terça-feira, 17 de outubro de 2017

FEIRA DO LIVRO EM FRANKFURT DISCUTE O FUTURO DO LIVRO



Feira do Livro de Frankfurt debate os grandes temas e se abre para o público

Estadão Conteúdo









Com forte foco profissional - são cerca de 278 visitantes do mercado editorial -, a Feira do Livro de Frankfurt começou este ano a olhar mais para o público geral. Aberta a todos no fim de semana, ela levou para o evento nomes como Dan Brown, Nicholas Sparks, Paula Hawkins e Cassandra Clare.

A outra marca foi sua politização. Foram muitos os debates sobre liberdade de expressão num mundo cada vez mais polarizado e surdo. Da abertura, com Juergen Boos, presidente da feira, Angela Merkel, chanceler alemã, e Emmanuel Macron, presidente francês, à entrega do Prêmio da Paz concedido pela Associação dos Livreiros Alemães para a escritora canadense Margaret Atwood, autora do distópico, e premonitório, O Conto da Aia.

E o discurso foi colocado em prática. Boos disse que nenhuma editora que quisesse participar ficaria de fora - independentemente de sua ideologia - porque isso seria censura e daria mais visibilidade aos expositores não comprometidos com a democracia. Foi assim. E deu confusão.

Dirigente regional de um partido de ultradireita, Björn Hocke foi ao lançamento de Viver com a Esquerda. De um lado, manifestantes gritavam "Fora, nazistas". De outro, "Todos odeiam os antifascistas". A polícia interveio.

Mas foi, sobretudo, uma feira de negócios e o momento em que a indústria do livro discutiu seu presente e futuro. E o futuro, eles acreditam agora, terá um novo protagonista: o audiolivro. Um detalhe interessante: pelas pesquisas apresentadas, quem compra um audiolivro hoje não tem o mesmo perfil de quem compra um livro ou e-book. Um novo público interessado em história começa a surgir.

Direitos foram comprados e vendidos - as editoras brasileiras esperam fechar vendas da ordem de US$ 650 mil - e, na maioria dos casos, a negociação segue depois. Nenhum livro, no entanto, causou burburinho.

Um mercado que acompanha os debates que inquietam a sociedade está preocupado, também, com a nova geração. A editora Isabel Lopes Coelho, da FTD, percebeu um maior número de livros que falam sobre novas formatações de famílias, e disse que livros sobre refugiados, agora sobre a adaptação no novo país, também são uma tendência.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

REFORMA ELEITORAL DO BRASIL PODE BENEFICIAR CANDIDATOS COM MAIOR PODER AQUISITIVO



Reforma eleitoral abre espaço para propaganda paga em sites

Agência Brasil









O provedor deve manter canal de comunicação com os usuários e pode ser responsabilizado por danos causados pela publicação

A reforma eleitoral, aprovada no Congresso Nacional e sancionada recentemente pelo presidente Michel Temer, traz mudanças importantes nas campanhas realizadas nos meios de comunicação. Uma delas é a liberação parcial de propaganda paga na internet. O tema levanta reflexões de especialistas na área de tecnologia e comunicação.
Conforme a reforma, é “vedada a veiculação de qualquer propaganda paga na internet, excetuado o impulsionamento de conteúdos”. Essa alternativa é permitida apenas quando o autor for identificado e se o serviço for contratado por partidos, coligações, candidatos e representantes. O uso deste recurso, contudo, não pode ser feito em dia de votação.
Ainda de acordo com o texto, é proibido usar ferramentas que não aquelas disponibilizadas pelo provedor “para alterar o teor ou a repercussão de propaganda eleitoral, tanto próprios quanto de terceiros”.
O provedor deve manter canal de comunicação com os usuários e pode ser responsabilizado por danos causados pela publicação impulsionada se houver decisão judicial pela retirada e ela não for cumprida.
Essa novidade amplia os instrumentos de divulgação para as campanhas em relação aos existentes hoje. Pela legislação atual, um candidato pode manter um site, desde que com endereço eletrônico informado à Justiça Eleitoral e hospedado em provedor estabelecido no Brasil. Também é permitido o envio de mensagens eletrônicas, como e-mails ou mensagens no Whatsapp, além de publicações nas redes sociais.
Redes Sociais e eleições
Segundo a pesquisa TIC Domicílios, do Comitê Gestor da Internet, 58% dos brasileiros estão conectados à internet. De acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia 2016, realizada pelo Ibope a pedido do governo federal, metade dos pesquisados afirmou se informar pela internet. O meio é o segundo mais popular para a busca de notícias, ficando atrás apenas da TV, mencionada por 89% dos entrevistados. A principal rede social usada pelos brasileiros, o Whatsapp, informou em maio deste ano ter cerca de 120 milhões de usuários no Brasil. Para o professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e coordenador do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic), Fábio Malini, as redes sociais vêm sendo elemento relevante nas eleições em diversos países (como Espanha, Reino Unido e Estados Unidos) e não será diferente no Brasil em 2018. Com a possibilidade de impulsionamento de conteúdo aberta pela reforma eleitoral, os candidatos poderão manter estratégias de propaganda mais sofisticadas.
“O papel mais central das redes sociais será a direção exata da propaganda política que não se tinha antes. Mesmo com ambiente digital, se partia do pressuposto de que o usuário tinha que ir até a página, fazer a busca. Pela primeira vez vai se poder trabalhar uma propaganda para um território, faixa etária, profissão. Essa experiência de ir no foco publicitário é algo que a gente vai ter de forma forte nas próximas eleições”, destaca Malini.
Riscos
Na avaliação do professor da Universidade Federal do ABC, Sérgio Amadeu, a medida é problemática porque beneficia candidaturas com mais recursos. Para além do impulsionamento implicar gastos, estes vão se tornar cada vez maiores, aumentando o obstáculo financeiro dos candidatos com menos estrutura. Isso porque o impulsionamento se dá pela forma de “leilão”. Ou seja, o preço para conseguir ampliar o alcance de um “post” aumenta conforme a demanda. Em uma eleição, com diversos candidatos tendo apenas o Facebook como canal pago na internet, a tendência é que esse custo seja cada vez maior.
“A postagem de um candidato com menos dinheiro vai atingir menos de 1% dos seus seguidores, enquanto candidatos com muito dinheiro e que já aplicam no Facebook vão poder fazer uma campanha de maior alcance, o que dará uma visão distorcida”, argumenta o professor, que também é membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI-Br).
“Muitos eleitores terão a falsa impressão de que aquele candidato é relevante, popular e bem visto quando comparado a outros invisíveis, quando na verdade ele só aparece em sua “timeline” porque pagou para que isso acontecesse e grande parte das suas interações positivas podem ser falsas, produzidas por “chatbots”, isto é, perfis artificiais que simulam conversas e interação”, acrescenta Sivaldo Pereira da Silva, professor da Universidade de Brasília e coordenador do Centro de Estudos em Comunicação, Tecnologia e Política (CTPol).
Para Renata Mielli, jornalista e coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, a abertura de propaganda privilegia os anúncios em somente uma plataforma, o Facebook, e impede que candidatos optem por outros sites ou canais na internet. “Criar distinção entre esses espaços não é compatível com uma postura mais equilibrada e democrática dentro das regras do jogo eleitoral”, defende.
Mielli acrescenta que há o problema da falta de transparência na disseminação dos conteúdos publicados. “O Facebook seleciona o que as pessoas visualizam na 'timeline' por meio de algoritmos e isso não é transparente. Isso pode gerar uma invisibilidade de candidatos com menos recursos enquanto outro serão privilegiados”, alerta.
Facebook
A Agência Brasil entrou em contato com o escritório do Facebook no Brasil. Mas a empresa informou que não dispunha de uma posição oficial sobre a reforma eleitoral.

PROLEMAS BRASILEIROS - DIFÍCEIS DE RESOLVER



              Ainda chuvas e trovoadas             

Manoel Hygino 









No dia 11, véspera das comemorações dos 300 anos da padroeira do Brasil, um extenso julgamento no Supremo Tribunal Federal decidiu que medidas cautelares judiciais contra parlamentares têm de ser confirmadas pelo Legislativo, se significarem comprometimento ao exercício do mandato. O resultado apertado, 5 a 5, com desempate pela presidente Cármen Lúcia, não constituiu certamente uma surpresa. Os ministros se esforçaram para demonstrar que os poderes são independentes, mas harmônicos, o que constituía, no fundo, quase o cerne da questão.
Foi uma sessão com posições expressas veementemente. Não se aprovou o argumento da ministra Rosa Weber e de outros ministros, segundo os quais submeter atos próprios do Judiciário a outro poder compromete o equilíbrio de harmonia. De todo modo, só aparentemente o importante capítulo do presente ciclo de arestas foi vencido, com o “finale” marcado para o dia 17, quando o caso Aécio será especificamente definido pelo Senado Federal, do qual se acha afastado. O panorama se me apresenta extremamente delicado, porque os ilustres membros da mais alta Corte do país não chegaram a bom termo nos entendimentos, a despeito da decisão de quinta-feira, prevendo-se proximamente chuvas e trovoadas.
Como nos encontramos evidentemente já pensando nas eleições do ano que vem, percebe-se a necessidade de medir os problemas e posicionamentos a partir desta perspectiva. Aqui e em qualquer outro lugar, cabe o direito de defesa aos acusados ou apontados em investigações incessantes, porque tampouco cessam os fatos delituosos. Mas não se pode admitir que só há inocentes não se sustenta, parece mais um jardim de infância em que todos querem benevolência da “tia” para suas traquinices”. Não é o que ora ocorre?
Acrescenta: “Admiro quem se dispõe a cuidar de tantos (cidadãos), disputando eleições e ocupando posições na estrutura de poder. São potencialmente capazes de fazer a diferença para muitos. Mas ninguém é obrigado a ocupar estas posições se não se sente preparado ou se teme se dobrar às tentações do caminho. Diferentemente da vida pessoal, onde se nos mantemos inocentes, sobrecarregamos poucos, incluindo aqueles que nos amam e que não suportam nos ver em dificuldade. O caminho do poder é um caminho árduo, de muitos testes e que não pode era trilhado com olhos inocentes simplesmente porque as consequências podem atingir milhões de outros”.
O articulista, por sinal, se espanta – como milhões de outros brasileiros – ao ler o noticiário e conhecer as investigações sobre este sistema de governo, com o qual aquiescemos, a partir de nossa própria inocência. O debate gira unicamente em torno da falta de provas, do desconhecimento de práticas tão antigas, inerentes ao próprio sistema. “Somos levados a criar torcidas como no futebol: escolher o lado e defendê-lo nas redes sociais”. Em resumo: “Me parece secundária a discussão sobrea qual o partido ou político deveria vir ocupar o posto de presidente. O essencial é que estamos sendo governados sob uma estrutura ineficiente para apoiar ações que precisaríamos implementar como seres humanos”. E defende: “Na minha visão, mais do que governos de esquerda ou direita, precisamos que o poder seja ocupado por quem possa sustentar a perspectiva do amor e do olhar para o bem-estar coletivo. Estou cansado desta discussão polarizada que apenas nos divide, opõe, mas não toca no essencial. Me recuso a compartilhar da inocência de qualquer sigla e de doar meu tempo para fomentar o ódio a qualquer das partes que se deixaram partir”.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

LÍDER CATALÃO - NÃO SOU CONTRA E NEM A FAVOR ANTES PELO CONTRÁRIO



Líder catalão não atende exigência de esclarecer declaração de independência

Estadão Conteúdo








Em plebiscito realizado no último dia 1º, a Catalunha votou por sua independência em relação à Espanha

O líder da Catalunha, Carles Puigdemont, falhou em esclarecer nesta segunda-feira se a região declarou ou não independência da Espanha na semana passada, contrariando uma exigência de Madri.

Em carta de quatro páginas endereçada ao primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, Puigdemont pediu hoje uma reunião "o mais breve possível" com o premiê para discutir a situação da Catalunha. Ele propôs ainda que o diálogo se estenda pelos próximos dois meses. Rajoy tem se recusado a iniciar conversações sobre a secessão da Catalunha, que, segundo ele, violaria a constituição espanhola.

Em plebiscito realizado no último dia 1º, a Catalunha votou por sua independência em relação à Espanha.

Na terça-feira (10), Puigdemont fez um discurso ambíguo em que primeiro declarou a independência da Catalunha e, em seguida, a suspendeu para oferecer ao governo espanhol a possibilidade de negociar a secessão da região, que fica no nordeste da Espanha e é a mais rica do país.

Rajoy havia dado um ultimato a Puigdemont até as 10h de hoje (pelo horário de Madri) para esclarecer se a independência foi ou não proclamada.

Ao falhar em elucidar a questão, o líder catalão terá agora até quinta-feira (19) para anular a declaração de independência. Em caso de recusa, Rajoy deverá destituir a Catalunha de parte de seus poderes. Fonte: Dow Jones Newswires.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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