segunda-feira, 10 de setembro de 2018

COLUNA ESPLANADA DO DIA 10/09/2018


Ele previu o perigo

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini







Jair Bolsonaro (PSL) já havia reforçado sua escolta pessoal com seguranças à paisana que se passam por fãs. E a diretoria da Câmara Federal reforçou a segurança do presidenciável nas dependências da Casa mês passado, em alerta diante da onda de gente desconhecida que vem cercando o candidato. A Câmara destacou um veterano segurança da Casa para acompanhá-lo pelas dependências, inclusive dentro gabinete. Cerca de 30 fãs e militantes batem ponto na porta do gabinete de Bolsonaro no Anexo III quando por lá está.

Alerta do além?
Meses atrás, um amigo do Paraná, ligado à Renovação Carismática da Igreja, mandou uma mensagem por whatsApp para Bolsonaro. Previu um atentado nas ruas.

Levou a sério
Jair recebeu a mensagem do presidente do Patriota-DF, Paulo Fernando, e agradeceu. Evangélico, o candidato passou a orar pela sua segurança –mas tomou providências.

Boletim
A família do presidenciável Jair Bolsonaro vai transferi-lo para um hospital particular no Rio de Janeiro tão logo seu quadro de saúde se estabilize.</CW>

Facada de Mourão
O General Mourão (PRP), o vice, soltou para amigos no Sul ontem que não descarta atuação de grupo político no atentado a Bolsonaro. Quer investigação nessa linha.

Fui..
Ex-deputado federal pelo PCdoB, o ex-delegado federal Protógenes Queiroz desistiu da política – e do Brasil. À Coluna, se diz “exilado” num país da Europa, onde mora com a família, com ‘segurança e saúde’.

..mas fiquei
Protagonista da Operação Satiagraha – que caiu no Judiciário – e da prisão de Daniel Dantas, entre outros poderosos, Protógenes é dos heróis da História recente do Brasil, que vez ou outra catapulta à mídia e ao gosto popular personagens justiceiros da tragicomédia brasileira. Depois dele atuaram neste papel involuntário Joaquim Barbosa, do STF, e atualmente o juiz Sérgio Moro. Quem será o próximo?
Em nome de..
Líder nacional da Assembleia de Deus, o Bispo Manoel Ferreira, suplente de Cristovam Buarque (PPS-DF) para o Senado, elogia Eduardo Cunha em vídeo e pede votos para filha do detento, Daniele, para deputada federal.

Memorial do fogo
A UFRJ já pode criar um Museu do Incêndio dessa gestão, pelo histórico. O do Museu Nacional foi o sexto desde 2011: um atingiu três andares do Campus Praia Vermelha; em 2012, foi na Faculdade de Letras; em 2014, no prédio do Centro de Ciências da Saúde. Em 2016, no 8º andar da reitoria; e ano passado, no alojamento estudantil.

Com o apito
A emenda do deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP), no bojo do projeto 2724/15 (controle estrangeiro das empresas aéreas) caiu no gosto de muitos deputados. A emenda prevê autorização para bingos no complexo dos estádios de futebol. Resultado: com a esperada receita extra, os cartolas pressionam seus parlamentares aliados.

Mal educados 
O Sistema de Avaliação do Ensino Básico revelou que apenas 4% de alunos do Ensino Médio têm conhecimento de português e matemática. Confirma o que vem no livro “País mal educado” (Record, 308 pág), de Daniel Barro, que chega às livrarias este mês.

Vem de longe
Poucos anos atrás, então ministro da Educação, em evento de João Dória Jr na Bahia, Fernando Haddad alertou que o País tem déficit de 400 mil professores de matemática, química, física e biologia. 

Esplanadeira
.Presidente do Centro Celso Furtado, Saturnino Braga (PT) anunciou apoio a José Bonifácio (PDT) e para Lindbergh Farias (PT) para o Senado .
.Fábio Brandt ampliou sede da Novo Selo Comunicação Estratégica em Brasília .
.Professor da FGV-Rio, o consultor Luiz Cláudio Soares dá dicas de economia na Rádio Muriaé aos sábados < www.radiomuriae.com.br >.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

ESPIONAGEM RUSSA NA INGLATERRA


Reino Unido acusa a 'inteligência militar' russa por ataque contra ex-espião

Agence France Presse










De acordo com a primeira-ministra britânica, Theresa May, restos do agente neurotóxico foram encontrados no hotel dos russos acusados

O ataque com Novichok contra o ex-espião russo Sergei Skripal na Inglaterra foi cometido por agentes dos serviços russos de inteligência militar, disse a primeira-ministra britânica na quarta-feira (5), depois que o Reino Unido emitiu mandados de prisão contra dois cidadãos russos.
A Polícia britânica anunciou a emissão de dois mandados de prisão contra dois cidadãos russos, identificados como Alexander Petrov e Ruslan Bochirov, no âmbito do caso de envenenamento por Novitchok contra o ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha, Yulia, na Inglaterra.
De acordo com a primeira-ministra Theresa May, restos do agente neurotóxico foram encontrados no hotel dos russos acusados. Ainda segundo a premiê, o ataque foi organizado pela espionagem militar russa.
"Com base em uma investigação das nossas agências de Inteligência, o governo concluiu que os dois indivíduos apontados pela Polícia são oficiais dos serviços de Inteligência militar russos, o GRU", afirmou Theresa May no Parlamento.
"Essa operação foi quase certamente aprovada fora do GRU, em um nível elevado do Estado russo", acusou May.
Os dois nomes são considerados pseudônimos, declarou o chefe da seção de antiterrorismo, Neil Basu, em entrevista coletiva.
"É possível que esses não sejam seus nomes verdadeiros", embora "tivessem passaportes russos emitidos com esses nomes", explicou Basu.
As autoridades britânicas divulgaram as fotografias dos dois suspeitos e pediram a cooperação da população para identificá-los.
"Se sabem quem são e os conhecem com outro nome, por favor, manifestem-se", pediu o chefe da Polícia.
"Estamos perguntando às pessoas no mundo todo: vocês os reconhecem?", acrescentou.
Reação de Moscou
A Rússia reagiu nesta quarta-feira (5), garantindo que não sabe quem são os dois acusados, e denunciou uma "manipulação".
"Os nomes e as fotografias publicados na imprensa não nos dizem nada", disse a porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, Maria Zakharova, citada pela agência de notícias pública TASS.
Ela acusou o Reino Unido de "manipular informação" e disse que não pedirá a extradição de Petrov e de Boshirov, já que a Rússia deixou claro, em outras ocasiões, que não extradita seus cidadãos.
Em 2007, Moscou se negou a extraditar Andrei Lugovoi, principal suspeito do assassinato por envenenamento radioativo do ex-espião russo Alexander Litvinenko, em Londres.
Em nota, a Procuradoria britânica disse que há três acusações contra a dupla: conspiração para cometer assassinato, tentativa de assassinato contra os Skripal e contra um policial britânico contaminado após tê-los socorrido, além de uso e posse de Novichok.
Segundo a Polícia, ambos os suspeitos chegaram a Londres em 2 de março e, nessa mesma data, pernoitaram em um hotel da capital britânica. No dia seguinte, viajaram para Salisbury, localidade do sudoeste da Inglaterra onde Skripal morava.
"Acreditamos que contaminaram a porta de entrada" da casa do ex-espião russo, em 4 de março, acrescentou Basu.
Segundo a investigação, os suspeitos deixaram o Reino Unido ainda nesse dia.
Crise diplomática
Skripal e sua filha foram envenenados com Novichok, no início de março em Salisbury, uma tentativa de assassinato que o governo britânico atribuiu à Rússia. Moscou nega categoricamente qualquer envolvimento.
O caso deflagrou uma grave crise diplomática entre a Rússia e os países ocidentais, a qual deu lugar a expulsões cruzadas de diplomatas.
Hospitalizados em estado crítico, Serguei e Yulia Skripal conseguiram sobreviver após permanecerem várias semanas em tratamento intensivo em um hospital.
Em 30 de junho, um casal de britânicos foi envenenado, após terem contato com o Novichok que estava em um frasco. A mulher, Dawn Sturgess, de 44 anos, faleceu, mas seu parceiro, Charlie Rowley, sobreviveu e se encontra hospitalizado em estado "grave, mas estável".
No início de agosto, os Estados Unidos anunciaram sua intenção de impor sanções econômicas à Rússia, em consequência desse caso.
Essas sanções, que entraram em vigor em 27 de agosto, afetam principalmente as exportações de alguns produtos tecnológicos, como os aparelhos eletrônicos, e a venda de armas para a Rússia. Em nome de "interesses de segurança nacional", porém, Washington excluiu da lista outros tipos de produtos, assim como tudo relacionado à cooperação espacial entre ambos os países.
Na época, um funcionário americano de alto escalão considerou que essas sanções poderiam custar "milhões de dólares" à economia russa.
O simples anúncio dessa decisão provocou a queda dos mercados financeiros russos e de sua divisa, o rublo.
A Rússia prometeu tomar medidas de represália.

COLUNA ESPLANA DO DIA 06/09/2018


Governo barrou verba para museu

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 








O Governo Federal barrou verbas oficiais do Congresso Nacional para a manutenção do Museu Nacional no Rio de Janeiro desde 2014, conforme levantamento feito pela Coluna com a assessoria da entidade. Foram R$ 750 mil contingenciados de duas emendas do então deputado Alfredo Sirkis. O Planalto liberou R$ 598 mil, a granel, das emendas de Chico Alencar – PSOL (R$ 300 mil) e Alessandro Molon-Rede (R$ 298.180, sendo R$ 199.590,73 em 2016, e R$ 27.727,65 em 2017). Este ano, somente Molon pediu verba. Do total de 46 deputados federais do Estado, somente estes três parlamentares destinaram emendas para o Museu nos últimos anos.

Esforço coletivo
Em reunião ontem na Câmara, os deputados fluminenses decidiram concentrar esforços para levantar R$ 10 milhões para reconstrução do Museu Nacional ano que vem.

Só um
O Ministério da Cultura aprovou R$ 14,3 milhões para cinco projetos relativos ao Museu nos últimos 3 anos, através da Lei Rouanet. Só um deles vingou, de R$ 1,07 milhão.

Parabéns
Trata-se da Exposição Mineralogia-Geologia Econômica, e não foi uma iniciativa de empresa no mercado. Foi esforço da Associação Amigos do Museu Nacional.

Então..
.. faz sentido a revolta com projetos de produtoras e grandes artistas: ganham milhões ou dezenas de milhões em projetos pessoais via Rouanet; e para memória cultural, zero.

Ofensiva na ONU
O PT aposta tudo no plenário do Supremo Tribunal Federal na tentativa de revitalizar a candidatura de Lula da Silva ao Planalto até dia 10, garante o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) à Coluna. Diz que os advogados eleitorais de Lula recorreram novamente ao Comitê de Direitos da ONU – onde esperam que mais de 2 dos 18 membros endossem, em nova carta, recomendação para a Justiça liberar o petista.

E aí, Fachin?
A tendência é o plenário rejeitar o recurso e eventual carta do Comitê (administrativo, não deliberativo) da ONU. Há a Lei da Ficha Limpa, que barra a candidatura de Lula, condenado em segunda instância e preso. Resta saber se o ministro Edson Fachin vai manter seu voto do TSE – e se assim permanecer, se convencerá colegas.

Bancada da carteirinha
A Justiça mantém autorização da entrada de um batalhão de ‘advogados’ na salinha-prisão de Lula na sede da PF para fazer política. Fernando Haddad, Gleisi Hoffman e outros da cúpula do PT usam a carteirinha da OAB para ter acesso ao apenado, que da cela insiste na sua candidatura e controla a campanha nas ruas.

Tá valendo
Vale um alerta, porque há confusão na praça. Lula está proibido de fazer campanha na TV e rádio como candidato. Mas pode aparecer pedindo votos para candidatos do PT.

Fogo no ninho
Já tem candidato do PSDB reclamando da distribuição ‘desigual’ do fundo eleitoral para campanhas. O partido nega e reforça que o TSE autorizou sua tabelinha de regra.

Tabela
O PSDB tem 185,8 milhões para distribuir para candidatos: 30% (R$ 55,7 milhões) para candidaturas femininas; 23,33%, cada, para candidatos deputados federais e estaduais (R$ 43,36 milhões). O comitê de Geraldo Alckmin levou outros R$ 43,36 milhões

Bem mineirinho
Candidato a deputado federal, o ex-presidenciável Aécio Neves, que bateu na porta do Planalto em 2014, aparece na TV e rádio no horário eleitoral, mas não cita o próprio nome. Fala somente o número de urna. Ideia dos estrategistas.

Sobre gestão
Notícia de manchete do O Dia online da segunda-feira: “Faltaram logística e infraestrutura”, disse o reitor da UFRJ Roberto Leher sobre o combate ao incêndio no Museu Nacional. Parece estranho, mas a frase conota que a culpa foi dos bombeiros.

Contrabando
Do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann: “O Contrabando de cigarros serve para gerar fundos para as quadrilhas do crime organizado. As grandes facções brasileiras estão internacionalizadas. Estes crimes não se resolverão com estratégia puramente nacional, mas somente por meio da cooperação e integração internacional”