quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O MERCADO CENTRAL É UM DOS PONTOS TURÍSTICOS DE BELO HORIZONTE



Mercado Central é o ponto mais desejado por turistas que visitam a capital mineira

Ana Júlia Goulart










O casal Juliana e Jocemário e os filhos Gabriela e Vinícius sempre vão ao Mercado Central quando estão em BH

Ponto de encontro para quem vive na capital, parada obrigatória para os visitantes. Famoso por oferecer variados sabores e aromas, o Mercado Central de Belo Horizonte é o cartão-postal mais desejado pelos turistas que passam pela metrópole. A constatação está em uma pesquisa por amostragem feita pela Fecomércio em parceria com a Belotur.
Com quase nove décadas de história, o espaço foi o preferido de 17,6% dos 737 visitantes que estiveram na cidade de 6 a 12 de novembro. Bares e restaurantes e o Conjunto Moderno da Pampulha aparecem logo em seguida, com, respectivamente, 15,5% e 12,5% dos votos.
Na capital pela terceira vez, Juliana de Souza e Jocemário Dartora, que vieram de Caxias do Sul (RS), não deixam de ir o Mercado Central. Para eles, o local resume a cultura, a gastronomia e o jeito de viver mineiro. “É a alma de BH, retrata muito bem tudo que tem a cidade”, disse.
A partir de janeiro é na capital de Minas que o casal e os filhos Vinícius, de 2 nos, e Gabriela, de 6, irão morar. “Estamos tão ansiosos que já viemos visitar várias vezes. É uma forma de ir habituando com a cultural com a qual passaremos a conviver em breve. E a mala sempre volta cheia de presentes”, diz Jocemário.
Pesquisa mostrou que o perfil dos visitantes está mudando: 27% deles vieram para Belo Horizonte a lazer ou descanso e 24% a trabalho
Da casa
Quem é filho da terra também nutre verdadeiro amor pelos corredores do Mercado Central. Que o diga a aposentada Elza Fernandes. Há 74 anos, ela frequentando o espaço. “Comecei a vir aos 10, e era bem menor. Hoje é essa maravilha. Amo muito esse lugar”.
De loja em loja, Elza compra tudo que precisa para a casa. Mesmo sendo um pouco mais distante de onde mora, no bairro Gameleira, Oeste da cidade, o mercado é o destino diário e preferido da mineira.
Outros pontos
No quesito serviços, 5% dos turistas ouvidos pela pesquisa da Fecomércio elogiaram a culinária. Diversão noturna e a hospedagem completam a lista dos três itens mais preferidos pelos visitantes.
De infraestrutura, destaque para os espaços para a realização de eventos, o serviço de internet móvel e os táxis. O atendimento nos pontos turísticos e nos bares também agradou. “Já imaginávamos os dados como vieram, mas chama a atenção todos os quesitos sendo avaliados de forma positiva pelos visitantes”, destaca a analista de turismo da Fecomércio, Milena Soares. Segundo ela, 71% dos turistas tiveram as expectativas alcançadas em relação ao município e 93% pretendem retornar.
Melhorias
Mesmo com as avaliações positivas, os órgãos sabem que há necessidade de melhorias. De acordo com o diretor de Políticas de Turismo e Inovação da Belotur, Marcos Buffa, o desafio principal é o conjunto da Pampulha, chancelado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Apesar de ser o terceiro atrativo mais elogiado pelos turistas, ele também foi criticado por quase 5% dos visitantes.
“Estamos trabalhando com grupos especializados, e a Pampulha é o nosso foco em 2018. Entre o título e a nova gestão, tivemos um prazo e há um mês retomamos os trabalhos para melhorar o turismo na região”, conta o diretor da Belotur.
Mais dados
A pesquisa foi aplicada em locais que servem como porta de entrada para BH, como o aeroporto de Confins, na região metropolitana, e o terminal rodoviário, no Centro. Segundo a amostragem, o perfil do visitante tem mudado. Antes lembrada pelo turismo de negócios, agora a capital é procurada por quem busca de lazer e diversão. O levantamento, porém, não apontou apenas elogios à metrópole. Mais da metade dos entrevistados (53,1%) não gostaram do Centro da cidade. Os problemas citados foram os moradores de rua e a limpeza da área.
Em nota, a Subsecretaria de Assistência Social informou ter constatado que grande parte da população em situação de rua está concentrada na área por conta do trabalho de reciclagem, do qual muitos sobrevivem. Ainda em dezembro, a prefeitura irá inaugurar uma unidade de acolhimento na avenida Paraná, no hipercentro, disponibilizando cem novas vagas para esse público.
Já a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) disse que, diariamente, cerca de 300 funcionários (entre garis, motoristas, encarregados e equipes de apoio) removem oito toneladas de lixo depositadas nas ruas do hipercentro de BH. Outras 70 toneladas são oriundas da coleta domiciliar. Na área que abrange as avenidas dos Andradas, Alfredo Balena, Augusto de Lima, Olegário Maciel e Contorno, incluindo a Praça 7, a SLU informou que o serviço de varrição é feito três vezes ao dia, de segunda-feira a sábado.

POLÊMICA MORTE DO EX-PRESIDENTE JK VOTA AOS NOTICIÁRIOS



Polêmica sobre morte de JK volta à tona

Filipe Motta









Opala que transportava o ex-presidente JK teria sido atingido por um ônibus

A morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek pode ter sido um “atentado político”. É o que afirma o relatório final da Comissão da Verdade em Minas Gerais (Cevemg), que será apresentado hoje, às 9h30, em audiência Pública na Assembleia Legislativa e às 17 horas em cerimônia no Palácio da Liberdade. No texto, que reacende a discussão sobre o caso, JK é listado entre os 49 mineiros mortos fora do Estado pelas forças repressoras durante o período da ditadura militar.
O relatório da Cevemg ratifica também posição levantada pela Comissão da Verdade da Câmara Municipal e a da Assembleia Legislativa de São Paulo. Já a Comissão Nacional da Verdade não chegou a essa conclusão e manteve a tese de acidente.
JK morreu em 22 de agosto de 1976, na altura de Resende, no Rio de Janeiro, quando fazia o trajeto Rio-São Paulo no seu Opala, acompanhado do motorista. A grande questão do caso é se o condutor do ônibus que informou o acidente à Polícia Rodoviária colidiu no veículo, provocando a morte de JK, lembra o relatório. À época, o motorista do coletivo foi absolvido.
A comissão mineira chegou ao parecer após comparar as três análises anteriores, levantando pontos contraditórios nos relatórios e também nas perícias realizadas sobre o caso – como a compatibilidade entre as amostras de tintas do ônibus e do carro (no local da batida) e uma possível diferença entre o chassi do carro analisado em perícia feita em 1996 e o carro que JK usava, dentre outros pontos.
“Considerando o contexto da época, as distintas contradições das avaliações periciais, os depoimentos e pareceres jurídicos pode-se afirmar que é plausível, provável e possível que as mortes tenham ocorrido devido a atentado político”, diz o documento, que lembra que num período curto de tempo, também morreram de forma repentina outros adversários do regime, como o ex-presidente João Goulart (mesmo ano) e o líder udenista Carlos Lacerda (ano seguinte).

Relatório inclui novos casos de vítimas da perseguição

Carlos Melgaço Valadares, integrante da Comissão da Verdade em Minas e responsável pela parte de mortos e desaparecidos do relatório final, avalia a posição sobre a morte de JK. “É uma decisão importante. O relatório é muito sintético, mas há toda uma relação de fontes que serão disponibilizadas e que reforçam a possibilidade de atentado. Gerar discussão e contribuir para o esclarecimento da verdade é fundamental”, afirma.
Além dos 49 mineiros mortos fora do Estado pelas forças autoritárias, o relatório também aponta, na seção de Mortos e Desaparecidos, o caso de 17 pessoas assassinadas pela repressão em Minas devido à atuação política (outros casos de morte política são citados em seções dedicadas a camponeses, indígenas e trabalhadores urbanos).
É o caso do eletricitário Carlos Schirmer, de Divinópolis, morto em 1º de maio de 1964. Ele é tido como uma das primeiras vítimas da ditadura no país. Filiado ao PCB, Schirmer era considerado “subversivo” e foi jogado ferido em uma caminhonete após a sua casa ser invadida durante investigação. À época, a polícia, que havia pedido um reforço de 50 homens para pegar o eletricitário, havia falado em tentativa de suicídio, aponta o relatório.
“O relatório inova ao trazer casos que não vinham sendo considerados. Como o de pessoas que morreram devido às sequelas da perseguição e da tortura que sofreram, como alcoolismo, desemprego e depressão”, diz Carlos.
Ele cita o exemplo do professor de Antropologia da UFMG Marcos Rubinger, integrante do PSB. O périplo de Rubinger envolveu várias prisões, incomunicabilidade, exílio em vários países e retorno a Belo Horizonte, onde foi exonerado do seu cargo, além das dificuldades para encontrar emprego, devido ao seu histórico. Numa espiral de depressão e alcoolismo, o professor morreu em 1975.
Diante dos vários casos levantados, Carlos pontua a necessidade de se discutir a imprescritibilidade da tortura e dos desaparecimentos forçados.


COLUNA ESPLANADA DO DIA 13/12/2017



BNB entra na rifa

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 







Uma das potências do fomento ao desenvolvimento do Nordeste, o BNB entrou na balança do Palácio. O superintendente do banco na Bahia, Antônio Jorge Guimarães Jr., está prestes a perder o cargo e já foi comunicado que terá ‘novos desafios’. Foi rifado pelo Governo. Para seu lugar deve entrar José Gomes da Costa, cunhado do deputado Ronaldo Carletto (PP), prêmio para o parlamentar que foi um dos articuladores no estado por votos para salvar o presidente Michel Temer da denúncia da Procuradoria Geral da República. Até o fechamento da Coluna, não houve resposta do gabinete.
Transição
O superintendente rifado, Antônio Jorge, deve viajar a Fortaleza, sede do BNB, para receber instruções de como tocará a transição.
Balança
O processo pode ter angariado votos para o Palácio, mas Temer, na contramão, pode perder outros. Parlamentares baianos revoltados com a troca prometem gritar.
Piorou o saldo
Para piorar a situação do Palácio, começou nos bastidores do banco uma articulação de servidores para que a direção geral responda por improbidade administrativa.
Oposição conta
Enquanto a base governista canta baixo para ressaltar que tem 270 votos, hoje, para a reforma da Previdência (faltam 38, no mínimo!), a oposição também faz as contas ‘na ponta do lápis’, diz o petista José Guimarães (CE). Na conta dos contras, o Palácio só tem 241 deputados apoiadores do texto. E segue o baile.
Dado$ pessoai$
Enquanto estelionatários roubam e comercializam informações na internet como CPFs, o país ainda não conta com legislação que regulamenta o acesso a dados pessoais. Um projeto do Ministério da Justiça (PL 5276/16) que cria regras de proteção chegou ao Congresso há 18 meses, mas não avançou: aguarda a designação de comissão especial.
Ferrovia sem fim
O Orçamento de 2018 que será votado recomenda o bloqueio de investimentos de nove obras federais. As irregularidades - como superfaturamento, projetos deficientes e sobrepreço - foram apontadas pelo TCU. Uma delas é a Ferrovia Transnordestina.
Cheguei, Rio
A DHL está negociando com o Aeroporto do Galeão para que o terminal seja o Hub de carga no Brasil da famosa empresa de logística.
Adeus, Rio
Roberto Jefferson, presidente do PTB, transferiu para São Paulo seu domicílio eleitoral e disputará vaga de deputado federal em 2018. Fez festa sábado na pequena Tietê.
Ainda na UTI
O Governo de Minas pagou R$ 1,4 milhão para as drogarias da Rede Aceito que dão desconto a servidores (cobrados em desconto de seus contra-cheques), mas a dívida... subiu de novo, com os atrasados, e já chega a R$ 8,8 milhões.
MP x PF
Mais um pouco do embate entre procuradores e delegados pelo poder de inquérito - mas neste caso, o de tocar delações premiadas. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho, a ação da PGR no STF que determina exclusividade ao MP ‘não tem a dimensão que estão dando a ela’.
Explica-se
“Não há nenhum problema delegados tocarem delações adiante; o problema está no fato de o delegado querer a delação e o membro do Ministério Público interferir, não achar necessário para o processo, pois o MP tem a prerrogativa sobre o processo, segundo a Constituição. A ação veio para esclarecer essas discordâncias”.
A conferir.
Tênis social
A AGLO fechou parceria com o Rio Open, maior torneio de tênis da América Latina, para tocar projeto social nas quadras do Parque Olímpico. Jovens carentes de 6 a 11 anos, estudantes da rede pública, terão aulas gratuitas de tênis duas vezes por semana.
Céu de brigadeiro
Em um ano, a Comissão de Ética da Presidência anunciou pelo menos quatro investigações para apurar o uso de aviões da FAB por ministros. Nenhuma, até aqui, terminou em punição ou devolução de recursos aos cofres públicos.
Boataria.com
A boataria online fez outra vítima. Deputado Tiririca não renunciou e o José Genoino não é seu suplente. Tiririca apenas avisou que ano que vem não disputa mais o cargo.


ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

  Brasil e Mundo ...