segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

A PETROBRAS FOI VÍTIMA DO SAQUEAMENTO DO GOVERNO



Petropesadelo
Vinicius Mota  



SÃO PAULO - "Lula não é Chávez, e o PT não é bolivariano", ouviu-se ao longo dos últimos 13 anos, enquanto o chavismo mergulhava no experimento autoritário. O petismo, com sua larga roda de amizades na opinião pública, difundiu a ideia de que vivíamos um progressismo responsável.
A propaganda estava errada. O furor intervencionista, as fraudes contra o Orçamento e a prestação de contas, o conúbio do poder estatal com empresários sedentos por privilégios (nossa "boliburguesia") e a sem-cerimônia de alterar as regras do jogo econômico para moldá-las a apetites de ocasião mostraram-se traços constitutivos do petismo no governo.
O PT aderiu com volúpia à vaga populista regional, encontrou parceiros poderosos na política e na sociedade e contou com beneplácito na academia e na imprensa. O estrago ao exaurir-se o ciclo não terá as proporções bolivarianas porque o Brasil é mais desenvolvido que a Venezuela.
O petróleo e a Petrobras –núcleos do intervencionismo lulista– não dominam a economia brasileira, à diferença do que ocorre na Venezuela. A autonomia das instituições de controle do Poder Executivo também é mais elevada no Brasil.
Ainda assim, a destruição em segmentos e regiões mais afetados pelo petropopulismo será extensa e duradoura. O setor público do Rio de Janeiro está quebrado, como temos visto, porque fiou-se na continuidade da bonança petrolífera.
A crise, que priva a população fluminense de serviços básicos, está no início. A Opep, dos países exportadores de petróleo, prevê que apenas em 2040 a cotação do barril, hoje abaixo de US$ 40, retome os US$ 100 registrados no ano passado.
Serão décadas de dificuldades para Estados e municípios dependentes dos impostos sobre a atividade petrolífera. O sofrimento será mitigado porque o Brasil não embarcou totalmente no petropesadelo e poderá socorrer governos em apuros.

VAMOS REZAR?



  

Eduardo Costa



 
A amiga Laura compartilhou texto de Nizan Guanaes sobre a importância de rezar. Presente de Natal. Um dos maiores publicitários do país descobriu, assim como outros brasileiros bem resolvidos em questões profissionais e pessoais, a importância de rezar. Agora não mais pela insistência da mãe, importante e definitiva na vida da gente. Imagino que, como muitos de nós, quando criança, Guanaes perguntou quem era Deus e ouviu “Papai do céu”. Estava resolvido.
Depois, estudou mais um pouco, conheceu a realidade da vida, das pessoas e das instituições e deve ter ficado meio ressabiado com lideranças religiosas. Falo por mim, que sempre tive dificuldades intransponíveis com padres e pastores, mas, adulto, independente, dono da razão, experimentei rezar com disciplina, assiduidade e descobri o quanto faz bem. E não fico horas... Na verdade, o básico de todas as manhãs é o “Credo” – uma lição de meu padrinho Ari.

O publicitário não reza para ser santo, pois, assim como nós outros, sabe que está muito longe de homens como o Papa Francisco que, com suas atenções voltadas para fora dos muros do Vaticano, torna a igreja mais próxima dos que a fazem. Aliás, “focar” é outra razão que Nizan Guanaes nos dá para rezar... Quem ora tem “foco, discernimento”, diz ele. Você tem dúvidas? Focado no que quer, no fazer o seu melhor, você supera a inveja, o desejo desmesurado de ter mais e mais dinheiro, enfim, “controla a ‘besta’ que tem dentro de cada um de nós”.

Hoje, escrevo para agradecer a Nizan, que admiro muito, e a Laura, que vejo crescer na profissão e na consciência do quanto somos frágeis, metidos a “besta”, incapazes de compreender a grandeza e os mistérios do mundo. Aliás, no texto todo bom do Guanaes a melhor frase é “Acreditar em Deus é bom inclusive porque evita que a gente se ache Deus”. Ouso acrescentar que a fé é o único remédio para evitar que percamos a sanidade mental diante de tanta luxúria (muitas vezes construída à base de exploração e roubo) de um lado e tanta miséria do outro – aqui, entendendo miséria da maneira mais ampla, ou seja, resultado de desigualdades sociais, má distribuição de renda, mas, também, preguiça, falta de apreço ao trabalho, ao estudo e ao esforço.

Rezamos no Natal. Rezemos no Ano Novo para agradecer e deixarmo-nos iluminar, a fim de ler mais Nizam, ouvir mais Francisco, escutar o canarinho chapinha, apreciar o amanhecer na Serra do Gandarela e valorizar os pobres de espírito “porque deles será o Reino dos Céus”. Ah, se possível, que tenhamos forças para textos mais otimistas, saborosos; afinal, para aqueles cujo ofício inclui manusear palavras e emoções a oração de todos os minutos é tão simples como a vida deve ser: “Concedei-nos Senhor, serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar; coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras”.
Biografia
Nizan Guanaes nasceu em 1958, em Salvador. O empresário estudou no Colégio Marista e formou-se em administração de empresas pela Universidade Federal da Bahia. Começou sua carreira como redator publicitário em sua cidade natal. Alguns anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na agência de publicidade Artplan. Em 1985, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou nas agências de publicidade DPZ e W/GGK, atual W/McCann.[8] [9]
Em 1988, recebeu o prêmio Leão de Ouro no Festival de Cannes com a criação do comercial Hitler—considerado como um dos 100 melhores de todos os tempos no mundo.[9] [10] No ano seguinte, comprou a DM9, agência de publicidade do publicitário Duda Mendonça. A agência associou-se à DDB, tornando-se DM9DDB em 1997. Em 2000, concluiu a venda da DM9 à rede internacional DDB Worldwide.[8] [11] Em 2000, Nizan fundou o IG, segundo maior portal de Internet gratuito do país. >[9] Dois anos depois, em 2002, Nizan criou o Grupo ABC tendo como sócio João Augusto Valente (Guga Valente), e o Grupo Icatu como sócio investidor.[8]
Em 2004, fundou com Oskar Metsavaht, a Associação Empreendedores Amigos da UNESCO, com foco na promoção da educação pública de qualidade, da cultura e da preservação do patrimônio histórico nacional.[12] [13] Desde 2010, Nizan é membro da UNAIDS, programa da Organização das Nações Unidas (ONU), na Comissão de Alto Nível sobre a Prevenção do HIV.[14] Nizan também é membro das organizações sem fins lucrativos: Clinton Global Initiative, fundação criada pelo ex presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, que reúne líderes globais para criar e implementar soluções inovadoras para as questões mais urgentes da atualidade; World Economic Forum, organização baseada em Davos, Suíça, que discute questões mais urgentes enfrentadas mundialmente, incluindo saúde e meio ambiente; Endeavor, organização que identifica empreendedores para o crescimento sustentável global; e a Women in the World Foundation, fundação global que ajuda Organizações não governamentais (ONGs) a desenvolver projetos nas áreas de saúde, educação, e justiça para mulheres de todas as idades.[15] [16] [17] [18] Nizan participou também da criação do Together for Girls, projeto desenvolvido para mapear o índice de violência sexual e suas consequências sociais em 2011
“Enquanto eles choram, eu vendo lenços”,



REFORMAS DO ESTADO A FAVOR DO POVO OU CONTRA?



  

Editorial do Jornal Hoje em
Dia 


Em 2003, quando o PT finalmente chegou ao poder, com o presidente Lula, havia grande expectativa em torno das promessas de reforma que o partido alardeava como essenciais e inadiáveis para consolidar o país como uma grande nação. Integravam a lista as reformas política, agrária, trabalhista e sindical. Decorridos 13 anos de governo petista, nada disso saiu do papel.

No ano passado, quando a presidente Dilma buscava a reeleição numa disputa acirrada com o senador Aécio Neves (PSDB), elencava-se país afora seis pontos que deveriam ser urgentemente atacados, independentemente de quem viesse a ocupar o Palácio do Planalto nos próximos quatro anos: além das reformas política e trabalhista, a tributária e da educação, a melhoria da gestão pública e o avanço na infraestrutura.

Acreditava-se – e continua se acreditando – que a partir da melhoria da gestão pública, com a definição de um programa de governo, e não de partido, todos os pleitos possam ser alcançados. Afinal, tornar a máquina pública mais eficiente e menos burocrática também é uma demanda da sociedade e teria o seu pleno aval. Para a economia, isso significaria mais agilidade na abertura e fechamento de empresas, o que aceleraria o crescimento. Para o cidadão, trata-se de obter melhores serviços públicos, como saúde, educação e segurança.

Nada disso, porém, avançou. A máquina pública continua emperrada. E o pior: sem perspectiva de melhorar. Como bem disse certa vez o advogado Luiz Edson Fachin, a democracia brasileira reclama, além de uma máquina pública ajustada, de partidos políticos que tenham rosto, alma e corpo partidário. Outro sonho, já que a condição prévia para isso é uma reforma política substancial, cuja mudança não passa apenas, por exemplo, por novo modelo de financiamento das campanhas.
Em outubro passado, até o FMI dizia que o Brasil precisa fazer reformas estruturais, investindo em educação e melhoria no ambiente de negócios para voltar a crescer. Ou seja, há um consenso de que as reformas são necessárias e urgentes, mas quem deveria promovê-las está omisso à demanda do país, cuidando do próprio umbigo.

Nossos governantes, em todos os níveis, carecem de ter em mente que uma cidadania saudável na democracia representativa não se faz sem programas de governo vinculantes.

A POPULAÇÃO PEDE UM LEVE E O GOVERNO JOGA PESADO



Selic estimada pelo Focus para fim de 2016 sobe de 14,75% para 15,25%
Estadão Conteúdo 





Numa variação acentuada, na comparação com as projeções da última semana, o mercado financeiro agora projeta que a taxa básica de juros encerrará 2016 em 15,25%. Na semana passada, o Relatório de Mercado Focus revelava uma previsão de que a taxa terminaria o próximo ano em 14,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, o colegiado manteve a Selic inalterada, mas com dois votos dissidentes de alta (0,50 pp). Um próximo encontro está marcado para o dia 20 de janeiro.

O foco do Banco Central para a meta de inflação é o ano de 2017. Entre os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o grupo Top 5 no médio prazo, a estimativa para 2016 ficou estável em 13% ao ano. Um mês atrás, a mediana das projeções estava também em 13%.

O mercado financeiro prevê que a taxa Selic poderá alcançar 15,50% ao ano já em junho de 2016. A projeção da semana passada apontava que o porcentual máximo que a taxa básica de juros da economia alcançaria no ano que vem seria de 15,25% a.a.

De acordo com as avaliação de mercado, a Selic alcançaria 14,75% a.a. em janeiro, mesma projeção da semana passada.

O mercado prevê ainda que a taxa Selic vai terminar 2017 em 12,25% a.a., 2018 em 11,00% a.a., 2019 em 10,75% a.a. e 2020 em 10,00% a.a. Estas projeções não tiveram alteração na comparação com as da última semana.

IGP-DI

As previsões para o IGP-DI de 2015, que ficaram em 10,82% no Relatório Focus da semana passada, voltaram a cair no documento divulgado nesta segunda pelo BC. A mediana para o indicador deste ano recuou para 10,80% - um mês atrás estava em 10,91%. No caso do IGP-M de 2015, a taxa mediana permaneceu em 10,72%, contra a expectativa de 10,77% apresentada um mês atrás.

Para 2016, a previsão central da pesquisa Focus para o IGP-DI saiu de 6,11% para 6,14% - quatro semanas atrás estava em 6,15%. Em relação ao IGP-M, o ponto central da pesquisa permaneceu em 6,48% - quatro edições anteriores estava em 6,30%.

A estimativa para o IPC-Fipe, que mede a inflação para as famílias de São Paulo, teve leve queda, indo de 10,85% para 10,84% de uma semana para outra para o horizonte de 2015 - um mês antes a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 10,32%. Para 2016, a expectativa ficou estável em 5,81% de uma semana para outra - estava em 5,46% um mês atrás.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...