quinta-feira, 15 de setembro de 2016

NÃO PENSEM QUE TODOS NÓS AQUI SOMOS LADRÕES - FICAMOS PENSANDO COMO ALGUNS CONSEGUEM ROUBAR TANTO



Fraude liderada por estagiário lesa o INSS em R$ 6,5 milhões

Raul Mariano 







NENHURES –MPF diz que quadrilha realizou pelo menos 80 saques ilegais de até R$ 100 mil

O esquema de fraudes na Previdência desmontado pela Polícia Federal na terceira fase da Operação Nenhures causou prejuízo de R$ 6,5 milhões aos cofres públicos no período de uma década. A desarticulação da quadrilha evitou o crescimento do rombo. De acordo com a PF, em relação a pagamentos futuros evitados, a economia chegaria a mais de R$ 10 milhões.

Os golpes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ocorreram em diversos municípios de Minas e na Bahia. Pelo menos 10 pessoas foram presas preventivamente por suspeita de ligação com a quadrilha. Segundo a investigação, foram feitos saques de R$ 30 mil, R$ 40 mil e até R$ 100 mil.

A fraude consistia na falsificação de documentos de supostos filhos de pessoas mortas em desastres ou acidentes recentes. Os criminosos pesquisavam os dados das vítimas na internet e, com certidões de nascimento falsificadas, davam entrada na documentação apresentando a certidão de óbito das vítimas para receberem a pensão por morte.

“Em um dos casos, os criminosos chegaram a usar nomes de uma vítima do desabamento do edifício Liberdade (que aconteceu no Rio de Janeiro, em 2012)”, explicou o chefe da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, Marcílio Miranda Zocrato.

Em Minas, há registros da fraude em cidades como Mariana, Teófilo Otoni, Betim e Contagem. O chefe da quadrilha era um estagiário do INSS e estudante de direito de Almenara, no Norte do Estado. Ao todo, o esquema contou com 80 saques ilegais da pensão por morte.

Fragilidade

A falta de padronização entre cartórios e a ausência de uma base única de documentos de registro civil é o que tem sido brecha para fraudes dessa natureza. Segundo o chefe da Delegacia de Prevenção a Crimes Previdenciários, Felipe Drummond Vieira, a Previdência Social já trabalha para sanar o problema.

“Não há uma base única para cruzamento de biometrias e, portanto, uma pessoa pode ter 27 carteiras de identidade, sendo uma em cada unidade da federação. Um sistema unificado (que está sendo desenvolvido, mas sem previsão de conclusão) vai centralizar todos esses registros para que haja maior segurança na verificação”, explica.

A Operação Nenhures foi desencadeada depois de denúncia anônima feita em 2013. A Previdência encaminhou a notícia crime para a PF, que fez o flagrante de uma pessoa prestes a sacar ilegalmente R$ 70 mil em benefícios.

A LAVA JATO FUNCIONA COM UM JUIZ E ALGUNS PROMOTORES - O RESTO É RESTO



Lava Jato pede bloqueio de R$ 87 milhões de Lula, Marisa e mais seis acusados

Estadão Conteúdo 







Lula e a mulher foram denunciados formalmente nesta quarta-feira (14)

A força-tarefa da Operação Lava Jato requereu o bloqueio de R$ 87 milhões dos denunciados na ação penal que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como alvo central do esquema de corrupção na Petrobras. Foi pedido ainda o ressarcimento de outros R$ 87 milhões. O petista e sua mulher, Marisa Letícia, são acusados formalmente pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Eles teriam recebido R$ 3,7 milhões em propinas da empreiteira OAS por meio da reforma e compra de equipamentos para o tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá, litoral paulista, e no custeio do armazenamento de bens de Lula depois que ele deixou a Presidência.

O procurador da República Roberson Pozzobon, da equipe da Lava Jato, afirmou que a aquisição, a reforma e a decoração do imóvel configuraram lavagem "de dinheiro sujo" obtido pela OAS em contratos fraudados da Petrobras e repassados para Lula - apontado como "general" do esquema.

Para a Lava Jato, Lula é o dono do tríplex, apesar de não estar em seu nome - e sim em nome da OAS. "É uma forma de ocultação e dissimulação da verdadeira propriedade."

O tríplex recebeu obras avaliadas em R$ 777 mil, mobiliário no total de R$ 320 mil e eletrodomésticos no valor de R$ 19 mil.

Houve ainda pagamentos do custeio do armazenamento de bens do ex-presidente pela empresa Granero. Desde 2011, quando ele deixou o Palácio do Planalto, a empreiteira teria pago cerca de R$ 1,3 milhão pela guarda do material.

A denúncia contra Lula aponta que as propinas pagas pela OAS tratam de três contratos da empreiteira com a Petrobras, nas obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Repar, no Paraná. O montante de corrupção nesses três contratos alcançou R$ 87 milhões.
Leia mais:
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Na denúncia, a força-tarefa aponta que o esquema tinha três objetivos:
governabilidade corrompida, perpetuação criminosa do PT no poder e enriquecimento ilícito.

Os crimes imputados ao ex-presidente trata do suposto enriquecimento da família.

"A Lava Jato chega ao topo de comando do esquema", afirmou o coordenador da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol.

O Ministério Público Federal atribui a Lula o comando "máximo do esquema de corrupção" na Petrobras e em outros órgãos públicos.

O procurador chamou Lula de "general do esquema de corrupção" que fatiava obras na Petrobras.

"Não estamos julgando quem Lula foi como pessoa. Não estamos julgando o que ele fez para o povo. Imputamos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro."

Lula foi apontado como "general" do esquema de cartel e corrupção sistematizado no governo, para além da Petrobras, e maior beneficiário do esquema que tinha como objetivo, segundo o Ministério Público Federal, a governabilidade, a perpetuação no poder e o enriquecimento ilícito.

Além de Lula e Marisa foram denunciados o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, e outras quatro pessoas.

Lula foi alvo de condução coercitiva no dia 4 de março, quando foi deflagrada a 24ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Aletheia.

Na ocasião, ele negou conhecer o engenheiro da OAS Paulo Gordilho, que teria participado da reforma da cozinha do tríplex e de outra propriedade que investigadores atribuem a Lula, o sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).

A defesa do ex-presidente nega que ele seja o dono e rechaça qualquer recebimento de propina ou prática de ilícitos por Lula e seus familiares.

INDICIAMENTO É O INÍCIO DO FIM



Indiciamento não é o fim

Editorial Jornal Hoje em Dia 



A investigação do Ministério Público Federal dentro da operação ‘Lava Jato’ chegou ontem ao seu ponto máximo: o indiciamento do ex-presidente Lula, da mulher dele, Marisa Letícia, e de mais seis pessoas por envolvimento em esquema de corrupção. O petista foi considerado como o “comandante máximo” do sistema envolvendo empreiteiras e estatais.
A primeira coisa que deve-se esclarecer é que indiciamento não é confirmação de culpa. Na peça enviada à Justiça, o Ministério Público expõe seus argumentos que, para o órgão, justificam a abertura de um processo contra as pessoas apontadas para verificar se os fatos apresentados são ou não motivo de condenação. Cabe a um juiz decidir se há fundamento ou não no pedido.
O envolvimento mais direto de Lula nas ações que apuram o esquema de corrupção era bem provável. Até agora, em mais de dois anos de investigação, a lista de envolvidos, presos e ouvidos cada vez mais se aproximava do círculo mais íntimo de relacionamento do presidente. O MPF foi “cercando” o petista até reunir provas que julgava suficientes.
O certo é que Lula terá que se explicar melhor, e talvez uma ação na Justiça seja uma boa chance disso. A tese do “eu não sabia” não deverá colar, principalmente porque esse esquema se deu após o mensalão, em 2005. É pouco provável que, após um escândalo igual ao da década passada, Lula não tenha ficado mais esperto com as pessoas que lhe cercavam no governo, a ponto de um esquema maior ser implementado e funcionar bem debaixo do seu nariz. Haja ingenuidade.
Mas o ex-presidente não deve se dar por vencido e deverá confrontar com veemência os argumentos do MPF. Convenhamos, R$ 3,7 milhões e um apartamento no Guarujá de propina não são números condizentes com o maior chefe de um esquema bilionário de corrupção. Além disso, se os procuradores não conseguirem a condenação de Lula ele deverá se fortalecer para disputar a eleição de 2018.
Não vamos nos esquecer que o recém cassado Eduardo Cunha está mordido e promete entregar mais gente, inclusive do próprio governo atual. O indiciamento de Lula é o ponto máximo da investigação até agora, mas está longe de ser o fim da história. 


O SER HUMANO É MESTRE EM FINGIR DE TUDO



Vale a pena fingir orgasmo?

Simone Demolinari 




Ao contrário dos que muitos pensam, a velha história de fingir orgasmo não é um comportamento só das mulheres. Homens também fingem tê-lo. Certamente numa proporção menor ou com menos teatralidade. Contudo, quando se encontram diante da impossibilidade de atingir o clímax, muitos optam por dissimulá-lo.
Numa breve pesquisa para escrever este artigo, perguntei para homens e mulheres se alguma vez eles já fingiram orgasmo. Se sim, por quê? Dos entrevistados homens, 61% disseram que sim. E os motivos foram: para não serem questionados quanto a virilidade e por vergonha. Entre as mulheres o resultado foi mais alto, 89% delas já fingiram; contudo, a motivação foi diferente: para que o parceiro seja o protagonista da relação, para não ser percebida como “ruim de cama” ou para terminar mais rápido.
O curioso é que, para essas mesmas pessoas, o problema desaparece quando se pratica a masturbação. O que deixa claro que o problema surge na presença do outro.
Tanto para homens quanto para mulheres, fica claro uma forte preocupação com a imagem. Querer ser “bom de cama” acaba fazendo com que muitos levem à risca o ditado “entre quatro paredes vale tudo” – inclusive a farsa.
Sandro, um rapaz de 30 anos, terminou seu relacionamento de 3 anos quando ouviu, por acaso, a namorada contar para amiga como fazia para enganá-lo na cama. Segundo ele, a decepção foi grande sobretudo pela falta de confiança. O fato dela preferir fingir à compartilhar a situação com ele, o desapontou.
A questão é que, muitas vezes, a omissão deriva da insegurança de como o parceiro ou a parceira irá receber a informação. Nem sempre existe um acolhimento, uma compreensão. O que muitas vezes ocorre é uma crítica ou uma cobrança. Isso certamente inibe o outro de se expôr, uma vez que ele já está se sentindo em desvantagem.
Há uma convenção social, herdada da indústria da pornografia, que avalia a competência sexual de uma pessoa de acordo com a sua performance. Classificam como “bom” quem faz uma verdadeira ginástica na cama e “ruim” quem é menos performático. Isso faz com que muitos finjam sentir prazer, até quando sentem dor.
Mesmo nos dias atuais, com tantas conquistas no campo da liberdade sexual, não é difícil de se saber de pessoas que nunca tiveram orgasmos e não se importam com isso. Passam a vida inteira fingindo desfrutar de uma sensação que não sentem.
Muitos justificam que fingir é a solução para manter a harmonia da relação. Outros afirmam que preferem a farsa a ter que solucionar o problema ou mostrar essa fragilidade para o outro.
Independentemente da motivação ou escolha pessoal de cada um, vale a pena a reflexão sobre o assunto. Afinal de contas, não deixa de ser triste constatar que até mesmo no campo sexual, muitos se preocupam mais com a aparência do que com o prazer.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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