Posse de armas
Coluna Esplanada - Leqandro Mazzini
O decreto que
facilita a posse de armas de fogo, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro
(PSL), não define regras claras de fiscalização e, sob a perspectiva de
políticas públicas, tende, “incontestavelmente”, a aumentar o número de mortes
no Brasil. A avaliação é do presidente do Fórum Brasileiro de Segurança
Pública, Renato Sérgio de Lima. Pelas novas regras, cidadãos brasileiros com
mais de 25 anos poderão comprar até quatro armas de fogo para guardar em casa.
À Coluna, Renato pontua que “o decreto é uma tentativa formal ‘normativa’ de
burlar o espírito da lei”.
Legislativo
O presidente do
Fórum de Segurança diz que, para cumprir a promessa de campanha, o Governo
tirou o debate do plano do Congresso Nacional onde “vários projetos sobre o
assunto tramitam”.
Boa fé
Renato posiciona
ainda que as polícias não têm capacidade de fiscalizar a obrigatoriedade,
prevista no decreto, de um cofre ou armazenamento seguro em residências onde há
crianças, adolescentes ou pessoas com deficiência mental: “Acreditar na boa fé
da população é complicado”.
Estatuto
Após assinar o
decreto que flexibiliza a posse de armas em cerimônia no Palácio do Planalto, o
presidente Jair Bolsonaro acenou e fez sinal positivo para o deputado Rogério
Peninha (MDB-SC), autor do projeto (PL 3722/2012) que revoga o Estatuto do
Desarmamento. “Valeu Peninha”, disse o presidente.
Suborno
Os ex-diretores da Odebrecht Luiz Antônio Bueno Junior, Luiz Antônio Mameri e Luiz Eduardo da Rocha Soares se comprometeram a colaborar com a Justiça colombiana com informações relacionadas aos casos de suborno envolvendo a construtora.
Perdão
Por
videoconferência, os três pediram perdão pelos crimes de corrupção cometidos na
Colômbia, entre eles o que envolve o ex-ministro de Transportes do país,
Gabriel García Morales, acusado de receber US$ 6,5 milhões da Odebrecht para a
concessão de obras da Seção II da Ruta del Sol.
Jornada
Mais uma proposta
que muda as regras trabalhistas avança na Câmara. O deputado Luiz Fernando
Faria (PP-MG) deu parecer favorável à admissibilidade da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC 300/2016) que, entre outros pontos, amplia a jornada diária
de trabalho para dez horas.
Prescrição
O texto da PEC
também reduz de dois anos para três meses o prazo de prescrição para os
trabalhadores urbanos e rurais ingressarem com ação após a extinção do contrato
de trabalho.
Dados
Durante a campanha
eleitoral de 2018, os candidatos conseguiram 202 vezes que a Justiça obrigasse
os serviços a entregar dados pessoais que permitissem identificar usuários
autores de posts. O número é mais do que o triplo do constatado nas eleições de
2014 (61 decisões).
IP
As informações são
do levantamento de dados do Projeto Ctrl+X, plataforma da Abraji (Associação
Brasileira de Jornalismo Investigativo). Em 2014, 30% das solicitações foram
atendidas; em 2018, a Justiça deferiu o pedido em 69% dos processos.
CSI Brasil
O maior evento de
ciências forenses da América Latina, o Interforensics, acontece neste ano em
São Paulo, de 21 a 24 de maio. Entre os palestrantes confirmados estão o
ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o co-fundador do Innocence Project,
Peter Neufeld. A organização é da Academia Brasileira de Ciências Forenses
(ABCF) com apoio da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF).
Rota internacional
A última edição, em
2017, aconteceu em Brasília com mais de 1.500 participantes e 175 palestrantes
brasileiros e estrangeiros, com representantes das principais polícias e
universidades do mundo. “É uma oportunidade de evoluir no diálogo e na pesquisa
de ciência forense. Os principais pesquisadores do mundo inteiro estarão
reunidos em um único lugar”, diz o presidente da APCF, João Ambrósio.
Orçamento
Após pedir
exoneração do comando da Funai, Wallace Bastos reuniu servidores e informou que
conseguiu, junto ao Governo Federal, ampliar o orçamento da Fundação de R$ 109
milhões para R$ 175 milhões este ano: “Permitirá ao órgão avançar no que diz
respeito às demandas das comunidades indígenas”.
ESPLANADEIRA
Mais de 6.631 pessoas visitaram o Congresso Nacional este ano. O número de visitantes é 45% maior que o registrado no mesmo período de 2018.
ESPLANADEIRA
Mais de 6.631 pessoas visitaram o Congresso Nacional este ano. O número de visitantes é 45% maior que o registrado no mesmo período de 2018.
(*) Por Walmor Parente,
interino e subeditor