sábado, 4 de maio de 2019

EMBRAER VENDE JATOS PARA OS ESTADOS UNIDOS


BNDES financia exportação de aviões da Embraer para os Estados Unidos

Agência Brasil 














O modelo E-175 será financiado para a empresa norte-americana Skywest


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta sexta-feira (3) o financiamento de até US$ 189 milhões (R$ 705 milhões) para a exportação de aeronaves modelo E-175, fabricadas no Brasil pela Embraer, para a empresa norte-americana Skywest, considerada a maior companhia aérea regional do mundo. A Skywest responde por 33% do tráfego aéreo regional dos Estados Unidos.
As aeronaves constituirão a principal garantia da operação. Os recursos cobrirão até 85% do preço líquido das aeronaves exportadas. O objetivo do BNDES é dar maior competitividade à Embraer no mercado externo.
O financiamento deve garantir a manutenção no Brasil de 16 mil empregos diretos "altamente qualificados" e cerca de 80 mil postos de trabalho indiretos, segundo anunciou o BNDES.
Segundo a assessoria de imprensa do BNDES, a Skywest é cliente tradicional da Embraer e o maior operador dos jatos E-Jets da empresa brasileira, atualmente. A relação da companhia americana com o BNDES remonta a 1998, quando a Skywest adquiriu aeronaves Brasília da Embraer com financiamento da instituição.
Atuando como agência de crédito para a exportação brasileira há 25 anos, o BNDES apoiou as exportações do setor aeronáutico em US$ 22 bilhões no período.
Desde sua fundação, em 1969, a Embraer comercializou mais de 8 mil aeronaves. A companhia é líder mundial na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e constitui a principal empresa exportadora brasileira de bens de alto valor agregado.

JUSTIÇA ELEITORAL SÓ EXISTE NO BRASIL E AGORA VAI JULGAR CRIMES ELEITORAIS


Atuação de juiz federal em vara eleitoral causa polêmica no TSE

Agência Brasil










Supremo Tribunal Federal decidiu em março que cabe à Justiça Eleitoral julgar casos que envolvam simultaneamente caixa 2 e crimes conexos


Em audiência pública realizada nesta sexta-feira (3), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a atuação de juízes federais em varas eleitorais, com objetivo de julgar crimes comuns conexos a crimes eleitorais, foi alvo de controvérsia, colocando em lados opostos entidades representativas da magistratura e presidentes de tribunais regionais.
A questão veio à tona após o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido, em março, que cabe à Justiça Eleitoral julgar casos que envolvam simultaneamente caixa 2 de campanha e outros crimes conexos, como lavagem de dinheiro e corrupção, que até então vinham sendo julgados pela Justiça Federal, no âmbito de operações como a Lava Jato.
A decisão do Supremo causou polêmica no meio jurídico, após críticas de procuradores e juristas de que a decisão abriria uma brecha para a impunidade. O principal argumento dos críticos é o de que a Justiça Eleitoral, cuja primeira instância é hoje composta exclusivamente por juízes estaduais, não teria recursos suficientes para julgar um grande número de processos envolvendo crimes complexos de competência federal.
Para lidar com a questão, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao TSE que permita a atuação de juízes federais em varas eleitorais, posição que é defendida pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).
Debate
“Nós temos que encarar essa realidade, a Justiça Eleitoral precisa ter uma restruturação adequada para que possa julgar crimes que não foram concebidos para a sua estrutura”, disse o presidente da Ajufe, Fernando Mendes. “A principal proposta é que dentro de uma zona eleitoral possam trabalhar dois juízes, um juiz estadual e um juiz federal”, acrescentou.
Já o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Jayme de Oliveira, foi contra a proposta. “O combate à corrupção no Brasil não é titularidade de algumas pessoas e de alguns juízes, ela é de toda a magistratura brasileira”, defendeu.
Para a Oliveira, a Constituição é clara ao dar exclusividade ao juiz estadual para atuar nas varas eleitorais, que são a primeira instância da Justiça Eleitoral. “Não há nenhum problema juiz federal atuar na esfera eleitoral, desde que alterada a Constituição”, ponderou.
Para os defensores da atuação dos juízes federais nas varas eleitorais, a expressão “juízes de direito”, que na Constituição especifica os magistrados que devem atuar nas varas eleitorais, poderia ser interpretada de modo a incluir juízes federais, e não somente os estaduais, como é o entendimento corrente.
“Nós colocaríamos o juiz federal em reforço. Ficariam lá dois juízes, não há nada de anormal”, defendeu o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, Rocha Sobral. “Não adianta jogar palavras ao vento, dizendo que há essa estrutura para julgar crimes complexos, não há”, disse.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais, Carlos Padin, se colocou contra a proposta. Para ele, a atual estrutura da Justiça Eleitoral tem plena capacidade para lidar com qualquer tipo de caso.
“Toda a magistratura eleitoral, principalmente a de primeiro grau, está plenamente capacitada, se sente plenamente capacitada, de dar conta não só desses processos, mas como de qualquer um outro processo que venha bater às portas desses juízes”, afirmou Padin.
Próximos passos
Responsável por supervisionar a audiência pública, o ministro do TSE Og Fernandes disse que pretende entregar em 14 de maio um relatório sobre o assunto para a presidente do tribunal, ministra Rosa Weber, a quem caberá decidir sobre os próximos passos.
Há no TSE ao menos dois pedidos, da PGR e da Ajufe, para que seja permitida a atuação de juízes federais em varas eleitorais de primeira instância. Rosa Weber é quem deve decidir se pautará ou não o assunto para discussão em plenário.
Por se tratar de questão constitucional, é possível que a atuação de juízes federais em varas eleitorais seja discutido ainda no Supremo, onde ao menos um ministro, Alexandre de Moraes, já se manifestou publicamente no sentido de que para isso seria necessário modificar a Constituição.

PUTIN E TRUMP DISCUTIRAM A SITUAÇÃO DA VENEZUELA


Trump e Putin conversam por telefone sobre situação da Venezuela

Estadão Conteúdo











Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram, nesta sexta-feira(3), por telefone, sobre a situação da Venezuela. Os mandatários também trataram de temas ligados à Ucrânia, Coreia do Norte e a um possível acordo de controle de armas atômicas envolvendo a China.
Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, Trump disse ao homólogo russo que “os Estados Unidos estão com o povo da Venezuela”.
Em sua conta pessoal no Twitter, Trump classificou a conversa como “muito produtiva”. “Tive uma boa e longa conversa com o presidente Putin. Como eu sempre disse, muito antes da caça às bruxas começar, se dar bem com a Rússia, com a China e com todos é algo bom, e não algo ruim”, escreveu Trump, referindo-se a outro dos temas abordados durante o telefonema, as suspeitas de uma possível interferência da Rússia na eleição presidencial norte-americana, em 2016, vencida pelo republicano.
Já o Kremlin, em nota, informou que Putin e Trump também trataram das relações comerciais bilaterais e eventual cooperação econômica. Sobre a Venezuela, o presidente russo ressaltou que só os venezuelanos têm o direito de determinar o futuro de seu país e que qualquer interferência externa com vistas a mudar o governo local é prejudicial às perspectivas de uma solução política da crise.
Putin ainda informou Trump sobre a reunião que teve com o líder norte-coreano Kim Jong-un, em Vladivostok, em abril.
O deputado e autodeclarado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse nesta sexta-feira (3), que a oposição tem procurado conversar com todos os setores dispostos a contribuir para uma “transição política pacífica” no seu país. Guaidó confirmou que, nas últimas semanas, líderes oposicionistas se reuniram com representantes das Forças Armadas e de outros segmentos a fim de convencê-los da constitucionalidade da destituição de Nicolás Maduro do poder e da realização de novas eleições.
“Vamos conversar com todos os funcionários civis e militares. Não importa de onde venham. [Vamos falar] com todos que estejam dispostos a colaborar com o fim da usurpação, com o governo de transição e com a realização de eleições livres”, disse Guaidó ao participar, em Caracas, de uma entrevista coletiva junto com representantes da Junta Diretiva da Assembleia Nacional.
Na quinta-feira (2), o líder oposicionista Leopoldo López disse a repórteres que, embora cumprindo prisão domiciliar, com restrições à atividade política, realizou reuniões políticas em sua própria casa e, “por mais de três semanas”, se reuniu com oficiais das Forças Armadas. “Na minha condição de preso domiciliar, me reuni com comandantes, com generais e com distintos representantes das Forças Armadas e dos organismos policiais. Nos comprometemos em contribuir com o fim da usurpação”, disse López, referindo-se ao mandato presidencial de Nicolás Maduro.
López, Guaidó e outros porta-vozes da oposição asseguram que o objetivo do movimento que tenta catalisar a insatisfação popular em meio a grave crise econômica e política que atinge o país é destituir Maduro do poder e realizar eleições. “É possível uma transição democrática, rápida, para realizarmos eleições livres”, assegurou Guaidó.
Militares
O autodeclarado presidente voltou a garantir que os militares que deixarem de cumprir as ordens chavistas a fim de contribuir para a transição de governo serão anistiados e respaldados. “Não pretendo que os militares se ponham ao lado de Juan Guaidó ou da Assembleia Nacional, mas sim da Constituição que nos garante a realização de uma eleição livre no menor espaço de tempo possível”, disse Guaidó antes de voltar a apelar à população que saia às ruas no sábado (4).
“Sabemos que temos que continuar com os protestos, de forma cívica, pacífica”, disse Guaidó, refutando perguntas que classificavam como um fracasso a convocação da última terça-feira (30), quando milhares de venezuelanos atenderam ao chamado dos líderes da oposição, que garantiam ter obtido o apoio militar necessário para derrubar Maduro.
“Fracasso é que não haja luz [no estado de] em Maracaibo. Que Maduro continue usurpando funções”, afirmou Guaidó. “Vamos seguir e vamos vencer. Estamos muito perto disso. Temos muito respaldo, e não apenas internacional. Somos cada vez mais [gente] nas manifestações. Há dias em que mais gente sai às ruas, outros em que sai menos, mas continuamos sendo maioria.”

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