sábado, 9 de janeiro de 2016

MINERAÇÃO - NÃO APROVO



Mariana lidera rateio de royalties da mineração

Bruno Porto - Hoje em Dia 



De um balanço econômico vem mais um indício de como as barragens de rejeito de minério de ferro em Mariana, na região Central de Minas, sofreram maior “pressão” em 2015. O município foi o líder em geração de royalties no setor, com R$ 104 milhões (ficando a prefeitura com 65% – R$ 67 milhões). Na mesma proporção, também gerou mais rejeitos do processo de extração.

O preço do minério registrou forte desvalorização no mercado internacional, com o valor médio da tonelada passando de US$ 96,8 em 2014 para US$ 55,5 no ano passado, numa queda de 42,6%.

Mas, em Mariana, o caixa acabou compensado graças à intensificação na produção, especialmente das duas maiores mineradoras instaladas no município: Samarco e Vale.

Esse movimento já havia sido iniciado há dois anos, quando a própria Samarco elevou em 32% (5,4 milhões de toneladas métricas) o volume depositado anualmente nas barragens em Mariana.

Dentre essas estruturas de contenção estava a de Fundão, que rompeu no início de novembro. A avalanche de lama matou 17 pessoas e causou prejuízo ambiental incalculável.

Ponderação

Especialistas não veem problema em ampliar a produção, desde que haja garantia de estabilidade das estruturas de destinação dos resíduos. O aumento do depósito de rejeitos em Fundão é investigado pelo Ministério Público Estadual como uma das possíveis causas do rompimento da barragem.

Quando ocorreu o desastre, Fundão passava por obras de alteamento. “Não estou falando especificamente da Samarco, mas de barragens de modo geral. Se for programado e projetado, não tem problema na estabilidade (a oscilação de volume depositado). Se for emergencial, pode ser problemático”, disse o consultor Joaquim de Ávila.

Diretor do Comitê Brasileiro de Barragens, Ricardo Aguiar Magalhães também não vê restrição na aceleração do depósito de rejeitos, mas aponta ressalvas. “Pode sofrer variação e não causar problema, desde que a estrutura esteja pronta e alteada para isso”, diz.

Volume

Apenas a Samarco foi responsável por depositar 21,9 milhões de toneladas métricas secas de rejeito de minério de ferro, em 2014, contra 16,5 milhões em 2013.

O último dado de produção disponibilizado pela empresa, de janeiro a setembro de 2015, indica um produção de 22,2 milhões de toneladas, volume 19,3% superior ao mesmo período do ano anterior.



PROPINA É LAXANTE?



Cerveró revelou propina para eleição de Jaques Wagner em 2006

Estadão Conteúdo 



Documento apreendido no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT/MS), ex-líder do governo no Senado, atribui ao ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró a revelação de que o ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma, Jaques Wagner (PT), recebeu "um grande aporte de recursos" para sua campanha ao governo da Bahia em 2006.

De acordo com Cerveró, o dinheiro teria sido desviado da Petrobras e "dirigido" pelo então presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. Wagner foi eleito governador baiano naquele ano e reeleito em 2010. Em outubro de 2015, assumiu a chefia da Casa Civil de Dilma, deixando o Ministério da Defesa.

O documento é um resumo das informações que Cerveró prestou à Procuradoria-Geral da República antes de fechar seu acordo de delação premiada. Segundo o jornal Valor Econômico, os papéis foram apreendidos no dia 25 de novembro, quando Delcídio foi preso sob acusação de tramar contra a Operação Lava Jato. O senador, que continua detido em Brasília, temia a delação de Cerveró.

Os investigadores querem saber como o petista teve acesso ao conteúdo da colaboração do ex-diretor da Petrobras. Em sua delação, Cerveró falou de Delcídio e também do ministro da Casa Civil.

"Na campanha para o governo do Estado da Bahia, em 2006, houve um grande aporte de recursos para o candidato do PT, Jaques Wagner, dirigida por Gabrielli. Nessa época, o presidente Gabrielli decidiu realocar a parte operacional da parte financeira para Salvador, sem haver nenhuma justificativa, pois havia espaço para referida área no Rio de Janeiro", informou o ex-diretor. "Para tanto, foi construído um grande prédio em Salvador, onde atualmente é o setor financeiro da Petrobras."

Ouvido pela reportagem, o ex-presidente da Petrobras afirmou categoricamente. "Nunca soube de utilização de recursos ilegais dos fornecedores da Petrobras para a campanha do governador Jaques Wagner em 2006 ou em 2010."

Cerveró relatou como teve conhecimento da questão. Segundo ele, "tal fato era de conhecimento notório de todos os diretores da Petrobras". O ex-diretor disse que não sabe qual foi a empreiteira que construiu o prédio da estatal, "sendo que muito provavelmente foi essa construtora que fez a doação para a campanha de Jaques Wagner".

"As informações sobre o dinheiro enviado para a campanha de Jaques Wagner em 2006 foram da Ouvidoria Geral Maria Augusta (falecida) e de Armando Tripodi, que foi chefe de gabinete de Gabrielli e do qual me tornei amigo". Maria Augusta Carneiro Ribeiro morreu em 2009 após um acidente de carro no Rio.

As assessorias de Jaques Wagner e da Petrobras ainda não retornaram ao contato da reportagem para comentar o caso.

Em nota, Gabrielli se defendeu. "Repudio, mais uma vez, o método utilizado para obtenção e o conteúdo das acusações levantadas através de vazamentos seletivos de delações premiadas. Em primeiro lugar, o trecho citado no vazamento da delação, de posse do jornal e sem que eu tenha tido acesso a ela, fala de pessoas já falecidas", afirmou.

Gabrielli diz, ainda, que "não há uma acusação explícita, até pelo próprio delator, segundo a parte do material a que o jornal se refere, sobre minha participação direta nos pretensos fatos delatados". Ela afirma que "nunca soube de utilização de recursos ilegais dos fornecedores da Petrobras para a campanha do governador Jaques Wagner em 2006 ou em 2010".

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

PODER ECONÔMICO DA 2ª POTÊNCIA MUNDIAL



jogadores do Brasil é só um dos desejos dos chineses
Luiza Oliveira e Vanderlei Lima
Do UOL, em São Paulo
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A China promoveu a debandada de jogadores do Corinthians. E quer muito mais

Primeiro, Jadson foi para o Tianjin Quanjian. Depois, Ralf e Renato Augusto fecharam com o Beijing Guoan, e Elias ainda pode sair em breve. Os corintianos estão assustados com o desmanche do campeão brasileiro e a debandada para a China. Lá já estão ídolos de outros clubes: Diego Tardelli e Robinho são dois exemplos. Fato é que a China chegou ao futebol brasileiro de forma avassaladora e está roubando os craques tupiniquins.
Os clubes chineses oferecem cifras milionárias, com salários que chegam a R$ 2 milhões, que seduzem os jogadores e deixam os clubes de mãos atadas. 'Proposta irrecusável' se tornou a expressão da moda.
"Primeiro que, todos nós do clube, fomos surpreendidos com essas saídas porque (...) o futebol chinês trabalha diferente de qualquer outro clube. O futebol chinês se acerta com o atleta, seduz com valores expressivos e o clube toma ciência disso meia hora antes de falar que vai embora. Não existe defesa. Podemos perder cinco, seis, sete, todos que forem requisitados nessa situação", lamentou o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade.
O estrago está feito. E a China, que tem tanta tradição no tênis de mesa, no badminton e que ama basquete, agora se apaixonou pelo futebol. Mas de onde vem esse interesse e, mais ainda, de onde vem tanto dinheiro?
O presidente da China, Xí Jìnpíng, tem papel fundamental nisso. Ele é louco por futebol e quer de todas as formas desenvolver a modalidade no país, inclusive por motivos políticos. A China é hoje a segunda maior economia do mundo com um PIB que ultrapassou US$ 4 trilhões. Mas uma potência dessa grandeza não se afirma apenas pelo dinheiro e também precisa expandir o seu poder de outras formas.
"A China já é a maior potência econômica. E agora quer a promoção do país, a divulgação, a penetração em outros lugares. É importante divulgar o país, ser mais bem quisto, conhecido, mostrar a sua cultura para os outros, e uma das formas de se conseguir isso é através do futebol. Olha como os países conseguem angariar em simpatia e penetração com o futebol", revela o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang.


Renato Augusto - craque do Brasileirão 2015 acertou com o Beijing Guoan, da China

Além disso, existem fatores sociais e econômicos que alimentam o interesse pela modalidade. O futebol se tornou um enorme negócio no mundo e que gera altas receitas para todas as partes com ações que vão do marketing à venda de jogadores. A China também está de olho nisso. Com sua população com mais de 1 bilhão de pessoas, gente não falta para consumir o produto e lotar estádios. Já pensou se a moda pega?
O empresário brasileiro Flávio Pires, que trabalha com o mercado chinês há 12 anos e foi o responsável por trazer Zizao ao Corinthians, conta que eles já têm essa visão para negociar e cita o caso de Kieza. O atacante pertence ao Shanghai Shenxin, que já recebeu propostas do São Paulo e do Bahia pela compra dos direitos do atleta, mas está fazendo linha dura para negociá-lo.
"Podemos ver o caso do Japão. O Japão começou a implementar o futebol há pouco tempo e hoje já vende jogador para a Europa. E os chineses têm muita visão, são muito rápidos, até mais que os japoneses na minha opinião. Eles sabem negociar. Veja o caso do Kieza. O time chinês só tem interesse em vender por um valor alto, não quer dar de graça", disse.
De onde vem o dinheiro
Os times na China são de propriedade de grandes empresas privadas. O Guangzhou Evergrande, por exemplo, atual campeão asiático e comandado por Felipão, tem como sócia majoritária a Evergrande Real Estate Group, uma das maiores construtoras do país, e o Alibaba, um gigante da área de comércio eletrônico. Dentre os times da Série A, a maior parte pertence a construtoras, empresas do setor elétrico e estatais.
Essas empresas ganharam 'rios de dinheiro' no período recente de crescimento da China. Com o boom econômico do país, o setor de infra-estrutura precisou acompanhar. Assim, prédios, estradas e metrôs começaram a se proliferar.
"Todo processo de desenvolvimento vem acompanhado por investimentos em infra-estrutura. Quando você está fazendo uma estratégia de desenvolvimento, precisa construir ferrovias, rodovias, portos, energia, fazer uma logística para reduzir os custos de produção e facilitar o escoamento do que é produzido tanto para o mercado doméstico quando para o mercado internacional. O investimento em infra-estrutura beneficia empresas operando no país", conta o economista e professor dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas, André Nassif.
Influenciadas pela paixão do presidente pelo futebol, essas gigantes começaram a investir pesado em seus times e, dessa forma, não vêm medindo esforços para oferecer propostas tentadoras aos brasileiros.
"O presidente da China é fanático por futebol, isso fez com que grandes empresas, patrocinadores e donos do times tivessem interesse em inovar o futebol chinês. Quem não quer ser o primeiro empresário de futebol para agradá-lo? Todos os clubes chineses pertencem a grandes empresas, o primeiro que conseguir mostrar que tem um bom time de futebol vai ter o reconhecimento e a gratidão do presidente chinês. Em um país em que o mandato de presidente dura dez anos, isso faz bastante diferença", conta Charles Tang.



Estrelas do Brasileirão, Jadson e Renato Augusto trocaram o Corinthians pela China

Como evoluir no futebol
Para se desenvolver no esporte, a China se inspirou no Japão, que conseguiu dar um salto na modalidade com a chegada de Zico, e também apostou na infra-estrutura. O técnico Sérgio Baresi, que trabalhou por dois anos na base do Shandong Luneng, conta que o CT do clube tem nada menos que 26 campos. E ainda é pouco diante da estrutura do Guangzhou com seus 58 campos impecáveis.
O maior problema do país é a falta de mão de obra qualificada. Por isso, a China vem adotando a mesma estratégia que fez sucesso em outros setores, como o automotivo. Contrata estrangeiros qualificados para primeiro aprender e depois andar com as próprias pernas. A presença é cada vez maior não só de atletas brasileiros, mas também treinadores e profissionais da área esportiva como preparadores físicos e fisioterapeutas a exemplo de Bruno Mazziotti, que trabalhava no Corinthians e se tornou referência na recuperação de atletas.
"No contrato é obrigado a ter um auxiliar chinês para eles irem aprendendo, e com o tempo eles vão ter a própria mão de obra qualificada", conta o técnico Cuca, que recentemente estava no Shandong Luneng.
A ideia é alavancar não só o profissional, mas também formar atletas para brilhar no futuro. Prova disso é que o futebol entrou para o currículo escolar e virou disciplina obrigatória nas escolas.


Onde querem chegar
Os chineses são ambiciosos e sonham grande. Já pensam em contratar grandes nomes europeus e fizeram proposta para ter Arjen Robben, do Bayern de Munique. Mais que isso, pensam em sediar uma Copa do Mundo a exemplo do Japão e da Coreia do Sul, em 2002, e ainda levantar a taça.
"Numa entrevista que eu vi do presidente ele disse três coisas: primeiro que as crianças da China pratiquem futebol, segundo que nós consigamos promover uma Copa do Mundo e terceiro que a gente seja campeão desta Copa do Mundo. Olha a visão do cara, eles têm a intenção de expandir o futebol, têm a estrutura e têm dinheiro. A mão de obra ainda não tem, mas os caras estão buscando", disse Sérgio Baresi.
"Eu acredito que em uma média de 15 anos a China vai competir com a Europa", completou. O técnico Cuca tem a mesma opinião. "Se continuar nesta pegada, a tendência é que em 15 anos a China poderá ser uma das forças do futebol".
Os primeiros efeitos de toda essa aventura já estão sendo percebidos. Esportivamente, o Guangzhou foi campeão asiático, disputou o último Mundial de Clubes e até enfrentou o Barcelona na semifinal da competição. De quebra, encheu os olhos e deu grande visibilidade aos seus proprietários. A população também está mais interessada em futebol.
"Hoje a gente vê as pessoas com camisas de times nas ruas, nos bares vendo jogos, comentando nas redes sociais, coisa que há alguns anos a gente não via", conta Daniel Botura, que mora na China há nove anos e é dono da empresa de importação e exportação DBC Solutions.

CIÊNCIA



Lua 'some' neste sábado e astrônomos aproveitam para pesquisar o céu

DA AGÊNCIA BRASIL 

De repente, durante a noite, você olha para o céu e não encontra sequer um traço da Lua. Essa noite sem Lua pode até servir como elemento poético em diferentes músicas, mas o fenômeno é real e seu ápice ocorrerá nesse mês, na noite deste sábado (9).
Calma, a Lua não vai sumir de verdade. O início da Lua Nova fará com que ela desapareça do nosso olhar temporariamente. Por volta das 23h30 (horário de Brasília), a Lua se posicionará exatamente entre o Sol e a Terra e não receberá nenhuma incidência significativa de luz solar. Assim, teremos a impressão de que ela vai se apagar do céu.
O "sumiço" da Lua não inspira somente cantores sertanejos. Para o mundo científico, é um momento excelente para pesquisar o universo porque o brilho da Lua não ofusca os instrumentos de observação.





            Lua vai se posicionar exatamente entre o Sol e a Terra na noite deste sábado

De acordo com o presidente da Anra (Associação Riograndense de Astronomia), professor Antônio Araújo Sobrinho, é claro que a Lua não some. O "sumiço" da Lua é algo comum durante a fase da Lua Nova. Nesse período, explica o cientista, é que devemos mirar os telescópios para o céu com o intuito de observar melhor outros corpos celestes.
"Muita gente acredita que a fase da Lua Cheia é a melhor fase para se usar o equipamento. Pelo contrário, para ver a Lua, sem telescópio é ótimo. Mas os melhores detalhes tanto da Lua quanto de outros planetas ocorre nas fases de Lua Minguante ou Lua Crescente", explica.
Para aproveitar o suprassumo do que os outros astros podem oferecer, é muito melhor uma noite sem a Lua visível. "A luz que reflete durante a Lua Cheia ofusca muito as lentes dos telescópios. E a vantagem da noite sem Lua é observar todos os demais astros com mais detalhes".
O professor Antônio Araújo também dá outra dica aos amantes do universo: o fenômeno da noite sem Lua será estratégico para observar o planeta Vênus e os anéis de Saturno.
Tudo bem que os dois podem ser vistos a olho nu e a conjunção (sobreposição visual dos dois), que começou nesta quinta-feira (7), já é um grande espetáculo à parte, mas a falta de Lua será uma mão na roda para que "até mesmo telescópios de pequeno porte consigam ver os detalhes desses dois astros", confirma Araújo.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...