Tiro amigo
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini
A coordenação da
campanha presidencial do petista Fernando Haddad recebeu em clima de
comemoração o tropeço – mais um – do candidato a vice na chapa de Jair
Bolsonaro (PSL), general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), que definiu como
"jabuticaba brasileira" o 13º salário e criticou o adicional de
férias. A avaliação no PT é de que o novo revés da campanha do adversário amplia
a possibilidade de Haddad terminar a corrida do 1º turno em primeiro lugar nas
pesquisas e consolidar a vitória no segundo turno com o apoio de Ciro Gomes
(PDT) e outros partidos do Centrão.
Foco no povo
A ordem do comando do PT é explorar e disseminar ao máximo a declaração de
Mourão na TV, rádio e redes sociais, a despeito de Bolsonaro ter desautorizado
o vice.
Está na Lei
O PT vai lembrar que o 13º salário “é uma conquista histórica da classe
trabalhadora”.Sobre planilhas
Sobre planilhas
Coordenadores da
campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) se debruçam sobre planilhas
para calcular as chances de vitória no 1º turno. Os mais otimistas apostam que,
para levar a eleição já no dia 7 de outubro, Bolsonaro precisa entre cinco e
seis pontos percentuais em cenário de estabilidade ou queda dos índices de
Haddad (PT).
Frase de ordem
“Toda nossa mobilização agora é pela vitória dele (Jair Bolsonaro) já no
primeiro turno”, afirma à Coluna o deputado Major Olímpio (PSL), candidato ao
Senado e coordenador da campanha bolsonarista em São Paulo. Eles sabem
que há alto risco de derrota num eventual segundo turno, com partidos se
aglutinando em torno do PT.
‘Mãos dadas’?
Com a derrocada da campanha de Geraldo Alckmin, caciques do PSDB se digladiam
sobre os rumos do partido após o 1º turno. A discussão fica calorosa quando se
fala em “possível aliança” com o petista Fernando Haddad para derrotar
Bolsonaro (PSL) - ideia defendida abertamente, há semanas, pelo ex-presidente
Fernando Henrique.
Do contra
Parlamentares tucanos apontam que qualquer aproximação com adversários do PT
daria sustentação ao discurso de Bolsonaro de que os partidos (PSDB-PT) são
“farinha do mesmo saco”.
Apego ao Poder
Sindicalistas deixaram constrangida a equipe do cerimonial do Palácio do
Planalto ao defenderem a permanência do ministro e presidente do Supremo
Tribunal Federal, Dias Toffoli, por “mais tempo” à frente da Presidência da
República. Em tom de descontração, Toffoli, que já foi advogado do PT e da CUT,
minimizou a calça-justa antecipando o início de uma cerimônia fechada sobre
outro assunto.
Renovação x
Reeleição
Apesar das campanhas e correntes pela renovação do Congresso Nacional, as
eleições deverão ter resultados parecidos com disputas anteriores. A maioria
dos candidatos à reeleição deve voltar aos seus gabinetes na Câmara e no
Senado. O prognóstico foi feito pelo consultor político Tiago Rego de Queiroz,
da Monitorleg, e repassado à Coluna.
Maior exemplo
Um exemplo do Estado mostra que São Paulo poderá ter a menor taxa de renovação.
Dos 70 deputados que compõem a bancada paulista, 84% disputam a reeleição.
Cerca de 80%, conforme o levantamento, deverão ser reeleitos. Entre os
partidos, três devem ampliar a bancada paulista: PSL, PRB e PTB, aponta o
prognóstico.
Terceirização
Líder na corrida pelo Governo de Minas Gerais, o senador Antonio Anastasia
(PSDB) enfrenta forte oposição no Estado de servidores públicos por conta de um
projeto de sua autoria (PLS 280/17) que retira do poder público a exclusividade
das atividades de fiscalização. A proposta, em tramitação na CCJ, é duramente
criticada por entidades que representam auditores do trabalho e da
Receita.
Esplanadeira
. O www.votoconsciente.org.br avaliou o desempenho dos deputados estaduais
paulistas, como autoria das leis relevantes e presença nas votações..