quinta-feira, 10 de março de 2016

CAMPANHA CONTRA O JUIZ DA LAVA JATO



Para maior entidade de juízes, processo disciplinar contra Moro 'é inadmissível'

Estadão Conteúdo 




A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), maior e mais influente entidade de juízes do país, considera "inadmissível" a iniciativa do Sindicato dos Advogados de São Paulo em protocolar pedido de processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz Sérgio Moro, que preside a Operação "Lava Jato".

Para a AMB, o Conselho Nacional de Justiça não pode ser encarado como uma "instância recursal ou como caminho para cercear a autonomia da magistratura".

"Tal medida evidencia mais uma forma de intimidação dos juízes em suas atividades estritamente jurisdicionais e indica possível tentativa de impedimento à atuação do juiz que está à frente das investigações da 'Lava Jato'."

A representação disciplinar foi requerida pelo advogado Roberto Teixeira, que coordena o núcleo de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o Sindicato dos Advogados, o juiz da "Lava Jato" teria insinuado que Roberto Teixeira forjou a escritura do sítio Santa Bárbara, localizado em Atibaia, interior de São Paulo - a propriedade seria do ex-presidente, o que é negado por seus defensores.

Em nota pública, assinada por seu presidente, João Ricardo Costa, a AMB destacou: "A magistratura brasileira reafirma a sua confiança nas instituições, sobretudo no Poder Judiciário, e reitera que não se furtará diante de ações e manobras que venham a tentar paralisar o trabalho dos juízes no combate à corrupção."

QUEM É O LOBO MAU?



Quem tem medo do lobo mau?

Jornal Hoje em Dia 

Setores do Partido dos Trabalhadores pressionam o ex-presidente Lula a aceitar a indicação para ocupar um ministério buscando a proteção do foro privilegiado, por temer que as ações da “Lava Jato” atinjam o ex-mandatário e o levem a prisão decretada. É legítima essa indicação? Sim. Como ex-presidente, Lula tem toda condição de, conhecendo os meandros do poder, movimentar-se com maestria nos corredores de Brasília. Ademais muitos dos ministros indicados por Dilma fazem muito pouco numa República à beira do caos. Por tais razões a indicação se suporta e pode ser aceita pela sociedade.
Porém, e o perigo espreita os apressados, ainda resta uma pergunta para o desfecho da história. É esse o momento para tal indicação? Um “não” de forma abrupta pode soar ideológico, mas não o é. Indicar alguém que tenha sobre si o peso de inúmeras suspeitas não seria adequado, principalmente se elas se confirmarem após a indicação. Teria o ex-presidente o foro privilegiado, mas carregaria para dentro dos corredores palacianos o ônus de tal manobra feita. Podemos estar diante de uma ação inédita na história da República, porém todo ineditismo, como quase toda nudez, pode ser castigado se exposto aos olhos de todos. Em tempo, Lula nega qualquer interesse em uma vaga na esplanada brasiliense, mas entre o dizer e o querer existem mais mistérios do que possa imaginar nossa vã ação política. O governo federal distribui cargos e dinheiro na tentativa de manter intacta sua base aliada. Alguns bilhões atrelam siglas partidárias ao Palácio do Planalto, mas a cizânia e o rumor candango aumentam seu volume com a possibilidade de abertura do processo de impeachment e a fidelidade pode não ser mantida nem a peso de ouro. Afinal o poder ainda é o maior ouro a ser garimpado.
Na economia, o IPCA de fevereiro, que foi inferior ao previsto por economistas, tem como vilã a variação das mensalidades escolares, no arco de doze meses variou a mais em 10,36% Nas terras de Tupã, a língua mordaz do “delator” Delcidio parece não querer deixar pedra sobre pedra. Renan Calheiros e Aécio Neves são alvo de suas informações dadas em depoimento. O presidente do Senado já é investigado em pelo menos seis processos abertos no STF, já o ex-governador mineiro safou-se de duas citações feitas durante os depoimentos da mesma operação e agora terá que enfrentar as denúncias feitas por Delcídio. Para não dizer que não falamos de Cunha, o apegado ao regulamento interno da câmara, jura que não tem nada a ver com a assinatura falsa de um aliado aposta na renúncia a uma vaga no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Peritos garantem que a falsificação é grosseira, assim como é a forma com que a vida pública vem sendo conduzida em nosso país.
 

ELE É MUITO GRANDE NÃO TEM COMO ERRAR



  

Bruno Terra Dias*




O cinema e a televisão tornam conhecidos mitos e lendas de outros povos, apresentando-os com naturalidade, a mesma com que um povo culturalmente colonizado assume, como própria, a experiência do dominante. Não se trata de novidade, mas de algo que se constata na história da humanidade.
É assim que super-heróis do século 20, em franquias cinematográficas, prevalecem em bilheterias multimilionárias e a arte autóctone sobrevive em circuitos alternativos. Anti-heróis nacionais enfrentam, como Macunaíma, adversidades importadas, e o que brota do solo nacional aparenta distância que se não reconhece no estrangeiro.
A lenda de Beowulf, levada aos cinemas e às telas dos televisores nos lares brasileiros, se fez assimilar. Nossa juventude, ignorando tratar-se de poema épico medieval, admira-se com os valores de bravura em combate contra o sombrio monstro Grendel, em representação recheada de efeitos especiais do eterno embate entre o bem e o mal. O reino de Hrothgar, cujos melhores combatentes são mortos pelo sombrio Grendel, habitante de ermos que desloca protegido pela noite, será defendido pelo herói vindo de um povo amigo. O monstro será derrotado.
A simplicidade do universal adequa-se a momentos da vida das Nações, indistintamente. Assim foi na Espanha, com o rei Juan Carlos sucedendo a ditadura Franco; na Polônia, com o sindicato Solidariedade e a conquista de uma liberdade ansiada desde a II Guerra Mundial; na Índia, e tantas Nações colonizadas, com Gandhi e mitos da descolonização mundo afora.
Herói e monstro contam histórias de escolhas que os levaram a destinos antagônicos, com enfrentamentos ao final, reeditando antigas contendas, como sói ocorrer entre ditadura e democracia, liberdade e cerceio, garantias retóricas e materiais, cultura e opressão, interditos e violações.
Em momentos definitivos, os enfrentamentos ocorrem em ambientes ambivalentes e pode ser difícil entender as razões de cada um dos envolvidos. É necessário ter ideias claras e princípios bem enraizados na consciência para não se deixar levar por empolgações superficiais e propósitos contraditórios.
Algo, entretanto, fica claro na maioria das vezes: violências, argumentativas ou físicas, são recíprocas, todos ferem e são feridos. A diferença entre o bem e o mal, progressistas e reacionários, nas perspectivas individual e coletiva, não deve ser questão de vencedores e vencidos. Valores superiores, que se não confundem com o imediatismo demagógico e nem com o curto horizonte fascista, prevaleceram entre povos que fizeram de sua experiência um exemplo.
*Juiz de Direito, ex-presidente da Associação dos Magistrados Mineiros ( Amagis)

GASTOS DO GOVERNO - EXAGERADOS - MUITOS PASSEIOS DA PRESIDANTA



Bilhões evitam debandada dos aliados de Dilma

Ezequiel Fagundes - Hoje em Dia 



  
Nem mesmo a fragilidade da presidente Dilma Rousseff (PT) e o cerco da operação “Lava Jato” da Polícia Federal (PF) são capazes de conter o apetite da base aliada pelos cargos do Palácio do Planalto.

Apesar das recentes ameaças, PMDB, PSD, PDT, PTB, PRB, PP e PR continuam no barco do governo de coalização da presidente Dilma Rousseff, conforme parlamentares ouvidos nessa quarta (9) pelo Hoje em Dia. Todos disseram que, caso saiam da base, perderiam os ministérios. A conta não compensa, conforme os relatos. Ao lado do PT e PCdoB, essas legendas aliadas controlam um orçamento anual de R$ 438 bilhões (dado de 2015).

Com sete ministérios e a vice-presidência, o PMDB é o partido mais contemplado. Mesmo tendo detonado o processo de impeachment, por meio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o partido deve emplacar essa semana o deputado federal Mauro Lopes (PMDB-RJ) na Secretaria de Aviação Civil, que tem status de ministério.

Com tanto espaço, a legenda ainda continua bastante descontente. Mesmo assim, não cogita deixar o governo, ao menos por enquanto. “O partido está bastante dividido. A permanência ou não no governo Dilma será amplamente discutida na convenção do partido, marcada para o próximo sábado. Esse assunto, com certeza, vai apimentar a convenção”, explica o deputado federal Saraiva Felipe.

Outro parceiro insatisfeito, mas que não larga o osso, é o PDT, que tem André Figueiredo, deputado federal pelo Ceará, no comando do Ministério das Comunicações. “A divergência com o governo é clara, especialmente, no campo econômico. Tanto que já temos Ciro Gomes como pré-candidato ao Planalto em 2018. Mas, nesse momento, vamos continuar na base. É uma posição partidária e assim vai ser”, argumento o deputado federal Mário Heringer, presidente do PDT em Minas Gerais.
Mais ameaças

Implicado no escândalo do Petrolão, junto com o PT e PMDB, o PP também vem ameaçando abandonar o governo. A legenda, no entanto, faz parte do governo Dilma com Gilberto Occhi, ex-ministro das Cidades, titular da pasta da Integração Nacional. “Não falo por mim, mas pela bancada. O partido está divido”, diz o deputado federal Toninho Pinheiro (PP-MG). Ele nega a saída da base no momento, e diz que o assunto é discutido no partido, que analisa a balança.

Desde a noite dessa terça (8), o ex-presidente Lula e a presidente Dilma conversam com aliados para evitar a debandada. Lula reuniu-se, em um café da manhã, com senadores do PMDB, na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros.

Bilhões evitam debandada dos aliados de Dilma - 1

Oposição

Sem espaço no governo, o PSB rompeu relações com a presidente Dilma e, agora, defende a saída da petista por meio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ou seja, quer a retirada de Dilma e Temer do poder para a realização de novas eleições. A mesma tese é defendida pela Rede, da ex-ministra Marina Silva.

Ainda nessa quarta (9), em outra frente, 27 senadores protocolaram uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria do senador oposicionista Aloysio Nunes (PSDB-SP), que prevê a mudança do sistema de governo para o parlamentarismo no Brasil.

Análise

Para o cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Leonardo Avritzer, autor do livro “Impasse da Democracia no Brasil”, o atual modelo de coalizão utilizado no país desde 1994 se esgotou. “O governo de coalização está em crise, pois vem contemplando a distribuição de cargos, ao mesmo tempo que é muito ineficiente na prestação de serviço”.

Na visão de Avritzer, é necessário aprimorar o atual modelo. Para isso, ele defende uma reciclagem na representação política, uma ampla reforma para acabar com o número excessivo de partidos e o fim do financiamento privado. Esse último item já passa a valer na campanha eleitoral deste ano.

“O modelo de coalização não é a gênese do problema. E sim a distribuição excessiva de cargos que tem gerado corrupção e ineficiência da gestão. O Congresso Nacional de hoje é uma Casa de lobbies e interesses de campanha”.

Blindagem
PT e governo querem dar ministério a Lula para blindá-lo, mas ex-presidente recusou. Em jantar no Palácio do Alvorada, o ex-presidente rechaçou a possibilidade de assumir um ministério. O tema foi abordado rapidamente durante o encontro, mas, antes mesmo que chegasse a ser feito um convite, o petista fez questão de negar a intenção.

A avaliação de aliados e auxiliares é de que aceitar assumir uma pasta neste momento poderia ser interpretado como uma “confissão de culpa”, como se ele quisesse escapar do juiz Sergio Moro.

quarta-feira, 9 de março de 2016

BRASILEIRO CONHECIDO E RESPEITADO MUNDIALMENTE



Paulo Coelho abrirá seu próprio museu na Suíça
Estadão Conteúdo 








Paulo Coelho vai abrir seu próprio museu e acervo, com cerca de 80 mil documentos e peças que serão colocado à disposição do público, pesquisadores e jornalistas em um espaço em Genebra. O vasto material ainda fará parte de uma biblioteca virtual com livros, artigos e documentos para que possam ser consultados de qualquer parte do mundo.

A cidade suíça, que serve de segunda casa para o escritor brasileiro, também foi o local escolhido por ele e sua mulher, Christina Oiticica, para o estabelecimento de um fundação.

No local, estará a primeira mesa usada por Coelho para escrever suas obras, além de traduções em todas as línguas de seus livros, cadernos de anotações e centenas de documentos de comentários.

Um aperitivo do que estará no espaço poderá ser visto no Salão do Livro de Genebra, no final de abril. Um stand exclusivo para Paulo Coelho foi criado para a exibição. A coleção conta, por exemplo, com a primeira máquina de escrever do brasileiro, ganha quando ele ainda tinha 15 anos de idade. Relíquias do período hippie de Paulo Coelho também farão parte da exposição, além de lembranças de viagens pelo mundo e presentes, como o que recebeu de Vladimir Putin.
Amor por Genebra

Em entrevista que será publicada no catálogo do evento, o brasileiro deixa claro seu amor por Genebra e por seu "país de adoção", a Suíça. Ele se mudou para o país alpino em 2006 e, desde então, divide seu tempo entre o Rio de Janeiro e um apartamento no sofisticado bairro de Florissant, em Genebra.

"Tenho orgulho de ser brasileiro. Mas eu também me sinto um embaixador da Suíça, meu país de adoção", disse. Em outro trecho da entrevista, ao explicar sua vida na Europa, ele diz: "acho que vivo no paraíso".

Sobre sua fundação, Coelho explica que ela se ocupa do trabalho de arquivar de forma digital e catalogar tudo que se refere à sua vida. "Eu queria reunir tudo, as fotos, os manuscritos, os prêmios, os objetos pessoais, as teses sobre o que escrevo, os artigos de imprensa", afirmou. "Os jornalistas colocam com frequência perguntas sobre minha pessoa, as pessoas se questionam como eu cheguei onde estou, um autor traduzido em mais de 80 línguas. Como Coelho se transformou em Coelho."
O autor não nega seu sucesso mundial. Segundo ele, foram 185 milhões de livros vendidos. No total, estima que 600 milhões de pessoas o teriam lido no mundo, quase 10% da população do planeta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...