quinta-feira, 17 de novembro de 2016

HILLARY APARECE EM PÚBLICO NOVAMENTE



Após perder eleições, Hillary diz que só queria ficar em casa

Agência Brasil 








Hillary disse que o que queria fazer era apenas 'mergulhar' em um livro e ficar em sua casa

Em sua primeira aparição em um evento após perder as eleições presidenciais norte-americanas, Hillary Clinton confessou, na noite dessa quarta-feira (16), que não tinha mais vontade de sair de casa. "Houve vezes, nesta última semana, nas quais a única coisa que queria fazer era me envolver com um bom livro e não sair mais de casa. Eu admito que, para mim, vir aqui nesta noite não foi a coisa mais fácil", disse Hillary aos participantes do jantar de gala da Children's Defense Fund, em Nova York. A informação é da Agência Ansa.

A ex-secretária de Estado foi ovacionada de pé ao entrar no palco para fazer seu discurso, que durou cerca de 20 minutos, e falou sobre o sentimento de frustração que muitos norte-americanos enfrentam com a vitória de Donald Trump. "Sei que muitos de vocês estão profundamente desiludidos com o resultados das eleições. Eu sei disso, sei mais do que posso expressar. Sei que isso não é fácil e sei que na última semana muitos de vocês se questionaram se os Estados Unidos são o país que achávamos que fosse".

No entanto, apesar de não mostrar a energia que apresentava na campanha eleitoral, a democrata pediu que ninguém desista do país. "As divisões colocadas de maneira nua nestas eleições são profundas, mas por favor me escutem quando digo que os Estados Unidos valem a pena. Os nossos filhos valem a pena. Acreditem em nosso país, lutem pelos nossos valores e não se rendam jamais. Jamais", finalizou.

Apesar de ter obtido mais de 1 milhão de votos do que Trump, a ex-secretária de Estado perdeu a disputa porque o magnata conquistou mais delegados no chamado Colégio Eleitoral.

TERRÁQUEOS EM BUSCA DE ÁGUA NOS PLANETAS DO NOSSO SISTEMA SOLAR



Plutão pode ter um oceano congelado sob sua superfície

Agência Brasil 








Debaixo da superfície de Plutão pode haver um oceano congelado. Os indícios foram encontrados na Sputnik Planitia, uma enorme bacia no planeta de vários quilômetros de área com formato de coração, com base em fotografias tiradas pela sonda New Horizons, da Agência Espacial Norte-americana, a Nasa, em 2015. A informação é da Agência Ansa.

A notícia foi divulgada em artigos publicados pela revista científica "Nature" das universidades norte-americanas do Arizona e da Califórnia. De acordo com a publicação, sob a superfície de Plutão pode haver um oceano feito de gelo e de água em uma consistência viscosa.

Segundo as pesquisas e os estudos feitos a partir das imagens, esse oceano pode ter ajudado a modelar e mudar a estrutura do pequeno planeta, criando tensão na sua crosta e algumas rachaduras na superfície. Além disso, os especialistas também disseram que a imensa massa de água congelada pode ter sido responsável pela reorientação do planeta e que poderá ter essa função mais uma vez no futuro. A Sputnik Planitia também teria se deslocado com o tempo, como consequência das variações no acúmulo de gelo na sua bacia.

Essas mudanças ocorreram também, em parte, pelas marés geradas pela lua Carante, a mais próxima de Plutão.

SOMOS TODOS BONZINHOS?



Síndrome de ‘bonzinho’

Simone Demolinari  





Algumas pessoas carregam consigo o seguinte lema: “sou feliz fazendo o outro feliz”. Empenham seu tempo em ajudar, cuidar e resolver problemas do outro. Dedicar-se ao próximo é, sem dúvida, uma característica positiva, sobretudo nos dias de hoje onde grande parte das pessoas está cada vez mais preocupada consigo. Contudo, existe outro ponto a ser observado. Muitas vezes, o nobre ato da bondade pode esconder uma carência afetiva, vaidade e desejo de manipulação.
“Tal qual as questões físicas, as psíquicas não são necessariamente aquilo que parecem ser na realidade”, disse Freud. É preciso enxergar além do óbvio.
Não podemos desprezar as pessoas cujo o dom genuíno é o altruísmo. Estes, dedicam-se à alguma causa, abnegando suas necessidades e abstendo-se de qualquer benefício. Não há contra partida. A doação é o próprio retroalimento da reciprocidade.
Já na dinâmica que rege a maioria das relações interpessoais, o “dar sem pensar em receber” é inconscientemente falso. A doação vem sempre acompanhada de uma expectativa de retribuição – nem que seja a gratidão ou o reconhecimento. Porém, sem se dar conta disso, muitos tornam-se exímios doadores acreditando ser despretensiosos. É aquele que na família se oferece para organizar a festa, para dormir no hospital, para buscar e trazer alguém, para cuidar do que precisar.
Viram motoristas, babás, arrumadores. Doam-se excessivamente, muitas vezes em detrimento de si. São pro-ativos na solução do problema alheio – ajudam até quem não quer ser ajudado. Sentem-se responsáveis por levantar o astral dos demais. São, além de tudo, provedores do bem estar e da alegria.
Tamanha bondade e generosidade pode ser muito bem vista socialmente, contudo, psicologicamente a história é outra. Geralmente, os “bonzinhos” são vítimas de suas próprias fraquezas. São elas:
– Carência afetiva: O tamanho da carência é proporcional à doação. Quanto mais carente, mais doador. A oferta é uma tentativa inconsciente de ser retribuído.
– Baixa autoestima: Um “self” fraco tende a se completar no outro. Isso explica a necessidade de ser útil, prestativo, assim como a dificuldade em falar “não”.
– Vaidade: Apesar de parecer contraditório, o “bonzinho” é vaidoso. Ser visto como “salvador da pátria” o faz sentir especial, uma competência que lhe confere status. Gabam-se de sua tolerância excessiva e de ser o provedor da felicidade alheia.
– Vitimismo: De forma sutil, faz o claro papel da vítima, ora se mostrando cansado de ser o ponto de apoio: “faço tudo pelos outros, mas ninguém faz por mim”; ora se colocando como o único responsável pelo bem estar comum: “se eu não fizer, ninguém faz”.
– Passionais: Quando algo não tem a resposta esperada ficam magoados e ressentidos. Passam a tratar o outro como indigno do seu amor. Muitas vezes, tem pensamentos vingativos e torcem para algo dar errado só para sentirem o doce gosto de serem solicitados.
A autoanálise é árdua. A anomalia se desenvolve à espreita: despoja o afetado de lucidez deixando-o acreditar que todos estão errados, menos ele.

MINISTROS DESENTENDEM NO STF



Gilmar e Lewandowski batem boca sobre impeachment no STF

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte





Ministros do STF durante sessão plenária nesta quarta-feira

Quase três meses depois da conclusão do processo de impeachment de Dilma Rousseff, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski bateram boca durante a sessão plenária da tarde desta quarta-feira, 16. A troca de farpas entre os dois ocorreu durante um julgamento sobre a incidência de contribuição previdenciária sobre adicional noturno, de insalubridade e terço de férias. Diante de um caso com grandes implicações para as finanças públicas, o ministro Gilmar Mendes decidiu pedir vista, mesmo depois de ter declarado voto favorável à incidência da contribuição previdenciária nesses casos.

O pedido de vista de Gilmar Mendes foi questionado pelo ministro Lewandowski, que considerou a postura do colega "inusitada". "Perdão, pela ordem, o ministro Gilmar Mendes já não havia votado? Tenho a impressão de que acompanhou a divergência. Sua Excelência está abrindo mão do voto já proferido?", indagou Lewandowski, que votou contra a contribuição previdenciária nesses casos. "Data Vênia, um pouco inusitado isso (pedir vista mesmo depois de ter votado)", acrescentou Lewandowski. Gilmar Mendes rebateu, logo em seguida: "Enquanto eu estiver aqui, posso fazer. Vossa Excelência fez coisa mais heterodoxa. Basta ver o que Vossa Excelência fez no Senado."

A votação fatiada do impeachment de Dilma Rousseff já foi duramente criticada por Gilmar Mendes, que considerou o formato da votação algo, "no mínimo, bizarro", que "não passa na prova dos 9 do jardim de infância do direito constitucional". O Senado cassou o mandato de Dilma, mas manteve o direito da petista de exercer funções públicas. Diante da crítica de Gilmar Mendes à forma como conduziu o processo final de impeachment de Dilma, Lewandowski rebateu: "No Senado? Basta ver o que Vossa Excelência faz diariamente nos jornais, é uma atitude absolutamente, a meu ver, incompatível". Lewandowski também disse que "graças a Deus" não segue o exemplo de Gilmar Mendes em matéria de heterodoxia. "E faço disso ponto de honra!", ressaltou.
Gilmar Mendes retrucou o ministro, observando que fala aos jornais para "reparar os absurdos" cometidos por Lewandowski. "Absurdos, não! Vossa Excelência retire o que disse. Vossa Excelência está faltando com o decoro, não é de hoje! Eu repilo, repilo, qualquer... Vossa Excelência, por favor, me esqueça!", pediu Lewandowski. Depois de Gilmar Mendes avisar que não retirava o que havia dito, Lewandowski falou: "Vossa Excelência está faltando com o decoro que essa Corte merece".

Enquanto os ministros batiam boca, Cármen proferiu o resultado parcial do julgamento - seis ministros do STF já acompanharam o voto do relator, ministro Luís Roberto Barroso, no sentido de que não incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável aos proventos de aposentadoria do servidor público. A favor da contribuição previdenciária se manifestaram os ministros Teori Zavascki, Dias Toffoli e Marco Aurélio. Gilmar Mendes acompanhou a divergência, mas pediu vista depois. Ao final da sessão, Lewandowski minimizou o episódio. "Não houve discussão, foi só uma troca de ideias", disse o ministro à reportagem. Segundo Lewandowski, a discussão não vai interferir na dinâmica do STF.

'Campanha é feita em conjunto', diz Gilmar Mendes sobre caso Dilma-Temer



Na semana passada, a defesa de Dilma juntou ao processo a cópia de um cheque de R$ 1 milhão.
Ao comentar o processo que investiga a chapa formada pela ex-presidente Dilma Rousseff e pelo presidente Michel Temer nas eleições presidenciais de 2014, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou nesta quarta-feira, 16, que a campanha eleitoral é feita em conjunto pelos dois candidatos. Com isso, o ministro considerou natural o fato de recursos obtidos para a disputa eleitoral serem encaminhados para a campanha do então candidato a vice, Temer.

"Na verdade, a campanha presidencial é feita em conjunto. Quem lidera a campanha é o candidato a presidente, que faz a captação (de recursos), e claro que há recursos que são transferidos para a campanha do vice-presidente. Não é essa a questão que será discutida no TSE. (A questão) é se a responsabilidade eventualmente atribuída à presidente seria também compartilhada pelo vice", disse Gilmar Mendes, depois de participar de palestra em Brasília.

Na semana passada, a defesa de Dilma juntou ao processo a cópia de um cheque de R$ 1 milhão e documentos que indicam uma doação da empreiteira Andrade Gutierrez à campanha eleitoral, que teria entrado pela conta do diretório do PMDB. Em depoimento ao TSE em setembro deste ano, o ex-presidente da empresa e delator da Operação Lava Jato, Otávio Azevedo, afirmou que a empreiteira repassou dinheiro de propina do PT para abastecer a campanha da ex-presidente. Após a apresentação dos documentos pela defesa de Dilma e suposta contradição nas declarações de Azevedo, o TSE agendou novo depoimento do executivo para esta quinta-feira, 17, no qual ele deverá ser questionado sobre as doações ao PMDB.

Gilmar disser ser "claro" que recursos da campanha da candidata à presidente foram utilizados na campanha do vice. "Até porque, a campanha é uma única campanha. Ninguém vota para presidente e vice-presidente de forma independente", afirmou. Apesar disso, o presidente do TSE ponderou que os recursos "são captados em nome da candidatura à Presidência".

A separação das responsabilizações de cada integrante da chapa é uma solicitação da defesa de Temer. Os ministros do TSE devem analisar essa possibilidade no momento do julgamento do processo. Até agora, o caso ainda está sob condução do relator, ministro Herman Benjamin. Ele terá de finalizar as audiências de testemunhas e juntadas de provas para elaborar seu relatório e, só então, liberar o caso para julgamento pelo plenário da Corte eleitoral.

Gilmar afirmou ainda ser preciso aguardar a conclusão do processo pelo relator para discutir a separação da situação de Dilma do caso de Temer. A ação de investigação judicial eleitoral contra a chapa vencedora das eleições de 2014 foi proposta pelo PSDB logo após a disputa presidencial, sob argumento de que houve abuso de poder político e econômico na disputa, inclusive com financiamento da campanha pelo esquema revelado na Operação Lava Jato.

O presidente do TSE também comentou a situação do foro privilegiado no Brasil. Segundo ele, o Supremo Tribunal Federal (STF) hoje está "sobrecarregado" com tantas investigações penais em razão do número de casos ligados a autoridades com foro privilegiado - como deputados e senadores com mandato e ministros de Estado.

"É bem verdade que hoje o Supremo está sobrecarregado com tantos processos e não consegue responder a isso. O foro privilegiado, o tal foro por prerrogativa de função como foi pensado, admitia talvez um número pequeno de processos. Hoje nós temos quase que a metade do Congresso investigada ou já parte denunciada. Então torna o trabalho do Supremo extremamente difícil", afirmou Gilmar. Na avaliação do ministro, também é complexo atribuir a possibilidade de investigação de autoridades a "todos os juízes". "É um tema de equação política bastante difícil", disse o ministro.