quinta-feira, 6 de outubro de 2016

FÚRIA DA NATUREZA ATINGE A FLÓRIDA NOS EUA



Governador da Flórida recomenda saída da costa antes da passagem de furacão

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte







Bairros da Flórida foram evacuados pelo risco do furacão


Pessoas reforçavam suas casas com tábuas, aulas foram suspensas e as autoridades deram ordem de retirada na costa atlântica da Flórida nesta quarta-feira (5). O furacão Matthew seguia pelas Bahamas a caminho do Estado norte-americano e o governador da Flórida, Rick Scott, pediu que os moradores da costa "partam já" caso possam.

A previsão é que Matthew, atualmente uma tormenta de categoria 3, com ventos sustentados de 180 quilômetros por hora, deve se aproximar da costa atlântica da Flórida na noite da quinta-feira. "Quem puder ir antes, que vá agora", afirmou Scott durante entrevista coletiva. Meteorologistas disseram que há o risco de inundações capazes de matar pessoas em trechos da costa leste da Flórida.

Mais ao norte, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, anunciou planos para retirar de sua costa cerca de 250 mil pessoas, sem contar os turistas. As autoridades do condado de Brevard, na Flórida, determinaram a retirada das pessoas de ilhas costeiras e de outras zonas que inundam. Os que moram em trailers ou casas pré-fabricadas também tiveram de partir.

Na Flórida, o site do Walt Disney World dizia que todos os parques e balneários funcionavam normalmente. Havia o conselho, porém, para que os que planejavam visitar o local estivessem atentos aos boletins meteorológicos. O SeaWorld em Orlando anunciou em sua página que haveria modificação em horários por causa do furacão.

Meteorologistas dizem que há risco de inundações em parte da costa atlântica da Flórida. O especialista em furacões Lixion Avila disse que, quando se prognostica que um furacão seguirá uma trajetória aproximadamente paralela à costa, como Matthew deve fazer entre a Flórida e a Carolina do Sul, "fica muito difícil calcular precisamente os impactos em um lugar determinado". Fonte: Associated Press.

TEM QUE TER PUNIÇÃO PARA OS CONGRESSISTAS VAGABUNDOS QUE NÃO TRABALHAM



Governo é derrotado e não consegue reunir base para votar crédito do fies

Estadão Conteúdo







O fies ainda está sem os repasses do Governo Temer desde julho deste ano

Após mais de cinco horas de sessão do Congresso Nacional sem conseguir completar quórum para dar prosseguimento à pauta de votação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encerrou a reunião. Até mesmo membros da base do governo criticaram a ausência de parlamentares aliados, que prejudicou a votação do projeto que libera crédito para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O governo Temer não faz os repasses ao programa desde julho.

Na pauta, constavam sete vetos presidenciais, três destaques ao texto base da Lei de Diretrizes Orçamentária de 2017 e projetos de lei, entre eles o que abre créditos suplementares para o Fies. Mas, com muita dificuldade de reunir os parlamentares para cada votação, apenas cinco vetos foram apreciados. "A oposição mais efetiva dessa noite foi feita pela base do governo, com sua ausência", ironizou o senador de oposição Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A oposição operou durante toda a sessão para obstruir às votações, mesmo alegando que era favorável ao projeto de crédito para os estudantes do Fies. Mas com o passar das horas e a dificuldade de alcançar o número mínimo de 257 deputados para votar cada veto, ficou claro que a maior dificuldade não estava em conter a obstrução, mas em reunir membros da base aliada. Até mesmo a líder do governo no Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), reclamou da ausência dos parlamentares e disse que além de líder, precisa atuar também como "babá".

"A oposição não está errada em obstruir, está no seu direito democrático. O que não está correto é que vários líderes da base do governo não estejam aqui para votar com seus liderados. Não há explicações que esses parlamentares vão poder dar amanhã para os estudantes que precisam do Fies. Não há restaurante ou sono que seja mais importante que isso", disse Rose de Freitas. A senadora se referia às várias ironias que foram feitas durante a sessão, em que os parlamentares disseram que os demais não estavam presentes porque estavam em um jantar de líderes ou muito "dorminhocos".

Muitas críticas foram feitas também à inabilidade do líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE). Em dado momento, ele sequer foi encontrado em plenário. O deputado Heráclito Fortes (PDT-PI), um dos parlamentares mais próximos da cúpula do governo Temer, também criticou a ausência da base. "A culpa é da base do governo, é da liderança que não se articulou. A culpa é do sapato alto", disse. O senador Ivo Cassol (PP-RO) relembrou, sem mencionar nomes, da ausência do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.

Medida Provisória

O maior prejuízo da derrota do governo na sessão dessa madrugada foi não conseguir votar o projeto que libera R$ 1,1 bilhão para o Ministério da Educação - sendo R$ 702,5 milhões para o Fies. O governo Temer já atrasou três meses de repasses para as instituições de ensino superior cadastradas no programa, o que tem dificultado a gestão das universidades.

Sem consenso sobre uma data urgente para tentar novamente votar a proposta no Congresso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encerrou a sessão fazendo um apelo para que o governo envie o projeto em formato de medida provisória que, independentemente da tramitação no Congresso, entra em vigor na data de edição. (Isabela Bonfim)


ERROS NA POLÍTICA DE TEMER



Dois erros fundamentais de Temer

José Antônio Bicalho 




1 - As reformas
Venho insistindo nesta coluna que é preciso legitimidade do voto para tocar as reformas estruturais. Propostas de mudanças profundas, que atingem os direitos dos cidadãos e a estrutura do Estado, precisam ser debatidas em campanha e ratificadas por eleições. Pois o presidente Michel Temer não tem nem voto nem apoio da população. Vejam os principais números da pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem.
Apenas 14% dos brasileiros afirmam que o governo de Temer é ótimo ou bom. Os que dizem ser ruim ou péssimo somam 39%. Os que não confiam pessoalmente no presidente correspondem a 68% da população. Os que acreditam que o governo Temer é melhor que o de Dilma são 23%, contra 31% que consideram que o governo Dilma foi melhor do que está sendo o de Temer (para 38%, as duas gestões são iguais).
Não se tira direitos de uma massa de insatisfeitos impunemente
Se tivesse amplo apoio popular, mesmo assim o presidente não poderia tratar de questões estruturais como as reformas trabalhista, previdenciária, política, tributária e educacional. Mas, sem apoio popular, tratar desses assuntos é quase suicídio político. Não se tira direitos de uma massa de insatisfeitos impunemente. E Temer tem vivência política suficiente para saber que uma reação das ruas é inevitável e poderá ser violenta.
2 - O câmbio
Desde Fernando Henrique Cardoso, o controle da inflação se dá por meio da sobrevalorização do câmbio. Entendam que o Banco Central, quando joga os juros nas alturas, não tem por objetivo principal o combate à inflação via encarecimento do crédito e controle da liquidez, mas sim atrair mais dólares para o país e, dessa forma, valorizar o real. Com o real valorizado, os produtos importados ficam mais baratos, pressionando para baixo os preços dos similares produzidos no país.
O problema é que essa política, se mantida no longo prazo, mata a indústria. Choques cambiais pontuais podem até ser positivos para que a indústria nacional não se acomode com um mercado cativo e invista em inovação e na busca de eficiência. Mas, mantidos por muito tempo, matam as empresas por inanição. E estamos vivendo sob um câmbio artificialmente valorizado há pelo menos 20 anos. Um ligeiro abrandamento foi experimentado no final do segundo semestre do ano passado e primeiro deste, mas de maneira não estruturada.
O resultado é que a indústria, que já não havia aproveitado como poderia o boom econômico da era Lula, agora, na depressão, sofre o maior tombo de sua história. Ontem, o IBGE divulgou os números da produção industrial física de agosto. A queda frente a agosto de 2015 foi de 5,2%. No acumulado do ano, o tombo é de 8,2%. Na comparação do acumulado em 12 meses até agosto com o mesmo período anterior, o recuo é de 9,3%
E o mais preocupante: na comparação de agosto com o mês imediatamente anterior, a produção industrial caiu 3,8%, interrompendo cinco meses de resultados positivos consecutivos neste tipo de comparação, o que dava esperança de que o pior já havia passado. Agora, a esperança foi trocada pelo temor de que o soluço dos últimos meses tenha desembocado em nova queda livre.
E enquanto as indústrias fecham as portas, o governo e sua equipe econômica de cegos e arrogantes insistem no “velho e bom tripé macroeconômico”. E assim vamos enterrando a indústria brasileira.

SÍNDROME DE SOLOMON - INDIVÍDUOS QUE CONFIAM MAIS NA OPINIÃO DOS OUTROS DO QUE NAS PRÓPRIAS



Insegurança, vergonha e medo

Simone Demolinari 



Embora saibamos o prejuízo que algumas emoções podem nos trazer, muitas vezes não conseguimos dominá-las. Sentimo-nos prisioneiros, mas não sabemos como deixar de sê-los.
A insegurança, por exemplo, pode ser a grande vilã do sucesso profissional ou pessoal de um indivíduo. Na década de 50, um psicólogo de nome Solomon Asch, revelou essa fragilidade através do seguinte experimento: numa sala de aula, ele desenhou quatro linhas e fez uma pergunta cuja resposta correta seria a linha de número 3.
A resposta era óbvia, entretanto, no intuito de induzir a turma, Solomon combinou com 7 alunos que eles responderiam que a linha correta seria a de n. 1. O que aconteceu? A maioria dos alunos, mesmo acreditando intimamente que aquela não seria a resposta correta, não teve coragem de ir contra os demais. Ficaram inseguros de arriscar e não defenderam suas opiniões.
Esse comportamento foi batizado de Síndrome de Solomon – indivíduos que confiam mais na opinião dos outros do que nas próprias.
A insegurança é a ausência de convicção. O indivíduo inseguro sente que o outro é superior a ele e por isso se desestabiliza ao menor sinal de desaprovação ou ao surgimento de uma nova variável. Suas decisões são instáveis e precisam de constantes reforços positivos.
Já a vergonha deriva da sensação de inadequação. O indivíduo que não se sente confortável consigo mesmo fica envergonhado em situações corriqueiras, como fazer uma pergunta em público, vivenciar situações novas, dizer o que pensa, pedir uma informação. Já ouvi relatos de pessoas que sentem vergonha de ir ao banheiro.
Geralmente, esse desconforto surge quando a pessoa sente que está sendo observada. É por isso que “ser o centro das atenções” é tão desconcertante para alguns. Estar sob holofotes é estar vulnerável ao julgamento alheio.
O ponto interessante é que a vergonha ocorre a partir do autojulgamento. Ou seja, é com base na própria percepção que o indivíduo acredita estar sendo avaliado. Por isso, quanto maior a sensação de inferioridade, maior a vergonha.
O medo vem como pano de fundo dessas emoções: medo de errar, medo de fracassar, medo de perder, medo do ridículo, medo de não ser aceito.
A insegurança, vergonha e medo estão relacionados tanto com a infância – excesso de cr<CP9.6>íticas, educação rígida, comparações entre irmãos, desassistência materna ou paterna –, quanto com as experiências da vida adulta – frustrações, traumas, perdas e dores.
Tudo isso pode contribuir para o enfraquecimento da autoestima e é aí que mora o perigo: quanto mais baixa a autoestima, maior a preocupação com o que os outros irão pensar.
Essa preocupação excessiva com o outro (que na verdade é uma preocupação com a própria imagem), faz com que o indivíduo crie uma personalidade artificial e adaptada, podendo se tornar no que o senso comum chama de “bonzinho” – uma característica supostamente nobre, mas que deriva de um grande sofrimento.



VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

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