Em Minas, 44
mil pessoas são vítimas de acidentes de trabalho
Lucas Eduardo Soares
Operários ficaram
dependurados na lateral do prédio a uma altura de pelo menos 84 metros
Minas Gerais
registrou, no ano passado, 44.480 acidentes de trabalho. Números apontam cinco
casos a cada hora de 2017 e indicam que 253 pessoas morreram em todo o Estado.
Os dados são do
Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, do Ministério Público do
Trabalho e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Relatório acrescenta
que os homens são os maiores afetados e as lesões recorrentes são as que deixam
feridas abertas.
Somente na capital
mineira, 8.064 notificações de acidentes foram levantadas pelos órgãos. Nessa
quarta-feira, novos números poderiam ter sido acrescidos às estatísticas se não
fosse um resgate.
Três operários, que
faziam manutenções no Edifício Maletta, região Centro-Sul de BH, foram
socorridos pelo Corpo de Bombeiros. Os trabalhadores efetuavam reparações do
lado externo do 28º andar do prédio, a cerca de 84 metros, quando uma corda que
segurava o andaime se soltou e os deixou dependurados. Nenhum deles ficou
ferido. Em casos graves como esse, a recomendação é registrar o ocorrido para
garantir que os direitos sejam cumpridos.
Cláudio Ferreira dos
Santos, presidente da Associação Brasileira de Técnicos de Segurança do
Trabalho e do sindicato que representa a categoria, destaca que qualquer
trabalhador que sofrer algum tipo de acidente no ambiente de trabalho deve
solicitar, da empresa, um Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT). Depois,
procurar a entidade sindical para formalizar a solicitação de reparações.
Uma delas, conforme
Cláudio, é a que envolve o afastamento pelo INSS. De acordo com o relatório, em
2017, mais de 14 mil trabalhadores de Minas, que se acidentaram, receberam o
auxílio do instituto. “O trabalhador precisa reivindicar os direitos, como
indenizações, seguros, estabilidade empregatícia, dentre outros”, explica.
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