segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A OPERAÇÃO LAVA JATO PARALIZOU A ROUBALHEIRA E NÃO AS OBRAS



Operação 'Lava Jato' trava setor da construção pesada em Minas

TATIANA LAGÔA 








À ESPERA – Oito trechos licitados da BR-381, de um total de 11, estão parados hoje em Minas Gerais
A redução dos investimentos em infraestrutura no país, como reflexo da crise econômica e da operação “Lava Jato”, tem deixado à mingua a construção pesada em Minas Gerais. De 2014 a 2016, o setor teve uma queda de 60% no faturamento frente aos dois anos anteriores. No mesmo período, 60 mil trabalhadores da área foram demitidos no estado. As maiores empreiteiras do país estão envolvidas no maior processo de investigação de corrupção e lavagem de dinheiro no país: a “Lava Jato”.
Segundo dados da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor), Minas tinha, até julho do ano passado, cerca de 100 obras paradas em estradas federais e 25 em andamento. Os números bateram como um “tufão” sobre os negócios de construtores, que viram, então, uma paralisação das atividades.
O presidente da Aneor, José Alberto Pereira Ribeiro, explica que o ano de 2016 foi marcado por problemas como atrasos médios de cinco meses nos pagamentos, falta de linhas de crédito para capital de giro, além de aumento das taxas de juros.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria Pesada de Minas Gerais (Sicepot), Emir Cadar Filho, o impacto foi uma retração de 60% no faturamento do setor em dois anos. Uma das obras que ilustram o que vem ocorrendo com as empresas do estado é a da BR-381, que está travada.

Cortes
A Vilasa Construtora, que atua na construção pesada, foi uma das que sentiram os reflexos do menor ritmo de investimentos. A empresa perdeu 60% do faturamento em 2015 frente a 2014. Em 2016, ela apresentou o mesmo faturamento do ano anterior, segundo o diretor-presidente Alberto Salum.
Os cortes refletiram no quadro de funcionários. a. Se há dois anos a Vilasa empregava 1.400 pessoas, fechou 2016 com apenas cem. Com uma perspectiva de pequena melhora, o grupo pretende contratar outras 400 neste ano.
A Odebrecht Engenharia e Construção, uma das investigadas na “Lava Jato”, sente o peso da nova realidade de mercado. Segundo a empresa, desde 2011, houve uma redução na participação dos negócios realizados no Brasil, de 45% para 25%, sobre a receita global.
Assim como as demais, a empresa vem enxugando pessoal. “Os desligamentos ocorreram devido ao cenário econômico e político, com a conclusão e entrega de diversos contratos no setor de engenharia e construção”, afirma em nota.
Para Cadar Filho, o ano de 2017 deverá ser um pouco melhor que 2016. Mas recuperação mesmo deverá ocorrer apenas em 2018
Paralisações em estradas
Das onze áreas licitadas na BR-381, oito estão paradas por motivos diversos. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), apenas dois lotes estão com as obras concluídas (3.2 e 3.3) e o lote sete está em andamento, com 38% das intervenções concluídas. Os demais lotes estão com as obras paralisadas por problemas que passam pela rescisão e vencimento dos contratos e até não contratação das obras.
Outras duas rodovias federais em obras no estado são a BR-146 e a BR-135. Ambas com previsão de término em maio deste ano.
Já nas estradas estaduais, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), há uma previsão de investimentos da ordem de R$ 730 milhões em 2017. O recurso será utilizado para a elaboração de projetos, construção, manutenção e operação de rodovias.
Segundo o órgão, desde 2015, os investimentos em infraestrutura rodoviária são concentrados na retomada de obras paralisadas e na execução de serviços de recuperação e manutenção de rodovias estaduais.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

SUPREMO OBRIGA O GOVERNO A DETALHAR A CAIXA-PRETA DA PREVIDÊNCIA



Supremo dá 10 dias para Temer explicar reforma da Previdência

Agência Brasil






Presidente Temer é acusado, por 28 deputados, de não promover estudo atuarial antes de enviar a reforma


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello deu prazo de dez dias para que o presidente da República, Michel Temer, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, prestem informações sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que trata da reforma da Previdência. A solicitação de Mello é feita após recebimento de um mandado de segurança, impetrado por 28 deputados de oposição.
A ação pede a anulação dos atos que levaram à tramitação da PEC na Câmara. Os deputados alegam que o governo não apresentou um estudo atuarial, necessário para confirmar o desequilíbrio nas contas da Previdência e a consequente necessidade de alteração nas regras. O ministro da Suprema Corte deve aguardar as informações solicitadas antes de decidir sobre o acolhimento ou não do mandado de segurança. O acolhimento significaria a suspensão da tramitação da matéria na Câmara.
Mello também pede informações do presidente da Comissão Especial destinada a debater o tema na Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB/MS), e do presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara (CCJ), cujo nome ainda não foi definido. Quando a PEC foi acolhida na Câmara, em dezembro do ano passado, o presidente da CCJ era Osmar Serraglio (PMDB/PR).
Oposição
Os deputados alegam que estudo atuarial é requisito obrigatório para confirmar o desequilíbrio nas contas da Previdência e a necessidade de alteração nas regras.
“Não se trata de mera orientação para a gestão administrativa. O estudo atuarial é requisito formal para a regularidade material das condições previdenciárias em qualquer regime, em especial quando objeto de alteração constitucional”, diz um trecho da ação.
A oposição argumenta ainda que a elaboração da PEC ocorreu “à revelia do Conselho Nacional de Previdência Social”. “[O conselho é] órgão superior da Administração Federal de deliberação colegiada, com representação dos trabalhadores e do governo, cuja finalidade, entre outras, é justamente a de discutir assuntos de interesse previdenciário dos trabalhadores”, dizem os deputados.

TRUMP NÃO DESISTE DOS IMIGRANTES



EUA: equipe de Trump estuda versão "simplificada" do bloqueio a imigrantes

Dow Jones Newswires 




Segundo Kelly, a nova lei vai evitar que viajantes que estavam em trânsito para entrar no país sejam barrados nos aeroportos


O secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, John Kelly, disse que o conselho administrativo do presidente Donald Trump está desenvolvendo uma nova versão da ordem que proíbe imigrantes de sete países de entrarem em território norte-americano. Segundo Kelly, a nova lei vai evitar que viajantes que estavam em trânsito para entrar no país sejam barrados nos aeroportos. "O presidente está planejando uma versão mais simplificada da ordem executiva", disse Kelly, durante painel na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.

Além disso, Kelly disse que "é uma boa suposição" de que as pessoas com green-card devem ser liberadas para entrar nos EUA. A estimativa é de que o governo divulgue o decreto ainda no início da próxima semana.

Um tribunal de apelações dos Estados Unidos decidiu contra o decreto do presidente Donald Trump, que proíbe a entrada de pessoas de sete países de maioria muçulmana nos EUA. A corte disse que o veto não deve entrar em vigor até que a justiça decida se a regra ultrapassa os limites.

Trump criticou duramente a decisão do tribunal. Já Kelly se limitou a dizer que a suspensão o surpreendeu, mas que ele não a criticaria, já que ainda não sabe muito sobre o que pensa a corte sobre o tema.

HERDEIRO DA SAMSUNG PRESO POR CORRUPÇÃO



Herdeiro da Samsung comparece algemado a interrogatório

AFP 





Foto do herdeiro em 13 de fevereiro


O herdeiro da Samsung, o maior conglomerado da Coreia do Sul, compareceu algemado neste sábado ao seu interrogatório por um grande escândalo de corrupção, que provocou a destituição da presidente do país.
Lee Jae-Yong, de 48 anos, é acusado, entre outros crimes, de ter pago 40 milhões de dólares em subornos para a confidente da presidente Park Geung-Hye, em troca de favores políticos.
O vice-presidente da Samsung Electronics e filho do presidente do grupo permaneceu em silêncio, olhando fixamente para a frente, ao ser cercado por muitos jornalistas ao chegar ao gabinete dos procuradores especiais que investigam o caso.
Por baixo de seu impecável terno azul escuro era possível ver as algemas de metal. Seu número de prisioneiro aparecia em uma placa presa em seu peito.
Lee Jae-Yong foi detido provisoriamente na sexta-feira e passou sua primeira noite em uma cela individual de 6,27 metros quadrados, em vez de uma para seis pessoas, um privilégio reservado aos dignitários, de acordo com a imprensa local. Normalmente vivia em uma casa luxuosa em Seul, avaliada em quatro milhões de dólares.
Entre outros prisioneiros figuram a própria Choi Soon-Sil, amiga há 40 anos da presidente, suspeita de ter obrigado os grandes grupos a doar cerca de 70 milhões de dólares a fundações duvidosas que estavam sob seu controle. Também estão detidos um ex-chefe da administração presidencial e o ex-ministro da Cultura.

GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

  Brasil e Mundo ...