quarta-feira, 9 de março de 2016

TEORIA DA ARRUMAÇÃO



Método de organização criado por japonesa vira fenômeno mundial em livro

Thais Oliveira - Hoje em Dia 






LITERATURA - A “guru” da organização, a japonesa Marie Kondo, autora de “A Mágica da Arrumação”

Corra para o quarto e pegue aquele perfume dado pelo ex-namorado. Segure firmemente o vidro. Agora, pergunte a si mesmo: “isso me traz alegria?”. Somente continue com ele se a resposta for “sim”. Faça o mesmo com cada peça do guarda-roupa e com os demais itens da casa. Se a meta for deixar tudo arrumado, você deve começar descartando tudo que não te faz bem. Pelo menos é o que afirma a “guru” da organização, a japonesa Marie Kondo, no livro “A Mágica da Arrumação”.
A publicação chegou este mês às livrarias brasileiras, pela Editora Sextante, mas já é um best seller e figura constante no topo da lista do New York Times e da Amazon. Em todo mundo, mais de dois milhões de exemplares foram vendidos.
Hoje com 30 anos e uma lista de espera de três meses para quem quer contratar a sua consultoria, KonMari, como também é conhecida, conta que não construiu o seu método do dia para noite, como alguns possam pensar. Enquanto os amigos se divertiam na escola, ela se prontificava a arrumar os livros nas prateleiras. “Comecei a me interessar por revistas femininas sobre assuntos domésticos aos 5 anos de idade”, diz.
Método
O interesse precoce a fez querer se aprofundar, aos 15 anos, em estudos para organizar ambientes. Porém, nada do que aprendia a satisfazia. Mesmo após três anos se dedicando arduamente a organizar a casa, um dia, KonMari afirma ter entrado em pânico ao abrir a porta do seu quarto e “sentir” tudo bagunçado.
“Naquele instante ouvi uma voz interior: ‘Olhe com mais atenção’. (…) Com esse pensamento, adormeci deitada no chão. (…) Quando acordei, soube imediatamente o que a voz em minha cabeça queria dizer”. Assim, num insight, surgiu a concepção de arrumação que promete transformar a vida das pessoas.
“Acho que a singularidade do meu método é que ele incentiva as pessoas a manter somente aquelas coisas que despertam alegria, as coisas que fazem você feliz. Isso traz uma grande mudança, o que pode incluir as relações e ambientes de trabalho”, disse KonMarie ao Hoje em Dia.
O sucesso da japonea foi tão grande que, nas redes sociais, “Kondo” virou verbo e é usado quando alguém consegue arrumar (ou “Kondar”) algo.
‘A ideia é diminuir a quantidade de itens em casa e não comprar mais’, ensina
Entre tantos pontos abordados por KonMari está a ineficácia dos produtos especiais para organização – amplamente recomendados por profissionais da área de todo o mundo. “A ideia é diminuir a quantidade de itens em casa e não comprar mais”, ensina.
Ela acrescenta, ainda, que os organizadores, não raras vezes, apenas tiram a bagunça de vista, pois após certo tempo, os mesmos lugares acabam ficando abarrotados de coisas. “É por isso que a organização deve ser iniciada pelo descarte. Precisamos exercitar o autocontrole e resistir à tentação de guardar os objetos até que tenhamos identificado aqueles de que realmente necessitamos”, reforça.
TEORIA X PRÁTICA
A proposta, porém, não é bem vista por outros profissionais. “Essas coisas só funcionam em livros”, opina a personal organizer Ângela Vianna, 59 anos, da Oficina do Lar, localizada em Belo Horizonte.
No mercado da arrumação há quase 11 anos, Ângela não acredita ser possível fazer um bom trabalho da forma indicada por KonMari. “As calcinhas, por exemplo, por mais que você as dobre, ficam soltas dentro da gaveta. Sem uma colmeia (divisória) fica impossível conservá-las arrumadas. E dá para comprar organizadores baratos, pois o meu trabalho é contribuir, e não fazer a pessoa gastar”, pontua.
Micaela Góes, do programa “Santa Ajuda” (GNT), aprova critérios de KonMarie. A apresentadora e personal organizer, 40 anos, é outra adepta dos chamados organizadores.
No entanto, ela diz não fazer da ferramenta uso obrigatório. “Proponho o recurso de caixas, ganchos, prateleiras... Essas coisas são facilitadores, mas nem sempre são necessárias se a pessoa tiver um bom armário e espaço. Não acho que seja preciso comprar mais coisas, mas, sim, completá-las na medida da necessidade”, esclarece.

  
Micaela Góes, do "Santa Ajuda", programa da GNT, também ensina como organizar a casa. Foto: GNT/Divulgação

PONTO DE PARTIDA
Há mais de uma década na profissão, Micaela diz que experimentou diversos métodos até construir o seu próprio e concorda com a visão de KonMari que a melhor forma de iniciar a arrumação é pelo descarte. “O descarte é o ponto de partida. Abrir mão do que não te serve ou não tem utilidade na sua casa é como abrir mão do velho e dar espaço para o novo”, afirma.
Micaela ensina que, após eliminar os objetos desnecessários, o segundo passo é encontrar o lugar certo para guardar os que ficaram. “Tem que ser um local onde toda a família terá facilidade de encontrá-lo”, diz.
Arrumação finalizada, o terceiro passo é criar o hábito de manter a casa em ordem. “É como um ciclo: quebrou? Conserta ou joga fora. Sujou: Limpa. Usou? Volte a colocá-lo no lugar”, frisa.
“A capacidade de organização todos têm, basta desenvolvê-la. Claro, ninguém precisa ser profissional nisso, mas garanto que se tentar, vai ver como tudo fica mais fácil no dia a dia. É libertador”, conclui.






A MAIOR ELEIÇÃO INFORMATIZADA DO MUNDO - SERÁ?




Dagmar Chaves




A implantação do sistema eletrônico de votação - a partir da eleição municipal de 1996 - completa, em 2016, 20 anos. Segundo informação divulgada no site do Tribunal Superior Eleitoral, a Justiça Eleitoral realizará, neste ano, a maior eleição informatizada do mundo, contribuindo, assim, para garantir a permanência do processo democrático no país.
A automação do processo de votação trouxe, sem dúvida, mais segurança, transparência e, conseqüentemente, maior grau de confiabilidade às eleições. Na atual conjuntura do país, tais garantias, na hora do voto, tornaram-se princípios basilares da Justiça Eleitoral para assegurar a liberdade do eleitor no momento da escolha dos agentes políticos.
Isso porque o nível de confiança dos brasileiros nas instituições políticas desabou nos últimos anos, diante de tantos casos de corrupção que são noticiados por todos os meios de comunicação.
Diante deste cenário, acredita-se que o investimento no desenvolvimento do processo de votação, minimizando cada vez mais a intervenção humana, pode trazer maior credibilidade às eleições, dificultando a possibilidade de interferência em seu resultado.
Porém, indiscutível que nesses 20 anos de existência do inédito sistema eletrônico, desde sua implementação até os inúmeros aperfeiçoamentos do sistema, nos dias atuais, impactaram-se vultosos investimentos, já que as urnas eletrônicas usam, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o que há de mais moderno quanto à tecnologia de criptografia, para se criar uma cadeia de confiança.
É o preço que se paga hoje para garantir um regime democrático através da liberdade do voto. No entanto, pergunta-se: todo este aparato é indispensável para assegurar solidez ao regime democrático? Ferreira Filho, um importante nome do Direito Constitucional brasileiro, ensina-nos que um autêntico regime democrático exige a presença de alguns pressupostos, a saber, “um certo grau de desenvolvimento social, de sorte que o povo tenha atingido nível razoável de independência e amadurecimento, para que as principais decisões possam ser tomadas com liberdade e consciência”.
Certo é que, em países como os EUA, Suíça e outros, a democracia é bem-sucedida, totalmente fortalecida, utilizando-se um sistema de votação bem mais singelo.
Talvez a resposta esteja no amadurecimento insuficiente e na falta de conscientização do eleitor brasileiro para uma votação legítima. Portanto, até que ocorra uma mudança no cenário cultural brasileiro, é necessário o uso da tecnologia para que o voto continue sendo símbolo de credibilidade e de democracia.

ELEIÇÕES - ESPERANÇA DE DIAS MELHORES



  

ZÉ SILVA




Em meio a essa profunda divisão política que toma o Brasil inteiro, provocando acirrados debates, discussões e tantas brigas inconsequentes, temos um momento estratégico para fortalecer as bases de um país melhor, de mais igualdade e justiça social, de mais oportunidades e condições para uma vida de melhor qualidade.
São as eleições municipais, que acontecem este ano nos mais de cinco mil municípios brasileiros, e que já despertam ações partidárias, trabalhos e mobilização política e social. Essas eleições são um momento para toda a sociedade aprovar, mudar ou rever padrões de gestão pública, para julgar a capacidade dos gestores públicos em planejar e realizar as demandas e ações para o desenvolvimento sustentável, um momento para fortalecer e criar instrumentos de gestão social, entre tantas outras oportunidades.
São todas questões importantes, que mostram como estamos construindo nossas condições e processos para uma gestão municipal inovadora, moderna, transparente e eficaz na busca de resultados que transformem para melhor a vida das pessoas. Para além das brigas entre grupos “partidários”, ofensas, agressões e outras atitudes atrasadas que, infelizmente, ainda afastam muita gente do engajamento político, as eleições municipais são um momento único e especial no trabalho de fortalecimento da democracia e dos instrumentos que possibilitam a construção de um país melhor para todos.
No campo da gestão pública, é uma oportunidade de atender a sociedade em suas demandas de uma gestão participativa, com compromissos de ética e transparência. Hora de trabalhar em propostas concretas para alcançar resultados eficazes nas áreas sociais e na economia. Para isso, é preciso construir programas de forma democrática, criativa e com participação social. Hora de adotar e consolidar de vez na gestão pública as ferramentas e metodologias modernas de planejamento e gestão profissional, baseada na cultura da competência e meritocracia.
No campo social, as eleições municipais são um momento para fortalecer os instrumentos que possibilitam a participação das pessoas e das organizações sociais nos processos para o desenvolvimento. Ou seja, hora de propor e adotar novas dinâmicas para os conselhos municipais de desenvolvimento sustentável, em suas diversas áreas, como a saúde, educação, meio ambiente, desenvolvimento rural, segurança e outras.
Momento de apresentar propostas de inovações de gestão, hora de finalmente criar o conselho de gestão fiscal, para acompanhamento e execução do Art. 67 da Lei de Responsabilidade Fiscal, colocando sob gestão social esse instrumento fundamental para a democracia e seus fundamentos na administração pública.
Eleições municipais são ainda um momento adequado para o fortalecimento e legitimação das organizações partidárias, em parcerias assentadas e formuladas em princípios, ética e programas de governo, com a mobilização de trabalhadores, jovens, empresários, lideranças e de toda a sociedade na construção das bases e premissas de administração para o desenvolvimento local.
E, finalmente, no campo econômico, as eleições municipais que se aproximam precisam ser um movimento que inclua definitivamente as potencialidades da economia rural na sustentação de uma nova história do desenvolvimento municipal em nosso país. É a hora de levar para toda a sociedade a força e as condições únicas da agricultura nos processos de geração de trabalho, de renda, de segurança alimentar e na promoção da qualidade de vida das pessoas.
Essa inclusão, se realizada plenamente, como nos esforçamos e trabalhamos para que aconteça, deve marcar uma nova etapa em nossa história de desenvolvimento econômico e social. Crescimento com sustentabilidade, focado na qualidade de vida das pessoas, na preservação ambiental e na democratização de oportunidades, eliminando de vez as desigualdades entre pessoas e regiões.

terça-feira, 8 de março de 2016

PARABÉNS MULHERES PELO SEU DIA



História do Dia Internacional da Mulher
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8 de março: Dia Internacional da mulher

História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.


Marcos das Conquistas das Mulheres na História

- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.

- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.

- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas.

- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.

- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.

- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças.

- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina.

- 1893 - a Nova Zelândia torna-se o primeiro país do mundo a conceder direito de voto às mulheres (sufrágio feminino). A conquista foi o resultado da luta de Kate Sheppard, líder do movimento pelo direito de voto das mulheres na Nova Zelândia.

- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

- 1951 - a OIT (Organização Internacional do Trabalho) estabelece princípios gerais, visando a igualdade de remuneração (salários) entre homens e mulheres (para exercício de mesma função).

Você sabia?

- No Brasil, comemoramos em 30 de abril o Dia Nacional da Mulher.

- Hattie Mcdaniel foi a primeira atriz negra a ganhar uma estatueta do Oscar. O prêmio, recebido em 1940, foi pelo reconhecimento de sua ótima atuação como atriz coadjuvante no filme " E o vento levou ...".



Erasmo Carlos - Mulher

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...