quarta-feira, 16 de março de 2016

CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS





Jornal Hoje em Dia





A Republica treme mais uma vez. O epicentro continua sendo Brasília e, desta vez, o terremoto “Delcídio” conta com a ajuda de um outro movimento sísmico, as gravações do que disse – ou teria dito – o Ministro da Educação Aloizio Mercadante. O conteúdo revela uma equipe de governo que quer a todo custo blindar as revelações que a cada dia jorram das investigações da “Lava jato”.
O “em política tudo pode”, dito pelo ministro, tem sonoridade duvidosa e confirma que a prática das relações entre poderes está mesmo desmoralizada. Mercadante mostra-se preocupado com a possibilidade de Delcídio tornar-se o “agente que desestabilize tudo”. O script desenhado pelo Planalto ia bem, evoluía com a certeza de que Lula desembarcaria em Brasília para assumir um ministério, dando sobrevida ao moribundo governo Dilma, mas com as revelações dessa terça (15) parece que o projeto faz água. Lula, como superministro, faria a ponte entre o governo e um PMDB em fuga, além de cooptar os partidos pequenos que já se assanham no mar de sangue que inundou Brasília. Por outro lado, agiria na busca de um novo rumo para a economia brasileira e isso, que em tese deveria acalmar o mercado, assusta os operadores desse intricado sistema. Esse temor vem da incerteza do que pode fazer o Partido dos Trabalhadores. Temer e Aécio também são atingidos pela delação de Delcídio, ao que tudo indica em menor grau, o que não lhes garantirá paz e sossego.
Claro que nada do que está dito e escrito tem o carimbo da verdade. Os fatos devem ser submetidos ao contraditório, mas os danos políticos já estão causados e o rastro da destruição podem ser vistos a olhos nus de qualquer parte da galáxia.
Resta saber que script deve seguir o governo, a presidente, Lula, o PT e a oposição. Os velhos e esgarçados discursos já não soam com a mesma força e os opositores nunca se mostraram lúcidos e bons observadores da realidade, até porque muitos deles preocupam-se com o próprio rabo.
No interior acostumamo-nos com vassouras atrás das portas para espantar as visitas indesejadas. Em Brasília, essas mesmas vassouras vêm sendo utilizadas pelas bruxas que sobrevoam palácios e edifícios, no intuito de iniciar uma temida limpeza. “Yo no creo em las brujas pero que las hay las hay”.

NÃO DEIXE PARA AMANHÃ O QUE PODE FAZER HOJE



  

Christian Barbosa *



A procrastinação é um assunto grande e complexo, mas gostaria de falar sobre um dos fatores que levam as pessoas ao adiamento de suas atividades: a falta de prazer imediato. Recentemente li um artigo, produzido por um PhD em psicologia, que destacava os motivos pelos quais deixamos determinadas tarefas para depois. Com base em uma pesquisa, ele aponta que existem diversas razões para isso, no entanto, como as pessoas estão cada vez mais cercadas por tecnologias e informações, têm inúmeras opções de atividades para realizar e, consequentemente, possuem menos tempo disponível.
Em grande parte, isso acontece porque, ao terem acesso a diferentes coisas ao mesmo tempo as pessoas optam por realizar aquilo que dá um prazer imediato em vez de fazer algo que talvez dê um retorno a longo prazo. Ou seja, por não conseguirem fazer uma ligação do hoje com o amanhã, elas não conseguem visualizar o desejo e acabam adiando as atividades em função do prazer atual. Aliás, esse é um ponto que coincide com a conclusão da pesquisa feita para o meu livro “Equilíbrio e resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?”, que fala sobre procrastinação e como executar melhor as tarefas.
Para exemplificar o problema, pense naquele dia em que você precisa fazer um relatório, mas, quando percebe que ele é muito chato, resolve adiar até o último instante. Isso mostra que, a partir do momento em que a pessoa não pensa na importância daquilo que está fazendo, ela não tem uma sensação de bem-estar. Para reverter isso, pense no que está por trás de sua atividade, como um trabalho que até o presidente da empresa vai ler ou que ajudará a gerar um resultado positivo para toda a equipe.
Um exercício bom para fugir do problema é avaliar aquilo que você fez hoje, o que não conseguiu concluir e também os benefícios que essas tarefas trarão. Quando existe um desejo de chegar lá você traz a vontade de concluir para o presente. Ao fazer isso, é possível ter muito mais prazer na execução do que simplesmente pensar na tarefa atual.
Então, quando for fazer alguma coisa que tem adiado há tempos, como um livro que nunca consegue terminar de ler, pense da seguinte forma: quando eu terminar essa leitura, o que isso vai agregar para a minha vida e carreira? Imagine o momento positivo e traga a experiência do futuro para o tempo presente. Dessa forma, você vai saber que terminar aquilo vai ajudar a trazer um sentimento bom.
Claro que a procras-tinação é um assunto gigantesco, tem vários fatores que podem ajudar a procrastinar menos, mas esse é um ponto que foi identificado tanto no artigo que li como na pesquisa feita para o meu livro. Pense na vontade por trás da tarefa, isso vai te ajudar a sair do lugar e fazer muito mais.
*Especialista em administração de tempo e produtividade, CEO da Triad PS

CUIDADO COM ESTE JOVEM DITADOR




Manoel Hygino


Nada há mais distante. Bondade e maldade andam perto. Nos velhos tempos, uma viagem ao Oriente, como fez Marco Polo, encantou a Europa do século XIII. Ao descrever suas aventuras de percurso, o ilustre veneziano abriu janelas e portas de um mundo desconhecido à Idade Média. Hoje, não faria vantagens, pois seguimos roteiros fantásticos pelos rincões mais remotos do planeta em vertiginosos roteiros aéreos. Júlio Verne se torna fora de moda com seu “Volta ao mundo em oitenta dias”.
Nossa Terra, aí está grande e pequena, dependendo das circunstâncias. Quando a Bolsa de Valores treme em Pequim, os países produtores de minério e grãos se assustam no Terceiro Mundo. Mas semelhantemente acontece com os perenes conflitos no Oriente Médio e seus sofridos refugiados, que tentam amparo na Europa. Também nos abalam as renovadas diabruras da Coreia do Norte, nascida com a divisão da milenar e única nação em duas. Ali persiste um dos regimes mais fechados que há neste século e seu programa nuclear provoca tensão não só em Seul, capital da vizinha do Sul.
Um lembrete. Com o fim da II Grande Guerra, surgem duas Coreias – a do Norte, que adota o regime comunista, e a do Sul, com ocupação norte-americana. As duas querem ser uma, a China intervém. Em conflitos de três anos morrem mais de cinco milhões de pessoas, dos quais dois milhões de civis. A trégua é assinada em 1953. A do Norte é reconstruída com ajuda da URSS e China. Não há paz. Mantêm-se os propósitos, sob vigilância permanente de Washington, Moscou, Pequim e Tóquio.
As nações mais poderosas e as pacíficas não querem ampliar o arsenal nuclear. Já existem problemas demais com as armas atômicas e a região é objeto de inquietação geral. Kim John II, jovem general, presidente do Norte, é de temperamento difícil e perigoso, tempestuoso, distribui ameaças incessantes, prestigiado por um povo ainda extremamente fiel. O regime é duríssimo, ditatorial, não tem conversa.
Já não são pequenas as preocupações com o Oriente Médio com a interminável guerra na Síria, com os massacres no Sudão Sul, as ações do Estado Islâmico, as escaramuças envolvendo curdos e vizinhos. Amenizado o clima com o Irã, as nações cujos dirigentes demonstram pelo menos bom-senso, se voltam para a crescente tensão no espaço coreano. Que, enfim, não é só dele, Kim John, mas do planeta.
Na primeira quinzena de março, o líder determinou novos testes de seu arsenal, em desafio à Coreia do Sul e aos Estados Unidos. Desde o dia 10, início das manobras, a Coreia do Norte lançou ameaças diárias contra os governos de Washington e Seul. Chegou a referir-se à possibilidade de “ataques nucleares preventivos”, causando reação irada da Rússia.
Subindo o tom, o presidente ordenou “mais testes nucleares para avaliar a potência destrutiva das ogivas nucleares (miniaturizadas) fabricadas recentemente. A informação é da própria agência noticiosa governamental KCNA. Neste ínterim, a ONU aprovou duras sanções contra o regime de Kim. E daí? Os riscos permanecem.
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terça-feira, 15 de março de 2016

IMPEACHMENT DE DILMA



Cunha quer acelerar tramitação do rito de impeachment

FolhaPress 





O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (14) a disposição de acelerar a tramitação do rito do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

"Da minha parte há disposição de tocar com a celeridade que tem que ser tocada. Com a decisão do STF, vamos tocar, até para que não se diga que está se obstruindo um processo desse", afirmou em entrevista coletiva.

O Supremo dá início nesta quarta (16) ao julgamento dos embargos de declaração impetrados pelo presidente da Câmara ainda em dezembro, com questionamentos em torno do rito do impeachment. Na quarta, para que os parlamentares acompanhem as discussões no STF, o peemedebista inclusive suspendeu as votações no plenário da Casa no horário.

Segundo Cunha, já na quinta (17), a Câmara dará início à eleição para a comissão especial que vai julgar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ou na sexta (18), caso os ministros não terminem o julgamento em apenas um dia.

"A ideia é tocar imediatamente. Vai ter que ter alguma eleição. Se o Supremo decidir como decidiu em dezembro, terá que se eleger a nova comissão. Se o Supremo rever a decisão, de qualquer maneira tem o complemento da comissão que não foi eleita naquele dia", afirmou o presidente.

Ele se refere à formação da comissão especial, um dos pontos que atacou em seus embargos. Cunha alega terem restado dúvidas do parecer anterior da Corte, quando os ministros determinaram que a comissão que vai ser formada deveria ser eleita com chapa única. Esse é um dos pontos sobre os quais Cunha e aliado têm expectativa de mudança no julgamento do STF.

"Essa vai ser uma das confusões que pedimos que seja decidida pelo Supremo. Se mantiver a decisão de dezembro, não tem partido a quem cabe a presidência e a relatoria. Vai ter que ter disputa, pode? Como vamos fazer? Senão, vai ser uma guerra. Relator é eleito. Esse [impeachment] é o único caso previsto em que o relator também é eleito. Porque na norma regimental de sempre, o relator é escolhido pelo presidente. São feitos acordos políticos e o presidente designa o relator. Nesse caso não. Haverá eleição para relator".

Embora negue publicamente articulações para apressar o caso, alegando que aguarda a deliberação do STF sobre seus questionamentos em torno do rito para fazer o processo caminhar, o peemedebista negocia a presença dos parlamentares em Brasília às segundas e sextas-feiras para garantir quorum e abrir sessões plenárias.

Nesses dias tradicionalmente não há trabalhos na Câmara. Contudo, o rito do impeachment é todo ele contado a partir das sessões do plenário. Enquanto, com o funcionamento normal, com trabalhos apenas de terça à quinta, o processo na comissão especial levaria até 45 dias, havendo sessão plenária de segunda à sexta, é possível levar o processo contra Dilma ao plenário em até três semanas.

Instalada a comissão especial, Dilma tem dez sessões plenárias para a apresentação da defesa. A comissão tem outras cinco para deliberar. "Pode fazer 15 sessões em três semanas, ou em cinco semanas. Depende se dá quorum segunda ou sexta. Depende da presença dos parlamentares segunda e sexta", disse.

Na próxima segunda (21), já há sessão extraordinária convocada com pauta certa: votação do projeto que regulamenta o teto do funcionalismo público. Segundo Cunha, isso já estava definido antes do impeachment.



AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...