Coreia do
Norte diz que míssil pode transportar ogiva nuclear
Estadão Conteúdo
A Coreia do Norte diz que o míssil
estratégico de alcance médio longo que testou pode transportar uma ogiva
nuclear.
A agência de notícias oficial Korean Central diz que o míssil disparado no domingo era capaz de transportar uma ogiva nuclear de tamanho grande e peso pesado.
Os sul-coreanos, os militares japoneses e os norte-americanos dizem que o míssil voou por meia hora e alcançou uma altitude estranhamente elevada, antes de chegar ao Mar do Japão. Tóquio diz que o padrão de voo pode indicar um novo tipo de míssil.
Autoridades japonesas dizem que o míssil voou por aproximadamente 30 minutos, viajando cerca de 800 quilômetros (500 milhas) e atingindo uma altitude de 2.000 quilômetros.
A agência de notícias oficial Korean Central diz que o míssil disparado no domingo era capaz de transportar uma ogiva nuclear de tamanho grande e peso pesado.
Os sul-coreanos, os militares japoneses e os norte-americanos dizem que o míssil voou por meia hora e alcançou uma altitude estranhamente elevada, antes de chegar ao Mar do Japão. Tóquio diz que o padrão de voo pode indicar um novo tipo de míssil.
Autoridades japonesas dizem que o míssil voou por aproximadamente 30 minutos, viajando cerca de 800 quilômetros (500 milhas) e atingindo uma altitude de 2.000 quilômetros.
EUA pedem maiores sanções contra Coreia do Norte
após lançamento de míssil
Os Estados Unidos
pediram neste domingo sanções mais fortes contra a Coreia do Norte após o
lançamento de um novo míssil, o primeiro teste balístico do regime comunista
desde a posse de um novo presidente na Coreia do Sul.
O míssil, lançado da
estação de Kusong, no noroeste do país, foi disparado às 05h30 locais (17h30 de
Brasília de sábado) e percorreu cerca de 700 quilômetros antes de cair no mar
do Japão, indicou o Estado-Maior Conjunto de Seul.
"Que esta
última provocação sirva de chamado a todas as nações para implementar sanções
muito mais fortes contra a Coreia do Norte", disse a Casa Branca em um
comunicado.
O míssil caiu
"tão perto do solo russo (...) que o presidente não pode imaginar que a
Rússia esteja feliz", acrescentou a Casa Branca.
No entanto, o
ministério da Defesa russo afirmou mais tarde que o míssil havia caído a 500 km
de sua fronteira e que "não representa nenhum perigo" para o país,
segundo um comunicado divulgado pelas agências de notícias russas.
Pouco antes, o
Kremlin afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi
Jinping, expressaram sua preocupação "pela escalada de tensões"
durante uma reunião em Pequim.
A China reagiu
pedindo moderação e lembrou que "se opõe à violação por parte da Coreia do
Norte das resoluções do Conselho de Segurança", indicou o ministério das
Relações Exteriores em um comunicado.
Por sua vez, a União
Europeia afirmou que este lançamento norte-coreano representa uma "ameaça
para a paz e a segurança internacionais".
Após o lançamento, o
novo presidente sul-coreano, Moon Jae-In, investido no cargo esta semana,
convocou uma reunião de emergência com seu gabinete de segurança.
"O presidente
(...) expressou seu profundo pesar depois da provocação insensata do Norte,
lançada apenas dias depois do início de um novo governo no Sul", disse um
porta-voz presidencial.
O Comando do
Pacífico do exército dos Estados Unidos confirmou o lançamento.
"O Comando do
Pacífico dos Estados Unidos detectou e rastreou um lançamento de míssil da
Coreia do Norte", aproximadamente às 20h30 (17h30 de Brasília) de sábado,
disse o organismo em um comunicado, e explicou que o tipo de míssil ainda está
sendo avaliado.
Trata-se do segundo
lançamento de um míssil em cerca de duas semanas e do primeiro desde que Moon
Jae-In chegou ao poder.
Neste domingo
(segunda-feira na Coreia do Norte), a imprensa estatal norte-coreana afirmou
que o míssil lançado no último sábado foi o teste exitoso de um novo modelo de
foguete.
Tratou-se de
"um míssil estratégico de médio a longo alcance recém desenvolvido,
Hwasong-12", informou a agência oficial KCNA, informando que o líder
norte-coreano Kim Jong-Un "supervisionou pessoalmente o lançamento deste
novo modelo de foguete".
Em fevereiro,
Pyongyang lançou um míssil da mesma posição que conseguiu percorrer cerca de
500 quilômetros.
"Grave
ameaça" para o Japão
O primeiro-ministro
japonês, Shinzo Abe, classificou o lançamento deste domingo como
"totalmente inaceitável" e de "grave ameaça" para Tóquio.
O míssil permaneceu
no ar durante meia hora, antes de cair no mar do Japão, situado entre os dois
países, informou o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga.
Outro míssil de
testes lançado em março também caiu em uma zona muito próxima ao Japão,
provocando alerta em Tóquio.
Desde o ano passado,
a Coreia do Norte realizou dois testes nucleares e dezenas de testes de mísseis
balísticos, em sua tentativa de desenvolver armamento que possa alcançar o
território dos Estados Unidos.
Washington advertiu
que todas as opções militares estão sobre a mesa, embora recentemente Donald
Trump tenha suavizado seu discurso e dito que ficaria honrado em se reunir com
o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Em seu discurso de
posse, Moon, que diferentemente de seus antecessores é favorável ao diálogo com
o Norte, disse estar disposto a visitar Pyongyang se existirem as
circunstâncias adequadas.
Mas neste domingo o
novo presidente advertiu que o diálogo só será possível se "o Norte mudar
de atitude".
Estados Unidos e
Japão pediram que se convoque uma reunião de urgência do Conselho de Segurança
da ONU após o novo teste de mísseis da Coreia del Norte, disseram fontes
diplomáticas.
Segundo a delegação
do Uruguai, que em maio exerce a presidência rotativa do Conselho, a reunião
será realizada na terça-feira.



