quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

VOCÊ TEM O CONTROLE DAS SUAS EMOÇÕES?


O fortalecimento da razão sobre a emoção

Simone Demolinari










Esta semana recebi uma charge onde o gênio da lâmpada aparecia para um grupo de dez pessoas e oferecia a cada um deles a possibilidade de um único pedido. Eufóricos, começaram as solicitações: “quero ter dinheiro sem precisar trabalhar”, “quero um carro importado”, “quero viajar o mundo inteiro”, “encontrar o par perfeito”, dentre outros pedidos de semelhante teor. Até que a última pessoa disse: “quero ter domínio sobre as minhas emoções”. E, a partir daí, só se ouviu: “vou mudar meu pedido”, “eu também”, “eu também”, “eu também”.
Essa história não difere da realidade. Muitos almejam esse domínio. Querem ser menos influenciados pelas emoções. Não as boas, mas aquelas que causam reações negativas e sofrimento. Alcançar isso não é tarefa fácil. Muitas vezes, sucumbimos ao sentimento, sobretudo aqueles que ferem a nossa vaidade. Viver guiado pela emoção não é um bom negócio, primeiro pela ausência de autonomia e segundo pela “corda bamba” que se estabelece.
Aos que desejam aprimorar esse aspecto precisam ter em mente algumas condutas:
– Desenvolver o autoconhecimento: Se conhecer inclui ter consciência dos próprios limites, fragilidades e respeitá-los. É preciso também, deflagrar o autoengano, a autossabotagem e criar mecanismos para não cair nas próprias armadilhas. Se autoconhecer não é fácil, há tantos condicionamentos enraizados que fica difícil discernir o que é mentira e o que é verdade dentro de nós. É preciso uma investigação com profunda honestidade emocional.
– Abandonar a necessidade de controle: A mania de controlar a tudo e a todos deriva de um estado emocional intenso. Pessoas com essa característica, podem até ser bem intencionadas, mas são muito instáveis emocionalmente. Ficam indignadas quando se frustram ou quando as coisas saem do seu controle. Querem ter domínio sobre o tempo, o trânsito, o outro. Sempre que conseguem, chamam a responsabilidade para si pois são tomadas pela crença de que estão sempre certas. Agir dessa maneira só reforça o lado emocional.
– Fortalecer a inteligência intrapessoal: Na teoria das inteligências, a intrapessoal é considerada a mais difícil delas. Expressa a capacidade de ter domínio sobre nossos estímulos internos e com isso ter: autocontrole, ponderação e capacidade de tornar as ações conscientes. Pessoas com essa inteligência desenvolvida são serenas, estáveis emocionalmente e têm maior comando sobre a própria vida.
– Dominar a vaidade: o ego é a parte que alimenta pensamentos e emoções de interesse próprio, levando-nos a agir a favor daquilo que nos agrada e contra o que nos desagrada. Nosso ego nos conduz a reações automáticas, padrões de repetição, impulsividade e transforma nossa opinião individual em verdades absolutas ora nos protegendo, ora distorcendo a realidade e nos conduzindo a graves equívocos. Dominar essa parte poderosa da nossa estrutura de personalidade é essencial. O trabalho é árduo e precisa de uma boa dose humildade.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

THERESA MAY DESCARTA A HIPÓTESE DE UM NOVO REFERENDO SOBRE O BREXIT


Theresa May descarta hipótese de um segundo referendo sobre o Brexit

Agência Brasil








Theresa May destacou que manterá o acordo de fronteiras entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda, tema que estava sendo colocado em discussão também


A primeira-ministra britânica, Theresa May, afastou no domingo (20), durante discurso à Câmara dos Comuns (Parlamento), a possibilidade de convocar um segundo referendo sobre o Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia. Ela destacou que manterá o acordo de fronteiras entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda, tema que estava sendo colocado em discussão também.
Na semana passada, o Parlamento britânico rejeitou o acordo proposto por Theresa May. Nos últimos dias, ela intensificou as conversas com os deputados e também com os partidos políticos em busca de consenso. Segundo a primeira-ministra, vai manter as conversas no esforço de garantir o acordo. Depois, a primeira-ministra promete ir à União Europeia.
Para Theresa May, um segundo referendo poderia levar o Reino Unido a sofrer impactos difíceis de serem contornados. Ela não entrou em detalhes. O prazo máximo para os britânicos deixarem o bloco europeu é 29 de março.
Na próxima semana, a primeira-ministra será novamente testada pela Câmara dos Comuns, que vai votar o chamado “plano B”, proposto por ela.
Em relação à polêmica sobre o acordo de Belfast, que trata da fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda, Theresa May se disse fiel ao que está posto, mas afirmou que deverá ser renegociado com a União Europeia e não com os parceiros do diálogo inter-irlandês.
A primeira-ministra afirmou também que a saída da União Europeia não poderá modificar direitos garantidos dos trabalhadores. Ela recuou na proposta de fixar uma taxa para cidadãos da UE que queiram residir no Reino Unido. Segundo ela, os que já a pagaram serão reembolsados.

MINISTRO PAULO GUEDES DA ECONÔMIA REUNE COM MINISTROS DE OUTROS PAÍSES EM DAVOS-SUIÇA


Paulo Guedes reúne-se com ministros de Israel e Holanda no 1º dia em Davos

Agência Brasil









Guedes tem informado, nos encontros, que a equipe econômica trabalha numa agenda calcada em quatro pilares


No primeiro dia de eventos do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), o ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu-se com presidentes de duas multinacionais e com os ministros dos Países Baixos e de Israel. Na noite desta terça-feira (22), ele participa de um jantar de negócios.
Guedes iniciou o dia com um encontro com o presidente do conselho da indústria química e de plásticos Lyondell Basell NV, Jacques Algrain. O ministro teria também uma reunião com o presidente da Câmara Internacional de Comércio, mas o evento foi cancelado.
Ainda de manhã, Guedes encontrou-se com o presidente da empresa de energia espanhola Iberdrola, José Ignacio Sánchez Galán, e, em seguida, participou de um almoço privado promovido pelo banco Itaú.
Apesar de fontes do Ministério da Economia terem informado na semana passada que Guedes estaria em uma sessão pública com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, o ministro não participou do evento. A assessoria de imprensa da pasta esclareceu que a sessão plenária não constava da agenda de Guedes para hoje, negando que o compromisso tenha sido cancelado de última hora.
Durante a tarde, Guedes teve um encontro de 15 minutos com o fundador e o presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab. Em seguida, o ministro da Economia acompanhou o discurso do presidente Jair Bolsonaro na sessão plenária do evento.
Depois da fala de Bolsonaro, Paulo Guedes encontrou-se com a ministra do Comércio Exterior e Cooperação Internacional dos Países Baixos, Sigrid Kaag, e participou de encontro do Conselho Internacional de Negócios. No fim da tarde, Guedes reuniu-se com o ministro da Economia de Israel, Eli Cohen, e, sem seguida, foi ao jantar de negócios.
Segundo o Ministério da Economia, Guedes tem informado, nos encontros, que a equipe econômica trabalha numa agenda calcada em quatro pilares: reforma da Previdência, privatizações, reforma administrativa e abertura comercial. Além de comprometer-se com a modernização da economia, Guedes está assegurando que os empresários estrangeiros terão segurança jurídica para investir no Brasil.
Guedes está informando ainda que o Brasil pretende dobrar os investimentos (públicos e privados) em pesquisa, tecnologia e inovação nos próximos quatro anos e a corrente de comércio – soma de importações e exportações – de 22% para 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). De acordo com o ministro, a abertura comercial ocorreria de forma gradual, para não prejudicar a indústria nacional.

BOLSONARO EM DAVOS-SUIÇA MOSTRA AO MUNDO O NOVO BRASIL


Bolsonaro diz que vai trabalhar para o Brasil ser exemplo para o mundo

Agência Brasil










Jair Bolsonaro se comprometeu a colocar o Brasil “no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios”


Em discurso “curto” e “objetivo” como havia anunciado, com duração de 6 minutos e 36 segundos, o presidente Jair Bolsonaro reafirmou nesta terça-feira (22), no Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça, os compromissos de campanha. Ele destacou a determinação de abrir a economia, atrair investidores, fazer reformas, diminuir o peso do Estado e combater a corrupção. “Representamos um ponto de inflexão.”
Bolsonaro citou três de seus ministros Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Paulo Guedes (Economia) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Após o discurso, ele respondeu a perguntas dos organizadores do fórum sobre preservação do meio ambiente e desenvolvimento econômico, combate à corrupção e crescimento da América Latina.
O presidente se comprometeu a colocar o Brasil “no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios”, atrair capital estrangeiro, explorar recursos naturais, fazer as reformas tributária e da Previdência Social, investir em educação, incentivar turismo e manter a sustentabilidade do agronegócio. “Avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico.”
Compatibilização
Bolsonaro enfatizou que o Brasil é “o país que mais preserva o meio ambiente. Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural. Menos de 20% do nosso solo é dedicado à pecuária”, destacou.
“Essas commodities [produtos primários com cotação internacional], em grande parte, garantem superávit em nossa balança comercial e alimentam boa parte do mundo”, acrescentou o presidente. Ele também assegurou a vontade de “aprofundar” as relações comerciais.
Segundo o presidente, seu esforço será para que o Brasil se torne um exemplo para o mundo. “Nossa missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico, lembrando que são interdependentes e indissociáveis.”
Bolsonaro disse que está empenhado em “integrar o Brasil ao mundo”. Para ele, um dos caminhos é a “defesa ativa da reforma” da Organização Mundial do Comércio (OMC) para buscar a eliminação do que chamou de “práticas desleais de comércio e garantir segurança jurídica das trocas comerciais internacionais”.
Reformas
O presidente destacou que pretende implementar uma série de medidas no país, e citou as reformas, a redução de tributos e a desburocratização. Segundo ele, são ações que vão levar ao desenvolvimento econômico e à estabilidade.
“Vamos diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos. Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas.”
Valores
O presidente ressaltou que gastou menos de US$ 1 milhão na sua campanha e que o país precisa de resgatar valores. “Assumi o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica. Temos o compromisso de mudar nossa história.”
Bolsonaro enfatizou que vai resgatar valores. “Vamos defender a família e os verdadeiros direitos humanos; proteger o direito à vida e à propriedade privada e promover uma educação que prepare nossa juventude para os desafios da quarta revolução industrial, buscando, pelo conhecimento, reduzir a pobreza e a miséria.”
Combate à corrupção
No discurso, Bolsonaro destacou ainda a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro: “O homem certo para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro”, disse. Ao ser questionado sobre seus planos para a área, ele disse que Moro tem “todos os meios para seguir o dinheiro no combate à corrupção e no combate ao crime organizado”.
“É mudando a legislação e aperfeiçoando outra parte da mesma. Dessa forma, tenho certeza de que atingiremos nosso objetivo”, respondeu.
Bolsonaro também acrescentou que os ministros foram indicados de forma técnica, sem participação político-partidária. “Precisamos, sim, muito do Parlamento brasileiro e confiamos que grande parte do mesmo nos dará respaldo na busca do combate à corrupção e na lavagem de dinheiro. Dessa forma, o Brasil será visto de forma diferente aqui fora.”
Segurança
De acordo com o presidente, o governo federal investirá de forma intensa na segurança pública e convidou os presentes a conhecer o Brasil, lembrando que, apesar das belezas naturais, o país não está entre os 40 principais destinos turísticos do mundo. Ele destacou que pretende dinamizar o turismo no Brasil
“Vamos investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois somos um dos primeiros países em belezas naturais, mas não estamos entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo. Conheçam a nossa Amazônia, nossas praias, nossas cidades e nosso Pantanal. O Brasil é um paraíso, mas ainda é pouco conhecido.”
Estreia
Bolsonaro sublinhou que a sua presença no encontro é primeira viagem internacional que faz após a eleição, comprovando a importância que atribui às pautas que têm sido promovidas pelo Fórum de Davos.
“Esta é a primeira viagem internacional que realizo após minha eleição, prova da importância que atribuo às pautas que este fórum tem promovido e priorizado”, disse. “É, para mim, uma grande oportunidade de mostrar para o mundo o momento único em que vivemos em meu país e para apresentar a todos o novo Brasil que estamos construindo.”
O presidente disse que pretende viajar em breve para Israel, Itália, Argentina e Chile.
"Excelente"
O presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão, classificou o discurso de Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial como “excelente”.
“Maravilhosas as palavras do presidente. De acordo com tudo o que estamos pensando e buscando para inovar no nosso país e que a gente tenha um rumo melhor e chegue aos nossos objetivos. A gente tem que lembrar que os nossos objetivos é que todo brasileiro tenha escola, acesso à saúde, ande na rua com segurança e tenha emprego e renda”, afirmou.
Sobre a preservação do meio ambiente citada no discurso, Mourão lembrou que o Brasil está no Acordo de Paris. “Às vezes alguns ruídos acontecem, mas a gente não pode fugir dessa questão ambiental, a questão do clima. O presidente tem plena consciência disso aí e deixou claro no discurso dele”, disse Mourão. O presidente em exercício participou hoje da transmissão de comando do 2º Regimento de Cavalaria de Guarda, para o tenente-coronel Antonio Cesar Esteves Mariotti, na Vila Militar, no Rio de Janeiro.