sábado, 18 de novembro de 2017

DESVENDADA A ORIGEM DA CRATERA



Cratera misteriosa aparece em fazenda no interior de Minas e intriga moradores

Estadão Conteúdo









Cratera que se formou em uma fazenda no interior de Minas Gerais, cerca de 30 km de Coromandel


Uma cratera gigante que se abriu em uma fazenda no interior de Minas Gerais, a cerca de 30 km de Coromandel, intriga os proprietários do local e moradores da região. O buraco, em forma de funil, tem cerca de 20 metros de diâmetro.

Pesquisadores acreditam que se trate de uma dolina, formada pelo desabamento de grutas subterrâneas. A cratera está na Fazenda Santa Cruz e surgiu entre os dias 5 e 6 de novembro.

Moradores dizem nunca ter visto nada igual na região. Pela internet, se multiplicam teorias sobre a origem da cratera. Uma das explicações difundidas é a de que um meteorito teria caído no local. Já alguns moradores atribuem o ocorrido às ações de mineradoras na região, que tem jazidas de calcário.

O secretário de Meio Ambiente da prefeitura de Coromandel, Renato Sucupira, diz ter ido ao local para "verificar a real situação", mas alega que foi informado "que o local está interditado" e "sem permissão para entrada de terceiros".

Explicação

Segundo o professor de geologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Adriano Rodrigues dos Santos, que esteve no local, trata-se de um fenômeno parecido com o "Buraco de Cajamar", como ficou conhecida a cratera que se abriu na Grande São Paulo no ano de 1986 e engoliu oito casas. "A diferença é que agora isso aconteceu na área rural", explicou.

Santos afirma ser raro, mas que pode ocorrer. "É como se houvesse uma caverna embaixo do solo e ela se abriu". Para o especialista, o fato de ser uma região de calcário colaborou para que isso ocorresse, mas não há relação com as mineradoras.

O professor descartou ainda a possibilidade de um meteorito ter provocado o buraco. "Se você observar as fotos verá que a terra está desmoronando para dentro da cratera. Se ela fosse causada por um objeto que caiu, a borda seria externa". Ele confirmou a interdição da área devido ao risco de o buraco aumentar e para evitar acidentes com animais e curiosos.



POLÍCIA FEDERAL INAUGUROU UMA NOVA FASE NO COMBATE À CORRUPÇÃO NO BRASIL



'Lava Jato' no Rio já mandou 134 para banco dos réus e pediu devolução de R$ 2,3 bi

Estadão Conteúdo










O Ministério Público Federal considera que inaugurou uma nova fase no combate à corrupção


Um ano após a prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), o Ministério Público Federal no Rio divulgou nesta sexta-feira (17), balanço da Operação "Lava Jato" no Estado. O maior esquema de lavagem de dinheiro já investigado no Rio foi desmantelado pela força-tarefa da Procuradoria da República com a apresentação de 25 denúncias à Justiça Federal, contra 134 acusados.

O Ministério Público Federal considera que inaugurou uma nova fase no combate à corrupção no Estado, com a revelação dos métodos de atuação da organização criminosa supostamente comandada por Sérgio Cabral, "com atuações dentro e fora do Brasil, incluindo a compra de votos para a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016".

Sérgio Cabral, só ele, foi acusado 15 vezes e já condenado em duas ações penais na Justiça Federal do Rio - o ex-governador foi condenado, também, pelo juiz Sérgio Moro, de Curitiba; somadas, as penas impostas ao peemedebista chegam a 72 anos de cadeia.

O ex-governador nega enfaticamente envolvimento com esquema de propinas e lavagem de dinheiro. Interrogado por mais de uma vez pelos juízes Marcelo Bretas e Moro, o peemedebista tem sido taxativo em relação à tese de uso de dinheiro de caixa 2 de suas campanhas.

Inicialmente, Cabral ficou em Bangu e, depois, foi transferido para o presídio de Benfica, zona oeste da capital.

Outros 30 denunciados já foram condenados. Somadas, as penas ultrapassam 377 anos de prisão.

Segundo o Ministério Público Federal, os principais crimes cometidos pela organização criminosa foram fraude a licitações, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsidade ideológica, evasão de divisas, crime contra a ordem econômica (cartel), crime contra o sistema financeiro, embaraço a investigação de organização criminosa e tráfico de influência.

Foram 17 operações em conjunto com a Polícia Federal que levaram ao cumprimento de 15 acordos de colaboração premiada, 57 prisões preventivas, 12 temporárias, 34 conduções coercitivas, e 211 mandados de busca e apreensão.

Mais de R$ 450 milhões já foram ressarcidos e pagos em multas compensatórias decorrentes de acordo de colaboração. O Ministério Público Federal pede ainda R$ 2,3 bilhões em reparação de danos provocados pela organização criminosa.

Ao criar a força-tarefa no Rio, em junho do ano passado, a Procuradoria tinha como objetivo inicial aprofundar a investigação de organização criminosa apontada como responsável pela prática de corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na construção da Usina de Angra 3 pela Eletronuclear.

"A partir daí descortinou-se a atuação de outros funcionários públicos, além do próprio ex-presidente da estatal (Eletronuclear) Othon Luiz Pinheiro da Silva, e evidenciou-se a atuação de outros responsáveis por empresas interpostas utilizadas para viabilizar a lavagem dos ativos ilicitamente transferidos", cravam em denúncia os procuradores da força-tarefa Leonardo Cardoso de Freitas, José Augusto Simões Vagos, Eduardo Ribeiro Gomes El Hage, Rodrigo Timóteo da Costa e Silva, Rafael Barretto dos Santos, Sérgio Luiz Pinel Dias, Fabiana Schneider, Marisa Varotto Ferrari e Felipe Almeida Bogado Leite.

As investigações revelaram como a organização supostamente comandada por Sérgio Cabral atuou para atos de corrupção e lavagem de dinheiro que desviaram mais de US$ 100 milhões dos cofres públicos, "mediante engenhoso processo de envio de recursos oriundos de propina para o exterior".

O peemedebista é acusado de ter recebido "vantagens indevidas não só de obras de construção civil, saúde, transportes, alimentação, mas também de outros setores do Governo do Estado do Rio de Janeiro, como, por exemplo, o de contratação de serviços terceirizados".

Para os procuradores da força-tarefa "Lava Jato" RJ, "trata-se de um esquema altamente sofisticado, que agia internacionalmente com desenvoltura e uma engenhosa e complexa relação corrupta".

Para alcançar o atual estágio da investigação, o Ministério Público Federal teve que realizar pedidos de cooperação jurídica internacional com doze países.

A cooperação com o Ministério Público Francês, por exemplo, colaborou para que a Procuradoria e a PF deflagrassem a Operação Unfair Play, que revelou o esquema de compras de votos para a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

EM MEIO A PROTESTOS POPULARES - POLÍTICOS SÃO LIBERTADOS PELOS PRÓPRIOS POLÍTICOS



Deputados presos por corrupção são soltos após decisão da Assembleia do Rio

Estadão Conteúdo








A casa decidiu pela soltura por 39 votos a 19, e houve uma abstenção

Presos na quinta-feira, 16, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, deputado Jorge Picciani, o deputado Paulo Melo e o líder do governo, deputado Edson Albertassi, todos do PMDB, foram soltos na tarde nesta sexta-feira, 17. Eles ficaram menos de 24 horas na cadeia.

A casa decidiu pela soltura por 39 votos a 19, e houve uma abstenção. Eles devem retomar suas funções parlamentares já na terça-feira que vem (segunda é feriado). A decisão dos colegas saiu às 16h35 e os deputados foram liberados às 18 horas. O secretário da Mesa Diretora da Alerj entregou a decisão à cadeia pública de Benfica, onde estão os deputados e também o ex-governador Sergio Cabral (PMDB) - que nesta sexta-feira faz um ano preso.

Os três peemedebistas foram embora de Benfica no mesmo veículo, de vidros escurecidos. Eles haviam chegado na quinta-feira por volta das 19h20. A prisão foi determinada na quinta-feira pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Os três parlamentares teriam recebido propina de empresas do setor de transportes.

Assembleia do Rio ignora protestos e vota pela libertação de deputados presos

Agência Brasil









Picciani, Paulo Melo e Albertassi foram presos nessa quinta

Em meio a protestos do lado de fora, ao som de bombas e cheiro de gás lacrimogêneo, a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu, por 39 votos a 18 votos, além de uma abstenção, pela libertação do presidente da Casa, Jorge Picciani; do líder do governo, Edson Albertassi; e de Paulo Melo, ex-presidente da Alerj, todos do PMDB. Apenas quatro deputados puderam falar, dois a favor e dois contra.
O primeiro a falar na sessão, nesta sexta-feira (17), foi André Correa (DEM), a favor da libertação, que citou o artigo da Constituição que garante a votação pela casa legislativa de origem sobre a prisão de um parlamentar. “Eu não quero neste país que se rasgue a Constituição”, bradou Corrêa.
O segundo a falar, pela manutenção da prisão, foi o deputado Luiz Paulo (PSDB), que lembrou justamente a decisão do TRF2 ter sido unânime e que as investigações vão continuar. “O que se está decidindo aqui é se a decisão do Judiciário deve ser corroborada pelo Parlamento”, disse Luiz Paulo.
Em seguida, foi a vez do deputado André Lazaroni (PMDB), pela revogação da prisão, também citando o disposto no artigo 112 da Constituição Estadual. “Não poderão ser presos [deputados], salvo em flagrante de crimes inafiançáveis. A história nos julgará”, disse Lazaroni.
O último a falar, pela manutenção da prisão, foi o deputado Marcelo Freixo (PSOL). Ele frisou que a decisão, qualquer que fosse o resultado, seria política. “A denúncia é muito grave. De corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Nós seremos cobrados nas ruas”, disse Freixo.
Picciani, Paulo Melo e Albertassi foram presos nessa quinta-feira (16), por determinação unânime do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), após terem sido denunciados na Operação Cadeia Velha, que investiga a corrupção entre parlamentares e empresas de ônibus, com recebimento de propinas.
Pouco antes, a Comissão de Constituição e Justiça da Alerj já havia aprovado, por 4 votos a 2, a libertação dos deputados, por entenderam que a Constituição garante a independência dos poderes e que foi uma investigação inconclusa.

O QUE A EXPLORAÇÃO DE MENÉRIO É CAPAZ DE FAZER COM A POPULAÇÃO



TEMER E O LAMAÇAL DA SAMARCO

Frei Betto









Completaram-se dois anos do maior desastre socioambiental ocorrido no Brasil. As vítimas continuam desamparadas e os responsáveis, impunes.
Segundo o Ibama, 68 penalidades foram impostas à mineradora Samarco e suas acionistas, Vale e BHP Billiton. O valor somado é de R$ 552 milhões. Porém, apenas uma, no valor de 1% do total, e parcelada em 59 prestações, começou a ser quitada. As outras 67 condenações estão pendentes de recursos, graças à morosidade do Judiciário brasileiro.
Acresce-se a isso a suspensão da ação penal para punir os responsáveis pelas 19 mortes provocadas pela tragédia e a devastação do Rio Doce. O acidente derrubou centenas de casas, inundou pastos e lavouras, privou de alimentos índios, pescadores e ribeirinhos, deixou 1 milhão de famílias sem água e trabalho, e afetou a biodiversidade da bacia do Rio Doce, hoje amargada por 40 bilhões de litros de rejeitos de minério de ferro.
O Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração identificou que esta atividade se destaca como um dos setores que mais contribuíram com as campanhas políticas de 2014. A mineração perde apenas para bancos, construção civil e agronegócio. As empresas mineradoras doaram R$ 32,7 milhões a 15 partidos. Priorizaram candidatos dos três estados de maior atividade mineradora: Minas, Pará e Bahia.
O PMDB arrecadou 13,8 milhões; o PSB, 5,7 milhões; o PT, 4,3 milhões; o PSDB, 3,6 milhões; e o PP, 1,7 milhão.
O governo Temer agrava o cenário ao editar três Medidas Provisórias (789, 790 e 791/17) destinadas a alterar o Código de Mineração. As medidas visam a favorecer as empresas do setor: criar uma agência reguladora em substituição ao DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral); alterar as alíquotas da Compensação Financeira pela Exploração Mineral, de modo a facilitar empresas mineradoras a pagarem menos royalties; favorecê-las ao promover leilões virtuais para disponibilizar áreas de extração mineral; adotar fiscalização por amostragem, pondo em risco a vida de milhões de pessoas e a natureza, o que significa a possibilidade de ocorreram tragédias semelhantes à de Mariana (MG).
O Movimento pela Soberania Popular na Mineração alerta que as Medidas Provisórias não levam em consideração “as populações em conflito com os empreendimentos minerários, os trabalhadores da mineração, o meio ambiente e o interesse do povo brasileiro.”
Na proposta de criação da Agência Nacional de Mineração, o artigo 12 assinala que sindicalistas não poderão assumir funções na agência. Mas seria permitido a ex-diretores de empresas do setor...
O Brasil é, hoje, o terceiro maior produtor mundial de minério de ferro, atrás apenas da China e da Austrália. Nos últimos anos, a exploração da matéria-prima pela Vale cresceu 253%. Alcançou 348,9 milhões de toneladas em 2016. Apesar de grande produtora, a China é a nossa maior compradora, e absorve 70% do minério de ferro vendido no mundo.
No Brasil, a mineração tem baixa tributação e privilegiadas isenções fiscais. É isenta de ICMS em produtos e serviços destinados à exportação. Estima-se que as manobras contábeis dão um prejuízo anual de 5,6 bilhões de dólares ao Brasil.
E convém lembrar que minério não dá duas safras!


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...