quarta-feira, 26 de outubro de 2016

CÂMARA DOS DEPUTADOS DÁ UM VOTO DE CONFIANÇA AO GOVERNO TEMER



Aprovação de PEC dos Gastos abre caminho para outras reformas, diz Meirelles

Agência Brasil 






O ministro deu as declarações momentos antes de a PEC ser aprovada

A aprovação da proposta de emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos públicos (PEC 241) abre caminho para outras reformas estruturais, disse hoje (25) à noite o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo ele, é trabalho do governo dar sinais de que uma rota para a recuperação da economia brasileira está sendo criada.

“A aprovação vai sinalizar a consolidação de uma rota para que se possa, em seguida, discutir outras reformas”, disse o ministro. Meirelles deu as declarações durante o lançamento de um livro no Superior Tribunal de Justiça (STJ), poucos instantes antes de a Câmara dos Deputados aprovar a PEC 241 em segundo turno.

Segundo o ministro, o governo está comprometido com a recuperação da economia brasileira, buscando os ajustes estruturais necessários para restaurar a confiança no país. “Meu foco é o resultado. Estou olhando o que está acontecendo como resultado de todas as ações. Daqui a dois anos vou concluir sobre sucesso ou fracasso das ações com resultado”, comentou.

Em relação ao programa de regularização de recursos mantidos no exterior, conhecido como repatriação, Meirelles reafirmou que o prazo de adesão acaba na próxima segunda-feira (31). “Estamos levando a mensagem a todos de que o prazo da repatriação é 31 de outubro. O importante é que a repatriação tenha sucesso e o país use bem os recursos arrecadados”, declarou.

Câmara aprova em segundo turno PEC que limita gastos públicos por 20 anos





Grupo protesta durante apreciação da PEC do teto dos gastos em 2º turno

Depois de mais de sete horas de discussão e obstrução da oposição, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça (25), em segundo turno, o texto principal da proposta de emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos à correção da inflação do ano anterior. Foram 359 votos a favor, 116 contrários e duas abstenções. Seis destaques ao texto apresentados pela oposição ainda precisam ser votados.
Pouco antes de encerrar a votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mandou que a Polícia Legislativa retirasse das galerias cerca de 50 manifestantes que protestavam contra a aprovação da PEC.
Ao orientar os deputados da base governista a votarem a favor da aprovação da PEC, o líder do governo, deputado André Moura (PSC-SE), disse que a limitação de gastos é fundamental para a retomada do crescimento econômico e do emprego e para o fim da recessão. Segundo Moura, a PEC não mexe nos recursos das áreas prioritárias como a saúde e a educação.
Desde o início da discussão da PEC dos Gastos Públicos, a oposição critica a medida e diz que a limitação vai retirar recursos das áreas sociais, principalmente da saúde e da educação. Os governistas rebatem os argumentos e garantem que não haverá cortes nessas áreas.
Para que a PEC 241 seja encaminhada para discussão e votação no Senado, os deputados precisam agora votar os destaques ao texto.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os aliados do governo esperam concluir a apreciação da PEC na Casa em novembro para que a proposta seja promulgada e anexada à Constituição Federal.


MORRE O CAPITÃO DO TRI DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL DE 1970



Adeus a um capitão digno do apelido

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte





A seleção do andar de cima ganhou um reforço e tanto, e o mundo do futebol perdeu um símbolo, figurinha carimbada no álbum das lendas do esporte. Alguém que encarnou tão bem o espírito de liderança que se espera de um capitão que foi capaz de se impor num grupo de craques – a Seleção Brasileira tricampeã mundial no México'1970 – merecendo o privilégio de um apelido que não mais o abandonaria (e que outros monstros sagrados como Mauro e Bellini não tiveram direito). O capita Carlos Alberto Torres poderia ser "apenas" o melhor lateral-direito do mundo em sua geração, para muitos o maior da posição em todos os tempos, um dos primeiros a não se limitar às funções defensivas e se aventurar no ataque. Mas foi bem mais do que isso.
Sorriso no rosto na maior parte do tempo, opiniões firmes e diretas de quem tinha personalidade forte, coragem para seguir o companheiro Pelé rumo ao futebol norte-americano; passagens vitoriosas como jogador pelo Fluminense, que o revelou (mais tarde integraria a máquina tricolor, ao lado de Rivellino e Edinho); o Santos, onde marcou 40 gols; o Botafogo, clube do coração e o Flamengo. No New York Cosmos, integrou o time dos sonhos de qualquer amante do futebol do fim da década de 1970, com o Rei, o alemão Beckenbauer, o holandês Neeskens e o italiano Chinaglia.
A combinação entre o talento único e a visão privilegiada, de líder, fizeram da carreira de treinador um caminho obrigatório. Já em 1983, seu primeiro ano, o título brasileiro com o Flamengo, comandando um grupo com vários ex-companheiros de time, como Zico e Júnior. No ano seguinte, levou o Fluminense, de Assis e Washington, ao bicampeonato carioca e, em 1993, levou o Botafogo à conquista da Copa Conmebol. Passou ainda por Corinthians, Náutico e Paysandu, no Brasil; Miami Freedom (EUA), Monterrey,Tijuana e Querétaro (México), Unión Magdalena (Venezuela), Once Caldas (Colômbia) e as seleções de Omã e Azerbaijão.
NO GALO
O currículo ficou marcado ainda pela passagem no comando do Atlético em 1998 – foram apenas três meses e 26 jogos pelo Campeonato Brasileiro, com 12 vitórias e oito empates. Sem estrelismo, sempre disposto à resenha com os jornalistas e preocupado em tirar o melhor de cada jogador – a trajetória acabou interrompida devido a um desentendimento com o então gerente de futebol Toninho Cerezo. Desiludido com os rumos do futebol e sem muitas oportunidades, acabou deixando a função em 2005 – ultimamente era comentarista do Sportv, onde fez sua última aparição pública domingo, falando sobre a 32ª rodada do Brasileirão no programa Troca de Passes.
Entre os vários casos envolvendo Carlos Alberto, um emblemático é do começo da carreira, contado por um colega de Fluminense que à época já era um zagueiro consagrado. Procópio atuou três anos ao lado do lateral, promovido do juvenil para substituir o campeão mundial Jair Marinho, contundido. "Lateral na época não subia, mas eu dizia a ele que podia avançar que nós segurávamos lá atrás. Fizemos uma excursão à Rússia e depois de quatro jogos invictos, nos colocaram para enfrentar a seleção deles, com Yashin e tudo, representando o Brasil, diante de um estádio lotado. Pois o Carlos Alberto marcou o melhor atacante russo, empatamos sem gols – tínhamos também o Castilho no gol – e ainda ganhamos uma semana de folga em Roma como prêmio."

"Ele não era capitão porque alguém disse que seria, mas porque nós, jogadores, o elegemos. E era o capitão da Seleção tricampeã do mundo, que para muitos é a mais forte da história das copas"
Gérson, companheiro de Carlos Alberto na Seleção do tri
"Fico triste com a morte do meu amigo irmão Carlos Alberto, nosso querido Capita, lembrando dos tempos que estivemos juntos no Santos, na Seleção e no Cosmos, formando uma parceria vencedora. Infelizmente a gente tem que entender isso e que a vida continua"
Pelé
"O grande privilégio de um homem é reverenciar quem se destaca na sua atividade, e eu posso dizer com certeza que joguei ao lado do maior lateral-direito da história"
Procópio, que atuou ao lado do Capita entre 1963 e 66 no Fluminense






terça-feira, 25 de outubro de 2016

EMBRAER - TERCEIRO MAIOR FABRICANTE DE AVIÕES MUNDIAL E ORGULHO DO BRASIL



Embraer pagará US$ 205 milhões nos EUA para encerrar casos de corrupção

AFP
Hoje em Dia - Belo Horizonte






A Embraer concordou em pagar 205 milhões de dólares nos Estados Unidos para encerrar casos de corrupção em terceiros países, informou nesta segunda-feira (24) o Departamento de Justiça.
De acordo com a procuradora-geral adjunta, Leslie Caldwell, a Embraer fez pagamentos irregulares a funcionários de República Dominicana, Arábia Saudita e Moçambique, e falsificou dados sobre contratos com a Índia.
"A Embraer pagou milhões de dólares em subornos para conseguir contratos com setores aeronáuticos em três continentes diferentes", destacou Caldwell em comunicado.
Para encerrar os casos, a Embraer aceitou pagar 107 milhões de dólares ao Departamento de Justiça e outros 98 milhões de dólares em multas e compensações à agência reguladora do mercado de valores (SEC, na sigla em inglês).
Como parte do acordo, a Embraer se comprometeu a contratar por um período de três anos um consultor externo que acompanhará as políticas internas sobre transparência.
O Departamento de Justiça lembrou que por esses casos de corrupção as autoridades brasileiras apresentaram queixas formais contra 11 pessoas, enquanto a Arábia Saudita denunciou formalmente outras duas.
A justiça americana tem jurisdição nesses casos, já que a Embraer, que foi privatizada em 1994 embora o governo brasileiro tenha participação acionária, opera na Bolsa de valores de Nova York.
O processo está previsto na Lei de Práticas de Corrupção no Exterior e sanciona empresas de qualquer país que se beneficiem de alguma forma do sistema financeiro americano.
A Embraer foi acusada de pagar 3,5 milhões de dólares de subornos a um "alto funcionário oficial" da República Dominicana para fechar um contrato por 92 milhões.
Na Arábia Saudita a empresa pagou subornos de 1,7 milhão de dólares, e foi denunciado também um pagamento de 800.000 dólares em Moçambique.

Para crescer, Embraer foca na tecnologia

Ethevaldo Siqueira 


O Centro de Realidade Virtual da Embraer, em São José dos Campos, um dos mais avançados do mundo, é uma das razões que explicam o sucesso da empresa, hoje considerada a terceira maior indústria aeronáutica do mercado internacional.

Para alcançar essa posição, a Embraer investe continuamente na mais avançada tecnologia de projetos e de manufatura, exatamente como fazem suas maiores rivais, a Boeing e a Airbus. E combina essa tecnologia com a competência e a criatividade de seus engenheiros, projetistas e administradores.

No ambiente futurista do Centro de Realidade Virtual nascem e evoluem todos os projetos de novos aviões, a partir do uso de softwares que permitem à equipe de engenheiros criar algumas das aeronaves mais modernas e funcionais da atualidade.

Além de ganhar forma, os projetos são testados em todos os seus detalhes por simuladores virtuais que mostram as linhas de força de cada estrutura, na asa, no leme, na cabine e em toda a superfície da aeronave. Todos os desenhos ganham mobilidade e tridimensionalidade (3D).

Com o uso intensivo dessas ferramentas digitais, a Embraer pode antecipar até a visão que o piloto terá do painel de instrumentos, analisar o conforto da cabine ou cockpit, bem como a funcionalidade de seus comandos. Pode saber, também, antecipadamente, qual será a visão e o conforto dos passageiros.

Esses programas ajudam os projetistas não só a criar novos modelos como a atualizar e aprimorar permanentemente os melhores e mais avançados aviões executivos do mundo.

Dois dos mais modernos softwares de projeto, entre tantos outros, destacam-se na criação dos aviões da Embraer. São o Catia (rimando com titia) e o PLM, sigla de Product Lifecycle Management. Este último permite ao fabricante administrar todo o ciclo de vida dos produtos, em um dos mais modernos centros de realidade virtual do mundo com visualização 3D.

Competitividade. Vale recordar que, desde sua fundação, há mais de 40 anos, a Embraer nunca se preocupou em pleitear qualquer protecionismo ou exigir de seus fornecedores, a qualquer custo, elevado conteúdo nacional de seus componentes, peças e partes.

Para produzir um avião de classe mundial é preciso selecionar o melhor fornecedor de cada peça ou parte, seja da melhor turbina, do melhor trem de aterrissagem, seja ele nacional ou estrangeiro. Se for brasileiro, melhor. Mas isso não é o critério determinante.

Essa filosofia foi implantada desde os primeiros dias da empresa, ainda como indústria estatal, sob a presidência de Ozires Silva. A empresa nunca patrocinou qualquer forma de privilégio ao fornecedor nacional, a não ser quando seu preço e qualidade competem, realmente, com os concorrentes internacionais. É uma estratégia que tem assegurado o maior grau de competitividade a seus produtos e assegurado o crescimento constante de seu faturamento no mercado de exportação, em patamar de muitos bilhões de dólares.

Outro aspecto no qual o Brasil poderia inspirar-se é o do valor dos grandes projetos de excelência a longo prazo, visto que a primeira semente da indústria aeronáutica brasileira foi plantada, em 1950, com a criação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), resultado de uma ideia obsessiva do marechal do ar Casimiro Montenegro, que desejava implantar no Brasil uma instituição universitária com padrões semelhantes às do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (o famoso MIT).

O ITA formou os profissionais e deu a inteligência que evoluiu e se expandiu com o Centro Tecnológico Aeroespacial (CTA) e, finalmente, em 1969, com a criação da Embraer, por Ozires Silva.

Os aviões. Além de sua tão bem-sucedida participação no mercado de aviões de passageiros de maior capacidade, acima de 100 passageiros, e dos aviões militares, como os Super Tucanos, a empresa está conquistando fatias cada dia mais expressivas do mercado de jatos executivos no mundo, como os Legacy 600.

Frederico Curado, presidente da empresa, lembra que a fabricação de aviões é uma indústria de ciclos longos: "Primeiro vêm os ciclos de desenvolvimento de produto, de cerca de 15 anos, seguidos de mais 15 ou 20 anos de produção e entrega dos aviões. E, por fim, outros 15 ou 20 de apoio às vendas. Assim, temos de manter toda uma estrutura para apoiar a máquina por longo prazo".

Essa experiência acumulada de longo prazo confere maior maturidade à empresa. Sua base comercial tem sido a aviação comercial, que começou a ser diversificada há cerca de 10 anos, com grande sucesso. A Embraer já alcança a posição mundial de quinto maior fabricante de jatos executivos no mundo.

Curado recorda que a Embraer está presente em diversos países, incluindo a China, onde produzirá e entregará em 2013 o primeiro jato executivo fabricado naquele país, o Legacy 650. Nos Estados Unidos, a Embraer está presente há mais de 30 anos, na Flórida, onde também está produzindo jatos executivos.

O cenário internacional para o mercado aeronáutico está recessivo em alguns locais, como é o caso específico da Europa. Nos Estados Unidos, espera-se pequeno crescimento. A China, apesar da redução do ritmo de crescimento, ainda ostenta taxas de 7% a 8%.

Prestígio mundial. Poucas empresas brasileiras gozam de prestígio tão grande no mundo quanto a Embraer. Quem dialoga com suas concorrentes, como Boeing, Airbus, a francesa Dassault ou mesmo a IAI (Israel Aircraft Industry), ouve referências muito positivas à empresa brasileira. O presidente da Dassault, Bernard Charlès, em recente entrevista a este jornalista, destacou a excelência da tecnologia utilizada pela Embraer e seus líderes mais importantes nessa área, como o ex-vice-presidente, Satoshi Yokota, responsável pelo grande avanço das tecnologias digitais na empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


OPERADORES QUE FORNECEM INTERNET SE REINVENTAM



Em vez de brigar com aplicativos, operadoras se reinventam

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte







Vivo lança Studio+, app com séries produzidas apenas para celulares

Há pouco mais de um ano, o israelense Amos Genish, presidente da Telefônica/Vivo, deu uma das declarações que viraram símbolo da guerra entre as operadoras e os aplicativos. Logo depois que o WhatsApp lançou o recurso de chamadas via internet, o executivo chamou o app de "operadora pirata". Um ano depois, com o cenário de concorrência mais claro, o executivo adotou um tom mais moderado para falar dos aplicativos - embora não tenha parceria com o WhatsApp. "As OTTs (empresas que oferecem serviços de internet) são essenciais para a vida digital", disse Genish, ao 'Estado'. "Mas é difícil competir no mesmo jogo, com regras diferentes."

A mudança do discurso de Genish reflete uma transformação dentro das operadoras: depois de passarem por uma fase de negação do sucesso dos aplicativos, elas estão percebendo que precisarão se reinventar para continuarem relevantes. Enquanto pressionam o governo para que o marco geral das telecomunicações mude, ganhando mais flexibilidade, as teles não estão paradas: investem na oferta de serviços digitais próprios ou em parceria com terceiros, repensam processos internos e a forma de atender os clientes e investem em novas tecnologias, como Big Data, para entender os clientes tão bem quanto gigantes da internet como Google e Facebook.

Lançamentos. A Telefônica/Vivo já oferece mais de 80 serviços digitais. Durante a Futurecom, maior evento de telecomunicações da América Latina, que aconteceu na última semana, em São Paulo, a empresa revelou mais uma aposta. Em parceria com a francesa Vivendi, lançou o Studio+, um serviço de vídeos curtos para assistir em smartphones e tablets. O serviço, que é exclusivo para os clientes da operadora, vai permitir acesso a curtas-metragens produzidos especificamente para telas pequenas. A forma de pagamento será flexível: R$ 3,99 por semana ou R$ 12,90 por mês. "Em conjunto, esses serviços já geram R$ 1 bilhão em receita para a Vivo e o valor cresce 20% ao ano", diz Genish.

A empresa não foi a única a lançar novos serviços digitais durante o evento. Mesmo a operadora Oi, que está em recuperação judicial, anunciou no evento um novo serviço de "internet das coisas", nome dado à tecnologia que vai conectar todos os objetos à nossa volta. O serviço Oi Smart, ainda está em fase de testes, é uma central de monitoramento para a casa: por meio do smartphone, o usuário poderá controlar câmeras de segurança, alarmes, sensores de movimento, entre outros dispositivos conectados à internet.

A operadora só oferece o serviço no Rio de Janeiro por enquanto, mas planeja expandir o alcance do Smart em 2017. Outros serviços estão nos planos, como um voltado a carros conectados e outro ao monitoramento de saúde. "Um pequeno grupo da Oi está focado na recuperação da dívida, enquanto o restante da empresa está focado na operação e na transformação digital", disse o presidente da Oi, Marco Schroeder.

No evento, a TIM relembrou os altos investimentos na tecnologia de Big Data, que permite a análise de grandes conjuntos de dados coletados dos clientes, para identificar novas oportunidades de produtos e serviços. Durante a Olimpíada, a empresa também colaborou com a Prefeitura do Rio, que usou os dados da operadora para acompanhar o deslocamento das pessoas pela cidade. "Isso pode ser uma fonte de receita para a TIM no futuro", disse o diretor de estratégia da operadora. Luís Minoru Shibata, em entrevista recente ao Estado.

A Claro não lançou novos serviços, mas revelou acumular 11 milhões de usuários de serviços digitais no País. "Nos últimos dois anos, trabalhamos fortemente na distribuição de música e de vídeos, inclusive com a compra de duas empresas", disse Alexandre Olivari, diretor de roaming e serviços de valor agregado (SVA) da Claro.

Cultura

Apesar dos esforços, a principal barreira que as operadoras precisam vencer é cultural. Enquanto a maioria delas tem de manter uma infraestrutura custosa e atender às regulamentações do governo, as OTTs nascem num ambiente livre de amarras, onde o foco principal é satisfazer o cliente. "O maior desafio das empresas é gerenciar um legado que, apesar de estar em declínio, ainda traz altas receitas. Ao mesmo tempo, é necessário desenvolver um negócio que tem grande potencial, mas que não dá resultados em curto prazo", disse o diretor global da indústria de comunicação e mídia da consultoria Accenture, Francesco Venturini, durante da Futurecom.

Embora as operadoras brasileiras ainda ganhem dinheiro com voz, o futuro está nos dados. Em 2015, a receita de dados superou a de serviços de voz pela primeira vez no Brasil. De acordo com a consultoria Teleco, o serviço de banda larga móvel se tornou o mais rentável para as operadoras dentre os serviços de dados, com R$ 26 bilhões em receita, acima de TV por assinatura (R$ 22,6 bilhões) e banda larga fixa (R$ 21,8 bilhões). Com a perspectiva de queda no preço dos serviços de dados, resta às operadoras tentar arranjar formas de inovar para conseguir uma fatia do lucrativo mercado digital nos próximos anos."O maior desafio das empresas é gerenciar um legado que, apesar de estar em declínio, ainda traz altas receitas. Ao mesmo tempo, é necessário desenvolver um negócio que tem grande potencial, mas que ainda não dá resultados."

GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

  Brasil e Mundo ...