quarta-feira, 10 de outubro de 2018

BOLSONARO NÃO PERDOA SEU AGRESSOR E DIZ QUE ESTÁ VIVO POR MILAGRE


Bolsonaro diz que não perdoa agressor e quer que ele 'mofe na cadeia'

Agência Brasil









Jair Bolsonaro afirmou que está "vivo por milgare" e defendeu que a pena do seu agressor seja ampliada

O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, disse que não perdoa Adélio Bispo de Oliveira que o atacou com uma faca no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora, em Minas Gerais.“Eu não perdoo ele (sic) não. Se depender de mim, ele mofa na cadeia", afirmou."Bandido tem que apodrecer na cadeia. Se cadeia é lugar ruim, é só não fazer a besteira que não vai para lá. Vamos acabar com essa história de ficar com pena de encarcerado. Quem está lá fez por merecer”, acrescentou ao conceder entrevista ao site UOL, à rádio Jovem Pan e ao programa Pânico.
Bolsonaro afirmou que está "vivo por milagre" e defendeu que a pena de Adélio seja ampliada. “Como não podemos condenar ninguém por prisão perpétua, que, pelo menos, se cumpra 30 anos de cadeia. Vamos acabar com progressão de pena”, indicou. Para ele, o agressor sabia o que estava fazendo e se planejou para atacá-lo.
O candidato do PSL falou como como se sente ao recuperar-se do ferimento, que provocou hemorragia no abdomên, além de atingir seu intestino. “Tô com mais vontade ainda, pode ter certeza. Essa facada aí me deu uma energia muito forte”, completou.
Fiscal das urnas
Bolsonaro voltou a criticar o sistema de votação só por urnas eletrônicas e a defender o voto impresso para evitar riscos de fraude - proposta que constou de projeto de sua autoria aprovado na Câmara em 2015. O candidato afirmou que recebeu centenas de vídeos com boletim de votação, em que não teria recebido qualquer voto e outros mostrando que quando o eleitor apertava o número 1 aparecia o 13 - imagens já confirmadas como falsas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Bolsonaro afirmou que as área jurídica de seu partido está pedindo ao TSE que problemas verificados no primeiro turno não se repitam para que dúvidas sobre a lisura do voto não permaneçam. Ele repetiu que respeitará os resultados das urnas e se mostrou confiante na vitória. "Vou respeitar o resultado das urnas, mas pelo que está acontecendo, ninguém teve até hoje, nem o Lula teve, uma votação tão maciça, no primeiro turno, como eu tive. O pessoal que vota em mim, a quase totalidade, está votando consciente. Ninguém foi cooptado por ninguém. A nossa votação vai ser muito maior que o primeiro turno”, disse.
Em um recado direto ao seu eleitor, sugeriu que fique atento, fiscalize as seções eleitorais e seja um dos primeiros a votar. Em caso de notar alguma irregularidade na urna, pediu que ele acione a fiscalização, um policial militar ou o mesário, para que seja resolvido imediatamente o problema na máquina que apresentar defeito.
Ativismo
Bolsonaro tentou explicar o que quer dizer quando afirma que quer acabar com o ativismo no Brasil. Ele afirmou que pretende botar um ponto final no"ativismo xiita que vive, geralmente, de dinheiro de ONG". “Nós vamos respeitar o dinheiro público. Tem um grupo de mulheres do PT e o Haddad [candidato do PT] que está distribuindo um montão de memes fake news, isso é ativismo, dizendo que eu vou acabar com o Bolsa Família, que vou criar CPMF, que vou cobrar imposto de renda do pobre. Esse tipo de ativismo aí", exemplificou. 


A VENEZUELA PASSA UM SÉCULO EM REGIME DE EXCEÇÃO


O plano de Maduro

Manoel Hygino 










Diante da penúria transformada em tragédia na Venezuela, o presidente bonzinho dos Estados Unidos convocou todos os países reunidos na ONU, na última semana de setembro, a reivindicarem a “reestruturação da democracia” no país sul-americano. Enquanto Trump discursava na sede da organização, o Departamento do Tesouro de Tio Sam anunciava novas sanções contra pessoas próximas ao presidente Nicolás Maduro.
A história da Venezuela é triste em termos de democracia. Ostenta o título de única nação do hemisfério a passar um século inteiro em regime de exceção, e sabemos o que significa.
Não se trata de fatos de séculos passados. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez, deu continuidade à aplicação de métodos ditatoriais: fechou emissoras de rádio e televisão, concentrou verbas publicitárias nos veículos que o apoiavam. Insistiu em “demonstrar progressivamente o conceito de propriedade particular e garantir a socialização dos meios de produção”. Estatizou o setor elétrico, de telecomunicações, a indústria do cimento e prestadores de serviços no setor petrolífero. Assumiu o controle das siderúrgicas, da petroquímica e, até, da área alimentícia.
Começou um dos períodos mais difíceis da história do seu povo. Recomendou que o cidadão usasse lanterna para ir ao banheiro à noite, para evitar acender lâmpadas e consumir energia. Depois, com seu sucessor, a situação se tornou pior, sem que se reclamasse. Em compensação, mandou exumar os restos mortais de Bolívar, para provar que ele fora envenenado, e não vítima de tuberculose, como oficialmente registrado.
Com câncer, Chávez foi direto para Cuba tratar-se, acontecendo o que se sabe. Assumiu a presidência Nicolás Maduro, que parece destinado a permitir o preconizado por Simón Bolívar, o Libertador: “Este país cairá, inefavelmente, nas mãos da multidão desenfreada, para depois passar ao controle de tiranetes de todas as raças”.
Maduro se sentiu predestinado a governar sua pátria, inclusive porque recebia – não sei se ainda recebe – orientações preciosas de Chávez através de um passarinho palrador. Ex-motorista de coletivos em Caracas, o novo presidente parece interessado em cumprir o vaticínio de Bolívar.
Teve o desplante de, na recente Assembleia da ONU, assegurar que sua participação “foi uma vitória total”. Esqueceu-se de que a rica Venezuela tem mais de dois milhões de cidadãos, fugindo de perseguições, do pauperismo generalizado, da fome. Em sua conta no Twitter, Maduro declarou, enfaticamente: “A verdade da Venezuela foi ouvida. Vitória na ONU, Vitória total”.
O presidente chileno, Sebastián Piñera, não coaduna da opinião: “A Venezuela é um país que está vivendo uma tremenda crise política, econômica, social e humanitária”. O Chile está disposto a “ajudar o povo venezuelano a recuperar a sua liberdade, a sua democracia, o respeito aos direitos humanos e a tirar a Venezuela dessa crise humanitária”. Não disse quando, nem como.
A resposta está com Maduro: este anunciou que vai solicitar meio bilhão de dólares às Nações Unidas para trazer de volta os venezuelanos que deixaram o país. Com o dinheiro, fretará frotas de aviões. A solução foi proposta em discurso no Palácio Miraflores, ao lançar o programa “Volta para a Pátria”. Nas atuais circunstâncias, ninguém voltará.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

FMI AVALIA PARA BAIXO O PIB BRASILEIRO


FMI revisa para baixo PIB do Brasil para 2018 e 2019

Estadão Conteúdo







O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as previsões para o crescimento do Brasil para 2018 e 2019, que passam agora a ser de 1,4% e 2,4%, respectivamente, segundo o documento Perspectiva Econômica Mundial, com o título "Desafios para crescimento constante".

A mudança para baixo da previsão para este ano foi uma das maiores feitas pelo FMI. Em julho, as projeções para o PIB do País estavam em 1,8% para 2018 e 2,5% para 2019. Em abril, o Fundo estimou que a economia do País avançaria 2,3% neste ano e 2,5% no próximo.

"A previsão de crescimento para 2018 é menor que a projeção de abril em 0,9 ponto porcentual por conta das interrupções causadas pela greve nacional dos caminhoneiros e condições financeiras externas mais apertadas, que são uma fonte de risco para a perspectiva", destacou o FMI.

Para o último trimestre de 2018, o FMI projeta que o PIB brasileiro deve crescer 1,7% ante o mesmo período de 2017 e subir 2,5% entre outubro a dezembro de 2019 em relação aos mesmos três meses deste ano.

A instituição multilateral ressalta que o País está numa rota de recuperação, com alta do PIB de 1,0% em 2017, depois de ter passado pela forte recessão de 2015-2016. Contudo, o FMI aponta que a retomada da economia em países emergentes, além de ser influenciada por fatores internos, sofre efeitos do processo de normalização da política monetária nos EUA, que afetou neste ano esses países em geral. O Fundo estima que, no médio prazo, a taxa de expansão do Brasil deve ser de 2,2%, marca que deverá ser alcançada em 2023.

Fiscal

"A reforma da Previdência Social é essencial para assegurar a sustentabilidade fiscal e garantir justiça, dado que os gastos com pensões são elevados e estão subindo e as aposentadorias são indevidamente generosas para alguns segmentos da população", destacou o Fundo, referindo-se ao Brasil. "Enquanto recentes medidas para elevar a transparência são bem-vindas, o arcabouço fiscal precisa ser reforçado, incluindo o aumento da flexibilidade do Orçamento."

O vice-diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas do Fundo Monetário Internacional, Gian Maria Milesi-Ferretti, afirmou que reformas estruturais no Brasil, especialmente a da Previdência, "são necessárias para a melhora das condições fiscais" no País.

Ao responder pergunta do jornal O Estado de S. Paulo e do Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) sobre o que o FMI espera do próximo presidente do País na gestão das políticas fiscal e monetária, Ferretti respondeu: "A reforma da Previdência é fundamental para a estabilidade das contas públicas no longo prazo. Com as incertezas nos mercados globais, mudanças fiscais no Brasil tornam-se mais importantes".

OS PROBLEMAS BRASILEIROS ESTÃO LONGE DO FIM


Longe do fim

Manoel Hygino 











Embora de antemão se preconizasse o resultado das eleições do último 7 de outubro, para o que se esmeraram os institutos de pesquisas e os cientistas políticos, a verdade verdadeira é que o cidadão amanheceu a segunda-feira com aparência de perplexidade.
Aliás, o Brasil, diante da multiplicidade de informações, a que se acrescentaram as divulgadas por redes sociais, algumas com interesses escusos e confusos, o clima era de ressaca. A despeito da lei seca, também de validade duvidosa, perguntava-se: como é mesmo?
Os tempos mudaram... para pior. Candidatos em pencas, condutas indevidas por não poucos. Os opositores esmiuçaram tudo sobre a vida, os rendimentos, os patrimônios dos concorrentes para extrair dados comprometedores, o que não se revelava tão difícil com determinados casos e protagonistas e diante das circunstâncias atuais.
As plataformas dos candidatos não variaram. Permaneceram praticamente as de sempre, porque não se conseguiu efetivamente resolver de vez os problemas maiores que afligem a nação e comprometem o seu futuro, atormentando o cidadão-eleitor.
Feito o jogo, conhecidos os números, constata-se o que tampouco era ou é novidade: o que é imprescindível nova partida para se alcançarem os resultados possivelmente definitivos. A Justiça está aí para eliminar as divergências restantes, porque o Brasil é grande e não menores os interesses.
As eleições deste ano foram mais uma bela oportunidade para a nação, a fim de prepará-la para os imensos desafios que tem à frente a partir de 2019. Não são poucos e exigem, antes de tudo, real consciência nacional para superá-los, tal o grau de gravidade que os envolve. É missão para todos, por mais decênios, não necessitando, contudo, de Constituição nova para armá-la de meios indispensáveis á luta esperada.
Persistem a questão da Previdência, que não é só nosso, tanto que provoca manifestações nas vias públicas de Moscou, até junto aos muros do Kremlin. Quatro milhões de inativos e pensionistas do setor público no Brasil acarretam um déficit de previdência maior do que o gasto do Estado brasileiro com 37 milhões de crianças da escola pública.
Não há como onerar mais o contribuinte, já com carga tributária altíssima, da ordem de 34% do PIB, isto é, mais de um terço da renda nacional. O Estado gasta 10% do Produto Interno Bruto a mais do que arrecada – é o chamado déficit nominal. O Estado constitui um dragão concentrador de renda, e sua presença, do Estado, é quase metade da economia.
E se tem de manter a guerra contra a corrupção, que atingiu por aqui níveis que envergonham o brasileiro. O fenômeno mata a confiança, em níveis interno e externo. O ministro Rubens Ricúpero advertia que nenhum regime democrático sobrevive à corrupção sistêmica e institucional. Tudo, ademais, exige palavra final do Judiciário, a começar pelo STF, que há de ser menos político e menos falante. A organização do Supremo há de ser reestruturada, para que seus ministros mereçam a confiança que deles se espera.
Quando se toca no tema, não se pode deixar de recorrer ao direito romano, tão bem ensinado pelo professor Mello Cançado, na famosa Escolinha do Bispo, em Belo Horizonte: “Infinitas peccadi illebra, isto é: a impunidade estimula a delinquência”.


VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

  Big Techs ...