segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

DESENVOLVIMENTO DE EQUIPAMENTO PARA USO DE CADEIRANTE



Pesquisadores de Uberlândia criam ergômetro para atletas cadeirantes

Agência Brasil 









AUXÍLIO – O primeiro ergômetro desenvolvido por mineiros deve chegar aos centros de treinamento no próximo ano

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Triângulo Mineiro, trabalha no desenvolvimento de equipamentos para auxiliar o treinamento e a avaliação de atletas com deficiência. O primeiro deles, que deverá chegar aos centros de treinamento em 2017, é um ergômetro para cadeirantes.
Os ergômetros são aparelhos utilizados para calcular o esforço físico e podem ter diversas formas, como esteiras e bicicletas ergométricas. A proposta do ergômetro construído pelos pesquisadores da UFU é simular uma cadeira de rodas para avaliar a condição física de cadeirantes que praticam modalidades como atletismo, basquete e tênis. O atleta executa no equipamento o mesmo movimento que faria para propulsionar as rodas da cadeira dele durante o esporte.
Engenheiros da UFU já desenvolveram duas versões do ergômetro; a expectativa é a de que a terceira versão, que está sendo finalizada, possa atrair empresas parceiras para que o equipamento chegue ao mercado
“O nosso ergômetro utiliza um sistema de resistência eletromagnética em que é possível a seleção de até oito níveis. Podemos medir as velocidades e potências exercidas, a energia gasta durante o exercício e os respectivos índices de fadiga. Outra característica do equipamento é que suas dimensões podem ser ajustadas de acordo com o tamanho e posicionamento do usuário”, explica o engenheiro que coordena o projeto, Cleudmar de Araújo.
Segundo ele, o ergômetro poderá ajudar treinadores e atletas brasileiros a estabelecer um treinamento para aprimorar o condicionamento e a performance física, além de permitir o acompanhamento da evolução do desempenho.
Aguardado nos centros de treinamento, aparelho pode ser usado em qualquer modalidade
O coordenador de Ciência do Esporte do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Ciro Winckler, que tem acompanhado a pesquisa da UFU, diz que o projeto é inovador e aguarda a chegada do aparelho aos centros de treinamento. “É um ergômetro para qualquer modalidade que utilize cadeira de rodas e pode ser ajustado facilmente para qualquer atleta”, avalia.
A construção do ergômetro é um projeto de longo prazo que teve início na UFU em 2007 e ganhou força em 2012, com a criação do Núcleo de Habilitação e Reabilitação em Esportes Paralímpicos, formado por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores das áreas de engenharia mecânica, mecatrônica, educação física, fisioterapia, odontologia e medicina. A proposta do grupo é desenvolver inovações em tecnologias voltadas para diversas modalidades esportivas praticadas por pessoas com deficiência.
A iniciativa tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).


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