segunda-feira, 27 de maio de 2019

O BRASIL INTEIRO MANIFESTOU NESSE DOMINGO EM APOIO ÀS POLÍTICAS DO PRESIDENTE BOLSONARO


Atos em apoio ao governo ocorrem em diversas cidades do país

Agência Brasil






Em Brasília, apoiadores se concentraram no gramado da Esplanada dos Ministérios, na altura do Palácio Itamaraty

Atos em apoio ao governo de Jair Bolsonaro ocorreram neste domingo (26) em várias cidades do país. Os apoiadores defendem a reforma da Previdência, o pacote anticrime, o porte e posse de armas, além de ministros do governo como o da Justiça, Sergio Moro, e o da Economia, Paulo Guedes.
Brasília
Em uma manhã de sol, os apoiadores se concentraram no gramado da Esplanada dos Ministérios, na altura do Palácio Itamaraty. Cinco carros de som ocupavam a pista com mensagens em apoio à agenda do governo federal como a Medida Provisória 870, da reforma administrativa, a reforma da Previdência Social (Emenda Constitucional nº 6/2019) e os projetos de lei que compõem o pacote anticrime. Os manifestantes também declaravam apoio à Operação Lava Jato e pediam a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Cortes Superiores, conhecida como Lava Toga.
A manifestação – convocada por movimentos como Ordem e Progresso; Limpa Brasil; e Organização Nacional dos Movimentos – foi marcada pela diversidade de participantes que criticavam o Supremo Tribunal Federal (STF), protestavam contra o Congresso Nacional e lideranças parlamentares. Alguns manifestantes defendiam a volta do regime monarquista.
Havia faixas também com dizeres favoráveis ao ministro Paulo Guedes e um boneco inflável de 20 metros que misturava a imagem do ministro Sergio Moro com o personagem de quadrinhos e cinema Super-Homem. De acordo com a Polícia Militar, o ato reuniu entre 15 e 20 mil pessoas.
São Paulo
Diversos movimentos estacionaram carros de som ao longo da Avenida Paulista, na região central da capital, para o ato de apoio ao governo de Jair Bolsonaro. Próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), foi inflado um boneco gigante do presidente.
A polícia não fez estimativa de público. Um dos carros de som, do movimento Brasil Conservador, trazia um grande cartaz com uma fotografia de Jair Bolsonaro. Um caminhão verde-oliva foi estacionado em uma das calçadas da via por um grupo que pede intervenção militar.
A maioria dos manifestantes que caminhava pela avenida, que aos domingos fica fechada para os carros, usava roupas verde-amarelas ou estava enrolado na Bandeira Nacional. Vários participantes levavam faixas e cartazes com as pautas do protesto, como o apoio à reforma da Previdência e ao pacote anticrime, apresentado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. Um grupo de motoqueiros passou em carreata pela Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, que corta a Paulista.
Rio de Janeiro
Os manifestantes fizeram a concentração no Posto 5 da orla de Copacabana e se espalharam até o Posto 4. Durante a manifestação, que começou às 10h, as únicas faixas liberadas para o trânsito também foram ocupadas. Aos domingos, as faixas junto à praia são interditadas para área de lazer e as do canto, perto dos prédios, ficam liberadas aos motoristas.
Os participantes do ato começaram a chegar ao local por volta das 9h. Muitos deles vestiam roupas com as cores verde e amarela e carregavam faixas. Muitos levavam bandeiras do Brasil, que também estavam expostas nas fachadas de prédios. Ao longo das pistas, ambulantes vendiam produtos como cornetas, apitos e bandeiras, cujos valores variavam de R$ 5 a R$ 30.
A Polícia Militar não calculou o número de manifestantes. Mas agentes presentes ao local informaram que não foi necessário reforçar o esquema de policiamento de rotina realizado pelo 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM) para os fins de semana na orla de Copacabana. Houve apenas o apoio do 2º BPM (Botafogo) e 23º BPM (Leblon) em áreas desses dois bairros próximos. A Guarda Municipal também estava presente para orientar o trânsito e participar do patrulhamento.
Aracaju
O ato na capital sergipana foi organizado pelo núcleo estadual do PSL e pelo movimento Sergipe com Jair Bolsonaro. Os manifestantes se reuniram, a partir das 15h, no Mirante da Treze de Julho, na Avenida Beira Mar.
Um vídeo veiculado no perfil do movimento mostra trechos da manifestação, em que pessoas seguram cartazes com os dizeres "Capitão, nenhum soldado desistiu da batalha. Estamos com você até o fim", "Centrão, nós vamos dissolver vocês, um a um" e "A única coisa que coloca medo em político é o povo na rua". Outras comparecem agitando bandeiras do Brasil e de Israel.
De acordo com José Egnaldo Chagas De Souza Junior, representante do movimento, 5 mil pessoas estão presentes no ato. A reportagem também procurou a Polícia Militar a fim de obter o número de participantes, mas a corporação disse que não informa estimativas de público.
Curitiba
Em Curitiba, a manifestação teve como ponto de partida a Praça Santos Andrade, onde está localizado um dos campi da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Por volta das 16h30, o grupo seguiu em direção à Praça Zacarias, a dois quilômetros de distância. Segundo o advogado Thiago Chamulera, um dos organizadores que afirma prezar pela "imparcialidade", do que decorre sua escolha pelo afastamento de "grupos políticos", o corpo de manifestantes foi aumentando, à medida que avançavam ao segundo local. Ele estima que, quando deixou o ato, por volta das 17h40, 20 mil pessoas se encontravam ali.
Na galeria de fotos e vídeos da página do evento no Facebook, é possível ver manifestantes vestindo camisetas com mensagens como "Curitiba sem mimimi" e o número 17 estampado nas costas, em referência ao número utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro nas eleições. Um participante portava um cartaz que dizia: "Um novo Brasil começa a surgir... Os verdadeiros brasileiros agradecem!"
De acordo com os organizadores, o ato reuniu 15 mil pessoas. A Polícia Militar do estado, no entanto, informou que não faz estimativa de manifestantes em protestos.
Governo
Mais cedo, no Rio de Janeiro, ao participar de um culto na Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou disse que a população está indo às ruas neste domingo para defender o futuro do país: “Hoje, por coincidência, é um dia em que o povo está indo às ruas não para defender o presidente, um político ou quem quer que seja. Ele está indo para defender o futuro desta nação".
Na rede social Twitter, o presidente postou cenas de atos que ocorrem em outras cidades do país.
Em nova publicação no Twitter, o presidente voltou a falar sobre os atos pró-governo. Ele destacou que a maior parte dos manifestantes "foi às ruas com pautas legítimas e democráticas, mas há quem ainda insista em distorcer os fatos", referindo-se a pessoas que pediram o fechamento do Congresso e do STF.


sábado, 25 de maio de 2019

O GOVERNO TEM OUTROS PLANOS PARA ARRECADAR DINHEIRO


Bolsonaro: projeto pode economizar mais que reforma da Previdência


Agência Brasil








Bolsonaro afirmou que o governo estuda um projeto que poderá gerar melhor resultado fiscal do que a economia estimada com a reforma da Previdência, que é de cerca de R$ 1,16 trilhão em 10 anos

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (22), durante café da manhã com a bancada de deputados federais do Nordeste, no Palácio do Planalto, que o governo estuda um projeto que poderá gerar melhor resultado fiscal do que a economia estimada com a reforma da Previdência, que é de cerca de R$ 1,16 trilhão em 10 anos.
"Não quero adiantar aqui, brevemente estará sendo apresentado aos senhores antes, em especial aos presidente da Câmara e líderes, um projeto que, com todo respeito ao Paulo Guedes, a previsão de nós termos dinheiro em caixa é maior do que a reforma da Previdência em 10 anos. E ninguém vai reclamar desse projeto, com toda certeza será aprovado com unanimidade nas duas Casas", disse Bolsonaro.
Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) informou não ter detalhes sobre a proposta, que "será divulgada oportunamente". À tarde, após reunir-se com Bolsonaro no Palácio do Planalto, o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, conversou com jornalistas sobre a proposta mencionada pelo presidente e disse que ainda vai analisar detalhadamente o texto para verificar, inclusive, sua viabilidade. Segundo Cintra, trata-se de um medida de reavaliação patrimonial de bens declarados por pessoas físicas e jurídicas. Ele não soube explicar como o governo aumentaria receitas, mas negou que haverá aumento de imposto.
"A temática é essa, reavaliação de patrimônio, que normalmente são declarados pelos valores históricos e que poderiam, eventualmente, ser declarados para valores de mercado e, logicamente, isso vai implicar uma agilização de mercado, facilitação de negócio e alguma arrecadação extra por aqueles que optem ou que vierem a optar por um regime diferenciado. Mas não tenho os detalhes, não recebi o projeto ainda, é apenas uma solicitação do presidente para que a Receita se debruce sobre esse projeto", afirmou.
Questionado sobre o valor da arrecadação que o projeto poder gerar aos cofres públicos, Cintra disse que essas projeções serão analisadas. "O presidente tem indicações, mas nós vamos confirmar isso no momento oportuno", acrescentou.
Após a aprovação da reforma da Previdência, o governo vai acelerar as privatizações para travar despesas com juros da dívida, anunciou o ministro da Economia, Paulo Guedes nesta quarta-feira (22), em palestra de abertura do seminário Previdência: por que a reforma é crucial para o futuro do país?, organizado pelos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas.
Segundo o ministro, com a reforma os investimentos vão voltar a crescer, devido à previsibilidade para a economia de duas décadas. Assim, para o ministro, o país poderá crescer entre 2,5% e 3,5% por ano. “Com essa reforma, abrimos os portões para uma fase nova”, disse.
Guedes disse que as duas grandes despesas do país atualmente são com a Previdência, em cerca de R$ 750 bilhões, este ano, e os gastos com juros, em cerca de R$ 350 bilhões. Para conter essas despesas com juros, o ministro disse que fará privatizações.
Segundo o ministro, a meta é gerar US$ 20 bilhões em receitas com as privatizações, sendo que o governo já gerou mais de US$ 11 bilhões. A maior parte são de concessões. “Por enquanto não tem peixe grande. Daqui a pouco vão entrar os grandes também. Com as privatizações, vamos travar essa despesa que é uma vergonha para o Brasil”, afirmou Guedes.
Cirurgia
O ministro comparou a reforma da Previdência a uma cirurgia, que ninguém gosta de fazer, mas é necessária.
Paulo Guedes argumentou que a reforma é necessária devido ao envelhecimento da população, com menos jovens no mercado de trabalho contribuindo no futuro, por haver privilégios no sistema atual, e por considerar que a forma de financiamento é uma “bomba-relógio”. “A forma de financiamento da Previdência é uma arma de destruição de emprego. O trabalhador ganha pouco e custa muito, custa o dobro para a empresa”, disse.
Guedes reafirmou ainda que será necessário aprovar a reforma com economia de pelo menos R$ 1 trilhão, para que se possa implementar o sistema de capitalização para os jovens que entrarem no mercado de trabalho. “No regime de poupança garantida [capitalização], o jovem está levando poupança para o futuro. O custo de transição não é para todo mundo. É só para os jovens. Vamos democratizar a poupança, vamos levar o país a crescer. As vantagens são extraordinárias. O Brasil vai crescer mais rápido, quando se acumula capital, se aumenta produtividade da mão de obra”, disse.

SYLVESTER STALONE RECEBE PRÊMIO POR 50 ANOS DE CARREIRA


Em Cannes, Sylvester Stallone recebe homenagem pelos 50 anos de carreira

Estadão Conteúdo 









Após um périplo pelo mundo na forma de 200 filmes, dos mais variados países, formatos e idiomas, adotando o espanhol Pedro Almodóvar como seu favorito à Palma de Ouro, à força dos encantos de Dor e glória, o 72º Festival de Cannes chega ao fim neste sábado, após uma noite em que festejou os 50 anos de carreira do Rei Midas do cinema de ação de Hollywood: Sylvester Stallone. Em 1993, ele passou pela cidade com Risco total, thriller de alpinismo que repaginou sua imagem.

Agora, ovacionado com gritos de "Bravo!", o ítalo-americano de 72 anos veio exibir cenas inéditas de Rambo: Last blood, que lança em setembro, retomando a figura do ex-combatente do Vietnã responsável por ampliar a popularidade que ele começou a construir após o Oscar de melhor filme dado a Rocky, um lutador (1976). De quebra, trouxe à Croisette uma cópia digital inédita de Rambo - Programado para matar (1982).

"Muita gente fala de Rocky e Rambo, mas eu tenho muito carinho por 'Stallone Cobra', cujo personagem é uma espécie de Bruce Springsteen com um distintivo. Ele fez muito sucesso à época e eu penso até hoje que poderiam fazer uma série com Cobra e sua força policial, o Esquadrão Zumbi, só que sem mim, que já não tenho mais idade para ele", disse o ator ao jornal O Estado de S. Paulo, esbanjando bom humor.

Contando anedotas ("um dia o Schwarzenegger veio dizer que eu tenho sotaque falando... logo ele") e disparando frases motivacionais ("você nunca pode baixar a guarda e deixar de socar os desafios"), Stallone foi tratado por Cannes, na conversa conduzida pelo crítico Didier Allouch, como um multiartista de verve autoral. De fato, desde 1978, quando filmou "A Taverna do Inferno", ele dirige, roteiriza e produz. "Eu já fiz muito filme ruim, na entressafra entre projetos grandes que os estúdios armavam pra gente com muita antecedência. Às vezes, a minha filha mais nova vê algo ruim que fiz na TV e me sacaneia: ‘Pai, como você emabracou numa m... dessas’. E eu digo: ‘Bom, eu precisava pagar seus estudos, né?".

No novo Rambo, dirigido por Adrian Grunberg, ele vai combater traficantes de um cartel do México, levando uma vida reclusa no rancho de sua família. "Embora tenha essa pequenina fazenda no interior dos EUA, ele vive em um esconderijo subterrâneo, parecido com os buracos em que precisou se esconder no Vietnã. É um homem com uma alma sombria", antecipou Stallone, garantindo que depois de Creed II não vai fazer um novo filme da série Rocky Balboa. "Meus planos iniciais, nos anos 1970, quando filmamos 'Rocky, um lutador', em 29 dias, em 1976, era parar a série no terceiro filme. Mas havia mais coisa a ser contada. Quero parar agora. Tive até uma boa ideia, de fazer Rocky treinar um refugiado que quer ser pugilista. Mas não vai rolar".

Allouch chegou a levantar a hipótese de que um Rocky em prol de imigrantes poderia irritar o presidente Donald Trump, mas Stallone logo cortou a provocação: "Não sou um animal político e nem tento fazer tratados sobre Poder nos meus filmes. Quando Reagan chamou Rambo de republicano, eu percebi que tinha um problemão nas mãos", disse o astro, que sonha dirigir uma cinebiografia do poeta Edgar Allan Poe.

Apesar da badalação em torno de Dor e glória, a premiação de Cannes, esta tarde (14h, no horário do Brasil), sob o comando do diretor mexicano Alejando González Iñárritu ("Birdman") não deve esquecer os dois longas-metragens brasileiros lá exibidos. Concorreram O traidor, uma coprodução com a Itália, dirigido por Marco Bellocchio, e Bacurau, thriller com CEP pernambucano dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (que compareceu à homenagem à Stallone).

Também não devem ser esquecidos os novos filmes de Justine Trier (Sibyl), Céline Sciamma (Portrait de um jeune fille em feu), Bong Joon Ho (Parasite) e Ken Loach (Sorry, we missed you). Quentin Tarantino rachou opiniões aqui com sua recriação de 1969 em Era uma vez em Hollywood, mas pode sair com o Grande Prêmio do Júri (a láurea mais cobiçada depois da Palma) por sua ousadia. O mesmo pode acontecer com o tunisiano Abdellatif Kechiche e seu "Metoube, my love: Intermezzo", sobre a juventude mediterrânea dos anos 1990.

Há uma torcida forte aqui também em prol de possíveis láureas para dois diretores franceses de origem africana, ambos negros, na competição: Mati Diop, realizadora de Atlantique, e Ladj Ly, que assina Les Misérables.

Primeira mulher negra a disputar a Palma, Mati construiu uma história de amor (cheia de diálogos poéticos) sobre uma jovem de Dakar que sonha rever o namorado, antes de embarcar num casamento arranjado. Já Ly, cujos parentes são do Mali, filma os subúrbios de Paris a partir de uma trama sobre um trio de policiais que provocam um conflito com moradores de periferia após ferirem um menino que roubou um filhote de leão de um circo de ciganos.

No bonde do que Cannes viu de mais fraco, em concurso, entram Arnaud Desplechin (com o tedioso Roubaix, une lumière), Xavier Dolan (com Matthias et Maxime) e Jim Jarmusch (The dead don’t die). Mas, como saber de Iñarritu e seus pares não embarcaram nas escolhas estéticas que fizeram a crítica torcer o nariz? Só na hora e na vez da premiação.

DEMOCRACIA RELATIVA DE LULA E MADURO CADA UM AO SEU MODO

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