segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

ÍNDICE DE CARROS ROUBADOS EM BH É MUITO GRANDE



Bandidos levam 20 carros por dia em BH, mas média de recuperados é menor

Raul Mariano e Renato Fonseca








SORTE – Leonardo Lavarini recuperou o carro 28 dias depois de ser levado por dois homens armados no bairro Jaraguá

A cada 24 horas, pelo menos 20 veículos são roubados em Belo Horizonte. A média é baseada nos registros de janeiro a setembro deste ano. Foram 5.554 ocorrências, contra 4.746 no mesmo período de 2015 – salto de 17%. Não bastasse o elevado índice, a estatística de automóveis recuperados, após serem tomados por bandidos, cai quase pela metade.
Em nove meses, 3.454 automóveis voltaram para os respectivos donos, ou seja, 12 por dia. Na comparação com o ano passado, os dados também apontam crescimento, mas em proporção menor (8%). O levantamento é do Detran-MG.
Barreiro, Venda Nova e Leste são as três regiões que lideram o índice de carros roubados na cidade. No entanto, não há dados consolidados por regional.
Vítimas
Há cerca de dois meses, o motorista Leonardo Lavarini, de 29 anos, teve o Fiat Linea levado por dois bandidos. O jovem conta que estava estacionado em uma rua do bairro Jaraguá, na Pampulha, após deixar um passageiro na região. Foi quando surgiram dois homens armados, um em cada lateral do carro, anunciando o assalto.
Além do veículo, avaliado em R$ 28,5 mil, a dupla levou o celular, carteira e as chaves da casa de Lavarini. Câmeras do sistema de segurança de uma empresa que funciona na via gravaram a rápida ação dos bandidos, mas ninguém foi preso.
Vinte e oito dias depois, o motorista recebeu uma ligação da polícia informando que o veículo tinha sido achado. Por sorte, apenas um pneu tinha sido perdido. “Dois menores e um rapaz de 18 anos foram detidos. Eles alegaram ter comprado o carro”.
Mesmo drama viveu a estudante de comunicação, Isadora Barcelos, de 22 anos. Por sorte, ela não estava na hora do crime. A jovem conta que fazia um curso no bairro Cidade Jardim, Centro-Sul de Belo Horizonte, quando teve o veículo furtado.
“Sempre estacionava no mesmo lugar. No último dia do curso, depois de um mês, quando virei a esquina percebi que o carro não estava lá. Tinha muitos veículos quando eu chegava e quase nenhum quando ia embora. Fiz o curso de carro justamente para evitar correr o risco de andar de ônibus muito tarde”, diz a estudante, que tinha seguro do automóvel.

Popular é o mais cobiçado; mercado clandestino alimenta crime

Gol, Palio e Uno. Carros populares são os mais roubados na capital mineira. Segundo a polícia, como a maioria dos veículos é levada para desmanches, a grande procura por peças no mercado clandestino ajuda a explicar a preferência dos bandidos.
Os roubos de motociclistas também são frequentes, principalmente no Barro Preto, Centro-Sul da cidade, informa o delegado Enrique Solla, chefe da Delegacia Especializada de Investigação de Furtos e Roubos de Veículos Automotores. O policial reforça a necessidade de os motoristas evitarem situações de risco.
“O criminoso atua com a ajuda de comparsas, que ficam em motos ou carros. Está sempre armado e se aproveita da fragilidade da vítima. Pessoas dentro do veículo estacionado, por exemplo, podem se tornar alvos”.
Apesar do aumento das ocorrências, a Polícia Militar garante que tem trabalhado e recuperado muitos veículos diante das operações realizadas – principalmente durante as blitze. Segundo o chefe da assessoria de imprensa da PM, capitão Flávio Santiago, algumas ações são pontuais, como a “Alferes Tiradentes”, que visa mapear quem recebe o carro ou as peças para repassar a outras pessoas.
“Muitas vezes há uma encomenda de receptadores e, em flagrante, conseguimos encontrar os criminosos. Isso acontece por meio do nosso serviço de inteligência. Nós mapeamos rotas. Um crime tem acontecido em determinada região e nós concentramos policiais lá. E esse geoprocessamento é diário”.
No entanto, a queixa do bem roubado deve ser feita o quanto antes para aumentar as chances de reaver o patrimônio. “A PM tem conseguido recuperar grande parte, quando noticiados rapidamente. Desde que seja acionado o 190 e a rede seja informada, o contato com os pontos de detecção são rápidos”.




Nova estratégia

Em 17 de novembro deste ano, o Hoje em Dia mostrou uma nova estratégia criminosa para driblar a polícia ao roubar carros na capital. Bandidos trocam as placas dos automóveis como forma de despistar investigadores e motoristas. Não há estatísticas desse tipo de crime, mas segundo uma fonte da PM, a prática é recorrente.
A ousadia é tanta que os ladrões nem se importam de colocar a placa de um veículo diferente naquele que foi roubado. A ação é diferente do crime de clonagem, quando a identificação é adulterada com os mesmos números e letras da original e colocada em um carro de mesmo modelo.
Na época, a reportagem mostrou que durante a campanha eleitoral deste ano, um Fiat Doblò usado pelo comitê de um candidato à PBH foi levado pelos criminosos. O veículo, roubado em 28 de setembro, foi encontrado no dia seguinte em Vespasiano, Grande BH, com a placa de um Fiorino.
Em julho, uma mulher de 42 anos teve o HB20 branco levado por três homens quando ela chegava em casa, em Venda Nova. O carro foi encontrado quatro dias depois na garagem de um prédio residencial no bairro Serra Verde, na mesma região, com a placa de um Palio.

DESENVOLVIMENTO DE EQUIPAMENTO PARA USO DE CADEIRANTE



Pesquisadores de Uberlândia criam ergômetro para atletas cadeirantes

Agência Brasil 









AUXÍLIO – O primeiro ergômetro desenvolvido por mineiros deve chegar aos centros de treinamento no próximo ano

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Triângulo Mineiro, trabalha no desenvolvimento de equipamentos para auxiliar o treinamento e a avaliação de atletas com deficiência. O primeiro deles, que deverá chegar aos centros de treinamento em 2017, é um ergômetro para cadeirantes.
Os ergômetros são aparelhos utilizados para calcular o esforço físico e podem ter diversas formas, como esteiras e bicicletas ergométricas. A proposta do ergômetro construído pelos pesquisadores da UFU é simular uma cadeira de rodas para avaliar a condição física de cadeirantes que praticam modalidades como atletismo, basquete e tênis. O atleta executa no equipamento o mesmo movimento que faria para propulsionar as rodas da cadeira dele durante o esporte.
Engenheiros da UFU já desenvolveram duas versões do ergômetro; a expectativa é a de que a terceira versão, que está sendo finalizada, possa atrair empresas parceiras para que o equipamento chegue ao mercado
“O nosso ergômetro utiliza um sistema de resistência eletromagnética em que é possível a seleção de até oito níveis. Podemos medir as velocidades e potências exercidas, a energia gasta durante o exercício e os respectivos índices de fadiga. Outra característica do equipamento é que suas dimensões podem ser ajustadas de acordo com o tamanho e posicionamento do usuário”, explica o engenheiro que coordena o projeto, Cleudmar de Araújo.
Segundo ele, o ergômetro poderá ajudar treinadores e atletas brasileiros a estabelecer um treinamento para aprimorar o condicionamento e a performance física, além de permitir o acompanhamento da evolução do desempenho.
Aguardado nos centros de treinamento, aparelho pode ser usado em qualquer modalidade
O coordenador de Ciência do Esporte do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Ciro Winckler, que tem acompanhado a pesquisa da UFU, diz que o projeto é inovador e aguarda a chegada do aparelho aos centros de treinamento. “É um ergômetro para qualquer modalidade que utilize cadeira de rodas e pode ser ajustado facilmente para qualquer atleta”, avalia.
A construção do ergômetro é um projeto de longo prazo que teve início na UFU em 2007 e ganhou força em 2012, com a criação do Núcleo de Habilitação e Reabilitação em Esportes Paralímpicos, formado por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores das áreas de engenharia mecânica, mecatrônica, educação física, fisioterapia, odontologia e medicina. A proposta do grupo é desenvolver inovações em tecnologias voltadas para diversas modalidades esportivas praticadas por pessoas com deficiência.
A iniciativa tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).


NA NATUREZA NADA SE PERDE TUDO SE TRANSFORMA



Bióloga mineira quer reciclar bitucas de cigarro e transformar em porta-copos

Agência Brasil
Hoje em Dia - Belo Horizonte







Bárbara Sales, de 26 anos, apresentou seu trabalho durante a 7ª ExpoCatadores

A bióloga Bárbara Sales, de 26 anos, vem desenvolvendo uma pesquisa para transformar as bitucas de cigarro em porta-copos. Ela apresentou seu trabalho durante a 7ª ExpoCatadores, em Belo Horizonte. O evento, organizado pelo Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), começou no dia 28 e terminou no dia 30.
Atualmente trabalhando como educadora ambiental no Instituto Inhotim, Bárbara começou seu estudo, como projeto de final de curso, no Centro Universitário Newton Paiva. Ela coletou manualmente as bitucas pelas ruas da capital mineira e também disponibilizou um coletor em alguns bares, onde os fumantes poderiam fazer o descarte do resto do cigarro após o consumo.
Por meio de testes e de revisão bibliográfica, a bióloga estabeleceu um processo de reciclagem. "Eu deixei as bitucas de molho em um componente químico por cerca de sete dias. Em seguida, o material foi submetido a um cozimento a 200 graus e virou uma massa. Depois, há um processo para deixar as partículas mais homogêneas, a secagem e a confecção do porta-copo", explica.
De acordo com levantamento da publicação Tobacco Atlas, da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5,8 trilhões de cigarros foram consumidos em todo o mundo em 2014. O Brasil é apontado como o maior mercado latino-americano do produto. Diante desse cenário, o objetivo de Bárbara é promover a conscientização ambiental dos fumantes. "Eu pensei no porta-copo por um raciocínio simples. O público fumante geralmente frequenta bares. Se esses bares e restaurantes oferecerem um produto feito a partir do resto do cigarro que ele consome, esse público pode se conscientizar e parar de jogar as bitucas nas ruas de forma inadequada".
Ainda sem patrocínio para a pesquisa, Bárbara conta com o apoio do Centro Universitário Newton Paiva, que lhe empresta os laboratórios mesmo ela já tendo concluído a graduação. Sua pesquisa está agora entrando na fase de análises químicas para verificar se ainda há toxinas no porta-copo e como retirá-las. Ela também está fazendo testes com outros reagentes para chegar a um produto final com mais resistência e capacidade de absorção. A expectativa é de que o porta-copo possa, futuramente, se tornar mercadoria e ser comercializado com os bares.
A iniciativa de reciclar bitucas não é inédita no Brasil. No Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB), já existe uma pesquisa com resultados cujo objetivo é transformar os restos do cigarro em papel e, consequentemente, em cartões, convites de festas e outros produtos de papelaria. O projeto obteve a parceria de um empreendedor da cidade de Votorantim (SP) que abriu, em março deste ano, uma usina na cidade paulista para a reciclagem de bitucas.
A Rede Papel Bituca, gerida pelo Instituto SOS - Sistemas Organizados para a Sustentabilidade - atua na capital paulista e também transforma o resto do cigarro em papel. A iniciativa desenvolve ainda ações de conscientização pelo descarte correto em shows. Segundo estimativa da Rede Papel Bituca, cerca 34 milhões de bitucas são descartadas diariamente nas ruas da Grande São Paulo. Cada uma delas demoraria em média quatro anos para decomposição, gerando problemas ambientais em metrópoles, florestas e campos.

O POVO ESTÁ COM SAUDADE DOS MILITARES NO PODER



Manifestação na Paulista tem gritos de 'fora Renan' e movimento pró-militares



Estadao Conteudo
Hoje em Dia - Belo Horizonte









A manifestação em defesa da Lava Jato na Avenida Paulista começou aos gritos de "Fora Renan". Manifestantes em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) gritavam palavras de ordem contra o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Depois, enquanto o Vem pra Rua executava o Hino Nacional, o grupo que pede intervenção militar tocava o Hino da Independência.

Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre, discursou contra o presidente do Senado, Renan Calheiros. Disse que o governo precisa "parar de se preocupar com a Lava Jato e cuidar da crise". O líder, no entanto, não citou o nome do presidente Michel Temer.

Rogério Sinni, líder do grupo que clama por intervenção militar, discursou na Paulista. "Os verdadeiros patriotas estão aqui. Este é o lado da liberdade. Se você quer continuar sendo gado do PSDB, vá lá para o MBL (Movimento Brasil Livre)", disse. Ele também criticou o governo do presidente Michel Temer.

A Procuradora da República e integrante do Núcleo de Combate à Corrupção Thaméa Danelon está no protesto na Avenida Paulista. Ela postou foto em frente ao Masp em seu perfil no Twitter.



AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...