sexta-feira, 5 de agosto de 2016

PELÉ ACENDERÁ A TOCHA OLÍMPICA?



Comitê Rio-2016 faz mistério, mas Pelé é o favorito a acender a pira olímpica

Estadão Conteúdo 



Pelé é um dos principais nomes porque, segundo o diretor artístico da cerimônia, para acender a pira deveria ser alguém conhecido

A expectativa e o segredo sobre quem acenderá a pira olímpica fazem parte da tradição dos Jogos Olímpicos. No Brasil, o nome de Pelé, eleito o Atleta do Século e considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos, sempre foi apontado como um dos favoritos. Esta semana, o Rei do Futebol confirmou que foi convidado, mas não revelou que será o responsável pela cena mais emblemática da festa desta sexta-feira no estádio do Maracanã.

Pelé alega que possui “compromissos profissionais” e depende da negociação da agenda de um deles para estar no Maracanã. Houve quem afirmasse que o motivo seria outro: um dos patrocinadores do ex-jogador é concorrente de um dos parceiros do Comitê Olímpico Internacional (COI) e isso inviabilizaria a participação dele na festa, cujas imagens serão vistas ao vivo por pelo menos três bilhões de pessoas do mundo todo.

O Rio-2016 nega essa versão. O Comitê Organizador confirmou o convite e informou que já sabe se poderá contar ou não com Pelé nesta sexta-feira. Nos bastidores, comenta-se que a revelação do convite por parte de Pelé foi para preservar o presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, de quem Rei do Futebol é amigo. O receio é de que sua eventual ausência causasse críticas à organização.

Atleta brasileiro mais reverenciado no mundo, Pelé é o principal nome dos organizadores. “É preciso ser alguém conhecido”, justificou Abel Gomes, diretor artístico da cerimônia.

OLIMPÍADA EM MOMENTO DIFÍCIL



Espírito olímpico é o maior legado

Editorial Jornal Hoje em Dia 



“Somos agora um país de primeira classe”, disse o ex-presidente Lula, em 2009, logo após a cerimônia que escolheu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Com indicativos econômicos e sociais crescentes naquela época, não havia dúvidas que faríamos um grande evento.
Sete anos se passaram, veio a crise, e, ontem, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, disse que “o momento não é fácil”, ao se referir aos preparativos para a cerimônia de abertura, marcada para hoje, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Já a maior parte da população ainda não parece empolgada com as competições e acha os gastos exagerados para sediar o evento, principalmente aqueles que não acompanham os esportes diariamente e somente assistem quando há jogos ou disputas de grandes proporções.
“Em 2012, a imprensa de Londres questionou os custos para receber os jogos, no entanto, após a competição, os ingleses viram que valeu a pena”
Aos que compartilham dessa opinião lembramos que esse pessimismo na véspera de eventos de grande porte é normal e já ocorreu, inclusive com os países mais ricos. Antes os Jogos de Londres, em 2012, por exemplo, a imprensa local questionou os custos e esforços públicos para receber os jogos, no entanto, após a competição, os ingleses viram que valeu a pena receber os jogos.
Nós mesmos na Copa do Mundo de 2014, passamos por algo parecido. Os jornalistas estrangeiros apostavam no caos, principalmente após as manifestações de um ano antes. Ao fim da competição, todos elegeram a Copa sediada pelo Brasil a mais festiva de todas – embora, para nós, ela não tenha terminado muito bem em termos futebolísticos.
Se compararmos à expectativa criada em 2009, realmente não vamos fazer aquilo que pretendíamos. Mas talvez estamos sendo muito duros com nós mesmos. Por que temos que fazer os jogos iguais aos países ricos? Por que temos que ter o sincronismo e tecnologia mostrados pela China em 2008? Os jogos frios e tecnicamente perfeitos dos ingleses são mesmo parâmetro para nós?
Somos obrigados a fazer o melhor possível, sim, mas precisamos mostrar acima de tudo o que somos e o que temos de bom. E temos que oferecer as melhores condições para os atletas, as grandes estrelas dos jogos, e as instalações estão de acordo com o padrão internacional.
Apesar dos custos dos jogos serem discutíveis, que muitas das coisas não terem sido entregues, assim como ocorreu na Copa do Mundo, todos os Jogos Olímpicos deixam um legado para o país sede muito além das arenas e dos sistemas de transporte. Esse evento costuma deixar marcas positivas na alma população que tem a oportunidade de participar de perto.
Por isso, se tiver oportunidade, deixe o pessimismo de lado e viva o clima da Olimpíada. Permita que o espírito olímpico deixe um legado em você.



ABERTURA DAS OLIMPÍADAS NO RIO DE JANEIRO - HOJE



Festa no maracanã vai mostrar o Brasil para 3 bilhões de espectadores

Bruno Moreno e Henrique André - Enviados Especiais 





RIO DE JANEIRO – Talvez não seja tão espetacular quanto as festas de Pequim-2008 e Londres-2012, mas terá com certeza bem mais calor humano. No melhor estilo brasileiro, com criatividade, cores e sons, o Maracanã dará início, oficialmente, à 28ª Olimpíada da Era Moderna. A cerimônia, a partir das 20h, será dividida em três momentos e deve se estender por três horas, para uma audiência global estimada em 3 bilhões de pessoas.

Se algumas partes como os discursos solenes e o desfile das 206 delegações não fugirão do protocolo (o Hino Olímpico será cantado por crianças de um projeto social de Niterói), emoção não deve faltar, de acordo com os cineastas Fernando Meirelles, Andrucha Waddington e a diretora de teatro Daniela Thomas, que coordenam o espetáculo.

A ideia é mostrar o Brasil por meio de suas paixões, mas sem cair nos estereótipos. Samba e futebol vão marcar presença – Caetano Veloso, Gilberto Gil, Zeca Pagodinho, Anitta e Marcelo D2 estão entre as atrações confirmadas.

O país será mostrado por três ângulos diferentes – a criação do mundo, que fez do Brasil uma de suas maiores reservas naturais; a diversidade de povos que deu origem a uma cultura rica e múltipla e o jeito hospitaleiro do brasileiro, que recebe todo o mundo para o maior evento esportivo do planeta.

A preocupação com o futuro da humanidade será expressada com as sementes que serão repassadas a todos os atletas que pisarem no gramado do Maracanã e postas por eles em mudas, que serão plantadas em Deodoro.

E, como transpareceu no último ensaio, um mineiro ilustre será homenageado: Santos Dumont que, apesar da opinião contrária dos norte-americanos (que creditam a façanha aos irmãos Wright), é consagrado pelo restante do mundo como o inventor do avião.

Sem assalto

A cena vista por voluntários e trabalhadores que acompanharam o teste final – um adolescente que roubaria a modelo Gisele Bündchen para, em seguida, se abraçar a ela – não fará parte do roteiro, segundo Meirelles (o diretor nega ter mudado o texto e diz que se tratou de uma ‘pegadinha’).

O que é possível esperar é por um show de elasticidade e movimentos comandado pela premiada coreógrafa Deborah Colker, que várias vezes se inspirou no esporte para suas montagens e trabalhou com o Cirque du Soleil.

Ponto marcante da festa, o acendimento da pira ainda está envolvo em mistério. Se os principais candidatos a acionar o fogo olímpico são conhecidos: Pelé, liberado pelos médicos para a cerimônia, e Guga, resta saber de que forma a chama irá do Maracanã ao pier da Praça Mauá, onde foi montada a pira que arderá até o dia 21, quando os Jogos chegarão ao fim.




Comitê Rio-2016 faz mistério, mas Pelé é o favorito a acender a pira olímpica

A expectativa e o segredo sobre quem acenderá a pira olímpica fazem parte da tradição dos Jogos Olímpicos. No Brasil, o nome de Pelé, eleito o Atleta do Século e considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos, sempre foi apontado como um dos favoritos. Esta semana, o Rei do Futebol confirmou que foi convidado, mas não revelou que será o responsável pela cena mais emblemática da festa desta sexta-feira no estádio do Maracanã.

Pelé alega que possui “compromissos profissionais” e depende da negociação da agenda de um deles para estar no Maracanã. Houve quem afirmasse que o motivo seria outro: um dos patrocinadores do ex-jogador é concorrente de um dos parceiros do Comitê Olímpico Internacional (COI) e isso inviabilizaria a participação dele na festa, cujas imagens serão vistas ao vivo por pelo menos três bilhões de pessoas do mundo todo.

O Rio-2016 nega essa versão. O Comitê Organizador confirmou o convite e informou que já sabe se poderá contar ou não com Pelé nesta sexta-feira. Nos bastidores, comenta-se que a revelação do convite por parte de Pelé foi para preservar o presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, de quem Rei do Futebol é amigo. O receio é de que sua eventual ausência causasse críticas à organização.

Atleta brasileiro mais reverenciado no mundo, Pelé é o principal nome dos organizadores. “É preciso ser alguém conhecido”, justificou Abel Gomes, diretor artístico da cerimônia
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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

VACINA CONTRA A DENGUE ESTÁ MUITO CARA



Quem tem grana se protege

Editorial 



As primeiras doses da vacina contra a dengue já estão em Belo Horizonte e são preparadas por laboratórios particulares. A fila de espera está sendo formada e a procura é grande. Afinal, de janeiro a julho deste ano, foram 526.622 casos prováveis da doença com 195 óbitos registrado em todo o Estado.
A gravidade do quadro mostra que a imunização deveria ser o caminho urgente para conter o avanço da doença, mais urgentemente, e evitar que outras epidemias ocorram a cada surgimento de um novo tipo de vírus.
Temos, porém, dois aspectos a lamentar: primeiro, o fato dessa vacina não ter sido desenvolvida por algum dos vários institutos brasileiros capacitados. A doença já está presente nas grandes cidades do país desde os anos 1990. De lá para cá, houve tempo suficiente para o desenvolvimento de uma vacina, caso nossos cientistas tivesse recebido recursos e apoio para a pesquisa.
O segundo – até consequência do primeiro – é o fato de a vacina não ser oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. É justamente nas comunidades carentes que está a maior parte dos focos do mosquito transmissor, e, portanto, a população desses locais está mais exposta à doença.
No entanto, os primeiros a receber as vacinas são aqueles que vão ter condições de pagar cerca de R$ 300 pela dose. Nada contra quem tem condições de se proteger, mas em se tratando de uma doença que já prejudicou milhões de pessoas e matou milhares no Brasil, a imunização não deveria chegar somente para quem pode pagar uma quantia significativa em relação à renda do brasileiro. Se somarmos as três doses necessárias para imunização completa aos R$ 427 do custo da cesta básica, conforme divulgamos ontem, o trabalhador gastaria mais que um salário mínimo para comer e não ter dengue, sem sobrar mais nada.
E embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tenha alertado para o risco de abuso de preços praticados ao consumidor na compra das doses, divulgando o valor do custo de cada aplicação, em torno de R$ 135, a lei que deve orientar os preços é a da grande procura em relação à pouco oferta do produto: a alta no preço é inevitável.
E não temos muitas possibilidades em um horizonte próximo. União, Estados e municípios estão de cofres vazios e sem condições de honrar os compromissos constitucionais em relação ao atendimento básico de saúde em geral, ainda mais para a compra e a distribuição dessas vacinas pelo SUS.
O que ocorre que mais uma vez pagamos pela falta de planejamento, de visão de futuro e de cuidado com a saúde da população. O maior penalizado é, mais uma vez, a parte mais pobre, que terá que abrir mão da alimentação se quiser evitar pegar dengue. 



AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...