da Revolução do Irã anunciaram nesta quinta-feira (20/06) terem derrubado um avião não tripulado dos Estados Unidos que serviria para operações de espionagem perto do Estreito de Ormuz, onde vários incidentes foram registrados no mês passado.
Segundo comunicado emitido pelos Guardiões, o drone, do tipo RQ-4 Global Hawk, entrou no espaço aéreo iraniano na madrugada desta quinta, sobrevoando a região de Koohe Mobarak, na província de Hormozgan, no sul do país.
O porta-voz do Ministério do Exterior do Irã Abbas Mousavi condenou, segundo a televisão estatal iraniana, o que chamou de violação do espaço aéreo do país e alertou para as consequências de tais "medidas ilegais e provocadoras".
Não houve uma reação oficial imediata de Washington. Entretanto, autoridades americanas citadas anonimamente pela agência de notícias Reuters teriam afirmado que o drone citado por Teerã se encontrava em espaço aéreo internacional. Um porta-voz militar americano declarou que nenhuma espaçonave esteve em atividade dentro daquele país.
Os Guardiões, apontados pelos EUA como um grupo terrorista, denunciaram que o drone "violou o espaço aéreo territorial iraniano".
O Estreito de Ormuz é a única ligação entre o Golfo Pérsico e os oceanos, sendo um ponto geográfico estratégico pelo qual passa um quinto dos carregamentos de petróleo mundial. Ele está localizado a apenas 80 quilômetros dos Emirados Árabes Unidos e de Omã.
A derrubada do drone ocorre em meio ao aumento da tensão entre o Irã e os EUA no Oriente Médio, com troca de ameaças entre os dois países em torno daquela área e depois de Washington ter decidido enviar mais tropas à região e fortalecer sua instalação militar de navios e mísseis no Golfo Pérsico.
Semana passada, dois navios petroleiros sofreram danos graves no Golfo de Omã, próximo à costa iraniana, e os Estados Unidos culpam Irã pelos atentados, ocorridos quase um mês depois de ataques a outros quatro navios, incluindo três navios-tanque, na costa dos Emirados Árabes Unidos.
MD/rtr/efe
A Guarda Revolucionária do Irã anunciou a derrubada, nesta quinta-feira, de um “drone espião norte-americano” que tinha violado o espaço aéreo da República Islâmica, segundo nota dessa força citada pelos jornais iranianos. Porta-vozes militares dos Estados Unidos reconheceram a perda de um dos seus aparelhos, mas dizem que ele se encontrava “no espaço aéreo internacional sobre o estreito de Ormuz”. O incidente, ocorrido após as recentes sabotagens contra petroleiros nessas águas, joga mais lenha na fogueira da guerra de nervos entre Washington e Teerã. Até o momento, fez disparar o preço do petróleo.

“A derrubada do drone [norte] americano é uma clara mensagem à América [de que] nossas forças são a linha vermelha do Irã e que reagiremos energicamente contra qualquer agressão”, advertiu o chefe da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami, citado pela PressTV. “O Irã não busca uma guerra com nenhum país, mas estamos plenamente preparados para defender a pátria”, completou o militar. O presidente dos EUA, Donald Trump, respondeu ao incidente com uma breve mensagem no Twitter: “O Irã cometeu um erro muito grave.”
Trump evitou confirmar se haveria uma resposta armada dos Estados Unidos. "Você saberá", "vamos ver o que acontece", disse ele a repórteres durante as boas-vindas à Casa Branca do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, relata Amanda Mars. Ele sugeriu que as ações do Irã não foram meditadas ou decididas estrategicamente pelo regime. "Tenho a impressão de que foi um erro de algum general", disse ele, "de alguém estúpido", acrescentou, "alguém não deveria estar fazendo o que estava fazendo". Embora a concisão de sua mensagem no Twitter na manhã indicasse o contrário, depois de um tempo, diante das câmeras, ele mostrou mais prudência. Trump enfatizou que o drone não era tripulado e, portanto, nenhum soldado americano havia morrido: "O oposto tornaria as coisas muito diferentes, asseguro-lhe." Os líderes do Congresso de ambos os partidos foram convocados pela Administração para tratar do assunto.
O Corpo dos Guardiões da Revolução Islâmica, abreviado como Guarda Revolucionária ou Pasdarán (termo persa para “guardiões”) é um exército paralelo às Forças Armadas convencionais e mais bem equipado, criado após a revolução de 1979 por ordem do aiatolá Khomeini — temeroso em relação aos oficiais herdados da monarquia. Entre suas funções, inclui-se a vigilância das fronteiras. Há dois meses, os EUA o incluiu em sua lista de organizações terroristas.
A Guarda Revolucionária afirma que sua força aérea derrubou um drone espião modelo Global Hawk que “havia se infiltrado sobre a província costeira de Hormozgão, no sul do país”. Mas os porta-vozes norte-americanos declaram que o aparelho (um MQ-4C Triton da Marinha, segundo fonte citada pela Reuters) estava no espaço aéreo internacional sobre o estreito de Ormuz quando foi abatido por um míssil terra-ar. Fundamental para o transporte de petróleo e gás, o estreito conecta o golfo Pérsico com o golfo de Omã, onde nas últimas semanas vários petroleiros foram atacados.
Os EUA acusam o Irã pelos incidentes, que ocorrem em meio a uma crescente tensão entre ambos os países em raiz do esforço da Administração Trump de isolar Teerã. O Governo iraniano nega de forma contundente qualquer relação com esses ataques, sugerindo que poderiam ser uma operação orquestrada pelo próprio Governo norte-americano para justificar as hostilidades contra a República Islâmica. Washington intensificou sua pressão na quarta-feira com novas imagens das sabotagens.
Já o Irã reforçou seu desafio nuclear ao anunciar, na última segunda-feira, que no próximo dia 27 terá superado o limite de armazenamento de urânio permitido pelo acordo assinado em 2015 com as grandes potências. Com a retirada unilateral dos EUA, há um ano, o pacto frustrou as expectativas, já que os iranianos não viram os benefícios econômicos que teriam por aceitar a imposição de um limite ao seu programa atômico. Pelo contrário: as sanções norte-americanas agora são ainda mais rigorosas e tentam impedir não só a venda de petróleo, mas qualquer transação econômica.
Nesse clima de tensão, os rebeldes houthis do Iêmen aumentaram seus ataques contra a Arábia Saudita. O reino reconheceu, nesta quinta-feira, que a milícia lançou um projétil contra uma usina de dessalinização em Al Shuqaiq, na província meridional de Jizan. Na noite anterior, os houthis disseram ter atingido com um míssil de cruzeiro uma central elétrica nessa localidade. A agência saudita de notícias, SPA, não divulgou nenhuma informação sobre os danos, mas o incidente só pode agravar a crise com o Irã, já que Riad está convencida de que os rebeldes iemenitas, que combate desde 2015, são um instrumento de Teerã. No início do mês, um míssil atingiu o aeroporto saudita de Abha e deixou 26 feridos.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

REFORMA DA PREVIDÊNCIA CONTINUA A SER DEBATIDA


Comissão Especial inicia debate da reforma da Previdência

Agência Brasil







Começou com quase uma hora de atraso, às 9h52, a primeira reunião da Comissão Especial da Reforma da Previdência, na Câmara dos Deputados, para debater o parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-RJ), apresentado na última quinta-feira (13).
Com 155 deputados inscritos para a fase de discussão da matéria no colegiado, as candidaturas para manifestações terminaram no momento em que o primeiro inscrito, deputado Jorge Sola (PT-BA), iniciou sua fala. Sola é um dos 91 parlamentares que se inscreveram para discursar contra a matéria. Para defender o texto, estão inscritos 64, fora os líderes. Enquanto houver parlamentares com posições contrárias, o debate será alternado. Cada um terá o tempo de fala proporcional à bancada.
Regras
Pelo acordo fechado entre o presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), e os líderes de partidos da oposição, para que não haja obstrução na fase de discussão, todos os deputados, membros ou não do colegiado, poderão se manifestar. Eles terão discurso garantido, desde que estejam presentes no momento em que forem chamados.
Ainda durante a fase de discussão, os membros da comissão têm até 15 minutos para discursar sobre o tema. Os parlamentares que não são membros dispõem de 10 minutos. Com tantos inscritos, a expectativa é que o debate dure pelo menos três dias. O presidente da comissão espera que os parlamentares governistas tenham “bom senso” e não utilizem o tempo total a que têm direito.
“A discussão é um momento importante em que o relator vai ouvindo ponderações. Pode haver alguma imprecisão do relatório, mas eu não quero opinar sobre o conteúdo, que é de decisão exclusiva do deputado Samuel Moreira”, disse o presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL-AM).
Ainda na avaliação de Ramos, o desafio no momento tem que ser a busca de consenso em torno da proposta. Nesse sentido, ele destacou esperar que parlamentares governistas não façam obstrução, apresentando destaques de votação em separado de pontos da proposta. “É hora de começar a construir a maioria necessária de 308 votos para a aprovar a matéria no plenário”, disse.
Inicialmente, o relator trabalhava com a votação do relatório no colegiado até terça-feira (25). Diante do acordo, ele diz que há condições para cumprir o calendário, mas admite que pode demorar mais. Moreira disse ainda que há possibilidade de apresentar um voto complementar, com alterações no relatório, conforme o avanço das discussões. “Nenhum relatório é decreto, está sujeito à alterações”, garantiu aos parlamentares, deixando os colegas à vontade para fazer novas críticas e sugestões.
Depois de votada na Comissão Especial, a matéria segue para discussão e votação, em dois turnos, no plenário da Casa. Lá, pelo menos, 308 votos em cada turno são necessários para levar o texto à discussão no Senado.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 15/06/2019


Cada das Cobra – 2

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini






A empresária Nora Rabelo, uma das herdeiras do Banco Rural, recuperou na Justiça a linda (e cara) Casa das Cobras, em Arraial D’Ajuda, distrito de Porto Seguro (BA). A mansão, numa falésia de frente para a praia da Pitinga, que vale uns R$ 30 milhões, foi arrematada num leilão muito confuso e questionável, por apenas R$ 600 mil, pelo filho do deputado federal Ronaldo Carletto (PP-BA), morador da região. A Coluna revelou o imbróglio em julho do ano passado. Num processo meteórico, a casa foi a leilão após a defesa da empresária recusar acerto trabalhista com um ex-funcionário. Um representante de Nora já ocupa o lugar. Mas cabe recurso.
Vem pro Carro
Rebuliço na firma. Um presidente de banco federal foi flagrado aos amassos com funcionária, dentro de um carro, no estacionamento da sede em Brasília.

Força, PF!
Andou a PEC 412/09, a da autonomia orçamentária e administrativa da Polícia Federal. O relator escolhido é o deputado Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da CCJ.
É a crise
Continua a derrocada do setor de imprensa. Uma revista, uma TV e dois jornais fecharam sucursais em Brasília nas últimas semanas.
Futuro do BB
Os funcionários do Banco do Brasil lançaram um movimento contra a eventual privatização da instituição e contra a venda da BBDTVM, nos planos do ministro da Economia, Paulo Guedes. A DTVM lucra bilhões por ano administrando fundos de investimentos e patrimônios de terceiros. Os integrantes da Associação Nacional dos Funcionários do BB – são quase 90 mil no país – criaram campanha nas redes sociais.
Balanço geral
Dirigentes de 10 centrais sindicais reuniram-se na noite de segunda-feira no auditório da Dieese, em São Paulo, para fazer um balanço da greve geral do último dia 14. A avaliação foi de que a mobilização foi “positiva”.
Carta conjunta
Dia 24 de junho os sindicalistas voltarão a se reunir para lançar, em conjunto, um abaixo-assinado contra a proposta do governo. O documento será entregue no dia 26, na Câmara Federal e no Senado.
Construção
O MDB junta os cacos após a derrota de Renan Calheiros para a presidência no Senado. Mas é a ala contrária a ele que se articula, para levar aos holofotes nacionais, desde já, a senadora Simone Tebet, cujo falecido pai, Ramez, não lidava com Renan.
Funcionária
A ex-companheira da vereadora assassinada Marielle Franco, Mônica Tereza Benício, está empregada no escritório de representação do deputado Marcelo Freixo (PSol-RJ) no Rio, com salário de R$ 8.722,66.
Encontrão dos Brics
O Ministério das Relações Exteriores prevê 100 reuniões, entre encontros de chefes de Estado, de ministros e de altos funcionários, na 11ª Cúpula dos Brics, entre 13 e 14 de novembro, em Brasília. O presidente da China, Xi Jinping, é esperado.
Bola fora
Michel Platini entrou para o time de Lula da Silva: aquele dos que mancham com ganância a bonita biografia.
Nos trilhos
O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, garante que a pasta apenas indicou estudo para o Ministério da Infraestrutura fazer a licitação do monotrilho Cumbica-Morumbi, e que ele não tem participação no processo.
Esplanada
# A Amcham Goiânia realiza o CEO Fórum 2019, dia 26, para empresários, sobre Legado e Inovação. Inscrições no amcham.com.br/goiania. # A cantora Hanna lançará sábado, no Iate Clube do Rio, seu novo CD “O Amor é Bossa Nova II”, em jantar em homenagem a Bayard Boiteux.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste


LULA PAZ E AMOR FAZ CAÇA ÀS BRUXAS CONTRA A OPOSIÇÃO

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