quarta-feira, 7 de setembro de 2016

RECURSOS NA JUSTIÇA PROTEGEM OS POLÍTICOS



Evite o início de um mau político
Editorial Jornal Hoje em Dia


A maioria de nós reclama da qualidade (ou da falta dela) dos nossos políticos quando vemos escândalos de corrupção envolvendo integrantes do Congresso Nacional e diretores da alta cúpula de empresas públicas e privadas. Mas o vício da prática da corrupção e de outros delitos envolvendo dinheiro público muitas vezes já está presente no início da vida pública do corrupto, como vereador ou prefeito. Por isso, é importante que os critérios para autorizar ou escolher um candidato sejam bastante rigorosos já nas eleições municipais.
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas já indeferiu mais de mil candidaturas e mais de 2 mil não conseguiram registro para concorrer ao pleito de outubro. O principal motivo, a falta de documentação para o registro, pode até parecer, em um primeiro momento, uma exigência meramente burocrática da Justiça Eleitoral. No entanto, a negativa deve servir de exemplo. Se um candidato não consegue reunir documentos para conseguir deferimento da própria candidatura, como ele terá condições de reunir os requisitos para busca de verbas ou garantir os repasses de convênios do Estado ou da União para o município que o elegeu?
Outros motivos para o não deferimento de registros parecem até piada com o cidadão. Pessoas comprovadamente ficha-sujas continuam a tentar enganar a população e garantir um cargo político ou administrar uma cidade.
Pior é que esses processos, geralmente, são os que mais demoram na Justiça, atolando os tribunais de ações e com os réus se beneficiando da possibilidade de vários recursos. A consequência é que algumas campanhas já começam sob suspeição, que vai até depois do resultado das urnas, colocando em dúvida o respeito pela vontade da população.
Mas o melhor filtro e a melhor fiscalização continuam sendo do eleitor. Fazer opção por candidatos com passado sem envolvimento comprovado em corrupção e outros esquemas de desvio é o caminho mais acertado para barrar corruptos. O mau político pode fazer de tudo para escapar da Justiça, mas costuma aceitar a escolha do cidadão quando esse a faz com justificativas concretas.
É bom evitar a todo custo que uma pessoa corrupta inicie carreira na vida pública. Caso contrário ela pode ficar anos ou décadas cometendo ilícitos, e causando prejuízos gigantescos para a população. 



terça-feira, 6 de setembro de 2016

O BRASIL PRECISA DE PROFUNDAS REFORMAS ESTRUTURAIS



Lagarde defende reformas no Brasil

Estadão Conteúdo






A diretora-gerente do FMI espera que o governo de Temer entenda as reformas estruturais como prioridade

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, disse esperar que o novo governo de Michel Temer entenda a agenda de reformas estruturais no Brasil como prioritária. Durante a reunião do G-20, Lagarde disse que as prioridades do grupo são acelerar o crescimento econômico e permitir que essa expansão seja compartilhada por mais países.

As reformas fazem parte do discurso central do Fundo. No G-20, a entidade defendeu como prioridade número um do FMI "a coordenação de esforços para aumentar o crescimento" econômico. Para isso, o grupo "concordou em identificar e priorizar reformas que forneçam maior crescimento para todos os países". Lagarde reafirmou o discurso contra o protecionismo e o apoio ao livre-comércio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


ESFORÇO DE TEMER PARA AGRADAR AO G20



Na China, Temer apresenta agenda de reformas

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte




Presidente fez discurso em que exaltou a força das instituições democráticas do Brasil

Quatro dias depois do impeachment de Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer fez no domingo (4), sua estreia no cenário internacional com um discurso no qual exaltou a força das instituições democráticas do Brasil e o histórico de tolerância do país, que nos últimos dias viu protestos contra seu governo. Em encontro dos líderes das 20 maiores economias do mundo, Temer apresentou sua agenda de reformas e disse que o desafio mais urgente de sua gestão é o ajuste fiscal.

Ecoando a maioria dos integrantes do G20, o presidente afirmou que o cenário internacional está "repleto de incertezas" que deprimem o crescimento. Entre elas, Temer mencionou a evolução do preço das commodities, o impacto de políticas monetárias de países desenvolvidos e a volatilidade dos mercados financeiros, além da ameaça do terrorismo.

Os 20 líderes que participam do encontro foram recepcionados pelo presidente chinês, Xi Jinping, que os aguardava em um salão de tapete vermelho decorado com as bandeiras dos países representados no grupo.

Encerrada a fila de cumprimentos, todos se reuniram para a foto oficial. O brasileiro ficou na extrema direita da primeira fila, um pouco isolado dos demais. Na saída do salão, trocou algumas palavras com o presidente da Indonésia, Joko Widodo. Depois disso, não interagiu com outros líderes na maior parte do trajeto até o local da reunião, apesar de estar acompanhado da tradutora oficial.

Antes da cúpula do G20, Temer participou de reunião dos Brics, ao lado dos líderes da Rússia, Índia, China e África do Sul. "No Brasil, o caminho do crescimento está sendo reconstruído", afirmou. Novato no grupo, Temer foi o único mencionado nominalmente pelo anfitrião, Xi Jinping, que cumprimentou o País por realizar a Olimpíada.

As imagens ao lado de chefes de Estado das maiores economias do mundo podem dar impulso ao esforço de Temer de se legitimar perante a opinião pública brasileira. Nesta segunda-feira, ele teria encontros bilaterais com os primeiros-ministros do Japão, Shinzo Abe; da Itália, Matteo Renzi; e da Espanha, Mariano Rajoy.

O presidente chinês abriu o encontro do G20 com um apelo aos líderes reunidos na cidade de Hangzhou para que resistam a pressões protecionistas. O encontro ocorre no momento em que o sentimento antiglobalização ganha força na Europa e nos EUA, onde o candidato republicano Donald Trump culpa o comércio internacional pelas dificuldades dos trabalhadores.

Xi Jinping afirmou que a economia mundial em uma "encruzilhada crucial". O chinês pediu que seus pares abandonem "conversas vazias" e partam para a ação. "O protecionismo está aumentando. A economia ainda se recupera e enfrenta diversos riscos e desafios, como baixo crescimento, fraca demanda, menor força do comércio e queda do investimento."

China
Mas uma das ameaças ao livre comércio e à recuperação global é o excesso de capacidade da indústria chinesa, em especial a de aço. O presidente da Comissão Europeia, Claude Juncker, disse em Hangzhou que Pequim deveria adotar medidas para restringir suas siderúrgicas, que respondem por metade da produção global do setor. "Comércio livre tem de ser comércio justo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


O BRASIL É O PAÍS MAIS CORRUPTO DO MUNDO



Concorrente de peso para a ‘Lava Jato’

Editorial 



Que o Brasil é um dos países onde ocorre mais corrupção no mundo, todos já sabem, infelizmente. Mas em algumas áreas nossa expertise nos coloca, tranquilamente, no topo do ranking mundial. Depois de criar o maior esquema de desvio de verbas públicas envolvendo empreiteiras e uma estatal do petróleo, agora tomamos conhecimento de outra modalidade de desvio bilionário: os fundos de pensão.
O que chama a atenção na operação Greenfield da Polícia Federal, deflagrada ontem, é a “coincidência” no aparecimento de algumas empresas que já são investigadas no maior esquema de corrupção do país, a “Lava Jato”, como o grupo JBS e a construtora WTorre. Pessoas ligadas a outras empreiteiras como a OAS e a Engevix também foram ouvidas. Mais uma vez também o nome do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, volta a aparecer. A nova investigação sobre essas pessoas, físicas e jurídicas, indica claramente que a Petrobras não foi (ou não é) sede do único mega-esquema de corrupção nacional.
Na verdade, são empresas que parecem ter a vocação para envolvimento em escândalos de corrupção, em modos semelhantes e tendo como facilitadores dentro do governo pessoas ou grupos semelhantes – não há corrupção em órgão público sem conivência de alguém do governo.
No caso dos fundos de pensão, todos devem ser fiscalizados por um órgão do Ministério da Fazenda, inclusive a participação desses fundos em negócios de outras empresas, justamente para proteger o capital investido pelos participantes com o objetivo de obter um complemento para a aposentadoria.
Mas por algum motivo, que não somente os mais de 1,7 milhão de pessoas participantes dos fundos querem saber, um rombo de R$ 50 bilhões pode ter ocorrido sem questionamento ou percepção de órgãos de fiscalização.
É de se estranhar como tanto dinheiro, segundo a Polícia Federal, tenha simplesmente ido pelo ralo com negócios envolvendo empresas já investigadas por irregularidades em contratos com a Petrobras. Será que nenhum servidor desconfiou e deu um alerta aos seus superiores? É muita incompetência, não é!?
Pelo número de envolvidos, essa promete ser a nova novela policial envolvendo boa parte da nossa classe política e empresarial. A “Lava Jato” tem agora uma concorrente de peso. 



VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

  Big Techs ...