segunda-feira, 11 de março de 2019

AGENDA INTERNACIONAL INTENSA DE BOLSONARO NOS PRÓXIMOS MESES


Bolsonaro terá agenda internacional intensa a partir deste mês

Agência Brasil











Neste mês Bolsonaro deverá ter reuniões com os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Chile, Sebastián Piñera, e com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu




A agenda internacional do presidente Jair Bolsonaro começa intensa na segunda quinzena deste mês e prossegue até o próximo semestre. Além dos Estados Unidos, Chile, de Israel, há viagens programadas para o Japão e a China. Em pauta, desde a crise na Venezuela ao incremento das relações econômicas e comerciais.
No Japão, o presidente participará da Cúpula do G20 (que reúne as 20 maiores economias mundiais) em Osaka, que ocorrerá de 28 a 29 de junho. A viagem para a China está em fase de organização e deve ocorrer no segundo semestre. Bolsonaro disse que, nessa visita, pretende  ampliar negócios e fronteiras.
Bolsonaro confirmou também que o presidente da China, Xi Jinping, virá ao Brasil para participar da 10ª Cúpula do Brics (grupo que reúne Brasil, Índia, China e África do Sul). A data do encontro será definida.
Neste mês  Bolsonaro deverá ter reuniões com os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Chile, Sebastián Piñera, e com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
A viagem aos Estados Unidos deve ocorrer entre 18 e 22 de março, sendo que o encontro com Trump está confirmado para o próximo dia 19, segundo comunicado da Casa Branca.
Dos Estados Unidos, Bolsonaro segue para o Chile, onde ficará até o dia 23, e no fim do mês, irá para Israel. A imprensa israelense informou que, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a viagem do presidente ao país deve ocorrer entre 31 de março e 4 de abril.
Temas
A viagem do presidente a Israel é uma retribuição à visita, em dezembro, do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao Brasil e à presença dele na cerimônia de posse. Em janeiro, o israelense enviou um grupo de militares para ajudar nos resgates das vítimas do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.
No Chile, Bolsonaro deve participar do fórum Prosur, organizado pelo presidente chileno, que se destina a propor ações e acordos para a promoção do desenvolvimento na América do Sul. Segundo o presidente Sebastián Piñera, o fórum será um órgão "sem ideologias ou burocracia".
A crise na Venezuela deve ser tema das conversas de Bolsonaro com Trump e também das reuniões no Chile.
O presidente Jair Bolsonaro disse que o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste mês, “será uma grande oportunidade de retomar os fortes laços” entre os dois países.
No Twitter, confirmou que, no próximo dia 19, embarca para os Estados Unidos, onde terá entre outros compromissos o encontro com Trump. “[Será] Uma grande oportunidade de retomar os fortes laços entre nossas nações na busca de um ocidente com liberdade e prosperidade. Temos muito a somar!”.
Segundo a Casa Branca, entre os temas que poderão ser discutidos no encontro destacam-se a cooperação na área da defesa, políticas comerciais, combate ao crime transnacional e a crise na Venezuela.
Bolsonaro e Trump vão conversar sobre os esforços para fornecer ajuda humanitária à Venezuela. Brasil, Estados Unidos e Colômbia lideraram o movimento de doações para os venezuelanos a partir da cidade colombiana de Cúcuta e da brasileira Boa Vista, capital de Roraima.
Os Estados Unidos, o Brasil e mais de 50 nações reconheceram Juan Guaidó, autodeclarado presidente da Venezuela, como legítimo. Guaidó é presidente da Assembleia Nacional da Venezuela. O impasse no país vizinho permanece, pois o presidente Nicolás Maduro diz que vai se manter no poder com apoio da China, Rússia e Turquia, do México e Uruguai.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fizeram viagens aos Estados Unidos para preparar a visita do presidente da República.
*Com informações da Xinhua, agência oficial de notícias da China

COLUNA ESPLANADA DO DIA 11/03/2019


Direitos indígenas

Coluna Esplanada














Além de ser apontada como inconstitucional pela Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público, a Medida Provisória 870/19, a primeira assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), deverá passar por mudanças durante a discussão no Congresso Nacional. Na última quinta-feira, o Ministério Público divulgou nota técnica em que defende o retorno das demarcações de terras indígenas para a alçada do Ministério da Justiça. Afirma que a transferência (de demarcação) para o Ministério da Agricultura - controlado por ruralistas - “coloca em conflito os interesses indigenistas e a política agrícola”.
Retalhos
A MP, que reformulou a Esplanada dos Ministérios, com a extinção de pastas, recebeu até agora mais de 540 emendas de deputados e senadores.
Na fila
O texto será discutido em uma comissão mista, que ainda não tem data para ser instalada, e depois passará por votação nos plenários da Câmara e do Senado.
Na fila 2
Já tem fila de mandatários do PSL para ocupar o cargo do ministro de Turismo, caso Marcelo Álvaro caia. Certeza mesmo é que a pasta fica com o partido.
Aos espertos
Já existe tecnologia - de uma empresa estrangeira - para captação de áudio de ligação pelo whatsapp, o que nem CIA ou FBI e PF conseguem hoje. Mas não há validade jurídica em território nacional. Por ora. Atualmente, há tecnologia no Brasil usada com autorização da Justiça para captação de áudios e textos no app. Mas para ligação, não.
Sintonia
O público notou: a secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Tia Eron, chegou com dados compilados em pasta, mas não discursou no evento do Dia da Mulher do Ministério dos Direitos Humanos (logo ela!). Tudo combinado, em sintonia com a ministra Damares Alves, para dar protagonismo à chefe, a palestrante do dia, em nome das secretarias subordinadas. O ministro Sérgio Moro também discursou.
Brasil & EUA
A participação de forte comitiva de empresários brasileiros aos Estados Unidos nesta semana pode mostrar ao governo americano, que acompanha com especial atenção a economia tupiniquim, do quanto o comércio bilateral pode crescer entre os países.
Palco
O Brasil marcará presença na edição 2019 do festival de criatividade e convergência South by Southwest (SXSW), entre 8 e 17 de março em Austin, no Texas. A Apex-Brasil leva delegação de 40 empresas, que participarão do Trade Show e de rodadas de negócios pré-agendadas. A Casa Brasil será espaço de networking e coworking, com apresentações sobre tendências e inovações desenvolvidas no país.
Trade & Inovação
“A ação no SXSW objetiva a promoção das exportações de empresas dos setores de economia criativa e tecnologia, e também a atração de investimentos norte-americanos, principalmente para startups e empresas brasileiras inovadoras”, comenta o Chief Investment Officer da Apex-Brasil, Marco Poli.
Trabalho reconhecido
Anfitrião em Brasília de opositores ao Chavizmo na Venezuela há anos, o advogado Fernando Tibúrcio foi convidado pelo governo do Marrocos para palestrar sobre os caminhos democráticos para a América Latina, num evento no país africano.
Apoio à cliente
Imagina ter bares, restaurantes e afins com funcionário treinado à disposição, por lei, para acompanhar à delegacia (ou ao transporte mais próximo) mulheres que se sintam ameaçadas, ou vítimas de maus tratos ou abusos em público nestes lugares. É o que propõe a deputada Renata Abreu (Pode-SP) no PL 124/19. A conferir.
ESPLANADEIRA
. Carlos Lupi coordena o encontro PDT na Baixada Fluminense, hoje, às 18hs, em Nilópolis. O presidente do partido quer buscar lideranças para lançar candidatos a prefeitos em todas as cidades da região.


sábado, 9 de março de 2019

PESQUISIDADORES QUEREM ESTIMULAR A POPULAÇÃO A DOAR ORGÃOS E SEREM VOLUNTÁRIOS PARA AS SUAS PESQUISAS


Pesquisadores querem derrubar tabu e atrair voluntários para estudos clínicos

Malú Damázio












O estudante do último período de medicina João Gabriel Zanetti, de 25 anos, decidiu ser doador após passar pelas aulas de anatomia


Para que um medicamento chegue até as farmácias ou aos postos de saúde são necessários vários testes em seres humanos. E embora o número de voluntários em estudos clínicos tenha aumentado nos últimos anos, conseguir participantes ainda é um desafio para pesquisadores mineiros, que têm trabalhado para mudar esse cenário e fomentar o desenvolvimento da ciência no país.
No imaginário de parte da população, a ideia de ter os efeitos de uma nova droga observados no organismo carrega uma imagem negativa, de “cobaia”, como explica a coordenadora do Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital das Clínicas da UFMG, Flávia Andrade Ribeiro.
“Infelizmente, as pessoas ainda têm uma resistência com relação a isso, muito porque não conhecem o aparato de segurança que existe para que uma pesquisa chegue na fase de testes em humanos”, diz a médica.
Divulgação em jornais, TV e redes sociais, cartazes pela cidade com explicações sobre benefícios e riscos de ser voluntário em um estudo e até mesmo o boca a boca são estratégias adotadas por pesquisadores para atrair mais interessados.
Ainda que muitos candidatos sejam da área da saúde, Flávia garante que as ações têm trazido resultados. No Brasil, a UFMG e a Universidade de São Paulo (USP) foram as duas instituições escolhidas por uma entidade internacional para testar a vacina contra a zika em humanos.
Só a federal mineira conseguiu recrutar cerca de 40 pessoas a mais para o estudo e, mesmo após ter atingido o número ideal, foi procurada por outros interessados em tomar as doses do medicamento. Ao todo, 138 pessoas recebem três aplicações da droga no Hospital das Clínicas e serão monitoradas quinzenalmente pelos próximos dois anos.
Uma das participantes é a estudante de nutrição Lívia Iannarelli Galvão Alves, de 18 anos, que soube da oportunidade por meio de um cartaz. Ela convidou a irmã gêmea, Camila, para aderir à causa também. Mesmo que nunca vejam o resultado da pesquisa, as duas garantem que fazem “por um bem maior”. “Não estou ganhando nada com isso, mas é algo que faz a diferença para a comunidade inteira”, diz Lívia.
Abordagem
Atualmente, 35 estudos sobre novos fármacos estão em curso no Hospital das Clínicas da UFMG. Porém, desde a criação do Centro de Pesquisas Clínicas da unidade, em 2007, já foram testadas cerca de cem novas tecnologias voltadas para oncologia, dermatologia, saúde mental e HIV, além de remédios contra os males de Parkinson e Alzheimer.
Para a aprovação dos recursos foi preciso que centenas de indivíduos se apresentassem como voluntários. “Se ninguém participar, não haverá novas tecnologias e vamos paralisar a produção de novos medicamentos. Temos todo um aparato de segurança, com comitê de ética e termos de consentimento garantindo o cuidado com o organismo das pessoas”, explica Flávia Ribeiro.
Vida após a Vida
Engana-se quem pensa que pode participar do desenvolvimento científico do país somente se estiver vivo. No programa de doação de corpos para estudos na Faculdade de Medicina da UFMG, chamado Vida Após a Vida, é possível manifestar a intenção de ser voluntário ao morrer.
Até o fim de 2018, o projeto somava mais de 1.500 interessados em deixar o cadáver para estudos na área da saúde, número que dobrou nos últimos 15 anos.
A aposentada Aglaé Horta Rodrigues, de 80 anos, se inscreveu no projeto há três, quando leu um artigo de jornal que falava sobre um professor que havia deixado o cadáver para a universidade.
“Achei a atitude dele tão bonita, um gesto de altruísmo. Aí pensei que queria fazer o mesmo com meu corpo e ajudar a medicina e a ciência”, conta.
Em seguida, ela procurou a instituição, conversou sobre o programa, foi entrevistada pela equipe e assinou o termo de intenção. Ao chegar em casa e conversar com o marido, David Rodrigues, o convenceu também a participar.
O fim da vida chegou mais cedo para David, cujo corpo já integra o grupo de cadáveres utilizados nas aulas de anatomia. Ele faleceu aos 79 anos, de insuficiência renal. A família se despediu ainda no hospital, com uma cerimônia simples. Em seguida, funcionários da UFMG foram até o local fazer o recolhimento, que não teve custo para a esposa e os filhos.
Lucas Prates

Consentimento
Nessas situações, os familiares devem assinar um segundo termo, de cessão do corpo. Caso não concordem com o desejo do ente querido, é possível avisar a UFMG sobre a mudança de ideia. Para evitar que isso ocorra, a instituição entrevista os interessados em fazer a doação e pede que eles conversem com os familiares sobre a intenção.
A Faculdade de Medicina recebe cerca de 12 cadáveres e cem manifestações de interesse por ano, explica o diretor da unidade e coordenador do programa, Humberto José Alves.
“Nos últimos oito anos, temos visto cada vez mais pessoas dispostas a ajudar. O tabu ainda existe quando se fala de corpos, mas a divulgação e até mesmo os participantes do projeto têm ajudado a sociedade a entender o gesto. Agradeço aos doadores e às famílias”, diz.

Aprendizado
Além de auxiliar os calouros a entender diferenças e particularidades de cada ser humano e ver como funcionam as estruturas, o trabalho com os cadáveres também é importante para que os alunos se acostumem com a morte e estejam preparados para auxiliar a família dos falecidos.
“É o impacto de lidar com um corpo que faz as pessoas refletirem sobre a finitude da vida”, diz Humberto.
Estudante do último período de medicina, João Gabriel Zanetti, de 25 anos, decidiu ser doador após passar pelas aulas de anatomia. “O professor falou sobre o programa e percebi que as opções eram cremar, enterrar ou doar o cadáver. Esta última pode ser mais útil e ainda ajuda alunos, como fui ajudado”, afirma.
Processo
Antes de ingressar em um estudo sobre uma nova droga, o voluntário do Centro de Pesquisas Clínicas da UFMG é informado sobre todos os riscos e benefícios que o medicamento pode trazer a ele. Além disso, é permitido desistir do projeto a qualquer momento.
Os participantes são monitorados regularmente pela equipe médica. Em caso de qualquer intercorrência, a instituição deve fornecer atendimento imediato. Custos com transporte e alimentação são cobertos pelo Hospital das Clínicas.
Na Faculdade de Medicina, o projeto Vida Após a Vida, de doação de corpos, também aceita voluntários. Os interessados devem ligar para (31) 3409 9739 ou 3409 9632, no período da tarde.
Não há impedimento formal para o procedimento ou qualquer custo para a família. Porém, a unidade só recolhe corpos que não passaram por morte violenta ou suspeita de assassinato.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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