ZÉ SILVA
Em meio a essa profunda divisão
política que toma o Brasil inteiro, provocando acirrados debates, discussões e
tantas brigas inconsequentes, temos um momento estratégico para fortalecer as
bases de um país melhor, de mais igualdade e justiça social, de mais
oportunidades e condições para uma vida de melhor qualidade.
São as eleições municipais, que
acontecem este ano nos mais de cinco mil municípios brasileiros, e que já
despertam ações partidárias, trabalhos e mobilização política e social. Essas
eleições são um momento para toda a sociedade aprovar, mudar ou rever padrões
de gestão pública, para julgar a capacidade dos gestores públicos em planejar e
realizar as demandas e ações para o desenvolvimento sustentável, um momento
para fortalecer e criar instrumentos de gestão social, entre tantas outras
oportunidades.
São todas questões importantes, que
mostram como estamos construindo nossas condições e processos para uma gestão
municipal inovadora, moderna, transparente e eficaz na busca de resultados que
transformem para melhor a vida das pessoas. Para além das brigas entre grupos
“partidários”, ofensas, agressões e outras atitudes atrasadas que,
infelizmente, ainda afastam muita gente do engajamento político, as eleições
municipais são um momento único e especial no trabalho de fortalecimento da democracia
e dos instrumentos que possibilitam a construção de um país melhor para todos.
No campo da gestão pública, é uma
oportunidade de atender a sociedade em suas demandas de uma gestão
participativa, com compromissos de ética e transparência. Hora de trabalhar em
propostas concretas para alcançar resultados eficazes nas áreas sociais e na
economia. Para isso, é preciso construir programas de forma democrática,
criativa e com participação social. Hora de adotar e consolidar de vez na
gestão pública as ferramentas e metodologias modernas de planejamento e gestão
profissional, baseada na cultura da competência e meritocracia.
No campo social, as eleições
municipais são um momento para fortalecer os instrumentos que possibilitam a
participação das pessoas e das organizações sociais nos processos para o
desenvolvimento. Ou seja, hora de propor e adotar novas dinâmicas para os
conselhos municipais de desenvolvimento sustentável, em suas diversas áreas,
como a saúde, educação, meio ambiente, desenvolvimento rural, segurança e
outras.
Momento de apresentar propostas de
inovações de gestão, hora de finalmente criar o conselho de gestão fiscal, para
acompanhamento e execução do Art. 67 da Lei de Responsabilidade Fiscal,
colocando sob gestão social esse instrumento fundamental para a democracia e
seus fundamentos na administração pública.
Eleições municipais são ainda um
momento adequado para o fortalecimento e legitimação das organizações
partidárias, em parcerias assentadas e formuladas em princípios, ética e
programas de governo, com a mobilização de trabalhadores, jovens, empresários,
lideranças e de toda a sociedade na construção das bases e premissas de
administração para o desenvolvimento local.
E, finalmente, no campo econômico, as
eleições municipais que se aproximam precisam ser um movimento que inclua
definitivamente as potencialidades da economia rural na sustentação de uma nova
história do desenvolvimento municipal em nosso país. É a hora de levar para
toda a sociedade a força e as condições únicas da agricultura nos processos de
geração de trabalho, de renda, de segurança alimentar e na promoção da
qualidade de vida das pessoas.
Essa inclusão, se realizada
plenamente, como nos esforçamos e trabalhamos para que aconteça, deve marcar
uma nova etapa em nossa história de desenvolvimento econômico e social.
Crescimento com sustentabilidade, focado na qualidade de vida das pessoas, na
preservação ambiental e na democratização de oportunidades, eliminando de vez
as desigualdades entre pessoas e regiões.

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