sexta-feira, 11 de março de 2016

O STF VAI DEIXAR PRENDER?



Ministério Público de SP pede prisão de ex-presidente Lula

Estadão Conteúdo 




  
Na denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua mulher e seu filho Fábio Luiz Lula da Silva protocolada nesta quarta-feira, 9, o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do ex-presidente. Além de Lula também foi pedida a prisão preventiva do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e de outros dois investigados do caso Bancoop.

É a primeira vez que o Ministério Público pede a prisão do ex-presidente, acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica ao supostamente ocultar a propriedade do tríplex - oficialmente registrado em nome da OAS.

Nesta tarde, em entrevista a jornalistas, o promotor Cássio Conserino, um dos responsáveis pela denúncia, evitou responder se havia pedido a medida cautelar contra o petista. "Só vamos falar sobre a denúncia", disse.

Na denúncia de 102 páginas assinada por Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Moraes de Araújo a Promotoria detalha as suspeitas levantadas ao longo das investigações que ouviram mais de 20 testemunhas, incluindo engenheiros responsáveis por reformas no imóvel e até zeladores do edifício Solaris.


QUEM ACREDITOU NO LULA ESTÁ DECEPCIONADO




Eduardo Costa




Como ocorreu em praticamente todas as manifestações de rua, em Belo Horizonte, desde 1977, estarei trabalhando no domingo. Esse detalhe me desobriga de reflexões sobre a conveniência de ir ou não, mas, aumenta a responsabilidade sobre o que dizer, especialmente porque a cobertura no rádio é ao vivo, de improviso, não permite deslizes, não admite retoques. Falou; tá falado! E quero dividir com vocês o quanto o sentimento é de amargura, mais desta vez do que em 2013, 2002, 1984...
Na transição dos anos 70 para 80, do século passado, levava pedrada na cabeça, corria do cachorro e era atropelado pelo cavalo da polícia (foram 11 pontos de uma só vez), via espertalhão discursando, soldados a marchar sem saber direito para onde ir e por que, idealistas apanhando, mas, havia em meu peito uma certeza – a de que era um processo, a passagem de um tempo de escuridão para a luz, da tortura para a esperança e das sombras para a transparência.
Naqueles tempos, vez por outra eu era destacado para entrevistar um barbudo, sindicalista, que falava com a língua enrolada, atirava para todos os lados e empolgava por suas posições corajosas. Era Lula que, de tão carente, um dia ficava no Hotel Wembley (do Zé de Alencar), outro no Normandy, às vezes na casa do Dídimo, outras com o João Paulo... Lula era para mim e milhões a representação do brasileiro que nasceu pobre, foi humilhado, venceu no chão de fábrica e queria desmanchar o poder das elites, que mandam desde 1500. Certa vez, ouvi Lula dizer:
“Eu conheci o pão pela primeira vez com 7 anos de idade, até então o café da manhã era acompanhado com farinha de mandioca e sei o que é desespero de uma mãe diante de um fogão sem gás com meninos em volta”.
Lula chegou lá, manteve a política econômica que arrepiava seus pares, combateu a fome, aumentou o salário mínimo, reduziu a mortalidade infantil, correu o mundo. Eu vi o encantamento dos indianos e chineses acompanhando visita dele ao outro lado do mundo. Torcia por ele e custava a me conter diante dos que não aceitavam aquele operário sem dedo sendo chamado de “o cara” por Barack Obama.
Mas, a mosca azul picou Lula. E ele passou a andar na companhia dos endinheirados, na política era abraço para Collor, Sarney, Renan...
O tempo passou, cá estamos de novo nas ruas. Agora, sem uma só liderança nacional capaz de nos fazer ouvir um discurso de credibilidade. A esperança venceu o medo, Lula e sua turma mataram a esperança, e os que sonham com os pobres no poder vão esperar mais 500 anos. Se fosse para a praça domingo como manifestante, provavelmente levaria um cartaz com os seguintes dizeres: “Mãe, me dá um colo”.


PRIMEIRO - TERMINAR AS OBRAS INACABADAS E ABANDONADAS




José Antônio Bicalho




Ok. Admito que venho criticando a inércia do governo no combate à crise e que não tenho dado o devido espaço a algumas iniciativas tomadas para o destravamento e a reativação da economia. Vamos, então, a elas, não apenas para que não me chamem de injusto, mas também para tentar verificar se, no conjunto, possuem força para tirar a economia do buraco no qual o ex-ministro Joaquim Levy a jogou.
A primeira e mais importante é, sem dúvida, a desvalorização do câmbio. Mesmo que o movimento fosse inevitável, já que faltaria força ao Banco Central para conter a pressão de mercado, o certo é que o governo permitiu e coordenou a flutuação declinante do real frente ao dólar até o patamar atual de R$ 4, há anos reclamado pelo empresariado.
Os benefícios são, logicamente, o incentivo à exportação, importante nesse momento de depressão dos preços das commodities, e a substituição das importações, que compensará em parte a queda do consumo interno.
Mas vamos àquilo que é fruto do planejamento e da iniciativa do governo, e não da força do mercado. Para destravar a agenda dos investimentos em infraestrutura, o governo anunciou no início da semana o aumento da participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento de projetos. Em hidrovias e ferrovias, essa participação sobe de 70% para 80%, e em portos, de 50% para 70%. Em rodovias foram mantidos os 70% e em aeroportos, a participação subiu de 30% para 40%. Além de mais dinheiro, o crédito ficou mais barato, com maior percentual do financiamento lastreado na Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP).
Trata-se de medida necessária para incentivar a atração de capital internacional para obras e concessões de infraestrutura e fazer decolar os desacreditados fundos de investimento em debêntures de infraestrutura. Diante da queda nas exportações, da crise na Petrobras e do recuo da atividade industrial, o investimento em infraestrutura é a principal carta em mãos do governo para tentar incrementar a economia a partir de setores estruturantes, como construção pesada, siderurgia, cimento, bens de capital e outros.
Também nesta semana, tivemos o anúncio da Caixa de que ampliará a fatia máxima de financiamento de imóveis usados de 50% para 70%. A medida beneficiará de maneira indireta as construtoras, já que é com o dinheiro da venda do imóvel usado que a maior parte dos compradores de imóveis novos pagam a entrada do financiamento. A construção civil está na ponta de uma cadeia econômica extensa e não é preciso lembrar a importância do setor para a geração de empregos.
A estas iniciativas se soma outra mais antiga, do fim de janeiro, que prevê o aumento da oferta de crédito ao consumidor e às empresas por meio da concessão de R$ 83 bilhões via bancos públicos. E olhando para frente, o governo promete enviar ao Congresso as reformas tributária e previdenciária, e trabalha numa reforma fiscal que lhe dê maior autonomia na gestão dos gastos obrigatórios, uma terrível amarra.
Aí estão as principais ações do governo no sentido de reverter a crise e recolocar o país nos trilhos do crescimento, mirando o médio e longo prazos. Mas é no curto prazo que está o problema. Para fazer a economia voltar a girar, é fundamental um empurrão inicial. Este viria de um drástico corte na taxa básica de juros, de injeções de liquidez direcionadas ao crédito para consumo e financiamento da produção e do anúncio de um programa de investimento direto do governo em infraestrutura. O governo precisa ser pró-ativo para afastar o baixo astral e o pessimismo que domina os agentes econômicos. Se demorar mais, corre o risco de já ter perdido todo o dinheiro, crédito ou capital político para fazê-lo.

LEMBRANÇAS AMARGAS NO JAPÃO



Japão lembra terremoto e tsunami de 2011




        Terremoto seguido de tsunami devastou região, matando pelo menos 18.500 pessoas

Os japoneses prestaram homenagem nesta sexta-feira (11) às vítimas do terremoto e do tsunami registrados há exatamente cinco anos, uma catástrofe que deixou 18.500 mortos ou desaparecidos e que provocou um acidente nuclear cujos efeitos ainda são visíveis.
Apesar do frio e da chuva, milhares de famílias participaram com flores e velas da homenagem em diferentes pontos do nordeste do país, atingido pelo desastre.
Às 14h46 (02h46 de Brasília) foi observado um minuto de silêncio em todo o Japão, no momento preciso em que há cinco anos ocorreu um terremoto de magnitude 9 em frente à ilha principal de Honshu.
O imperador Akihito, a imperatriz Michiko, o primeiro-ministro Shinzo Abe e outros participantes da cerimônia de Tóquio inclinaram suas cabeças em sinal de homenagem.
"Passaram-se cinco anos desde a catástrofe; mais de 20.000 vítimas perderam a vida", declarou o imperador Akihito na cerimônia, junto à imperatriz e diante de um imenso canteiro de flores brancas e amarelas.
"O Japão recebeu o presente de ter uma natureza bonita, mas às vezes ela pode ser perigosa", destacou o chefe de Estado. "Nunca poderemos esquecer as imagens deste muro de água negra" caindo sobre as cidades destruídas pelo tsunami, acrescentou.
  
Lembranças dolorosas
"Quando vou às regiões afetadas tenho a impressão de que o desastre segue presente", comentou o primeiro-ministro Shinzo Abe, que prometeu um governo unido "para reconstruir um país mais resistente".
No dia 11 de março de 2011, cerca de 18.500 vidas foram varridas pelo tsunami. Outras três mil pessoas morreram posteriormente pelas consequências do drama.
Há vários dias, a imprensa não hesita em lembrar aquele dia fatídico: hordas de funcionários enlouquecidos abandonando de forma precipitada os arranha-céus de Tóquio, trens descarrilados no nordeste do país, imagens de cidades varridas pelo tsunami, milhares de desaparecidos...
Ao impacto causado pelas imagens das ondas gigantescas se somam rapidamente os primeiros sinais alarmantes da central nuclear de Fukushima Daiichi. Logo começavam as ordens de evacuação dos milhares de habitantes que viviam ao seu redor.
Improviso
Há cinco anos, assim como outros 140.000 deslocados, Kenichi Hasegawa vive com sua esposa em uma casa provisória pré-fabricada. "A pessoa leva esta vida sem se acostumar, estamos cansados", comentava ao canal NHK a esposa de Hasegawa.
Durante o dia, seu marido se dirige a sua antiga casa, na localidade de Iitatemura, totalmente evacuada, para limpar e "evitar que as ervas daninhas invadam tudo". "É triste, não há ninguém, não vem ninguém", lamenta o homem.
"Nestas regiões rurais as famílias costumavam viver três gerações sob o mesmo teto. Agora estão dispersas devido ao acidente", conta Hasegawa, um camponês desempregado.
O governo japonês reconhece que, até o momento, foram construídas menos da metade das 30.000 casas prometidas aos deslocados que não têm meios para se realojar.
Após o desastre de Fukushima, o pior acidente nuclear desde o de Chernobyl em 1986, o governo de então desligou todos os reatores nucleares do país, levando à compra em massa de combustíveis fósseis.
Mas nos últimos meses, o executivo de Shinzo Abe ordenou a reativação de alguns, argumentando que são essenciais para o abastecimento energético do país.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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