segunda-feira, 8 de maio de 2017

O FUNCIONÁRIO PÚBLICO APOSENTADO GANHA 10 VEZES MAIS QUE O DA INICIATIVA PRIVADA



Aposentado do Estado custa dez vezes mais

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte









Decisão será aplicada a 19.306 processos semelhantes que tramitam em todas as instâncias da Justiça

Por ano, União e Estados gastam algo como R$ 315 bilhões para cobrir os déficits do INSS e das previdências públicas. Pouco mais de R$ 150 bilhões ajudam a pagar 30 milhões de benefícios do INSS, no sistema privado. No entanto, um valor maior - R$ 164 bilhões - é drenado para tapar o buraco nas previdências públicas, criado por apenas 3 milhões de servidores civis e militares da União e Estados.

A diferença de gasto é ainda mais gritante quando avaliada em termos per capita. Os cofres públicas liberam cerca de R$ 4,4 mil per capita para cobrir o rombo do INSS, onde estão 29,2 milhões de brasileiros que pagaram pelo benefício. Cada um dos 2,7 milhões de inativos civis da União e dos Estados custa R$ 49 mil - praticamente dez vezes mais. Entre os militares, a proporção sobe: cada um dos quase 300 mil inativos custa R$ 113 mil. "Há uma enorme disparidade entre público e privado, porque os servidores têm privilégios que elevam o valor do benefício", diz Leonardo Rolim Guimarães, ex-secretário de Políticas de Previdência Social.

No INSS, ninguém ganha mais que o teto de R$ 5.531,31. A Previdência pública vive em outro mundo. A regra, desde 2004, permite que o benefício seja a média de 80% dos salários. A maioria que se aposenta nos próximos anos, porém, entrou no Estado antes e segue a regra anterior: se aposenta com o valor integral do último salário.

O inativo do setor público também tem direito à paridade: o reajuste do benefício é igual ao do salário de quem está na ativa. Como a política era dar reajustes aos servidores, os inativos tiveram aumento real de quase 40% na última década.

Esse efeito perdura se nada for feito. "Ao longo dos próximos 15 anos, o servidor que se aposentar terá direito ao valor integral do último salário e a paridade, com sérios efeitos sobre as contas públicas", diz Claudio Hamilton dos Santos, técnico da área macroeconômica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A reforma, se aprovada, reduzirá as diferenças entre público e privado: endurece as regras para o cálculo do benefício, fixa para os servidores o teto do INSS e estabelece reajuste pela inflação, entre outras medidas.

Mas os defensores da reforma dizem que ela não se limita à questão financeira. Teria também um componente de "justiça social". Os déficits previdenciários são coberto por três fontes. Parte vem da cobrança de tributos. Outra parte, da transferência de recursos: aposentadorias e pensões consomem dinheiro que iria para saúde, educação e, principalmente, investimentos. Entram ainda na conta recursos amealhados com o aumento da dívida. "Como no Brasil os impostos recaem mais sobre os mais pobres, o sistema é perverso: tira de quem tem menos e transfere para a elite do funcionalismo", diz Paulo Tafner, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP).

Essa questão é considerada tão séria que o economista Nelson Marconi, da Fundação Getulio Vargas (FGV), tem uma proposta mais radical ainda para corrigir as distorções. "Deveriam aproveitar a reforma para taxar servidores inativos com aposentadorias elevadas - eles não contribuíram o suficiente para ganhar tanto", diz.

ATLÉTICO DE MINAS GERAIS GANHA O CAMPEONATO ESTADUAL DE 2017



E só dá Galo! - Atlético vence Cruzeiro, conquista Mineiro e consolida supremacia estadual

Alexandre Simões










FESTA ALVINEGRA – Autor do gol que abriu o caminho para a conquista atleticana, seu primeiro em clássicos contra o Cruzeiro, Robinho comemora com os companheiros sua primeira taça no Galo


O 44º título do Campeonato Mineiro conquistado pelo Atlético, ontem, no Independência, com vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro (gols de Robinho e Elias, com Ramón Ábila descontando), não é apenas mais um na galeria do clube.
Muito pelo contrário. É “o” título, pois na rivalidade estadual ele vale e muito. Não só por ser conquistado em cima do rival, mas principalmente por consolidar a hegemonia atleticana no futebol mineiro.
Após os anos maravilhosos da dupla em 2013 e 2014, o Galo seguiu em alta em 2015, quando foi vice-campeão brasileiro, e no ano passado, quando foi vice da Copa do Brasil. A Raposa fez temporadas desastrosas, não chegou às decisões do Campeonato Mineiro e brigou foi contra a queda para a Série B.
A final desta edição do Estadual tomou contornos de tira-teima, numa temporada em que os dois começaram enchendo os torcedores de esperança.
O incontestável título atleticano, mais do que fazer justiça ao time que foi superior nos 180 minutos da decisão, superou qualquer convicção e tornou-se uma prova de que, nos tempos atuais, o Atlético reina em Minas Gerais.
Nos últimos cinco confrontos de mata-mata diante do Cruzeiro, o Atlético venceu quatro: duas decisões de Estadual (2013 e 2017) e uma semifinal (2015), sem contar o inesquecível título da Copa do Brasil de 2014, alcançado com duas vitórias. Os cruzeirenses comemoraram apenas na decisão do Campeonato Mineiro de 2014.

INVENCIBILIDADE
Aliás, nem mesmo o maior argumento dos cruzeirenses existe mais. A invencibilidade de mais de dois anos diante do[/TEXTO] Atlético, numa lista que já chegava a oito partidas, também caiu ontem à tarde, no Estádio Independência.
Numa final marcada por cenas lamentáveis fora de campo, numa sequência iniciada pelos cartolas e completada pelas maiores torcidas organizadas dos dois lados, o Campeonato Mineiro de 2017 termina sem manchas dentro de campo.
Os dois jogos da final tiveram arbitragens limpas. No de ontem, o mineiro Igor Júnio Benevenuto deu um verdadeiro show.
A festa atleticana é mais do que justa. No futebol, nem sempre o melhor time levanta a taça. No Campeonato Mineiro de 2017, porém, isso não aconteceu. E o Atlético provou, mais uma vez, que nos últimos tempos, no nosso terreiro, só da Galo.
FICHA DO JOGO: Atlético 2 x 1 Cruzeiro
Atlético
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adilson, Rafael Carioca e Elias (Danilo); Otero (Maicosuel) e Robinho (Cazares); Fred.
Técnico: Roger Machado
Cruzeiro
Rafael; Mayke, Léo, Caicedo e Diogo Barbosa; Henrique e Hudson (Ramón Ábila); Arrascaeta (Raniel), Thiago Neves e Rafinha; Rafael Sóbis (ALisson).
Técnico: Mano Menezes
GOLS: Robinho, aos 12 minutos do primeiro tempo; Ramón Ábila, aos 7, e Elias, aos 23 minutos do segundo tempo.
ARBITRAGEM: Igor Júnio Benevenuto, auxiliado por Pedro Araújo Dias Cotta e Ricardo Junio de Souza.
CARTÕES VERMELHOS: Adilson (Atlético); Rafinha (Cruzeiro).
CARTÕES AMARELOS: Rafael Carioca, Danilo e Elias (Atlético); Henrique, Hudson e Raniel (Cruzeiro).
PÚBLICO: 22.411 presentes.
RENDA: R$ 1.602.000,00


EMMANUEL MACRON VENCE AS ELEIÇÕES NA FRANÇA



Em discurso, Macron agradece aos eleitores e promete lutar divisões na França



O candidato vitorioso no segundo turno das eleições na França, Emmanuel Macron, agradeceu os eleitores pelo resultado deste domingo (7) e prometeu trabalhar para sanar as divisões do país. Em discurso realizado há pouco, o ex-banqueiro também prometeu batalhar para defender os valores da Europa e lutar contra o terrorismo tanto dentro do país como no exterior.

"Eu não os esquecerei jamais. Vou fazer de tudo para ser digno de sua confiança", disse o candidato centrista, que também enviou uma "saudação republicana" à sua adversária, Marine Le Pen.

"Sei que as divisões de nosso país levaram muitos a votar pelos extremos. É minha responsabilidade os escutar em sua luta contra todas as formas de desigualdade, garantir sua segurança e a unidade do país."

O candidato do En Marche! prometeu defender os valores da França e da Europa. "É nossa civilização que está em jogo, nossa maneira de ser livres. Vou trabalhar par reaproximar os laços entre a Europa e seus cidadãos. Eu envio às nações do mundo a saudação da França fraterna".

O próximo líder francês também afirmou que o país estará na frente da luta contra o terrorismo, tanto em solo nacional no exterior. Ele também aproveitou para agradecer o presidente François Hollande por seus cinco anos à frente do país. Hollande foi o responsável por trazê-lo para a vida política em 2012, ao nomeá-lo ministro da Economia. (Marcelo Osakabe)

HISTÓRIA DAS COREIAS



Desfile ameaçador na Coreia

Manoel Hygino 








Diz a lenda que a atual península coreana foi dividida em três reinos no século anterior à Era Cristã. Vê-se que se teria de ocupar muito espaço para chegar a nosso tempo. O território, nos séculos seguintes, foi disputado por chineses, mongóis, japoneses e russos. Em 1910, o Japão anexou a região e tentou eliminar a língua e cultura coreanas. Durante a II Grande Guerra, milhares de cidadãos foram obrigados a trabalhos forçados.
A partir da rendição japonesa, após a explosão das bombas atômicas de Tio Sam, a península coreana foi dividida em duas zonas: a de ocupação norte-americana e a soviética. Criaram-se a Coreia do Sul e a do Norte, ambas reivindicando direito sobre todo o território. Oficializa-se o comunismo na Coreia do Norte, sob Kim II-Sung.
Em 1950, norte-americanos invadem o lado não comunista. A ONU envia tropas, com predominância de contingentes dos EUA e ocupa a Coreia do Norte. A China adere à luta e conquista Seul, capital sul-coreana. Tio Sam enfrenta a situação e expulsa os chineses, de volta ao Paralelo 38, que separa as Coreias. Mais de 5 milhões de pessoas morrem em três anos de conflito, dos quais 2 milhões de civis. Em 1953, há uma trégua com definição de uma zona desmilitarizada entre os litigantes.
Paz? Muito longe. A Coreia do Norte é reerguida com apoio da União Soviética e da China, caracterizando-se o regime pelo culto ao ditador Kim-II-Sung. Em 1990, a Agência Internacional de Energia Atômica vigia a situação: os norte-coreanos estariam desenvolvendo um programa nuclear militar.
Assim tem sido, desde então. E já somam quase 30 anos de beligerância entre as Coreias e de intranquilidade para o mundo, que não deseja mais um país no ameaçador clube nuclear. Com a permanente demonstração de forças em Pyongyang, capital do país do Norte, o atual líder, Kim Jong-Un, neto do fundador da dinastia, o mencionado Kim-II-Sung, deu uma altíssima demonstração de poder militar, neste abril, em resposta ao presidente Trump.
Quem vê as fotos e as reportagens televisivas, em que aparece II- Sung, desconfia de sua saúde mental. Não parece um cidadão em pleno uso de suas faculdades. Assim apareceu nos desfiles pelas ruas de Pyongyang, no Dia do Sol, o de nascimento do criador da dinastia.
Após salva de tiros de 21 canhões, dezenas de milhares de soldados de Infantaria, Marinha e Aviação, desfilaram com o passo de ganso, virando a cabeça na direção do balcão onde o líder se achava, em terno preto. Destacamentos carregavam rifles ou lança-granadas, alguns com óculos de visão noturna e rosto pintado. Em seguida, vieram tanques e armas muito especiais: 56 mísseis de 10 tipos distintos, transportados por reboques e caminhões. Para o ditador e seu regime, um dia de festas. Para o resto do mundo, de preocupação.
O país asiático já realizou cinco testes nucelares recentemente e pretende desenvolver um míssil internacional, capaz de atingir e destruir os Estados Unidos. O presidente dos EUA, Donald Trump, pela primeira vez, manifesta sua disposição de conversar com o líder norte-vietnamita, num encontro inédito. A iniciativa se resume a palavras – e não mais que palavras.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...