segunda-feira, 8 de outubro de 2018

ELEIÇÃO COM MUITAS SURPRESAS - BOLSONARO É O VITORIOSO


Brasil: uma eleição bipolar; Minas: segundo turno mais perto para PSDB e PT

Amália Goulart 










Essa foi uma eleição diferente de todas as demais. Os meios para levar a mensagem aos eleitores mudaram. As redes sociais ganharam protagonismo, relegando a tão esperada propaganda eleitoral pela televisão e no rádio.
Jair Bolsonaro (PSL) mostrou que marqueteiros e especialistas em eleições terão que repensar estratégias para pleitos futuros. A base da propaganda (convencimento e, depois, consenso, como diz Duda Mendonça) continua valendo.
Mas mudou o canal e a forma de se convencer.
Geraldo Alckmin (PSDB) errou ao não perceber essa mudança. E sairá da campanha com a tarefa de modernizar o partido dele. O PSDB aposta na vitória de Antonio Anastasia em Minas, político vitrine do partido.
A disputa nacional tornou-se uma discussão não de conteúdos, mas de quem é PT e quem é anti-PT. Quanto mais radical a postura, mais adeptos os postulantes galgaram. E pelas redes sociais. Para que ler o programa dos candidatos, registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se é mais divertido ouvir as piadas e fakes sobre eles no WhatsApp? Essa foi a postura de grande parte dos eleitores. E não adiante dizer ‘eu não’. Desafio o leitor que leu todas as propostas dos postulantes.
Os brasileiros levarão ao segundo turno os dois candidatos com postura mais radical. Jair Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) devem acirrar ainda mais os ânimos entre os brasileiros, divididos em duas nações.
O que se pode esperar: que as bravatas eleitorais desapareçam quando o novo presidente for eleito, seja ele quem for. E que o ganhador faça um aceno ao perdedor, para unir a nação. Já o perdedor, terá que aceitar a derrota, sem culpar instituições, como se faz em uma boa democracia. Mas isso é assunto para o dia 27 de outubro.
Em Minas Gerais um fenômeno chamou a atenção. Romeu Zema (Novo), um empresário estreante na política, chegou como um azarão, já que não tem experiência nem mesmo um programa de governo consistente.
Mas, inflado no discurso anti-tudo (que atrai o eleitor) deu uma guinada nas pesquisas. Zema foi justamente a aposta de Fernando Pimentel (PT) para ir a um segundo turno. Estacionado nos levantamentos e administrando um Estado em crise financeira, o petista corria o risco de ver o adversário Antonio Anastasia levar no primeiro round. Mas Zema ressurgiu na reta final, após aparecer em debate da TV Globo.
Apesar do crescimento, o segundo turno deve ficar mesmo entre PT e PSDB. É que os petistas têm um patamar histórico em Minas, de 20%. E, como o país está dividido, em Minas não é diferente. Então, Zema pode levar o pleito a mais uma rodada.

Eleição dos sem diploma
Dos mais de 27 mil políticos brasileiros na disputa por um cargo público nessas eleições, 13 mil, ou 49,6%, têm na parede um diploma universitário. O levantamento foi feito pelo Quero Bolsa, principal plataforma de inclusão de estudantes no ensino superior brasileiro por meio de bolsas de estudo, ao apurar as informações disponíveis no Repositório de Dados Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

COLUNA ESPLANADA DO DIA 08/10/2018


Clima de guerra

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 









O aumento expressivo do apoio de forças federais na segurança dos Estados reflete o clima de beligerância nas eleições deste ano. No 1.º turno do pleito de 2014, as tropas federais atuaram em 279 cidades. Para amanhã, o Tribunal Superior Eleitoral já autorizou, até o momento, o envio de militares para 497 localidades. Número que tende a aumentar. O Estado que pediu mais apoio foi o Piauí – onde as tropas irão atuar em 122 cidades –, seguido de Rio Grande do Norte (97), Maranhão (72), Rio de Janeiro (69), Pará (60), Amazonas (26), Mato Grosso (19), Tocantins (12), Acre (11), Ceará (5) e Mato Grosso do Sul (4).

Nas municipais
Em 2016, no 1º turno, as tropas federais atuaram em 315 municípios de 13 Estados.

Cadê?
Campanha nas ruas, debates na TV e rádios, mas você viu os presidenciáveis falarem de proposta para incentivo ao esporte e inclusão social pelo esporte? Nós não.

Patriotismo
Domingo é o dia da maior festa da democracia brasileira. Exerça o seu direito. E respeite o outro, independentemente da cor do partido ou bandeira ideológica.

Homem do campo
Principal articulador da formalização do apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o presidente da União Democrática Ruralista, Luiz Antonio Nabhan Garcia, ampliou sua cotação para chefiar ou emplacar um indicado no comando do Ministério da Agricultura no eventual governo do ex-capitão.

Ruralistas
Nabhan Garcia, um dos principais conselheiros da campanha de Bolsonaro, é defensor de uma “reforma agrária organizada”, sob controle de um órgão sem vínculo “ideológico ou político”. Avalia que a reforma feita nos últimos anos apenas jogou dinheiro fora e transformou a área rural em “uma grande favela”.

ZapFake
O comando da campanha do petista Fernando Haddad atribui às chamadas fake news o crescimento que chamam de “inesperado” do adversário Bolsonaro nas últimas pesquisas. Para conter a propagação de notícias falsas, o partido disseminou dezenas de contatos de Whatsapp em todo o País para denúncias de militantes. </CW>

Lula ‘na linha’
Tem até o “Zap do Lula”, com número de São Paulo, que traz a mensagem: “Lula e Haddad precisam de você: denuncie boatos e mentiras”.

Alerta de dentro
Presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Ângelo Fabiano Farias da Costa afirma que o País vive “uma crise desconstituinte” ao pontuar que Ministério Público do Trabalho passa por momentos difíceis, “inclusive no que diz respeito à atuação na esfera trabalhista, cujos direitos estão sendo esvaziados”.

Memória 
O PDT, do presidenciável Ciro Gomes, e o deputado Jair Bolsonaro (PSL) integraram o movimento na Câmara que culminou na aprovação, com folga, da punição para juízes e membros do Ministério Público Federal por abuso de autoridade. Foi em 2016 durante a discussão do pacote anticorrupção composto por medidas propostas pelo MPF.

Orbitando
Um caso simples reflete a crise no Correios, assaltado pelo PT e PTB nos últimos anos. Não chegou até hoje uma carta com AR enviada sábado passado de uma agência no Plano Piloto de Brasília para a cidade satélite de Brazlândia, a apenas 40km da capital.

Custo Brasil
Pelo rastreamento, o portal dos Correios informa que houve ‘mal encaminhamento’ da carta. O remetente pagou R$ 12 para o envio. Gastaria menos que isso de gasolina para ir e voltar ao local do destinatário para entregar a carta.

Boteco em Vegas
Morador de Las Vegas há 20 anos, o empresário carioca Marcus Fortunato abriu o Boteco na capital dos jogos, que fez grande sucesso no verão americano e virou point de turistas. Uma turma de brasileiros baixa lá esta semana, durante a Global Gaming Expo - G2E. Fortunato tem uma empresa que fabrica software para máquinas de jogos.

Pista jurídica 
Em sentenças recentes, a 99 POP se livrou de processos contra motoristas que tentaram na Justiça vínculos empregatícios contra o app que envolve motoristas com veículos próprios. Os juízes Luiz Gonçalves, da 37ª Vara do Trabalho de BH, e Patricia Seller, da 2ª Vara do Trabalho de Mauá (SP), acolheram os argumentos da empresa quanto à liberdade de escolha dos motoristas na utilização do aplicativo

sábado, 6 de outubro de 2018

CHEFE DA INTERPOL DESAPARECE EM VIAGEM PARA A CHINA - É UM CASO PARA O 007


França investiga desaparecimento de chefe da Interpol após viagem à China

Estadão Conteúdo








Meng Hongwei tem 64 anos e foi eleito presidente da Interpol em 2016, para um mandato que vai até 2020

Um funcionário da Justiça francesa disse nesta sexta-feira (5) que o presidente da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), Meng Hongwei, foi dado como desaparecido depois de viajar para a China, país onde nasceu.

O funcionário falou sob a condição de anonimato, por não ter autorização para comentar uma investigação em andamento. Segundo a fonte, a mulher de Meng disse que não tem notícias do marido desde o fim de setembro, quando ele viajou para Lyon, na França, onde fica a sede da Interpol. Meng chegou à China depois disso, mas não houve notícias suas desde então.

Ainda não se sabe o motivo pelo qual a mulher de Meng esperou até agora para relatar seu desaparecimento.

A Interpol emitiu um comunicado, afirmando estar ciente do caso, mas sem fornecer detalhes. "Essa é uma questão para as autoridades competentes da França e da China", disse o texto. Autoridades francesas iniciaram uma investigação.

Meng tem 64 anos e foi eleito presidente da organização em 2016, para um mandato que vai até 2020. Ele ocupou diversos cargos dentro do establishment de segurança na China e foi vice-ministro de segurança pública.

Como presidente da Interpol, ele lidera o comitê executivo da organização. A administração cotidiana é realizada pelo secretário-geral, Jurgen Stock. (AP)

ELEIÇÃO - O MAIOR PROBLEMA SÃO FAKE NEWS


Voto não é fake: TRE alerta sobre influência de notícias falsas

Lucas Simões










Eleição acontece neste domingo

Após uma campanha curta em tempo e dinheiro, focada nas redes sociais e marcada pelo bombardeio diário de fake news, os brasileiros decidem amanhã o futuro do país. Em uma das eleições mais agressivas da história, com troca de acusações e ameaças também entre os eleitores, uma preocupação da Justiça Eleitoral é o cenário em que 75% do eleitorado admite ter medo de ser influenciado por notícias falsas para decidir o voto.
Entre os brasileiros mais jovens, de até 34 anos — que representam a segunda maior fatia do eleitorado —, o receio de acreditar em boatos sobe para 82%, segundo o estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Além disso, seis em cada dez brasileiros admitem não ter preocupação em checar a veracidade das notícias, tendo acreditado em pelo menos um boato nestas eleições, segundo a empresa Ipsos. Aliás, levantamento do instituto, feito em 27 países, apontou que os brasileiros são os que mais acreditam em fake news no mundo.
O vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), Rogério Medeiros, diz que “a campanha migrou definitivamente para a internet”, trazendo a reboque uma enxurrada de informações mentirosas. Prova disso é que, neste pleito, pela primeira vez as propagandas irregulares no mundo virtual — incluindo fake news — estão entre os três tipos principais de denúncias, somando 198 casos em Minas, de acordo com o TRE-MG.
Medeiros reconhece que principalmente correntes de WhatsApp com informações distorcidas ganharam espaço no debate eleitoral, influenciando eleitores.
Boatos
“As fake news sempre existiram. A novidade agora é a força e a velocidade com que são disseminadas. Infelizmente, por causa das redes sociais, há uma disposição maior do eleitorado em acreditar nas fake news. Além disso, esses 45 dias de campanha foram focados nas redes sociais, e isso contribuiu para que os boatos aumentassem”, analisa Medeiros.
O vice-presidente do TRE-MG é otimista em relação à punição para quem disseminar notícias falsas. Ele ressalta que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, alertou que se o resultado de uma eleição qualquer for fruto de uma fake news, a Constituição prevê a anulação do pleito.
“O ministro Fux foi taxativo ao lembrar que o melhor antídoto para as fake news são as informações verdadeiras. Por mais cansativo que seja rebater fake news, é um ato necessário, principalmente nesse momento político de ânimos tão exaltados”, diz Medeiros.
O cientista político Mauro Bonfim, da UFMG, adverte, porém, que até checar as informações ficou mais difícil. “Nesta eleição apareceram sites que fazem checagens falsas de informação. Isso confunde mais ainda o eleitor leigo. Minha recomendação é só acreditar em algo que pode ser provado com documentos, fotos e fontes críveis”, adverte.


UFMG lança plataforma digital para combater boatos na eleição
Contra a disseminação de fake news durante as eleições, a UFMG lançou neste mês a plataforma digital “Eleições Sem Fake”, desenvolvida por alunos de graduação e doutorandos do Departamento de Ciência da Computação (DCC).
Numa frente principal, o site tem acompanhado 220 grupos públicos de WhatsApp e checado as informações divulgadas sobre a disputa eleitoral, como notícias, memes, fotos e vídeos. A intenção é produzir um relatório após as eleições sobre o percentual de fake news encontradas nos grupos.
“A ideia é que a gente possa mapear esses conteúdos e, por uma amostragem, claro, ter uma dimensão de como as fake news afetam a opinião das pessoas e até que ponto elas são levadas a sério. Por isso, usamos várias ferramentas distintas para cruzar dados e ter o máximo de informação possível”, explica o professor Fabrício Benevenuto, doutor em Ciência da Computação e coordenador do projeto “Eleições Sem Fake”.
Monitoramento
Intuitiva e simples, a plataforma trabalha com outros cinco eixos principais: monitor de anúncios, que checa a autenticidade e legalidade das propagandas eleitorais impulsionadas no Facebook; análises de robôs, focada em denunciar perfis conhecidos como “bots”, criados apenas para disseminar informações falsas; e audiência da mídia e dos políticos, que mede a confiabilidade dos conteúdos disseminados por centenas de portais jornalísticos, além de acompanhar a adesão do eleitorado aos políticos nas redes sociais.
Além disso, na seção “Notícias Lado a Lado”, a plataforma permite comparar reportagens de centenas de veículos, obtendo a abordagem mais frequente de cada um deles. 


VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

  Big Techs ...