quinta-feira, 23 de maio de 2019

MINISTRA APOIADORA DO BREXIT PEDE DEMISSÃO


Crise no Brexit: ministra pede demissão e aumenta pressão sobre May

Agência Brasil







A ministra Andrea Leadsom - importante apoiadora do Brexit - pediu demissão do governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, nessa quarta-feira (22), elevando a pressão sobre a líder. O pedido de demissão foi feito após o fracasso de uma nova proposta para o Brexit, apresentado pela premiê.
Até agora, May resistiu, prometendo continuar em sua missão, apesar da oposição à sua proposta de conseguir aprovar um acordo para o Brexit no Parlamento, ao flexibilizar sua postura em relação a um segundo referendo e acordos alfandegários.
A renúncia de Leadsom aprofunda ainda mais a crise do Brexit, reduzindo ainda mais a autoridade de uma líder já enfraquecida. Quase três anos depois de os britânicos terem votado pela saída da União Europeia (UE), não está claro quando, ou mesmo se, o Brexit irá acontecer.
Leadsom, líder da Câmara dos Comuns, disse, no Parlamento, que não poderia anunciar o novo projeto para o acordo de retirada, pois não acredita no plano.
"Eu não acredito mais que nossa abordagem irá entregar o resultado do referendo", disse Leadsom, antes rival de May na disputa para se tornar primeira-ministra. "É, portanto, com grande pesar e com o coração pesado, que eu saio do governo".
Um porta-voz de Downing Street manifestou decepção com a decisão, mas disse que  "a primeira-ministra continua focada em entregar o Brexit, que foi escolhido pelo povo".
May pode ainda tentar aprovar seu novo plano para o Brexit, que inclui a votação sobre um segundo referendo -- depois que o projeto passar a primeira fase --, assim como acordos comerciais mais próximos com a UE.
Mas a nova proposta foi recebida com uma rápida reação negativa, com diversos parlamentares que já a apoiaram em votações anteriores dizendo que não poderiam apoiar o novo plano, principalmente por conta de sua brusca mudança em relação à possibilidade de um segundo referendo.
"Eu sempre sustentei que um segundo referendo poderia ser perigosamente controverso, e eu não apoio que o governo facilite de boa vontade essa concessão", disse Leadsom.
"Ninguém gostaria de vê-la ter sucesso mais do que eu", escreveu Leadsom a May. "Mas, agora, peço que tome as decisões certas no melhor interesse do país, deste governo e de nosso partido".
O parlamentar do Partido Trabalhista Ian Lavery, líder da oposição, disse que a saída de Leadsom mostra que "a autoridade da primeira-ministra foi afetada, e seu tempo acabou".
"Pelo bem do país, Theresa May precisa sair, e precisamos imediatamente de uma eleição geral", acrescentou.
A União Europeia (UE) e o Reino Unido concordaram com mais um adiamento da saída do país do bloco europeu (o Brexit), que agora deverá ocorrer em 31 de outubro.

Líderes da UE concordaram com a medida, após cinco horas de negociações em Bruxelas nessa quarta-feira (10), evitando, por hora, um Brexit sem acordo.

A cúpula da União Europeia se reuniu para debater o pedido da premiê britânica, Theresa May, visando ao adiamento da data de saída do país, desta sexta-feira para o dia 30 de junho. A data já havia sido adiada em relação ao prazo inicial de 29 de março.

Muitos líderes apoiaram a proposta do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, de uma prorrogação flexível de até um ano. Entretanto, o presidente francês, Emmanuel Macron, insistiu veementemente em uma extensão mais curta.

Sob o acordo, a retirada pode ocorrer antes do prazo se o Parlamento britânico ratificar os termos do Brexit acertados por May com a União Europeia.

Tusk disse a jornalistas, após a cúpula, que a mudança de data é suficiente para que se encontre a melhor solução, e pediu que o Reino Unido não desperdice esse tempo.

Entretanto, a extensão certamente vai provocar reações negativas dos apoiadores de linha dura do Brexit no Parlamento.

GOVERNO EVITA NOVO CONTINGENCIAMENTO DE VERBAS


Governo usa reserva e evita novo contingenciamento em ministérios

Agência Brasil








Pastas da Educação e do Meio Ambiente recebem recursos

A equipe econômica usou parte de uma reserva de emergência criada no fim de março para evitar um novo contingenciamento (corte) no Orçamento. Segundo o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, divulgado nesta quarta-feira (22) pelo Ministério da Economia, o governo decidiu usar R$ 1,64 bilhão da reserva para recompor as verbas dos Ministérios da Educação (MEC) e do Meio Ambiente (MMA).
O MEC receberá R$ 1,588 bilhão. O MMA, R$ 56,6 milhões. O governo decidiu queimar ainda R$ 2,167 bilhões da reserva para evitar contingenciamentos adicionais em outros órgãos do Executivo.
Com a medida, a reserva de emergência foi reduzida para R$ 1,562 bilhão. Essa será a gordura que o governo terá para evitar um contingenciamento adicional no Orçamento no próximo relatório, no fim de julho.
Originalmente, o governo teria de cortar R$ 2,181 bilhões do Orçamento por causa da revisão para baixo do crescimento da economia. Ao queimar as reservas, no entanto, o governo evitou o bloqueio no Poder Executivo. Apenas os Poderes Legislativo, Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União sofrerão bloqueio de verbas, totalizando R$ 14,62 milhões.
Enviado a cada dois meses ao Congresso Nacional, o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas orienta a execução do Orçamento Geral da União com base na revisão dos parâmetros econômicos e das receitas da União. Caso as receitas caiam, o governo tem de fazer novos bloqueios para cumprir a meta de déficit primário – resultado negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública – de R$ 139 bilhões para este ano.
A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) caiu de 2,2% para 1,6% em relação ao relatório anterior, divulgado em março. A estimativa para a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saltou de 3,8% para 4,1% em 2019.
Também contribuiu para evitar novos contingenciamentos a revisão da projeção de receitas. A equipe econômica revisou as receitas para cima em R$ 711,3 milhões, graças a receitas extraordinárias, como royalties de petróleo (+ R$ 3,582 bilhões), dividendos de estatais para a União (+ 1,656 bilhão) e concessões para a iniciativa privada (+ R$ 286,7 milhões).
No caso dos royalties, a valorização da cotação internacional do petróleo foi o principal fator responsável pela alta nas projeções. Os ganhos com as receitas extraordinárias ajudou a compensar a queda da arrecadação de tributos, estimada em R$ 5,459 bilhões.
O contingenciamento adicional no Poder Executivo também foi evitado porque o governo revisou em R$ 1,222 bilhão para baixo gastos obrigatórios, dos quais se destacam as despesas com pessoal e encargos sociais (- R$ 1,148 bilhão) e os gastos com a Previdência Social (-R$ 1 bilhão) e subsídios e subvenções (- R$ 555,1 milhões). Outras despesas obrigatórias foram revisadas para cima, fazendo a estimativa total das despesas obrigatórias cair R$ 1,222 bilhão em relação ao relatório anterior.


VOCÊ É TÍIMIDO?


Timidez: o medo do ridículo

Simone Demolinari








Timidez é uma vergonha que inibe o indivíduo de interagir ativamente como ele gostaria. Um mecanismo sofisticado que freia a espontaneidade e ativa a atenção para mapear qualquer possibilidade de ameaça.

A timidez tem a ver com medo. Medo do julgamento, de ser alvo de deboche, de ironias, críticas e rejeição.

O tímido teme não ser bem visto. Tem receio de ser inadequado e tem pavor do ridículo. Convive com o constante sentimento de inferioridade, embora racionalmente saiba que não há razão para isso.

Geralmente a timidez tem início na infância e algumas são as hipóteses para isso: pais tímidos que criam os filhos sob essa crença; pais que submetem a criança a frequentes críticas ou humilhações, fazendo com que o filho se sinta inferiorizado ou com vergonha de si; pais que forçam a criança a se apresentar em público sob ameaças ou comparando-a com outras mais desinibidas.

Existe a timidez situacional, que se manifesta em ocasiões específicas, como falar em público. Neste caso, há um nível de ansiedade alto, mas vai passando à medida que a tarefa vai sendo executada.

Há outros casos em que a timidez é constante e ocorre desde situações complexas até as mais corriqueiras. Uma espécie de bloqueio em que o indivíduo não consegue interagir mesmo em ambiente informal. São casos mais graves que chegam a níveis de fobia. Um medo irracional.

Na fobia o indivíduo sente um medo irracional e adquire uma postura evitativa. Executa as tarefas rotineiras com sacrifício e evita o lazer e situações que exijam exposição social como festas, restaurantes, eventos, shopping center e supermercado, etc.

O encontro com outras pessoas é muito desconfortável e o indivíduo é tomado por pensamentos catastróficos, nos quais vislumbra situações imaginárias em que o final é sempre trágico e negativo.

O estresse é tão alto que se manifesta através de sintomas físicos, tais como: taquicardia, sudorese, tremor, respiração ofegante. Uma espécie de estado de alerta pela iminência de perigo. O corpo se prepara para um possível ataque, mas, como a ameaça não existe, o arsenal fica no corpo como um veneno, deixando uma sensação de “ressaca”.

Devido a todo esse padecimento, as pessoas que sofrem com esse problema costumam se isolar sob a justificativa de que preferem sossego. Mas essa preferência não é uma opção, e sim a falta dela.

Aos que sofrem com isso e querem melhorar é preciso enfrentar a situação. O enfrentamento de forma lenta e gradual leva à dessensibilização e aos poucos o medo vai diminuindo, até a completa inexistência. Vale a pena tentar!

DEMOCRACIA RELATIVA DE LULA E MADURO CADA UM AO SEU MODO

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