quinta-feira, 6 de junho de 2019

BRIGA COMERCIAL ENTRE TRUMP E A CHINA


Trump ameaça China com tarifas sobre outros U$300 bilhões em produtos
Por Steve Holland e Stella Qiu 




© Reuters/CARLOS BARRIA Presidente dos EUA, Donald Trump
Por Steve Holland e Stella Qiu

SHANNON, Irlanda/PEQUIM (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifas sobre "ao menos" outros 300 bilhões de dólares em produtos chineses, mas disse acreditar que tanto a China quanto o México querem fazer acordos nas disputas comerciais com os EUA.
As tensões entre as duas maiores economias do mundo aumentaram acentuadamente desde que as conversas que visavam acabar com uma guerra comercial acirrada fracassaram no início de maio.
Embora Trump tenha dito nesta quinta-feira que as conversas com a China prosseguem, não houve encontros bilaterais desde 10 de maio, dia em que ele aumentou em 25% as tarifas sobre 200 bilhões de dólares de produtos chineses, levando Pequim a retaliar.
"Nossas conversas com a China, muitas coisas interessantes estão acontecendo. Veremos o que acontece... eu poderia aumentar ao menos outros 300 bilhões, e o farei na hora certa", disse Trump a repórteres, sem especificar quais bens poderiam se afetados.
"Mas acho que a China quer fazer um acordo e acho que o México quer muito fazer um acordo", disse Trump antes de subir a bordo do Força Aérea 1 no aeroporto irlandês de Shannon para acompanhar as comemorações do Dia D na França.
Em Pequim, o Ministério do Comércio chinês adotou um tom desafiador.
"Se os Estados Unidos decidirem escalar as tensões propositalmente, lutaremos até o fim", disse o porta-voz do ministério, Gao Feng, em um boletim à imprensa de rotina.
"A China não quer travar uma guerra comercial, mas tampouco tem medo de uma. Se os Estados Unidos decidirem escalar as tensões propositalmente, adotaremos as contramedidas necessárias e salvaguardaremos resolutamente os interesses da China e de seu povo".
O Ministério do Comércio também emitiu um relatório sobre como os EUA se beneficiaram de anos de cooperação econômica e comercial com a China, dizendo que as alegações norte-americanas de que Pequim se aproveitou do comércio bilateral são infundadas.
"Desde que o novo governo dos EUA tomou posse, vem desconsiderando a natureza mutuamente benéfica e vantajosa da cooperação econômica e comercial China-EUA e advogando a teoria de que os Estados Unidos foram 'derrotados' pela China no comércio", disse a pasta em um relatório de pesquisa.
Depois de dizer que não houve progresso "suficiente" nas maneiras de conter a imigração quando os dois lados se encontraram na quarta-feira, Trump disse aos repórteres nesta quinta-feira que o México avançou nas conversas, mas que precisa fazer mais.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

PAULO GUEDES: O BRASIL É UMA BALEIA FERIDA QUE NÃO CONSEGUE SE MOVER


Brasil é uma baleia ferida que não consegue se mover, diz Guedes

Agência Brasil 







Para Guedes, a reforma da Previdência é a primeira etapa para resolver o desequilíbrio fiscal

Com crescimento de apenas 0,6% ao ano nos últimos oito anos, o Brasil é uma baleia que recebeu vários golpes e não consegue mais se mover, disse há pouco o ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados. Guedes foi convocado para responder a perguntas sobre o que fazer com os recursos da economia da reforma da Previdência.
Para o ministro, a reforma da Previdência é a primeira etapa para resolver o desequilíbrio fiscal e “consertar” a economia. Ele ressaltou que a aprovação das reformas equivaleria a retirar os arpões da baleia e que essa agenda é suprapartidária. “O Brasil é uma baleia ferida arpoada várias vezes, que foi sangrando e parou de se mover. Precisamos retirar os arpões, consertar o que está equivocado. Não tem direita, nem esquerda. Precisamos consertar economia brasileira”, declarou o ministro.
Guedes explicou que a reforma da Previdência tem três dimensões. A primeira consiste em resolver o desequilíbrio fiscal do país por meio da economia de R$ 1,2 trilhão em 10 anos e retomar o crescimento. A segunda é a retomada dos investimentos privados, inclusive em áreas sociais como saúde, educação e saneamento, e a terceira, a remoção das desigualdades, por meio da retirada de privilégios, e a libertação das gerações futuras por meio do regime de capitalização (em que cada trabalhador terá uma poupança individual).
Agenda positiva
O ministro ressaltou que, depois da reforma da Previdência, o governo pretende seguir simultaneamente com a reforma tributária na Câmara dos Deputados, aproveitando uma proposta que tramita na Casa, e com a reforma do pacto federativo, cuja tramitação se iniciaria no Senado. Guedes, no entanto, disse que a estratégia ainda precisa ser definida pelo governo. “Quem dará o tempo é a política. É como eu vislumbro. Quem decide são os políticos.”
De acordo com o ministro, o governo decidiu dar prioridade à reforma da Previdência para corrigir desequilíbrios da economia, antes de entrar no que chamou de “agenda positiva”. Guedes destacou que a proposta de reforma tributária vislumbra a criação de um imposto sobre valor agregado (IVA) federal que incidiria, com adesão facultativa dos estados e dos municípios, e a revisão de isenções, desonerações para determinados setores da economia e deduções no Imposto de Renda para famílias mais ricas.
Sobre o pacto federativo, Guedes repetiu que o governo pretende reduzir a fatia da União nas receitas de tributos, aumentando a repartição com os estados e os municípios. Ele disse que pretende repartir o dinheiro do fundo social do pré-sal, que deve render de US$ 800 bilhões a US$ 1 trilhão (R$ 3,2 trilhões a R$ 4 trilhões) nos próximos 20 a 30 anos, e ser distribuído entre estados e municípios (i0%) e governo federal (30%).
Estímulos
O ministro explicou que o governo pretende fazer ações de estímulo de curto prazo, como o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF) para os estados, enviado hoje (4) ao Congresso Nacional, e saques dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Serviço Público (Pasep). Ele, no entanto, disse que esses estímulos terão efeito curto, caso o Congresso não aprove a reforma da Previdência.
“Enquanto não aprovamos reforma fiscal potente como essa de R$ 1 trilhão da Previdência, até pequenos estímulos fiscais são perversos. Não podemos fazer esses movimentos sem os fundamentos [da economia] corrigidos”, declarou. Ele disse que o PEF não fará distinção entre governadores da situação e da oposição. “O governador que quiser pode passar no [secretário do Tesouro Nacional] Mansueto [Almeida] porque dinheiro está lá.”

COLUNA ESPLANADA DO DIA 05/06/2019


Direção perigosa

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini


O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, insiste na centralização de serviços da área de mobilidade e agora comprará uma briga com os governadores, que poderão perder mais receitas. Ao retomar para si os processos de emissão da Carteira Nacional de Habilitac?a?o, dos Certificados de Registro e do Licenciamento Anual - conforme projeto entregue ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro -, a União vai retirar dos estados mais de R$ 1 bilhão de arrecadação desses serviços prestados no Detran.
Detran dança
Embora a competência originária seja da União, até hoje tal atividade vem sendo delegada aos estados, através do Detran, que recebem por ela.

Denatran entra
Em novo parágrafo (5º) do Artigo 19 da lei, o texto prevê que a “inovação digital” passa a ser competência da União diretamente exercida por órgão do trânsito.

Direção de risco
Hoje, quem comanda o Denatran, órgão da União, é Jerry Adriane Dias, ligado a empresário que já doou para campanhas de alguns deputados do setor da mobilidade.

Cai-cai
A fiscalização da tabela de frete na ANTT está de mal a pior: a todo o momento cai o sistema on-line que calcula o frete e a distância, e isso impede fiscais de lavrarem as multas. A agência reconhece instabilidades, mas nega que seja rotina.

Armas 1
Os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) apresentaram votos em separado contra parecer do relator Marcos do Val (Cidadania-ES) que mantém novas regras para porte e posse de armas. O decreto editado pelo presidente Bolsonaro, que flexibilizou o Estatuto do Desarmamento, entrou em vigor no dia 8 de maio e é questionado pela oposição na CCJ.

Armas 2
Marcos do Val sustenta em seu parecer que, diferentemente do que alegam os projetos contrários ao decreto, a maioria do povo brasileiro é a favor da liberdade para se adquirir armas, “mesmo que muitos cidadãos não queiram, necessariamente, possuí-las em casa”. A CCJ deve votar nesta semana o parecer de Marcos do Val.

Alinhamento
O presidente Bolsonaro recebeu ontem as credenciais do novo embaixador do Paraguai em Brasília, Bernardino Hugo Saguier Caballero Tuñon, um admirador seu.

Comportas...
Cézar Eduardo Ziliotto, diretor jurídico da Usina Itaipu Binacional e indicado por amizade pelo ministro Gilmar Mendes, do STF - que recebe patrocínios da estatal para o seu instituto IDP -, luta para se manter no cargo estratégico. Mas o governo está de olho nele. Ele entrou ainda na era do PT de Lula.

...abertas
Ziliotto trabalha para não perder a vaga para o ex-deputado federal Osmar Serraglio (MDB), que orbita por Foz do Iguaçu, sede da empresa. Mas o que se escuta ao som das águas entre comportas é que Gilmar Mendes emplacará outro apadrinhado.

Marca do pênalti
A bola quica em campo para a gigante AON fechar com a Fifa como seguradora oficial da Copa América no Brasil, que começa semana que vem.

TCU na pista
A Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal decidiu investigar, numa subcomissão, os seguidos adiamentos de obras de duplicação de estradas e melhorias prometidas em contrato pelas concessionárias. São numerosos casos já levantados pelo TCU, aponta o presidente do colegiado, deputado Eli Corrêa Filho (DEM-SP).
Esplanadeira
# O Abstrai Ensemble faz hoje concerto em homenagem a Cláudio Santoro no Centro da Música Carioca, na Tijuca, no Rio de Janeiro
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...