sexta-feira, 14 de outubro de 2016

PROJETO DE LANÇAMENTO DE CABO SUBMARINO DE LONGO ALCANCE



Google e Facebook se aliam em projeto de cabo submarino transpacífico

AFP










Intenção é construir o primeiro sistema de cabo submarino direto entre Los Angeles e Hong Kong com capacidade ultra alta

Normalmente concorrentes, os pesos-pesados americanos da internet Google e Facebook juntaram forças em um projeto de instalação de um cabo submarino ultrarrápido através do oceano Pacífico, anunciaram nesta quarta-feira as partes envolvidas.

"Vamos trabalhar com o Facebook, o Pacific Light Data Communication (PLDC, provedor de redes de cabos com sede em Hong Kong, ndr) e TE SubCom (um especialista em tecnologias de comunicação submarinas com sede nos Estados Unidos) para construir o primeiro sistema de cabo submarino direto entre Los Angeles e Hong Kong com capacidade ultra alta", escreveu o Google em uma mensagem em sua página na internet.

O Google sustenta que se tornará o sistema de cabo com maior capacidade disponível para atravessar o Pacífico, permitindo realizar simultaneamente 80 milhões de videoconferências de alta definição entre Hong Kong e Los Angeles.

O novo cabo submarino, chamado PLCN (Pacific Light Cable Network), será também um dos mais longos do mundo, com 12.800 quilômetros.

Sua construção começará este ano e se prevê que entre em funcionamento no verão boreal de 2018, informaram o PLDC e o TE SubCom em outro comunicado.

"É especialmente gratificante que as empresas de tecnologia mundiais como Google e Facebook se tornem em co-investidoras do PLNC", disse Wei Junkang, presidente do Conselho de Administração de PLDC.

"Com o crescente número de pessoas que utilizam os aplicativos e serviços do Facebook na região, PLNC ajudará a conectar melhor Ásia e nossos centros de dados nos Estados Unidos", argumentou.

A quantia dos investimentos planejados não foi informada.

DYLAN: UMA INVASÃO DE GÊNERO BENEFICIADO PELA MÍDIA



Bob Dylan inclui Nobel em lista de prêmios e divide opiniões

Paulo Henrique Silva (*) 






Contra – Para escocês Irvine Welsh, prêmio é “nostalgia deslocada, saída das próstatas antiquadas de grupo de hippies senis”

Não há quem questione a importância de Bob Dylan na história da música. No currículo, ele tem Oscar, Globo de Ouro, vários Grammy e até Pulitzer. Mas bastou o artista ser anunciado como vencedor Prêmio Nobel da Literatura para um antigo debate ganhar força nas redes sociais: as palavras cantadas têm o mesmo valor de um texto escrito?
No Facebook, o diretor de TV Gabriel Priolli resume a discussão levantando “uma questão estética interessante: poesia oral é menor do que a poesia escrita? Trazendo a sardinha para a nossa brasa, Chico Buarque e Caetano Veloso são menos poetas do que (Carlos) Drummond) e (Mário) Quintana?”.
Na justificativa para o Prêmio, a Academia Sueca observou que o cantor norte-americano de folk de 75 anos criou “modos de expressão poética no quadro da tradição da música americana”. Argumento que não foi muito bem aceito por escritores e especialistas em literatura.
“Gosto de Dylan, mas não tem uma obra. A Academia se ridiculariza. É degradante para os escritores”. Pierre Assouline, escritor
Poeta do Século 20
O autor de “The Like a Rolling Stone”, considerada uma das maiores canções de todos os tempos, só escreveu um romance, “Tarântula”, de 1966. Em 2005, lançou livro de crônicas muito bem vendido. Para muitos admiradores, Dylan é o “grande poeta vivo norte-americano do século 20”. Essa é a opinião do romancista Philippe Margotin, autor da biografia “Bob Dylan, Total”.

“Entre as 500 canções que compõem sua obra, algumas podem ser consideradas menos importantes musicalmente, mas em todas há um texto absolutamente sublime”, destaca o biógrafo.
Poeta com 23 livros publicados, crítica, contista, tradutora, professora e editora, Lucila Nogueira registra que não tem nada contra o cantor, mas relativiza o lado “poético” de Dylan. “A poesia, da forma como falam, está em tudo em nossa vida. Até mesma nessa conversa que estamos tendo. Teríamos que premiar todas as pessoas do mundo”. Lucila lamenta ainda que são poucos os espaços de visibilidade para os escritores, ao contrário dos compositores, que teriam os discos e os shows. “Os escritores só têm o espaço literário, os prêmios literários. Considero que é uma invasão de gênero. Confesso que estou chocada”, registra.
O Som da Literatura
Indagada sobre o processo inverso, quando um cantor dá forma de música a um texto conhecido, como recorrentemente faz Adriana Calcanhoto, Lucila salienta que o incômodo é o mesmo. Explica que existe uma transformação, em que o texto deixa de ter o sentido original.
“Não é mais a mesma coisa. As características mudam. O som que ouviremos não é da literatura, mas o da música num sentido estrito. A poesia tem uma série de características para você formatar. Estamos vivendo uma época que não se respeita a essência das coisas. Nem tudo é variável”, argumenta.

O QUE É MAIS PRIORITÁRIO: FAZER A REFORMA DA IGREJA OU OS CASAMENTOS? - NESSAS HORAS SOU A FAVOR DA DITADURA



Conciliar restauro da Igrejinha da Pampulha com casamentos está descartado

Renato Fonseca 





RESTAURAÇÃO – Obra prevê a correção de problemas como a dilatação das juntas da estrutura e o forro de madeira; sem os reparos, infiltrações são constantes no templo

O risco de ver a tão aguardada restauração da Igrejinha da Pampulha não sair do papel ganhou ainda mais força. A possibilidade de conciliar a obra com a celebração dos casamentos agendados no templo, conforme pretendia a Arquidiocese de BH, está descartada. As reformas no interior e na parte externa da capela vão exigir o fechamento do cartão-postal durante as intervenções, previstas para durar um ano.
Representantes da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e da Regional Pampulha foram categóricos ao afirmar que não será possível tocar a obra e realizar os matrimônios simultaneamente. “É inviável. Tanto para que tenhamos o controle sobre o cronograma das atividades e a qualidade do serviço quanto para a segurança das pessoas”, afirmou o superintendente da Sudecap, Ricardo Simões.
Segundo ele, haverá andaimes por todo o espaço, o que impede até mesmo a visitação diária de moradores e turistas. “A própria apreciação deste patrimônio ficará comprometida”. Simões destaca que a Sudecap – órgão responsável pela execução dos trabalhos – não medirá esforços no sentido de agilizar a conclusão da restauração. Porém, o superintendente acrescenta que as intervenções são delicadas e demandam cuidados especiais em razão do tombamento e da importância do imóvel.
Coro engrossado
As palavras dele são amparadas pelo secretário da Regional Pampulha, Humberto Pereira de Abreu Júnior. “Todo o forro de madeira do espaço deverá ser retirado. Será preciso proteger a estrutura e as obras de arte. Ou seja, o bem ficará descaracterizado. Não tem como ficar aberto à visitação e disponível para a realização de casamentos”, disse ele, que é engenheiro civil e acompanha de perto todo o processo.
Ambos os servidores evitam falar do risco de cancelamento da obra. Seguem com a expectativa de iniciar o restauro ainda neste ano. As negociações estão sendo feitas entre a Fundação Municipal de Cultura e a Arquidiocese. Porém, conforme o Hoje em Dia mostrou na edição de ontem, o entrave está na data para o início da reforma. Caso não haja definição até o mês que vem, a verba assegurada via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, terá de ser devolvida, e a restauração, suspensa.
O projeto executivo está pronto e o reparo marcado para dezembro. No entanto, há casamentos agendados até novembro de 2017. A Arquidiocese praticamente descartou a possibilidade de cancelamento ou transferência dos matrimônios. Além disso, a entidade ainda trabalha com a possibilidade de “encaixar” mais celebrações.
A assessoria de imprensa da Arquidiocese foi procurada no fim da tarde de ontem, assim que a reportagem obteve a confirmação da impossibilidade de conciliar a obra com os casamentos. O órgão, porém, informou que não seria possível responder à demanda antes do fechamento desta edição.


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

TEMER PODERÁ FAZER TODAS AS REFORMAS QUE O BRASIL PRECISA



Com alta fidelidade na base, Temer tenta acelerar pauta

Estadão Conteúdo









Um dos fatores para o bom relacionamento são os encontros e contatos recorrentes com parlamentares

O governo do presidente Michel Temer alcançou a maior taxa de fidelidade na Câmara dos Deputados desde o início das gestões petistas no Palácio do Planalto, em 2003. Simbolizada pela ampla maioria conquistada (366 votos a 111) na aprovação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição que institui por 20 anos um teto para os gastos públicos, a lealdade "recorde" da base aliada estimula o governo a acelerar sua agenda de votações no Congresso, em especial a reforma da Previdência.

Dados do Basômetro, ferramenta do jornal O Estado de S. Paulo, mostram que Temer obteve nos cinco meses à frente do Palácio do Planalto - incluindo o período de interinidade - uma taxa de apoio entre os deputados de 83%, mais de 20 pontos porcentuais superior ao que a ex-presidente Dilma Rousseff conquistou em idêntico período do início do segundo mandato. É a maior adesão nos primeiros meses do mandato desde a primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.

Os dados mostram que o PMDB e o Centrão - grupo de partidos que integravam também a base aliada de Dilma, mas que depois aderiu ao impeachment - foram fundamentais nesse resultado. Em idênticos períodos, o apoio do PP ao Palácio do Planalto foi de 62% para 97%; do PTB de 70% para 93%; e do PR de 80% para 95%; e do PSD de 73% para 95%. O PMDB foi de 70% para 98%.

Esse desempenho é atribuído a diversos fatores. Primeiro, Temer montou um ministério com nomes majoritariamente egressos do Congresso. Hoje, dos 24 ministros, dez são deputados federais e senadores licenciados, dois são ex-deputados e um é suplente de deputado. Outros dois são presidentes de partidos.

Além disso, Temer já presidiu a Câmara por três vezes e faz de encontros e contatos com parlamentares uma rotina. O resultado das eleições municipais, no qual a oposição foi reduzida, também ajudou, segundo parlamentares, a impulsionar a agenda reformista no Congresso.

Agora, aliados de Temer pretendem aproveitar o embalo da aprovação do primeiro turno da PEC do Teto dos Gastos para tentar imprimir um ritmo maior das votações de interesse do governo no Congresso.

O Palácio do Planalto conseguiu 366 votos de deputados a favor da proposta, 58 a mais do que o mínimo necessário. Com um voto favorável a mais, o governo repetiria na Casa o número alcançado na votação que aprovou a admissibilidade do impeachment de Dilma em abril deste ano.

Pauta
Mesmo assim, o Planalto quer afinar sua relação com a Câmara - houve 26 votos contra de partidos da base - preocupado com a futura apreciação da reforma da Previdência, que será encaminhada em breve ao Legislativo e é considerada a mais polêmica pauta da agenda do Executivo.

O governo, que ameaça retaliar quem da base tenha votado contra o governo no primeiro turno da PEC, já começou a se debruçar sobre o mapa de votações para identificar insatisfações entre os aliados. As principais demandas se referem a nomeações em aberto do setor elétrico e nas vice-presidências do Banco do Brasil e da Caixa e a liberação de emendas parlamentares.

O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou que o governo quer acelerar a votação de ao menos quatro propostas legislativas ao mesmo tempo em que vai começar a discutir a reforma da Previdência: a medida provisória que reformou o currículo do ensino médio; a conclusão do projeto que acaba com a obrigatoriedade de a Petrobrás ser a operadora exclusiva do pré-sal; a venda dos créditos tributários que foram parcelados; e a possibilidade de renovação e devolução das concessões - esta última medida, pendente de envio de uma medida provisória pelo Planalto, está em fase final de discussão com o Tribunal de Contas da União (TCU).

"Não pode ser uma novela, tem de ser uma minissérie, bem rápida", disse Jucá, sob o ritmo que o governo pretende imprimir na apreciação dessas propostas no Congresso. Por trás dessa velocidade, está a preocupação na base com o impacto do aumento do desemprego já esperado pelo governo - estimativas indicam que deve chegar a 14 milhões de pessoas até março. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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