terça-feira, 6 de novembro de 2018

ELEIÇÕES NOS EUA - CONGRESSO E GOVERNADORES


EUA: eleitores vão às urnas escolher novo Congresso e 36 governadores

Agência Brasil









O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá parte do seu destino político definido na próxima terça-feira (6), quando haverá eleições para a Câmara dos Representantes, equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil, e para o Senado, além de 36 dos 50 governadores. O esforço de Trump é para manter a maioria republicana nas duas Casas do Parlamento, assim como no comando executivo dos estados.
As eleições legislativas costumam ser uma espécie de baliza política para o presidente norte-americano, que está na metade do mandato e a dois anos de uma eventual tentativa de reeleição. Se perder a maioria republicana para os democratas no Congresso, Trump pode esbarrar em dificuldades para levar adiante projetos prioritários para o governo, como os temas relacionados à migração.
Parlamento
Os números atuais são favoráveis ao presidente norte-americano. Os republicanos têm 235 das 435 cadeiras na Câmara dos Representantes e 51 das cem, no Senado. A manutenção dessa tendência a partir do dia 6, no entanto, é incerta.
As 435 vagas da Câmara dos Representantes estão em disputa e os democratas, que fazem dura oposição a Trump, tentam ganhar mais espaço. Já no Senado, dos cem assentos, 35 serão renovados.
Estados
Dos 36 estados onde haverá disputa para o Executivo, 26 estão atualmente sob poder dos republicanos. A Flórida é um dos destaques do pleito, pois pode eleger o democrata Andrew Gillum que, se vitorioso, será o primeiro afro-americano no cargo. Ele disputa com o republicano Ron DeSantis, aliado de Trump.
O Texas também está no foco das atenções, pois tradicionalmente é governado por republicanos. A campanha é apontada como uma das mais caras do país e tem na disputa o democrata Beto O'Rourke, um cantor de rock-punk que ocupa um assento na Câmara, e o republicano Ted Cruz.
Influências
A política de imigração de Trump, que atinge os latinos em geral, influenciará principalmente as regiões fronteiriças com o México, como caso de Distrito 2 do Arizona. Os eleitores vão escolher entre duas candidatas mulheres: a republicana de origem latina Lea Marquez Peterson e a ex-parlamentar democrata Ann Kirkpatrick.
No Kansas, a disputa está entre a democrata Sharice Davids, candidata de origem indígena e o republicano Kevin Yoder, que teve parte dos recursos de campanha suspensos pelo partido.

Trump enfrentará maior teste pessoal em eleições legislativas

Estadão Conteúdo



Nesta terça-feira (6), os americanos votarão nas eleições de meio de mandato, definindo a renovação da Câmara, de um terço do Senado e de 36 dos 50 governadores. Para além de uma disputa interna, a votação é considerada um referendo de aprovação - ou reprovação - do governo de Donald Trump. Na reta final, o presidente intensificou sua participação na campanha do partido para conter uma onda democrata.

Hoje, as duas Casas são comandadas pelos republicanos, mas o partido corre o risco de perder a maioria na Câmara dos Deputados - no Senado, a situação é mais confortável. "As eleições presidenciais costumam ser um olhar para o futuro, enquanto as de meio de mandato são um referendo do passado", afirma Gary Nordlinger, da Escola de Gestão Política da George Washington University. O fator Trump é levado em conta por seis em cada dez americanos, segundo pesquisa do Pew Research. Segundo o instituto, 37% dos eleitores dizem que a eleição será um voto contra Trump, enquanto 23% consideram votar em favor do presidente.

Trump tem trabalhado como cabo eleitoral em uma agenda marcada por viagens para defender até críticos dentro do partido, como Ted Cruz, do Texas. Os americanos renovarão todos os deputados - que têm mandato de dois anos nos EUA - e 35 dos 100 senadores.

Trump admitiu a possibilidade de perder a maioria na Câmara dos Deputados na sexta-feira. "Pode acontecer, pode acontecer. Nós estamos indo muito bem no Senado, mas pode acontecer", disse Trump, em campanha na Virginia Ocidental. Os democratas precisam conquistar 23 cadeiras a mais do que os republicanos para conseguir a maioria da Câmara.

À CNN, a deputada democrata Nancy Pelosi se disse confiante no último fim de semana antes da disputa. "Até outro dia, eu diria que 'se as eleições fossem hoje, nós poderíamos ganhar'. Agora, o que estou dizendo é 'nós vamos ganhar'."

Manter a maioria no Senado dá segurança ao mandato de Trump, já que um eventual pedido de impeachment precisaria da aprovação dos senadores, após análise na Câmara. No entanto, perder a maior parte da Câmara para a oposição não é boa notícia, já que os democratas passarão a assumir as comissões na Casa e comandariam investigações contra o republicano - que está na mira da Justiça em razão de um possível conluio com os russos para interferir na campanha eleitoral de 2016.

Obstáculos

Mais do que convencer os eleitores a votar em seu partido, Trump trabalha para engajar os republicanos a votar - já que o voto nos EUA não é obrigatório. Dois acontecimentos recentes jogaram pressão em cima do presidente americano.

Primeiro, o ataque a uma sinagoga em Pittsburgh, na Pensilvânia. Por fim, o envio de pacotes com explosivos a alvos ligados aos democratas. Ambos fizeram Trump responder a acusações de que seu discurso de ódio leva a ações de uma sociedade polarizada. Para Nordlinger, isso não deve impulsionar a oposição. "Os democratas que se importam com isso já votariam de todo o jeito", afirma.

Outros acontecimentos, no entanto, deram força ao republicano, como o avanço da caravana de cerca de 7 mil imigrantes da América Central em direção aos Estados Unidos. Trump endureceu o discurso, usando sua conta no Twitter, contra a imigração ilegal - sua principal plataforma de campanha desde que se lançou à presidência.

Discurso 'roubado'

O discurso de proteção de minorias, tradicionalmente usado pelos democratas, agora virou plataforma dos republicanos. Em maio, o cabeleireiro Brandon Straka, em Nova York, postou um vídeo em suas redes sociais lançando o movimento "Walk Away" - para reunir ex-simpatizantes democratas e minorias insatisfeitas com o partido.

"O Partido Democrata dá como certo que possui as minorias raciais, sexuais e religiosas", disse Straka, que, de lá para cá, começou a ser convidado frequente da Fox News - canal de TV pró-Trump - e possui mais de 97 mil seguidores no Twitter. Há uma semana, o movimento ganhou um apoiador de peso: o próprio presidente Donald Trump, que deu parabéns a Straka por "começar algo tão especial".

No dia 27 de outubro, Straka e seu grupo fizeram uma marcha em Washington. No discurso na Freedom Plaza - a 200 metros do Trump Hotel, Straka, que é gay, conclamou as minorias a abandonarem os democratas. "Quem somos? Somos americanos negros, hispânicos, héteros ou homossexuais. Somos americanos e não vamos nos dividir."

Na sua camiseta preta lia-se: "Não sou racista, não sou intolerante, não sou homofóbico, não sou democrata". Straka foi aplaudido - exceto quando assumiu que votou em Hillary Clinton para presidente em 2016.

O palanque foi dividido com mulheres e negros, sob o mesmo mantra da unificação de minorias contra os democratas e a saudação a Trump como representante de todos os americanos. "Não quero ser identificado por minha cor, idade ou gênero. Quero ser identificado como americano", disse Brendley Dilley, no palco.

O discurso comum é que democratas usam as minorias como plataforma política e seria mentira que Trump não respeite imigrantes, negros e gays. Tammy Gore, que assistia aos discursos, disse que os democratas causaram a divisão da sociedade. "Eles não se interessam pelas pessoas. Eles se interessam pelo poder".

MILITARES OCUPARÃO MUITOS POSTOS NO GOVERNO JAIR BOLSONARO



'Ninguém está pensando em intervenção militar', diz general Heleno

Agência Brasil










O general Augusto Heleno negou que a nomeação de integrantes das Forças Armadas para a equipe de transição indique uma postura autoritária do governo eleito

O general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, confirmado como ministro da Defesa do governo eleito de Jair Bolsonaro (PSL), negou nesta segunda-feira (5) que a nomeação de integrantes das Forças Armadas para a equipe de transição indique uma postura autoritária do governo eleito. Segundo ele, são nomeações técnicas e que consideram a elevada formação profissional.
"O país resolveu aproveitar tudo o que investe na formação. É uma questão de coerência de aproveitamento do que foi investido nos militares, que nós possamos participar da vida pública. Não tem nada a ver com governo militar, ninguém tá pensando em intervenção militar, ninguém tá pensando em autoritarismo, é uma aproveitamento de gente que o país não estava acostumado a aproveitar. Pouca gente conhece o Brasil como nós", disse.
O general Augusto Heleno participou nesta segunda-feira (5) da primeira reunião da equipe de transição coordenada pelo ministro extraordinário Onyx Lorenzoni. Após o encontro, o general foi perguntado sobre a participação de militares no próximo governo, que inclui o próprio presidente eleito, capitão reformado do Exército, além do vice-presidente da República, general Mourão.
Indicação de Moro
O general Augusto Heleno classificou a confirmação do juiz federal Sergio Moro para o Ministério da Justiça como "um gol de bicicleta do meio de campo" do presidente eleito Jair Bolsonaro. Ele afirmou que a escolha de todos os prováveis 16 ministros do governo não deve ser urgente e que há muitos nomes qualificados.
"Todos apresentam credenciais muito significativas e naturalmente a escolha é muito difícil. Imaginem a pressão que o presidente sofre nessa altura. Não há essa urgência, não é tão urgente assim", afirmou.
Venezuela
Questionado sobre a atuação do Ministério da Defesa na crise migratória da Venezuela, o general Heleno classificou a questão como um "problema humanitário" e disse que o trabalho de acolhimento será mantido.
"As Forças Armadas estão sendo empenhadas no atendimento humanitário, a gente tá acolhendo quem tá resolvendo passar a fronteira para o lado do Brasil. é um trabalho difícil, a quantidade [de migrantes] é acima da capacidade de Roraima."
O militar negou que haverá, por parte do próximo governo, qualquer tipo de "ingerência" nos assuntos internos da Venezuela e disse que o fechamento de fronteira entre os dois países está fora de cogitação porque é uma proposta, segundo ele, "não realizável" na prática. 


COLUNA ESPLANADA DO DIA 06/11/2018


Tensão socialista

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 











O PSB faz hoje na sede do partido, em Brasília, balanço da campanha de 2018 com alguns constrangimentos. O presidente Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, reunirá executivos para detalhar avanços e lições, de olho em duas situações em especial. Após desistir de se candidatar a presidente do Brasil, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa saiu da sombra e quer visibilidade. Enquanto lida com o episódio do irmão do falecido Eduardo Campos, Antônio Campos. Tonca, como é chamado, ameaça entrar na Justiça por uso de imagem do avô, Miguel Arraes, pelo governador Paulo Câmara, sucessor de Eduardo que se reelegeu para o Governo de Pernambuco.
Histórico 
Tonca foi derrotado na eleição para deputado estadual pelo Podemos. Em 2016 perdeu a disputa pela prefeitura de Olinda. O sobrinho, João, filho de Eduardo, se elegeu federal.

Do leme 
Ventos de proa do Palácio do Planalto indicam que o futuro comandante da Marinha é o Vice Almirante Ilques Barbosa Junior.

Society portuguesa  
A revista Lux, de Portugal, deu capa para Bolsonaro, a esposa Michele e as duas filhas. “É uma mulher forte e sensível, dedicada à causa das pessoas com deficiência”, diz ele.

Resistência..
O ministro do Esporte, Leandro Cruz, reforça o coro dos insatisfeitos na praça contra a fusão do ministério com Educação e Cultura. Ressalta que o Esporte não é apenas a prática de modalidades. Financia estudos, programas diversos, federações de várias modalidades. É uma pasta também de programas sociais.

..na Esplanada 
“O Esporte não pode virar subtema dentro de outro ministério. Perderemos toda a evolução conquistada nos últimos anos, de apoio aos atletas, políticas sócio esportivas e modernização da gestão”, argumenta Cruz para a Coluna.

Turi$mo
Já sobre a fusão do Turismo com Integração Nacional é comemorada pelo trade turístico na Bahia. Empresários do setor, reunidos no Conselho Baiano de Turismo, manifestam seu ‘apoio total à incorporação da pasta’.

 PIB do passeio 
Alguns municípios como Porto Seguro têm no Turismo 80% de sua economia - em Salvador o turismo representa 20%. “Depois do Agronegócio, somos os maiores empregadores”, lembra Roberto Duran, presidente do Conselho.

Encontro de Liberais  
O deputado Jerônimo Goergen (PP) capitaneia hoje em São Paulo reunião de deputados e senadores eleitos e reeleitos, de viés liberal, com executivos do setor financeiro. “Terão a responsabilidade de aprovar reformas, privatizações. Acredito que esta agenda possa ajudar a qualificar o debate que se impõe aos legisladores”, diz Goergen.

Porta-voz 
O empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo, que ensaiou candidatura à Presidência pelo PRB, receberá o grupo de políticos amanhã para debater ideias. Ele e Goergen vão levar propostas ao presidente eleito.

Agenda anticorrupção 
Policiais federais aprovaram a indicação de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça. “Moro vai valorizar a agenda anticorrupção. Sua nova função vai consolidar os benefícios que toda a população teve no combate ao crime organizado”, aposta o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luís Antônio Boudens. A Fenapef representa os mais de 14 mil policiais.

Vem de anos 
Cotado para assumir o “Ministério da Família” - ou do Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, conforme revelou a Coluna – o senador não reeleito Magno Malta (PR-ES) emplacou indicados, entre eles um irmão, em cargos vinculados ao Ministério dos Transportes nos governos Lula, Dilma e Temer.

Gestão de clubes 
A Confederação Brasileira de Clubes e o Comitê Brasileiro de Clubes anunciaram Marcelo Sacramento, Comodoro do Yacht Clube da Bahia, o melhor presidente de clube do Brasil no ano de 2018.


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

PRESIDENTE TRUMP DOS EUA DECRETA NOVAS SANÇÕES CONTRA O IRÃ


Na véspera de sanções, Irã comemora 39 anos da tomada da embaixada dos EUA

Estadão Conteúdo









Milhares de iranianos saíram às ruas neste domingo (4) em comemoração ao 39º aniversário da tomada da embaixada americana em Teerã, apenas algumas horas antes de os Estados Unidos restabelecerem todas as sanções internacionais contra o Irã. A crise dos reféns americanos, após a queda do Xá do Irã, aliado dos EUA, durou 444 dias e só terminou em janeiro de 1981, com a libertação dos 52 diplomatas americanos.

Alguns iranianos aproveitaram a ocasião neste domingo para expressar sua raiva contra o presidente americano, Donald Trump. "Hoje, a nação iraniana vai mostrar que o sr. Trump é muito pequeno para conseguir fazer o Irã se ajoelhar", disse o presidente do parlamento, Ali Larijani. Em maio, Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015 com o Irã e na última sexta-feira anunciou que as punições seriam retomadas nesta segunda-feira (5). Segundo a Organização das Nações Unidas, porém, Teerã continua honrando o acordo.

"Sr. Trump! Nunca ameace o Irã, porque os gemidos de forças americanas assustadas em Tabas ainda podem ser ouvidos", disse o general Mohammad Ali Jafari, referindo-se a uma tentativa fracassada dos EUA de resgatar os reféns, conhecida como Operação Garra de Águia.

O Irã já está passando por uma crise econômica. A moeda local, o rial, é negociada a 145 mil por dólar, em comparação a 40.500 por dólar um ano atrás. No fim do ano passado, a situação econômica desencadeou grandes protestos contra o governo, que resultaram em quase 5 mil prisões e pelo menos 25 mortes.

"O povo iraniano está sentindo a pressão econômica na mesa de jantar, mas não vai abandonar o Islã, seus valores e a Revolução Islâmica por causa da alta dos preços, disse Jamshid Zarei, que participou das comemorações neste domingo.

Segundo os EUA, as sanções não têm como objetivo derrubar o governo, mas persuadi-lo a mudar radicalmente suas políticas, como o apoio a grupos militantes regionais e o desenvolvimento de mísseis balísticos de longo alcance. No entanto, o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, e o assessor de segurança nacional do presidente, John Bolton, já deram declarações públicas apoiando a derrubada do governo iraniano.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...