sexta-feira, 13 de abril de 2018

O BRASIL ESTÁ MUDANDO - A JUSTIÇA ESTÁ SENDO FEITA


Por 7 votos a 4, plenário do STF nega pedido de liberdade a Palocci

Estadão Conteúdo






Palocci foi condenado em junho de 2017 no âmbito da Operação "Lava Jato"

O Supremo Tribunal Federal (STF), por sete votos a quatro, negou o pedido de liberdade ao ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Preso preventivamente desde setembro de 2016, Palocci foi condenado em junho de 2017 no âmbito da Operação "Lava Jato".

O juiz federal Sérgio Moro sentenciou o ex-ministro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na sessão de quarta-feira, 11, quando o julgamento do habeas corpus foi iniciado, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a manutenção da prisão de Palocci e citou que a restrição de liberdade era necessária à garantia da ordem pública e "para fazer cessar a prática do crime de lavagem de dinheiro para a aplicação da lei penal".

Relator do caso, Fachin votou nesse sentido, e foi acompanhado, ontem, por Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Alexandre de Moraes. Na sessão desta quinta-feira, a ministra Rosa Weber votou para não conceder o habeas corpus, somando o quinto voto contrário à liberdade de Palocci.

Dias Toffoli abriu a divergência, seguido por Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Marco Aurélio. Em seus votos, os ministros da minoria criticaram o "excesso" de prazo da prisão preventiva do ex-ministro, e defenderam que outras medidas cautelares, fora a do encarceramento, seriam suficientes para que Palocci não volte a cometer crimes.

A maioria para negar o habeas corpus foi formada com o voto do decano Celso de Mello. Apesar de se posicionado pelo conhecimento do processo ontem, o ministro disse que a "jurisprudência do STF tem considerado que não representa ilegalidade na prisão preventiva alongada quando há razoabilidade nos argumentos jurídicos para justificar a medida", entendendo que não havia motivos para acabar com a preventiva de Palocci.

Cármen Lúcia, presidente da Corte, deu o último e sétimo voto, acompanhando a argumentação do ministro relator.

Votações

Na sessão plenária da última quarta-feira, os ministros discutiram questões preliminares sobre o processo de Palocci. A primeira votação analisou se Fachin, como relator, poderia ter retirado o caso da Segunda Turma da Corte, a qual compõe, e submeter o habeas corpus para análise do plenário, com os 11 ministros.

Depois, os ministros decidiram que não poderiam analisar o habeas corpus porque Palocci foi condenado em primeira instância enquanto aguardava tramitar no STF o pedido de liberdade contra a prisão preventiva.

Apesar da maioria de os ministros decidir que o habeas corpus estava prejudicado em função desses fatos, Fachin optou por analisar o processo de "ofício". Isso acontece quando o ministro entende que, apesar de não poder aceitar o habeas corpus por problemas processuais, é necessário avaliar se existe alguma ilegalidade na prisão do réu. Fachin concluiu que não havia.

Assim, a Corte acabou, na prática, analisando o mérito do pedido de Palocci, e, por maioria, decidiu pela manutenção da prisão preventiva.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 13/04/2018


Lucrativos

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini






Mais de R$ 1,4 bilhão foram transferidos dos cofres da União em 2017 para as chamadas entidades sem fins lucrativos. Nos últimos quatro meses, os repasses já somam mais de R$ 370 milhões. Na lista de beneficiados, de acordo com o Portal da Transparência, constam institutos, associações, igrejas, fundações, agências de assistência de servidores, federações de indústrias e partidos políticos. No topo da lista de repasses - que somaram mais de R$ 70 milhões - estão o MDB, PT e PSDB.

Terceirizados
A Justiça do Trabalho manteve decisão que determinou à Caixa Econômica Federal a substituição de terceirizados por aprovados em concurso público.

Tese
Prevaleceu a tese dos procuradores do Ministério Público, Valesca de Morais do Monte e Daniela Costa Marques, de que “a terceirização é uma forma de a empresa baratear sua mão de obra e burlar concurso público”.

Foro Parado
Se depender da Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado para autoridades não será votada tão cedo.
Contraindicação
O texto já foi aprovado pelo Senado e estacionou na Casa após ser referendado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Aguarda, há meses, instalação de comissão especial, mas os líderes resistem em indicar os parlamentares que irão integrar colegiado.

Tempo Fechou
O tempo fechou na Comissão de Fiscalização do Senado. Estava em debate o repasse de recursos para o Sistema S quando senadores abandonaram a audiência em represália ao presidente do colegiado, Ataídes Oliveira (PSDB-TO).

Exaltado
Exaltado, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) acusou Ataídes de “instrumentalizar” a comissão e, antes de deixar a sessão, disparou: “O senhor não respeita seus pares e essa Casa”.

Transparência
Ataídes cobra, constantemente, transparência no destino das contribuições públicas às entidades do sistema S, que inclui Sesi, Sesc, Senai, Senac e Sebrae. Já pediu até auditoria ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Nobel
Mais de 198 mil pessoas assinaram o abaixo-assinado virtual para que o ex-presidente Lula receba o Nobel da Paz de 2018. A campanha foi iniciada dias antes da prisão do petista pelo argentino Adolfo Pérez Esquivel, que recebeu o prêmio em 1980.

Unidos
PT, PCdoB, DEM e PSDB decidiram se unir . . . para barrar a proposta que deixa clara na Constituição a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. “Acordão”, resumiu o relator da proposta, Rubens Bueno (PPS-PR).

Apologia ao Crime
Deputado tucano Rocha (AC) vê “apologia ao crime” na inclusão do nome “Lula” na identificação oficial de deputados e senadores. “A medida vai contra o artigo 287 da lei, que trata de apologia de fato criminoso ou de autor de crime”, provoca o tucano.

José “Lula”
Já o Secretário Nacional de Assuntos Institucionais do PT, deputado José Guimarães (CE), enviou comunicado aos colegas reforçando o pedido de inclusão de “Lula” no nome: “Aos representantes eleitos por nosso partido, pedimos que mudem seu nome parlamentar. Eu, desde ontem, sou José Lula Guimarães”.

Lista de Espera
Hospitais públicos e clínicas particulares que fazem operações pelo SUS terão que informar pela internet as listas de espera de pacientes para cirurgias.

Punições
É o que determina projeto (PLS 393/2015) aprovado pelo Senado e encaminhado para a Câmara. Conforme a proposta, as punições previstas para o descumprimento da norma vão de improbidade administrativa ao ressarcimento dos gastos e proibição de receber recursos públicos.

Estado de Direito
Filiado ao PSB, Antonio Carlos Biscaia vai concorrer novamente à Câmara Federal em outubro. Ex-presidente da CPI dos Sanguessugas, Biscaia será o mediador do Seminário Construção de Um Estado Democrático de Direito, no Clube de Engenharia (RJ), com Saturnino Braga (PT), Roberto Amaral ( PSB) e Carlos Moura (CNBB).



A VIOLÊNCIA CAMPEIA PELO PAÍS - NECESSÁRIO PUNIR OS CULPADOS


Um apelo nacional

Manoel Hygino 








Prudência mais do que nunca. Eis o de que se precisa nesta hora em que os ânimos se exaltam nos meios políticos e em que, mesmo usando terminologia respeitosa, demonstram estranheza entre si os próprios ministros da Suprema Corte de Justiça do país.
Por mais que se queira amenizar seu estado de espírito, o cidadão deste país, o nosso país, acha-se perturbado pela sucessão de episódios que estigmatizam o período que atravessamos, sem previsão de fim.
A desconfiança em torno dos homens que deveriam zelar, orientar e conduzir, no âmbito dos poderes da República, os destinos nacionais, se generaliza perversamente, embora os sinais positivos na economia. Não se poderá perder a oportunidade de corresponder aos horizontes favoráveis.
Da situação, que se me afigura preocupante, se utilizam os aproveitadores de todas as horas e ocasiões, não simplesmente os instalados em gabinetes oficiais. As sucessivas rebeliões nos presídios são apenas um sintoma do clima instalado no país, mesmo com a evidente diligência de setores oficiais, prevenindo-se contra a ação dos fora da lei em nossas estradas e nas vias urbanas. Sofremos em permanente estado de medo, inclusive pela atuação incessante do chamado “novo cangaço”.
Servem-se da situação os participantes de movimentos engajados na criminosa missão de tentar desestabilizar o que já se encontra abalado: o fechamento de ruas e rodovias, impedindo a livre circulação de pessoas, até em sua ida e vinda do cotidiano; a reincidência em ocorrências graves como as que, pelas chamas, tiram de circulação coletivos indispensáveis à locomoção das pessoas – sejam trabalhadores ou estudantes. Acalora-se o momento, por mais que se peça serenidade.
Até quando o povo do Brasil suportará o fragor da ameaça insistente, não se pode saber. Como não se sabe, efetivamente, como se conseguirá devolver paz à sociedade brasileira, violentada pela sequência interminável de escândalos nas altas esferas da República, como jamais, em tempo algum, antes se vira e se pudera medir.
Há de se extrair das entranhas dos dicionários o significado e sentido de palavras pouco usadas mais recentemente: dignidade, moral, honestidade, decoro, patriotismo enfim. Elas não podem permanecer como meros registros nos léxicos, com acepções se tornando crescentemente esquecidas da prática, aqui e agora. É dever inalienável e intransferível a adesão a essa mobilização, pessoal e geral, pelo bem da nação. O futuro está em nossas próprias mãos.
Palavras, palavras, palavras, reclamava Shakespeare da verborragia insistente, sem amparo e sustentação em ações efetivas.
Sei que se tornou extremamente difícil encerrar esse período de facúndia abundante e estéril. Há muito a se construir em um país tão extenso e que pode ser fecundo em felicidade para um povo que continua sofrendo, mas esperando. A responsabilidade dos que detêm algum tipo de poder é essencial. Os cidadãos estão alertas e a História registrará, fazendo justiça a quem merecer.


quinta-feira, 12 de abril de 2018

FACEBOOK VAI EVITAR PROBLEMAS DE ESPIONAGEM NAS ELEIÇÕES DO BRASIL


Quero evitar problemas em eleições, entre elas no Brasil, diz Zuckerberg

Estadão Conteúdo








O executivo afirmou que houve um erro no episódio da Cambridge Analytica e pediu desculpas


O executivo-chefe (CEO) do Facebook, Mark Zuckerberg, reafirmou nesta quarta-feira (11), durante depoimento no Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que sua companhia não vende dados dos usuários. Zuckerberg foi questionado pelo fato de a britânica Cambridge Analytica, que trabalhou na campanha à presidência de Donald Trump, ter acessado dados de dezenas de milhões de usuários da rede social. Ele também comentou que pretende atuar para evitar problemas de eventuais interferências indevidas em eleições neste ano, citando entre os exemplos a do Brasil.

O executivo afirmou que houve um erro no episódio da Cambridge Analytica e pediu desculpas. "Comecei o Facebook e no fim das contas sou o responsável", disse aos deputados. Segundo ele, a rede social tem trabalhado para apurar o que ocorreu exatamente e para evitar problemas do tipo. "Não fizemos o suficiente para evitar que nossas ferramentas fossem usadas para o mal", admitiu, prometendo melhorias.

De acordo com Zuckerberg, será apurado o episódio e todos serão informados sobre a atuação da Cambridge Analytica. Ele afirmou que a empresa britânica obteve informações que em geral as pessoas tornam públicas na rede, como nomes e fotos. O CEO da rede social disse que outros aplicativos são avaliados, para se apurar problemas similares.

O executivo disse ainda que considera o Facebook uma "empresa de tecnologia", apesar de ter vínculos com outros negócios, como mídia ou serviços financeiros.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...