quarta-feira, 12 de setembro de 2018

QUE ESSE HOMEM NOVO SEJA O NOSSO FUTURO PRESIDENTE


A busca do homem novo

Manoel Hygino 







Com o nome de Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado ao deputado Jair Bolsonaro, candidato a presidente da República, apareceu o de Montes Claros, cidade norte-mineira, hoje incluída entre as oito mais populosas do Estado, com mais de 400 mil habitantes. Recorda-se, com o historiador Hermes de Paula, a luta política, em 1930, que empolgou a cidade. Esta se dividia entre a Concentração Conservadora, que apoiava Júlio Prestes, de preferência do presidente Washington Luís, na sua sucessão, e a Aliança Liberal, então ao lado de Vargas, em consonância com o pacto dos governadores, o Café com Leite, um mandato para São Paulo e outro para o vizinho, as mais fortes unidades da federação.
Desde 1922 o Brasil era sacudido por um frenesi revolucionário, principalmente porque as novas gerações não aceitavam as velhas ideias em política e no campo cultural. Montes Claros, em posições claras e fortes, com o povo apaixonadamente dividido em partidos, levava vida pacata, tudo devagar, mas aceso.
Em 6 de fevereiro de 1930, uma grande e seleta comitiva, de que participava o vice-presidente da República, Melo Viana, desceu na estação ferroviária em direção ao Centro da cidade quando ocorreu um tiroteio na praça que hoje tem o nome de João Alves, médico e uma das lideranças da Aliança Liberal. Uma tragédia com sete mortos e vários feridos, descrita por Assis Chateaubriand, na imprensa carioca, como Emboscada de Bugres (título, alias, de excelente livro de Milene Coutinho Maurício).
A fagulha em Montes Claros percorreu a nação, divulgando-se o nome de Tiburtina, esposa de João Alves, acusada de promover o incidente em que se feriram Melo Viana, o líder agroindustrial Dolabela e, entre os óbitos, o do secretário do vice-presidente da República. Segundo Darcy Ribeiro, “dona Tiburtina foi a glória de Montes Claros e uma das mulheres mais bravas do Brasil”, auxiliando o marido pessoalmente na assistência aos casos de gripe espanhola, embora “a mais querida e a mais odiada razão dos ódios partidários dos gastos pessoais”.
O condenável episódio da véspera do feriado da Independência, em 2018, acorda sentimentos que já vão longe no tempo, mas não apagados. Nossos problemas não foram resolvidos, alguns se agravaram nos anos de República. Há um desalento generalizado, quando não insatisfação, indignação ou revolta que precisam urgentemente ser eliminados. A nação quer paz, o que compreende acabar com a corrupção, que contribui para revigorar o descontentamento, fazendo a reforma pacífica das estruturas sociais.
Este indivíduo que se armou de uma faca para tentar extinguir a vida de um brasileiro que se dispôs a participar da vida política poderia ter nascido em qualquer lugar. O episódio é uma grave e tormentosa advertência.
No mais, é tentar saber mais a respeito de seu passado, sua conduta, de suas receitas, de seu estado de saúde, de quem financiou o ato (se houve patrocinador), se este é um ato isolado ou não. Imprescindível, finalmente, que o eleito deste ano conheça o manual de Quinto Túlio, utilizado por Cícero, em Roma, ao sair diariamente à busca de votos. “Sou um homem novo” aspirante à Presidência, e se trata agora do Brasil.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

NOVA REUNIÃO ENTRE TRUMP E KIM JONG-UN SERÁ PROGRAMADA


Kim Jong-un pediu nova reunião com Trump, diz Casa Branca

Agência Brasil









Na histórica cúpula de Singapura, Trump e Kim concordaram em trabalhar para desnuclearizar a Coreia do Norte. No entanto, as diferenças sobre como realizar o processo logo travaram o diálogo

A Casa Branca informou nesta segunda-feira (10) que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na qual pede um novo encontro entre os dois. "O principal propósito da carta era pedir, buscar como concretizar outro encontro com o presidente", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, que classificou a carta de Kim como "muito produtiva".
Segundo ela, a nova reunião já está sendo organizada. No entanto, a porta-voz não quis dar detalhes sobre data e local do encontro.
Esta foi a primeira entrevista coletiva de Sanders em quase três semanas, algo incomum na Casa Branca. O afastamento é resultado dos confrontos entre o governo Trump e a imprensa norte-americana.
Na histórica cúpula de Singapura, Trump e Kim concordaram em trabalhar para desnuclearizar a Coreia do Norte. No entanto, as diferenças sobre como realizar o processo logo travaram o diálogo.
A Coreia do Norte exige a assinatura de um tratado de paz com a Coreia do Sul para encerrar o estado de guerra que tecnicamente está em vigor desde 1953 em troca de executar os passos concretos para desmantelar seu arsenal nuclear, como quer a Casa Branca.
Depois de um pico de tensão que provocou o cancelamento de uma viagem do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Pyongyang, Trump retomou o discurso amigável em relação a Kim.

PT É OBRIGADO A SUBSTITUIR LULA COMO CANDIDATO


Termina hoje prazo para PT substituir nome na chapa presidencial

Agência Brasil









Nas articulações políticas, o nome que ganha força para substituir Lula é o do candidato a vice-presidente Fernando Haddad


O PT só tem até esta terça-feira, (11) para apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o nome do substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chapa presidencial, depois que o tribunal declarou o ex-presidente inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. A presidente do TSE, Rosa Weber, negou a prorrogação do prazo para o partido  substituir o nome de Lula na cabeça de chapa presidencial.
A negativa foi dada na mesma decisão em que a ministra enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o recurso de Lula contra a rejeição, pelo plenário do TSE, de seu registro de candidatura, a qual teve como base a Lei da Ficha Limpa. O relator deverá ser o ministro Celso de Mello.
Na segunda-feira, (10), os advogados do ex-presidente recorreram ao STF para pedir mais prazo para a definição até o dia 17, na próxima segunda-feira. O recurso é apenas um entre os pedidos dos advogados de Lula para manter a candidatura.
Entenda
Caso prevaleça a decisão de Rosa Weber, se o PT não definir o nome do substituto até hoje, o partido poderá ficar sem coligação na disputa à Presidência da República.
Nas articulações políticas, o nome que ganha força para substituir Lula é o do candidato a vice-presidente Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação.
Recurso
A defesa de Lula entrou com um pedido urgente no STF para que seja prorrogado o prazo dado ao PT para substituí-lo como candidato do partido à Presidência da República.
Em paralelo à apelação, os advogados entraram com outra petição no Supremo, desta vez pedindo com urgência a concessão de uma liminar (decisão provisória) que permita a Lula continuar como candidato ao menos até o dia 17 - data limite para troca de candidatos, ou até que o plenário do STF discuta em definitivo a situação do ex-presidente.
Segundo a defesa, o TSE julgou o registro de candidatura com “pressa e mais pressa”, suprimindo prazos para a defesa, além de ter realizado “duas incríveis e surpreendentes viragens de jurisprudência” para impedir Lula de fazer campanha enquanto recorre da rejeição e abrir de imediato o prazo para o PT trocar de candidato.

FALA DO GENERAL E PESQUISA ELEITORAL


General fala sobre eleições; PT reage

Agência Brasil












O chefe do Exército negou que Jair Bolsonaro seja o candidato das Forças Armadas

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, disse que o ataque a Jair Bolsonaro (PSL) pode provocar futuramente questionamentos à legitimidade do novo governo. "Por exemplo, em relação a Bolsonaro, em ele não sendo eleito, ele pode dizer que prejudicaram a campanha dele. E, sendo eleito, provavelmente será dito que ele foi beneficiado pelo atentado, porque gerou comoção", afirmou. "Daí altera o ritmo geral das coisas e é muito preocupante", completou.
As declarações do general foram dadas em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada neste domingo (9). Villas Boas avaliou que a violência contra Bolsonaro "confirma que estamos construindo dificuldades para que o novo governo tenha estabilidade para sua governabilidade". Segundo ele, o ataque confirma ainda "a intolerância generalizada e a falta de capacidade" de se colocar os interesses do país "acima das questões políticas, ideológicas e pessoais".
O chefe do Exército negou que Jair Bolsonaro seja o candidato das Forças Armadas e que o seu eventual governo venha a ser "militar". Ele destacou que as Forças Armadas são "apolíticas e apartidárias" e têm compromisso com a estabilidade, qualquer que seja o governo eleito pelo povo. "A instabilidade é que mobiliza nossa atuação", disse, citando como exemplo a greve dos caminhoneiros.
O general Villas Boas defendeu ainda que os candidatos preguem a harmonia em seus discursos. Ele apelou para que controvérsias jurídicas não tirem a tranquilidade do processo eleitoral.
ONU e Lula
Villas Boas classificou como "invasão à soberania nacional" o parecer da Comissao de Direitos Humanos da ONU em favor da candidatura de Lula (PT), que teve seu registro negado pela Justiça Eleitoral. Afirmou, por fim, que a Constituição e a Lei da Ficha Limpa valem para todos.
Insubordinação
Em nota divulgada neste domingo, o PT repudiou a entrevista do general Villas Boas, classificando-a como “grave episódio de insubordinação de um comandante das Forças Armadas ao papel que lhe foi delimitado” pela Constituição.
Para o PT, a manifestação do general tem caráter político e visa “tutelar as instituições republicanas”, mais especificamente o Judiciário, “que ainda examina recursos processuais legítimos em relação ao ex-presidente Lula”. Na nota, o partido convoca “as forças democráticas do país" a condenar as declarações de Villas Boas.

Após atentado, Bolsonaro cresce em pesquisa e aparece com 24%; Ciro é o segundo, com 13%

Tatiana Morais








Jair Bolsonaro atingiu 24% das intenções de votos, segundo a pesquisa Datafolha, índice dois pontos percentuais superior ao registrado na última edição do levantamento, realizado em 22 de agosto. Essa é a primeira versão do estudo após o atentado ao candidato.
Ciro Gomes (PDT) parece ter recebido parte dos votos de Lula, que será substituído hoje por Fernando Haddad (PT) na corrida eleitoral, e atingiu 13%, aumento de três pontos percentuais quando comparado à edição de 22 de agosto.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo em parceria com a Folha de São Paulo. O índice de confiança é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. 2.804 pessoas foram entrevistadas em 197 municípios.
Marina Silva (Rede), que tinha 16% dos votos, caiu na pesquisa e fechou em 11%. Em seguida aparece Geraldo Alckmin (PSDB), que subiu um ponto percentual e alcançou 10%, e Fernando Haddad (PT), que foi de 4% para 9%.
Álvaro Dias (Podemos), João Amoedo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) têm 3% das intenções de voto cada. Guilherme Boulos (PSol), Cabo Daciolo (Pen) e Vera (PSTU) têm 1%.
Segundo turno
Em um cenário de segundo turno entre Bolsonaro e Ciro, o pedetista levaria a melhor com 45%, diferença de 10 pontos percentuais sobre Bolsonaro. Quanto são testados os nomes de Bolsonaro e Haddad, o petista ficaria com 39% dos votos, um ponto percentual acima do primeiro colocado nas pesquisas.
Confira os cenários de segundo turno:
Marina 43% X Bolsonaro 37%
- brancos e nulos: 18%
Ciro 39%X Alckmin 35%
- brancos e nulos: 23%
Alckmin 43% X Bolsonaro 34%
- brancos e nulos: 20%
Marina 38% X Alckmin 37%
- brancos e nulos: 23%
Ciro 45% X Bolsonaro 35%
- brancos e nulos: 17%
Alckmin 43% X Haddad 29%
- brancos e nulos: 25%
Haddad 39% X Bolsonaro 38%
- brancos e nulos: 20%
Ciro 41% X Marina 35%
- brancos e nulos: 22%
Marina 42% X Haddad 31%
- brancos e nulos: 25%


HOMEM COM BOMBAS MORRE AO ATACAR O STF

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