quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

PARLAMENTO BRITÂNCIO REJEITA O ACORDO DE BREXIT DE THEREZA MAY


Em derrota histórica para May, parlamento britânico rejeita acordo do Brexit

Estadão Conteúdo










A Câmara dos Comuns do Reino Unido rejeitou nesta terça-feira, (15), o acordo do Brexit entre o país e a União Europeia por 432 votos a 202. Negociado arduamente pela primeira-ministra britânica, Theresa May, o acordo enfrentou a resistência de um Parlamento hostil. Agora, a incógnita reside no que vai ocorrer após a derrota.

"Esse resultado não diz nada sobre o que quem é contra o acordo defende", disse May, logo depois da votação. "Nem como honrar o resultado do referendo nem se ele será honrado. O povo britânico merece clareza sobre isso o quanto antes."

A votação começou com a análise de quatro emendas apresentadas pelos deputados do documento de 585 páginas fruto de 17 meses de negociações com Bruxelas. Uma delas foi rejeitada e as outras três retiradas de votação.

"Não, não é perfeito. E, sim, é uma fórmula de acordo", tinha admitido a chefe de governo conservadora na segunda-feira, enquanto pedia aos legisladores para "voltarem a examinar o texto" com espírito aberto.

Em uma tentativa de salvá-lo ou pelo menos limitar a derrota, na esperança de conservar uma margem de manobra posterior, May apresentou uma carta na qual Bruxelas garante que a União Europeia (UE) quer evitar a aplicação de seu ponto mais conflituoso, o denominado "backstop". (Com agências)

UE quer que Reino Unido esclareça intenções sobre Brexit o mais rápido possível

Após o Parlamento britânico derrotar o acordo do Brexit proposto pela primeira-ministra Theresa May por 432 votos a 202, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, urgiu o Reino Unido a "esclarecer suas intenções" para a separação da União Europeia "tão logo quanto possível".

O acordo votado nesta terça-feira "o único caminho para assegurar uma retirada ordeira do Reino Unido da União Europeia", afirmou o luxemburguês em comunicado. Ele "é um compromisso justo e o melhor acordo possível. Ele reduz o dano causado pelo Brexit a cidadãos e empresas em toda a Europa", acrescentou.

Juncker alertou sobre como o risco de um divórcio "desordenado" aumentou com a votação desta noite. "Ao passo que não queremos que isso aconteça, a Comissão Europeia continuará o seu trabalho de contingências para ajudar a assegurar que a UE está completamente preparada."

Ele encerra com uma mensagem nada reconfortante: "O tempo está quase no fim."

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