terça-feira, 27 de novembro de 2018

TROCA DE FAVORES NÃO REPUBLICANOS ENTRE O PRESIDENTE TEMER E O STF


Temer sanciona reajuste para ministros do STF, e Fux revoga auxílio-moradia

Agência Brasil









O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux revogou nesta segunda-feira (26) liminar proferida por ele, em 2014, que garantiu o pagamento do auxílio-moradia para juízes de todo o país. Com a decisão, integrantes do Ministério Público, Defensoria Pública e tribunais de contras também devem ser afetados e perder o benefício.
A decisão somente deve valer após o aumento para os ministros do STF, sancionado hoje pelo presidente Michel Temer, começar a ser pago.
A decisão fez parte de um acordo informal feito por Fux, relator dos casos que tratam sobre o auxílio, o presidente do STF, Dias Toffoli, e o presidente Michel Temer, para garantir a sanção do aumento e cortar o pagamento do auxílio com objetivo de diminuir o impacto financeiro nos cofres públicos.
Em 2014, o pagamento do benefício foi garantido por Fux, ao deferir duas liminares determinando que os tribunais fossem notificados para iniciarem o pagamento do benefício, atualmente de R$ 4,3 mil, por entender que o auxílio-moradia está previsto na Lei Orgânica da Magistratura (Loman - Lei Complementar 35/1979).


SITUAÇÃO DOS IMIGRANTES NA FRONTEIRA DO MÉXICO COM OS EUA


A democracia não chega

Manoel Hygino 









O mundo, dito civilizado, acompanha pelas imagens de televisão, pelos repórteres de rádio ou pelas páginas de jornais, a marcha interrupta de uma caravana que saiu há um mês de Honduras com destino aos Estados Unidos. Há cerca de uma semana, acelerou seus passos pelo estado de Sinaloa, já no México e a caminho de Navajoa, fronteira com os Estados Unidos. Simultaneamente, pequenos grupos alcançaram Tijuana, na Baixa Califórnia, os primeiros dos quais com transexuais e homossexuais.
A esperança de todos é que Tio Sam lhes conceda status de refugiados, por força da extrema violência e da pobreza que sofrem em seus países. Para consegui-lo, confiam em permissão oficial da Casa Branca, mas Trump não é lá dessas bondades, principalmente diante do maior incêndio da história americana, que destrói, há semanas, amplas regiões na Califórnia.
A resposta, contudo, de Washington é outra. Tropas militares da Operação Linha Segura, na fronteira da Califórnia em chamas com o México, permanecerão na região até 15 de dezembro, e seu objetivo é muito claro: impedir a entrada dos imigrantes procedentes da Guatemala, Nicarágua e Honduras.
A caravana, aliás, não é única, nem se importa que os cães ladrem. Os 7 mil retirantes não se intimidam com as forças militares estacionadas na fronteira entre San Diego, na Califórnia, e Tijuana, no México, não se admitindo uma solução não pacífica para o impasse, a despeito da repercussão internacional negativa.
A região vive em situação candente há muito tempo e não faltam notícias más sobre a América de língua espanhola. As sucessivas tentativas de democracia falharam, porque os homens que detêm o poder em suas pátrias insistem em conduzir o governo à sua vontade e pela força. Em meados deste ano, mais de 4 mil cidadãos pediram à polícia na Nicarágua que parasse o banho de sangue, produzido pela repressão. Não somente lá. Parece que a América Latina vive em um paiol de munição. No caso da Nicarágua, o clero católico entrou em cena insistindo na assinatura de um plano de democratização e a retomada do diálogo com a oposição. Não é a primeira vez, e não se pode esquecer que um dos canonizados, em 2018, por Francisco, o papa, era um alto dignatário de Honduras – Dom Romero. Ele foi assassinado a tiros durante cerimônia religiosa.
De uma determinada linha do continente para cima, progresso e riqueza. Abaixo, a pobreza e a dor. Há necessidade de compreensão, como enfatiza Mário Vargas Llosa, que sabe dos fatos, suas origens e efeitos. Para ele, em primeiro lugar há de ter-se consciência de que as demarcações territoriais que dividem nossos países são artificiais, dispositivos políticos impostos de maneira arbitrária na época colonial e que os líderes da emancipação e seus sucessores, em vez de apararem, legitimaram e, às vezes, agravaram. “Essa balcanização forçada da América Latina, diferentemente do que aconteceu na América do Norte, onde as 13 colônias se uniram e isso acelerou o deslanche dos Estados Unidos – foi um dos fatores mais evidentes do nosso subdesenvolvimento, pois acelerou os nacionalismos, as guerras e os conflitos”.
As consequências aí estão. Até quando, não se sabe.

SONDA DA NASA POUSOU EM MARTE ONTEM DIA 26/11/2018


Sonda da Nasa pousa em Marte e manda 1ª imagem

Estadão Conteúdo









Primeira imagem enviada pela sonda Insight de Marte

O módulo espacial InSight, a primeira missão da agência espacial americana Nasa para estudar o interior de Marte, pousou nesta segunda-feira, 26, com sucesso na superfície do planeta vermelho. A sala de controle do Laboratório de Propulsão da Nasa em Pasadena, na Califórnia, recebeu nesta segunda às 17h53 (horário de Brasília) o sinal de que a sonda InSight havia pousado em Marte.

"Te sinto, Marte. E logo conhecerei seu coração. Com esta aterrissagem a salvo, estou aqui. Estou em casa", disse em seu perfil oficial no Twitter o módulo InSight, que tem transmitido sua viagem desde que deixou Terra em maio. Os cientistas e técnicos da Nasa na sala de controle em Pasadena reagiram com sorrisos, aplausos e abraços coletivos à esperada notícia de que InSight tinha concluído sua viagem espacial com sucesso.

Poucos minutos depois, às 17h58, a Nasa recebeu a primeira fotografia de Marte enviada pela sonda InSight. A imagem foi enviada por dois satélites que acompanharam a sonda durante sua travessia. "Minha primeira foto em #Marte", escreveu a Nasa na conta criada para a InSight no Twitter. "A capa da minha lente ainda não foi retirada, mas tinha de mostrar a vocês uma primeira vista do meu novo lar".

A InSight terminou nesta segunda-feira, com seu pouso em Marte, uma viagem de 485 milhões de quilômetros, que separam a Terra do planeta vermelho. A jornada havia começado no dia 5 de maio, quando decolou da Base Aérea Vandenberg na Califórnia.

O que a sonda vai investigar

Diferentemente de outras missões anteriores da Nasa centradas na superfície ou na atmosfera de Marte, a novidade da InSight é que seu principal propósito é estudar o interior do planeta para conhecer mais de perto sua composição e evolução. Para isso, conta, entre outros instrumentos, com um sismógrafo e uma sonda que medirão a atividade e a temperatura internas do planeta, respectivamente.

Neste ponto, será fundamental o trabalho de uma escavadora mecânica, incluída no módulo, que perfurará até cerca de cinco metros de profundidade a superfície marciana. O módulo pousou e se instalou nesta segunda em uma região plana de Marte conhecida como Elysium Planitia, onde realizará sua atividade investigativa.

Os 'sete minutos de terror'

Para "aterrissar" com sucesso, InSight teve de superar os tais "sete minutos de terror", como foi batizada pela Nasa a delicada e breve fase de sua missão na qual o módulo atravessou a atmosfera marciana a quase 20 mil quilômetros por hora até reduzir sua velocidade para cerca de oito quilômetros por hora pouco antes de pousar.

A previsão é que a sonda InSight permaneça em operação em Marte durante cerca de dois anos.

Outros lançamentos

Esta é primeira vez desde 2012 que um artefato pousa sobre Marte, depois do veículo Curiosity da Nasa, o único atualmente ativo na superfície do planeta vermelho. Só os Estados Unidos conseguiram colocar artefatos no planeta. Mais da metade das 43 tentativas de levar a Marte robôs, satélites e outros - executadas por agências espaciais de todo o mundo - falharam. /COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

UNIÃO EUROPEIA APROVA ACORDO DO BREXIT


União Europeia aprova acordo do Brexit e texto segue para Parlamento britânico

Estadão Conteúdo









A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, e os líderes dos países-membros do bloco aprovaram um acordo de 585 páginas


Mais de dois anos após os britânicos votarem para se separar da União Europeia, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, e os líderes dos países-membros do bloco aprovaram na manhã deste domingo um acordo de 585 páginas que estabelece os termos do divórcio.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, comunicou o fato por meio de sua conta oficial no Twitter. "Os 27 membros da UE endossaram o Acordo de Retirada e a Declaração Política sobre as futuras relações entre UE e Reino Unido", escreveu Tusk no microblog.

Agora começa a parte mais difícil. Primeiro, May enfrenta a disputa política de sua vida para conquistar apoio para o acordo no seu próprio Parlamento, que deve votá-lo no começo de dezembro.

Dezenas de companheiros de seu Partido Conservador, bem como o Partido Trabalhista, ameaçaram rejeitar o pacto. Se May perder, ela terá de correr contra o relógio para renegociar os termos - e garantir sua aprovação - antes que o Reino Unido tenha de deixar o bloco, no dia 29 de março de 2019.

Porém, os líderes da União Europeia já avisaram que se o Parlamento britânico rejeitar o acordo, não serão oferecidas condições melhores.

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse nesta manhã que o acordo foi "muito equilibrado", sem vencedores ou perdedores. Ele alertou que, se o Parlamento votar contra, Londres terá dificuldades para negociar novas mudanças.

Mesmo que o acordo do Brexit seja aprovado pelo Parlamento, o Reino Unido irá iniciar negociações - que provavelmente levarão anos - para estabelecer novas relações de comércio e segurança com a União Europeia. Isso porque quando o país votou a favor da saída, ele efetivamente decidiu desfazer quatro décadas de tomadas de decisão conjuntas - sobre leis e regulações que abrangiam desde o compartilhamento de informações sobre criminosos e terroristas até normas alimentares e impostos - que regem a relação do Reino Unido com seu maior parceiro comercial.

Como resultado, a menos de quatro meses para o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia continua como um salto no escuro, com empresas, bancos e famílias incertos de como se preparar.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...