quinta-feira, 6 de setembro de 2018

SETEMBRO AMARELO - UM ALERTA CONTRA O SUICÍDIO


Um alerta a favor da vida

Simone Demolinari 








É preciso falar sobre um assunto triste: o suicídio. O silêncio não resolve, piora, e as estatísticas mostram uma triste realidade. De acordo com a Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais, entre 1 de janeiro a 17 de agosto deste ano, 595 pessoas tiraram a própria vida no estado, isso dá em média um número de três pessoas por dia.
Além disso, dados da Organização Mundial de Saúde, mostram que no Brasil, cerca de 11 mil pessoas se matam todos os anos, uma média de 32 casos por dia.
Isso nos coloca como o oitavo país com o maior número de suicídio. No mundo, o número sobe para 800 mil pessoas por ano, uma média assustadora de uma morte a cada 40 segundos.
Este assunto vem sendo debatido com mais ênfase há 4 anos devido à uma importante campanha: “Setembro Amarelo”. O amarelo, cor que simboliza “atenção”, vem com o objetivo direto de alertar a população a respeito dessa triste realidade, buscando também debater suas formas de prevenção.
Eis o desafio: prevenir. Como perceber que alguém está pensando em se matar?
Há um ditado popular que diz “quem quer se matar, se mata, não ameaça”. Mas isso não é verdade. Estudos revelam que pessoas que prenunciam o suicídio, são aqueles de maior vulnerabilidade.
Aliás, um bom indicativo é a própria tentativa. Até mesmo aquelas frustradas onde as pessoas concluem que o objetivo é “chamar atenção”. Aquele que quer trazer a atenção para si, através da tentativa de auto extermínio, está de fato precisando de acolhimento e não de julgamento.
Geralmente, atras desse comportamento há um quadro depressivo como um pano de fundo. Nele, as emoções são exacerbadas, a gravidade da situação é ampliada e a desesperança toma conta fazendo a pessoa acreditar que seu problema (seja ele qual for) só tem uma solução: a morte.
Outra questão importante é o fator genético. Pessoas cujo familiares suicidaram têm maiores chances de fazer o mesmo. Além disso, há um forte impacto emocional: um suicídio na família torna o impensável pensável.
Por mais que seja difícil entender o que se passa no canto obscuro da mente humana, precisamos ficar atentos a algumas condutas, pois pequenos sinais podem ser sinais de alerta:
–Depressão
–Pessimismo acentuado
–Ideias de suicídio abertamente faladas ou ameaças
–Tentativas anteriores
–Isolamento social
–Perda de prazer em coisas que antes era importante
–Desesperança
–Sentimento de culpa: sentir que é um fardo para a família
–Falas do tipo: “Não vou atrapalhar vocês por muito tempo”; “Não queria ter nascido”; “Queria tanto morrer”; Vejo a morte como alívio”; “Não aguento tanta dor”
–Melhoras súbitas: familiares de pessoas que se mataram relatam uma aparente melhora nos últimos dias –nesse caso, a melhora indica que o fato dele ter tomado a decisão de morrer, traz uma estranha sensação de alívio.
Não devemos trazer para nós a responsabilidade de sermos “radar” da vida do outro, mas se desenvolvermos um olhar mais acolhedor e menos crítico, conseguiremos salvar vidas.

O FUTURO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO BRASIL SERÁ JAIR BOLSONARO


Ibope: Bolsonaro mantém liderança, enquanto Ciro sobe e empata com Marina na corrida presidencial

Da Redação









Bolsonaro tem 22% das intenções de voto

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) oscilou dois pontos porcentuais para cima em duas semanas e, com 22% das intenções de voto, segue na liderança da corrida presidencial, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta quarta-feira, 5. Ciro Gomes (PDT) subiu três pontos, de 9% para 12%, e empatou numericamente com Marina Silva (Rede), que manteve o patamar do levantamento anterior, divulgado no dia 20 de agosto.

A preferência pelo tucano Geraldo Alckmin, detentor de quase metade do tempo do horário eleitoral gratuito e representante da maior coligação da disputa, passou de 7% para 9%.

Na primeira pesquisa depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter barrado a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petista Fernando Haddad aparece com 6%, dois pontos acima do registrado no levantamento anterior do Ibope. Inscrito originalmente como vice de Lula, Haddad deve assumir em breve o posto de titular da chapa.

As entrevistas da pesquisa começaram a ser feitas no sábado, 1, um dia após o início do horário eleitoral - não houve, portanto, tempo para captar completamente a intensidade do impacto da propaganda dos candidatos no rádio e na TV.

Nulo ou branco

Uma mudança ficou clara, no entanto: houve queda expressiva na parcela do eleitorado disposta a votar nulo ou em branco, de 29% para 21%. A taxa de indecisos oscilou para baixo, de 9% para 7%.

Alvaro Dias (Podemos) permaneceu com a mesma taxa da pesquisa anterior (3%) e foi alcançado por João Amoêdo (Novo), que passou de 1% para 3%, e Henrique Meirelles (MDB), que oscilou de 1% para, 2%. Os três agora dividem a sexta colocação, em situação de empate técnico.

Os candidatos do PSOL, Guilherme Boulos, do PSTU, Vera Lúcia Salgado, e do PPL, João Goulart Filho, mantiveram a taxa de 1% de intenção de votos. Os demais concorrentes não pontuaram na pesquisa.

Todas as comparações entre o atual levantamento e o anterior foram feitas levando-se em conta o cenário de 20 de agosto no qual Lula não foi incluído na lista de candidatos apresentada aos entrevistados.

Margem de erro

O Ibope ouviu 2.002 eleitores, em 142 municípios, entre os dias 1º e 3 de setembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.

O registro na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo BR-05003/2018. Os contratantes foram o Estado e a TV Globo.

A divulgação do levantamento estava prevista para ontem, terça-feira, mas foi necessário adiá-la em razão de uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral. O registro inicial da pesquisa, feito no dia 29 de agosto, ainda trazia um cenário com Lula como candidato. Porém, na madrugada de sábado, dia 1° de setembro, o TSE indeferiu o registro da candidatura do ex-presidente.

Diante do ocorrido, o Ibope decidiu retirar da pesquisa o cenário com Lula, e manter apenas o que trazia Haddad em seu lugar. Como as perguntas feitas não seguiram exatamente o roteiro previsto no questionário registrado na semana anterior, foi necessário consultar o TSE. Na tarde desta quarta-feira, o ministro Luiz Felipe Salomão decidiu não analisar o mérito da questão, alegando que o Ibope não poderia ter feito a consulta, por não ser "autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político".

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

CÂMARA REJEITA A EXTINÇÃO DO FUNDO SOBERANO


Câmara arquiva MP que extinguiria Fundo Soberano

Agência Brasil











O parecer foi rejeitado pelos parlamentares por não atender aos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e também de sua adequação financeira e orçamentária

O plenário da Câmara rejeitou nesta terça-feira (4) a Medida Provisória 830/18 que extinguiria o Fundo Soberano. A proposta foi arquivada após um acordo entre os partidos, que condicionou o veto à matéria para viabilizar as votações desta terça-feira (4).
O parecer, de autoria do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), foi rejeitado pelos parlamentares por não atender aos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e também de sua adequação financeira e orçamentária.
Em seu parecer, o deputado alegou que o Fundo Soberano “constitui um caso claro de uma excelente ideia implementada no momento errado e pelos motivos errados, que se tornou vítima de uma administração irresponsável”.
Segundo a medida provisória, os recursos do Fundo Soberano seriam destinados ao pagamento da Dívida Pública Federal (DPF), que reúne as dívidas interna e externa do governo federal. Em dezembro, atingiu R$ 3,55 trilhões – naquele mesmo mês, o patrimônio do FSB somava R$ 26,3 bilhões, apenas 0,74% do total da DPF. A medida provisória também extinguiria o conselho deliberativo do fundo, encarregado do controle contábil dos recursos.
Regra de ouro
Pela justificativa do Poder Executivo, a extinção do fundo soberano pretendia garantir o cumprimento da chamada “regra de ouro”. Instituída pelo Artigo 167 da Constituição de 1988, a regra de ouro determina que o governo não pode endividar-se para financiar gastos correntes (como a manutenção da máquina pública), apenas para despesas de capital (como investimento e amortização da dívida pública) ou para refinanciar a dívida pública.
Nos últimos anos, os sucessivos déficits fiscais têm colocado em risco o cumprimento da norma, o que tem levado o Tesouro a buscar fontes de recursos para ter dinheiro em caixa e reduzir a necessidade de emissão de títulos públicos.
Até o momento, o governo federal não se manifestou sobre o arquivamento da proposta.

CATALUNHA INSISTE NA SEPARAÇÃO DO GOVERNO ESPANHOL


Presidente catalão pede mobilização separatista nos próximos meses

Agence France Presse









Em uma conferência na qual deveria falar da futura estratégia de seu governo, o presidente independentista catalão, Quim Torra, pediu "uma marcha pelos direitos civis, sociais e nacionais da Catalunha (...), uma mobilização multitudinária, diversa e transversal"

O presidente independentista catalão, Quim Torra, pediu nesta terça-feira (4) a suas bases que se mobilizem durante os próximos meses, que devem trazer momentos agitados nesta região espanhola pelo aniversário da tentativa de separação e o julgamento contra os seus ex-dirigentes.
Em uma conferência na qual deveria falar da futura estratégia de seu governo, o líder regional pediu "uma marcha pelos direitos civis, sociais e nacionais da Catalunha (...), uma mobilização multitudinária, diversa e transversal".
Quase um ano após o referendo ilegal sobre a autodeterminação em 1º de outubro e a declaração fracassada de independência no dia 27 daquele mês, o separatismo continua no poder nesta região nordeste de 7,5 milhões de habitantes, divididos quase igualmente sobre a questão.
Nos últimos meses foi iniciado um diálogo com o novo governo espanhol de Pedro Sánchez, que, na segunda-feira, propôs para a Catalunha um referendo sobre um estatuto de autonomia que amplie o autogoverno regional.
"Presidente Sánchez, o debate na sociedade catalã não é sobre um estatuto", respondeu Torra, pedindo novamente a convocação "de maneira acordada de um referendo de autodeterminação".
De Madrid, a porta-voz do governo espanhol, Isabel Celaá, repreendeu o uso de um discurso vitimista "exclusivamente para separatistas", mas insistiu na necessidade de diálogo e negociação.
A conferência acontece uma semana antes do Dia da Catalunha, em 11 de setembro, importante data na reigão que deverá ser palco de uma manifestação independentista, desta vez no centro de Barcelona, ​​sob o lema "Façamos a República Catalã".
Torra solicitou manter estas mobilizações até a sentença do tribunal contra a cúpula separatista pela tentativa de secessão, que deve começar no final do ano e pode acarretar em longas penas de prisão.