sábado, 3 de março de 2018

O JUIZ SÉRGIO MORO DA LAVA JATO É CONTRA CANDIDATURA DE JUÍZES E PROMOTORES



Para Sérgio Moro, promotores e juízes não devem disputar eleições

Agência France Presse









Segundo Moro, juízes e promotores podem influir na política, mas não disputar cargos eletivos


O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos em primeira instância da operação "Lava Jato", cujo nome foi mencionado como eventual candidato à Presidência, afirmou nesta sexta-feira (2), em Nova York, que "não é boa ideia" que juízes e promotores se lancem na política.
"Não acho que isso seja uma boa ideia", disse Moro, de 45 anos, em conferência sobre o combate à corrupção na América Latina, ao ser perguntado se funcionários do sistema judiciário devem entrar na vida política para poder fazer mudanças.
"Os juízes e promotores que fazem um bom trabalho podem influir na política, mas não disputar cargos eletivos", o que poderia confundir a população, avaliou Moro, falando em inglês no seminário auspiciado pela organização Sociedade das Américas/Conselho das Américas.
Moro, que em 2016 apareceu na revista trimestral da organização, Americas Quarterly, em uma fotomontagem como um dos três caça-fantasmas, neste caso um "caçador de corruptos", ao lado da procuradora-geral da Guatemala Thelma Aldana e do chefe da comissão antimáfia da ONU naquele país, o colombiano Iván Velázquez, insistiu em que a operação "Lava Jato" não é motivada por interesses políticos.
"Ninguém está sendo processado por suas opiniões políticas, mas porque pagaram ou receberam propina, lavaram dinheiro ou tiveram uma conduta criminosa específica", disse. "São os políticos que cometem crimes os que criminalizaram a política".
Em um dia de muito frio, vento e chuva, um grupo de manifestantes colou cartazes com a legenda "Lula é inocente" e uma foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) na fachada do Conselho das Américas. "Justiça partidária é injustiça", dizia outro cartaz com a foto de Moro.
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro e enfrenta outros seis processos judiciais. Esta semana, ele afirmou em declarações à reportagem que todas as acusações foram montadas para "desmoralizar" sua candidatura às presidenciais deste ano, para as quais é considerado favorito, e para impedir o retorno ao poder do Partido dos Trabalhadores (PT).
A operação "Lava Jato" revelou um gigantesco esquema de propina de grandes empreiteiras a políticos de todo o espectro político para obter contratos na Petrobras.
Em três anos e meio, levou para a prisão ou ao banco dos réus empresários e políticos de primeira grandeza. A maioria dos processos em primeira instância está a cargo de Moro, juiz da 13ª Vara Federal de  Curitiba, e os de políticos com foro privilegiado estão nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

SERÁ QUE ESTÁ INICIANDO UMA NOVA GUERRA FRIA - RÚSSIA X EUA



É preciso se preocupar com as novas armas 'invencíveis' de Putin?

Agence France Presse







As novas armas "invencíveis" russas, de "alcance ilimitado", "hipersônicas", ou a laser, apresentadas por Vladimir Putin, fazem temer uma nova corrida armamentista com os Estados Unidos. Que ameaças representam e qual o interesse que elas têm para o presidente russo?
Quais são estas armas?
O novo material militar apresentado por Putin - mediante imagens de síntese e explosões - inclui um míssil de cruzeiro de propulsão nuclear de "alcance ilimitado" e que se desloca seguindo um rumo imprevisível.
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Putin também mostrou o "Sarmat", um míssil balístico intercontinental de 200 toneladas, que pode ser equipado com cargas nucleares.
Entre outros materiais militares, também há um veículo submergível mais rápido que um submarino, dois tipos de mísseis hipersônicos e uma misteriosa arma laser.
É necessário se preocupar?
Durante seu discurso de apresentação, Putin pediu aos ocidentais que "escutem" a renovada potência militar da Rússia, embora tenha assegurado que "não ameaça ninguém".
Especialistas militares russos explicam que estas armas não são realmente novas, e outros observadores afirmam que ainda não estão prontas.
"Já sabíamos do 'Sarmat' e também que este míssil experimenta grandes dificuldades", explicou à AFP o analista militar russo Alexandre Golts.
Os americanos, por sua vez, declararam estar "totalmente preparados" para combater as armas apresentadas na quinta-feira.
O que Putin quer?
O discurso com tons marciais de Putin é feito duas semanas antes da eleição presidencial, que acontecerá em 18 de março na Rússia, após a qual o homem forte do Kremlin tem assegurado conseguir um quarto mandato de seis anos, devido à falta de uma oposição real.
Putin fez alusão em seu discurso à humilhação sofrida pela Rússia nos anos seguintes à desintegração da URSS, em 1991, quando "faziam pouco caso" de Moscou.
O presidente goza de uma considerável popularidade na Rússia e é, para muitos, o responsável pela restauração da grandeza do país diante dos olhos do mundo.
Segundo o principal opositor ao Kremlin, Alexei Navalny, o âmbito militar é o único em que Putin "pode mentir com impunidade". Se elogiar os êxitos da Educação ou da Saúde russas, os eleitores seriam capazes de detectar suas mentiras, assegura.
Corrida armamentista?
Vladimir Putin apresentou os esforços russos no âmbito militar como uma "resposta" à atividade militar dos Estados Unidos no mundo, e em suas próprias fronteiras, em particular o sistema de defesa antimísseis implementado na Europa oriental e na Coreia do Sul.
Embora o Kremlin negue querer começar uma nova "corrida armamentista", Putin assegurou em entrevista à NBC que esta já havia começado quando Washington se retirou do tratado ABM de limitação de armas estratégicas durante o governo de George W. Bush.
"Após semelhante discurso (de Putin), nos Estados Unidos toda a elite política vai votar por um aumento dos gastos militares", disse à AFP o especialista Alexe Makarkin, para quem Putin lançou um "desafio" a Washington.
Quais são as consequências?
O discurso de Putin piorou ainda mais as relações russo-americanas, já afetadas por persistentes desacordos sobre Ucrânia e Síria, e pela suposta interferência de Moscou na eleição presidencial nos Estados Unidos em 2016.
Washington reagiu acusando Moscou de "violação direta" dos tratados internacionais assinados pela Rússia.
Os anúncios de Putin poderiam fortalecer o posicionamento da Rússia, mas este plano também pode se voltar contra Moscou, segundo Golts.
"A corrida armamentista durante a Guerra Fria acabou mal para a URSS. Arruinou a economia soviética, e a Rússia não dispõe dos mesmos recursos que a URSS. Por isso, isto pode acabar mal para Moscou", assegura o especialista.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 03/03/2018



EUA x Valdemar

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini








O controlador do Partido da República, ex-deputado Valdemar da Costa Neto, manda na Infraero, mas não pode voar para os Estados Unidos. Está proibido de entrar no país yankee – pelo menos até 15 de março, quando será julgado. A decisão é da Justiça americana na ferramenta jurídica restraining order. Valdemar é alvo de ação da ex-mulher Maria Christina Caldeira, que mora lá, por supostas ameaças. O cacique não tem se pronunciado sobre o caso. Em ocasião anterior, acionou a ex por litigância de má-fé.

Comendador
Alvo da Operação Descarte da PF, na esteira da "Lava Jato", o empresário mineiro Atila Reys Silva é apelidado de Comendador em BH, pelo poderio. Chegou a casar com miss.

Em abril
O presidente do TST, ministro Brito Pereira, avisou ao presidente da CSB, Antônio Neto, que promoverá audiência com centrais sindicais para falar da reforma trabalhista.

Pontapé
Romário (PODE) lança pré-candidatura ao Governo do Rio dia 17, no Clube Municipal, na Tijuca. Quer levar prefeitos do interior e políticos de vários partidos.


Compadres e comadres
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes diz que a Procuradora Geral da República Raquel Dodge é sua amiga. Cabe a pergunta à chefe do MPF por que, há meses, o órgão segura a ação de suspeição sobre Gilmar pedida por Rodrigo Janot, no caso do compadre Jacob Barata – que acabou solto da prisão pelo ministro.

Na sombra
Do deputado federal Hugo Leal (PSB-RJ), atento ao cenário eleitoral do ano: “Este ano teremos vários cargos em disputa: presidente, governador, deputados e duas vagas para o Senado. Mas depois da Lava Jato e Ficha Limpa, a maior nominata será ao cargo de: SERnada!!”. Fato: há muito político querendo a sombra e desistindo de candidatura.
Tem coisa aí..
Lula afagando Temer? Caciques petistas ficaram “surpresos” e “constrangidos” com a declaração do ex-presidente Lula de que o presidente fora alvo de “tentativa de golpe” pela TV Globo e pelo ex-PGR Rodrigo Janot.
Festa no palácio
Palacianos de Temer acreditam que é “Lula mandando sinais”. Os diretórios do PT e PMDB negociam palanques em pelo menos sete Estados para disputar Governos. No fim das contas, a culpa da crise entre os partidos vai ficar para Dilma Rousseff.

Bolsa n’água
O Governo federal extinguiu a Bolsa Verde (por falta de verba), que beneficiava mais de 50 mil pessoas na região amazônica. A Coluna cantou a bola ano passado. Eram míseros R$ 100 por família. Muito pouco em se comparando com roubalheiras na praça.

Bolsa na gaveta
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência venceu ontem e, até agora, o Ministério da Educação não deu sinais se irá prorrogá-lo ou extingui-lo. O Pibid oferece bolsas para professores, alunos de licenciaturas e supervisores de escolas.

Sem resposta
O Fórum Nacional dos Coordenadores Institucionais do Pibid (Forbidib) também entregou ao MEC um abaixo-assinado como mais de 318 mil assinaturas que pedem a prorrogação do programa até agosto.

Samba atravessado
A manutenção das escolas Grande Rio e Império Serrano na elite do samba do Rio é mais uma prova de que, no Brasil, muito se resolve no jeitinho. A disputa perde a graça, e a decisão conota desrespeito com outras escolas.

Ponto Final
“A reforma trabalhista teve efeito contrário. A queda do desemprego simplesmente não ocorreu”
Da senadora Ângela Portela (PDT-RR)

CONSIDERAÇÕES SOBRE O PETRÓLEO E A PETROBRAS



Petróleo, ainda

Manoel Hygino 










Energia é problema, de modo geral. A que chega pela fiação das distribuidoras de eletricidade e a que move aparelhos de locomoção e transporte, em todas as regiões do planeta. O Brasil mal está saindo de um desafio, porque as chuvas acomodaram as represas, afastando embora temporariamente o risco de racionamento.
Energia, contudo, não é nem será tema ultrapassado. Há os seus preços, que pesam em todos os orçamentos: os industriais, públicos, comerciais, das famílias. Um professor da Universidade de Upsala, Suécia, integrante de um grupo de trabalho, defendeu a teoria de que a capacidade produtiva de petróleo no mundo, não conseguirá acompanhar o aumento de demanda e entraria em declínio de 2013. Estamos nesse período.
Em resumo: iniciamos o processo de redução da produção de petróleo barato, até porque a extração está mais cara. Produção cai, custos aumentam. O presidente da Shell no mundo advertiu que poderá haver um próximo ciclo de disparada nos preços do petróleo, caso a economia cresça. Seria uma nova e grave crise mundial. Para os estudiosos, ela resulta de os respectivos problemas não serem considerados em tempo hábil.
O jornalista Dídimo Paiva comentou: “Com a aprovação do Projeto Regulatório do Pré-Sal (Petrosal), todos pensamos que estávamos iniciando a grande tarefa de ressurreição do Brasil. Alguns órgãos do governo da União informaram que nessa obra já temos cerca de 250 mil pessoas qualificadas na sua execução. Uma tarefa grandiosa, tanto mais que até hoje não conseguimos resolver o problema de educação de qualidade para todos”.
Devemos voltar aos Beatles e conformar-nos com a ideia que o sonho acabou? A verdade é que não terminou o consumo elevado e o brasileiro quer carro, se possível mais de um. A descoberta do pré-sal despertou esperanças, que se vão desvanecendo, principalmente com a recente política de preços. Que, por sinal, já vai mudar.
Os piratas que dirigiram a Petrobras deixaram um rastro de prejuízos e suspeição, que só o tempo se encarregará de vencer, se possível. Mas a gente deste país paga alto preço pelo enriquecimento ilícito de muitos. A empresa, no período áureo, promoveu o maior investimento da indústria mundial de petróleo.
E agora? Evidentemente se cuida do assunto, que é essencial, mas os horizontes ainda não podem ser esplêndidos. O buraco, a cratera, é enorme, sequer foi medida em termos de extensão e profundidade.
Como sair dessa tragédia? Qual o prazo? Qual o preço? Evidentemente, os números serão fantásticos e não nos desvencilhemos da maior crise econômica e moral de nossa administração pública.
Investiga-se e julga-se, enfrentando os meliantes com poder de fogo extremamente elevado. Não se trata de um caso como o de um criminoso do naipe do Rogério 157, sucessor do já preso Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que comandava a venda de entorpecentes em boa parte do Rio de Janeiro. O negócio agora é outro: petróleo.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...