quinta-feira, 11 de outubro de 2018

ACIDENTES DO TRABALHO NO BRASIL - CAUSAM MUITAS VÍTIMAS


Em Minas, 44 mil pessoas são vítimas de acidentes de trabalho

Lucas Eduardo Soares









Operários ficaram dependurados na lateral do prédio a uma altura de pelo menos 84 metros

Minas Gerais registrou, no ano passado, 44.480 acidentes de trabalho. Números apontam cinco casos a cada hora de 2017 e indicam que 253 pessoas morreram em todo o Estado.
Os dados são do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Relatório acrescenta que os homens são os maiores afetados e as lesões recorrentes são as que deixam feridas abertas.
Somente na capital mineira, 8.064 notificações de acidentes foram levantadas pelos órgãos. Nessa quarta-feira, novos números poderiam ter sido acrescidos às estatísticas se não fosse um resgate.
Três operários, que faziam manutenções no Edifício Maletta, região Centro-Sul de BH, foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros. Os trabalhadores efetuavam reparações do lado externo do 28º andar do prédio, a cerca de 84 metros, quando uma corda que segurava o andaime se soltou e os deixou dependurados. Nenhum deles ficou ferido. Em casos graves como esse, a recomendação é registrar o ocorrido para garantir que os direitos sejam cumpridos.
Cláudio Ferreira dos Santos, presidente da Associação Brasileira de Técnicos de Segurança do Trabalho e do sindicato que representa a categoria, destaca que qualquer trabalhador que sofrer algum tipo de acidente no ambiente de trabalho deve solicitar, da empresa, um Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT). Depois, procurar a entidade sindical para formalizar a solicitação de reparações.
Uma delas, conforme Cláudio, é a que envolve o afastamento pelo INSS. De acordo com o relatório, em 2017, mais de 14 mil trabalhadores de Minas, que se acidentaram, receberam o auxílio do instituto. “O trabalhador precisa reivindicar os direitos, como indenizações, seguros, estabilidade empregatícia, dentre outros”, explica.

FED DOS EUA PRETENDE AUMENTAR OS JUROS - AFETA OUTROS PAÍSES


Williams prevê que mais aumentos de juros pelo Fed irão garantir expansão

Estadão Conteúdo








O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em Nova York, John Williams, reiterou em discurso que uma perspectiva econômica favorável exige mais elevações dos juros básicos.

"O Federal Reserve atingiu seu duplo mandato de emprego pleno e estabilidade dos preços de uma forma como nunca antes", disse Williams em texto de um discurso preparado para uma reunião de banqueiros internacionais em Bali, na Indonésia. "A economia dos EUA está indo muito bem."

Neste contexto, "espero que mais elevações de juros graduais fomentem uma expansão econômica sustentada", disse Williams, que é membro votante nas reuniões de política monetária do Fed. Williams, no entanto, não tem dado indicações sobre quantos novos aumentos poderão ocorrer e em que momento.

No fim de setembro, o Fed elevou seus juros básicos pela terceira vez este ano, ajustando a meta da taxa do Fed funds para a faixa de 2% a 2,25%. A expectativa é que o BC americano volte a aumentar juros em dezembro e anuncie várias outras elevações no próximo ano, caso a economia dos EUA cumpra as expectativas de forte desempenho.

No discurso desta quarta-feira (10), Williams ressaltou que, à medida que a política monetária se normalizar, o Fed terá menos condições de oferecer sinalizações claras do que acontecerá no futuro. "A direção futura da política não será mais tão clara quanto foi nos últimos anos", disse.

Williams previu ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA deverá crescer 3% este ano e 2,5% em 2019. Para a taxa de desemprego, ele projeta queda dos atuais 3,7% para menos de 3,5% no ano que vem. O dirigente do Fed também espera que a inflação supere levemente a meta de 2%, mas afirmou "não ver sinais de pressões inflacionárias maiores no horizonte".

Williams também referiu-se a preocupações internacionais sobre os efeitos da trajetória da alta de juros do Fed, ao dizer que o BC americano também uma agenda doméstica, mas leva em consideração como suas decisões afetam outros países. Fonte: Dow Jones Newswires.

DESASTRES NATURAIS CAUSADOS PELO AQUECIMENTO GLOBAL DÃO PREJUÍZOS ENORMES ÀS NAÇÕES DO MUNDO


Perdas com clima chegam a US$ 15,7 bi em 20 anos no Brasil, alerta ONU

Estadão Conteúdo








Durante os 20 anos, 1,3 milhão de pessoas em todo o mundo morreram e 4,4 bilhões foram obrigadas a deixar suas casas

Desastres naturais custaram ao mundo quase US$ 3 trilhões em apenas 20 anos e, desse total, 77% das perdas (US$ 2,2 trilhões) foram gerados por eventos climáticos, que registraram um aumento importante. Os dados foram publicados nesta quarta-feira, 10, pelo Escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Redução de Riscos de Desastres, em colaboração com a Universidade Católica de Louvain, na Bélgica.

A avaliação também traz uma constatação alarmante: são as populações do planeta que menos contribuem para as mudanças climáticas e mais pobres que estão sendo as mais afetadas pelo comportamento de sociedades afluentes em outras partes do mundo.

Em 20 anos, o aumento das perdas foi de 151% por conta de desastres relacionados com o clima. Entre 1978 e 1997, por exemplo, as perdas chegaram a US$ 895 bilhões.

Foram registrados 7,2 mil desastres no mundo nos últimos 20 anos. Desses, 91% tinham relação direta com o clima. As enchentes representaram 43% dos casos, contra 28% para tempestades.

As maiores perdas, em termos absolutos, ocorreram nos Estados Unidos, com US$ 944 bilhões, contra US$ 492 bilhões na China. No terceiro lugar aparece o Japão, com US$ 376 bilhões, contra US$ 79 bilhões na Índia e US$ 71,7 bilhões em Porto Rico.

Na Europa, os alemães somaram perdas de US$ 57 bilhões, contra US$ 56 bilhões na Itália e US$ 48 bilhões na França. Completam a lista ainda a Tailândia, com US$ 52 bilhões e mais de US$ 46 bilhões no México.

No Brasil, as perdas chegaram a US$ 15,7 bilhões em 20 anos. Em 2004, por exemplo, o custo chegou a 0,30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Para cada cem brasileiros, seis foram afetados por desastres naturais desde 1998. No total, em duas décadas, 2,7 mil brasileiros morreram. As enchentes de janeiro de 2011 no estado do Rio de Janeiros foram as mais importantes em termos de impacto humano, com 900 mortes registradas.

Durante os 20 anos, 1,3 milhão de pessoas em todo o mundo morreram e 4,4 bilhões foram obrigadas a deixar suas casas, feridas ou precisaram ser alvo de ajuda emergencial. 56% das mortes foram geradas por 563 terremotos, inclusive tsunamis.

Ricardo Mena, representante do Escritório da ONU para a Redução, alerta que esse é apenas a "ponta de um iceberg", já que apenas 37% dos desastres naturais têm sido registrados. Na prática, a conta final poderia ser três vezes maior do que foi registrado.

Para completar, pouco se sabe exatamente o que ocorre nos países mais pobres. A estimativa é de que foram registradas e calculadas as perdas de apenas 13% dos desastres naturais nessas regiões.

Ainda assim, os especialistas deixam claro que, com os números existentes, são os mais pobres que sofreram mais. Hoje, os custos dos desastres representaram apenas 0,4% do PIB dos países desenvolvidos. Nos mais pobres, as perdas representam em média 1,8%, mais de quatro vezes superior.

Do total de perdas nos últimos 20 anos, US$ 761 bilhões foram registradas nos países em desenvolvimento. Mas, em mortes, quase a totalidade ocorreu nos mais pobres. Em 20 anos, das 1,3 milhão de mortes, apenas 120 mil ocorreram nos países ricos.

"Nos EUA, furacões geram perdas milionárias", disse Mena. "Mas esse é um valor pequeno comparado com o restante da economia. Se avaliarmos o que ocorreu no Haiti e outros países, o impacto chega a ser superior a 100% do PIB desses países", alertou. Além disso, a chance de morte nos países em desenvolvimento por conta de um desastre é sete vezes maior que nos países ricos.

Em média, Porto Rico teve perdas anuais de 12,2% do PIB, contra 17,5% no Haiti, 7% em Honduras, 7,4% na Coreia do Norte, 4,6% em Cuba e 4,2% em El Salvador.

Para Debarati Guha, da Universidade de Louvain, os dados explicitam a disparidade entre a proteção de ricos e pobres diante de uma nova realidade ambiental. "Aqueles que estão mais sofrendo com as mudanças climáticas são os que menos contribuíram para as emissões de CO2", disse. "As perdas econômicas sofridas por países de renda média e baixa terão consequências dramáticas para seu futuro desenvolvimento", declarou.

Segundo ela, ninguém tem hoje um registro exato da dimensão dos custos nos países mais pobres, já que uma parte importante dessas economias está na informalidade. Além disso, poucos ativos nesses locais são segurados e quase ninguém tem seguro de vida.

Para o futuro, ela alerta que os riscos são importantes, principalmente depois que o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) estimou que o mundo já esteja, em média, aproximadamente 1°C mais quente que antes da Revolução Industrial. E já sinta as consequências desse aquecimento, com a ocorrência de mais eventos extremos (como a onda de calor que se observou este ano no verão europeu e os incêndios nos Estados Unidos), o aumento do nível do mar e o derretimento do gelo do Ártico.

Até o momento não se tem feito muito para conter o aquecimento, e o cenário tende a piorar rapidamente. Se for mantido o ritmo atual de emissões de gases de efeito estufa, o 1,5°C já pode ser alcançado entre 2030 e 2052,

"Nos próximos anos, teremos mais tempestades e enchentes. Se uma ação imediata não for feita, o aumento das perdas será acentuado", disse.

Segundo ela, o mundo não tem mais 20 anos para adotar medidas. "As pessoas vão morrer. Precisamos, portanto, de soluções reais para os próximos cinco ou dez anos", disse.

Além das enchentes e tempestades, ela alerta que uma das principais ameaças serão as ondas de calor cada vez mais frequentes e intensas. Hoje, elas são responsáveis por apenas 5% dos prejuízos causados por desastres naturais. "Mas veremos uma explosão desses casos. Os humanos têm limites", alertou a especialista.
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NOVA PESQUISA ELEITORAL DO 2º TURNO - BOLSONARO NA FRENTE


Bolsonaro tem 58% dos votos válidos e Haddad tem 42% no 2º turno, diz pesquisa Datafolha

Da Redação – Jornal Hoje em Dia









O cálculo desconsidera os eleitores que pretendem votar nulo ou em branco, ou seja, se refere aos votos válidos

O candidato do PSL Jair Bolsonaro aparece com 58% dos votos válidos na primeira pesquisa Datafolha no segundo turno da eleição presidencial, divulgada nesta quarta-feira, 10. Fernando Haddad (PT) tem 42%.

O cálculo desconsidera os eleitores que pretendem votar nulo ou em branco, ou seja, se refere aos votos válidos.

Nas intenções de votos totais, Bolsonaro tem 49% e Haddad, 36%. Brancos e nulos somam 8%, enquanto 6% disseram estar indecisos.

A única região em que Haddad ganha de Bolsonaro é o Nordeste (52% x 32% dos votos totais). No Sudeste, região mais populosa do País, o candidato do PSL vence por 55% a 32%; no Sul, sua maior vantagem, por 60% a 26%. A vitória também seria tranquila no Centro-Oeste (59% a 27%) e um pouco mais apertada no Norte, com 51% a 40%.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-00214/2018 e foi contratada pelo jornal Folha de S. Paulo e pela Rede Globo. Foram ouvidas 3.235 pessoas em 227 municípios do País. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 95% - o que quer dizer que há 95% de chance de os resultados representarem a realidade.

Como foi a votação Bolsonaro x Haddad no primeiro turno

No primeiro turno, Bolsonaro obteve 46,03% dos votos válidos (49,2 milhões de votos), tendo saído vencedor em 16 Estados e no Distrito Federal. Haddad obteve 29,28% dos votos válidos (31,3 milhões de votos) e seu desempenho no Nordeste impediu uma definição da disputa já no primeiro turno.


Médico de Bolsonaro confirma que ele não participará de debates até dia 18

Estadão Conteúdo







Com a decisão dos médicos, Bolsonaro vai deixar de participar de, ao menos, quatro debates presidenciais contra seu adversário, Fernando Haddad (PT)

O médico que operou o candidato do PSL à Presidência da República Jair Bolsonaro, Antônio Luiz de Macedo, afirmou na manhã desta quarta-feira (10), ao Broadcast Político que decidiu vetar a participação do presidenciável no debate da TV Bandeirantes por entender que Bolsonaro continua muito fraco. De acordo com ele, há uma preocupação da equipe médica de que ele possa ter queda de pressão, momentos de fraqueza e mesmo sentir-se mal ao participar de um debate.

"Achamos que não seria recomendável que ele participasse de situações de estresse, em que tivesse quer ficar sentado muito tempo e falar alto", afirmou Macedo, pouco antes de embarcar no aeroporto Santos Dumont em direção a São Paulo, após examinar Bolsonaro em sua casa.

Com a decisão dos médicos Bolsonaro vai deixar de participar de, ao menos, quatro debates presidenciais contra seu adversário, Fernando Haddad (PT), que estavam programados para ocorrer entre esta e a próxima semana.

De acordo com o médico que operou Bolsonaro em São Paulo no dia 12 de setembro, o candidato do PSL segue fraco e precisa fazer uma reposição de proteínas. "Ele perdeu 15 quilos, não era um homem obeso, foi perda de massa muscular, ele precisa repor", disse ele.

Segundo Antônio Macedo, ele e o médico Leandro Echenique, que também acompanha o candidato do PSL, já chegaram à casa de Bolsonaro na manhã desta quarta-feira com um pacote de suplementos alimentares. "Ele também vai se alimentar com preparados especiais para repor as proteínas."

Na próxima quinta-feira, 18 de outubro, a equipe médica volta a se reunir com o Jair Bolsonaro para uma nova avaliação médica. De acordo com Antônio Macedo, a depender da situação médica do candidato, os exames podem ocorrer em São Paulo. "Mas se for o caso nós viremos ao Rio para visitá-lo", disse ele.

Mais cedo, em frente à casa de Bolsonaro, Macedo afirmou que após o dia 18 o candidato estaria liberado para retomar suas atividades de campanha normalmente, inclusive podendo participar de debates nas redes de televisão.

Os médicos do Hospital Albert Einstein liberaram Jair Bolsonaro a continuar participando de transmissões ao vivo por meio da internet e concedendo entrevistas, como ele tem feito desde que retornou à sua casa, uma semana antes da votação no primeiro turno. "Em casa, tranquilo, não há problema. Nossa maior preocupação é o estresse."

DELEGADOS DA POLÍCIA FEDERAL CONTRA OS CORTES NO ORÇAMENTO DA PF

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