Um alerta a favor da vida
Simone
Demolinari
É preciso falar
sobre um assunto triste: o suicídio. O silêncio não resolve, piora, e as
estatísticas mostram uma triste realidade. De acordo com a Secretária de Estado
de Saúde de Minas Gerais, entre 1 de janeiro a 17 de agosto deste ano, 595
pessoas tiraram a própria vida no estado, isso dá em média um número de três
pessoas por dia.
Além disso, dados da
Organização Mundial de Saúde, mostram que no Brasil, cerca de 11 mil pessoas se
matam todos os anos, uma média de 32 casos por dia.
Isso nos coloca como
o oitavo país com o maior número de suicídio. No mundo, o número sobe para 800
mil pessoas por ano, uma média assustadora de uma morte a cada 40 segundos.
Este assunto vem
sendo debatido com mais ênfase há 4 anos devido à uma importante campanha:
“Setembro Amarelo”. O amarelo, cor que simboliza “atenção”, vem com o objetivo
direto de alertar a população a respeito dessa triste realidade, buscando
também debater suas formas de prevenção.
Eis o desafio:
prevenir. Como perceber que alguém está pensando em se matar?
Há um ditado popular
que diz “quem quer se matar, se mata, não ameaça”. Mas isso não é verdade. Estudos
revelam que pessoas que prenunciam o suicídio, são aqueles de maior
vulnerabilidade.
Aliás, um bom
indicativo é a própria tentativa. Até mesmo aquelas frustradas onde as pessoas
concluem que o objetivo é “chamar atenção”. Aquele que quer trazer a atenção
para si, através da tentativa de auto extermínio, está de fato precisando de
acolhimento e não de julgamento.
Geralmente, atras
desse comportamento há um quadro depressivo como um pano de fundo. Nele, as
emoções são exacerbadas, a gravidade da situação é ampliada e a desesperança
toma conta fazendo a pessoa acreditar que seu problema (seja ele qual for) só
tem uma solução: a morte.
Outra questão
importante é o fator genético. Pessoas cujo familiares suicidaram têm maiores
chances de fazer o mesmo. Além disso, há um forte impacto emocional: um
suicídio na família torna o impensável pensável.
Por mais que seja
difícil entender o que se passa no canto obscuro da mente humana, precisamos
ficar atentos a algumas condutas, pois pequenos sinais podem ser sinais de
alerta:
–Depressão
–Pessimismo acentuado
–Ideias de suicídio abertamente faladas ou ameaças
–Tentativas anteriores
–Isolamento social
–Perda de prazer em coisas que antes era importante
–Desesperança
–Sentimento de culpa: sentir que é um fardo para a família
–Falas do tipo: “Não vou atrapalhar vocês por muito tempo”; “Não queria ter nascido”; “Queria tanto morrer”; Vejo a morte como alívio”; “Não aguento tanta dor”
–Melhoras súbitas: familiares de pessoas que se mataram relatam uma aparente melhora nos últimos dias –nesse caso, a melhora indica que o fato dele ter tomado a decisão de morrer, traz uma estranha sensação de alívio.
–Pessimismo acentuado
–Ideias de suicídio abertamente faladas ou ameaças
–Tentativas anteriores
–Isolamento social
–Perda de prazer em coisas que antes era importante
–Desesperança
–Sentimento de culpa: sentir que é um fardo para a família
–Falas do tipo: “Não vou atrapalhar vocês por muito tempo”; “Não queria ter nascido”; “Queria tanto morrer”; Vejo a morte como alívio”; “Não aguento tanta dor”
–Melhoras súbitas: familiares de pessoas que se mataram relatam uma aparente melhora nos últimos dias –nesse caso, a melhora indica que o fato dele ter tomado a decisão de morrer, traz uma estranha sensação de alívio.
Não devemos trazer
para nós a responsabilidade de sermos “radar” da vida do outro, mas se
desenvolvermos um olhar mais acolhedor e menos crítico, conseguiremos salvar
vidas.