Manoel Hygino
O Judiciário está na berlinda e poderá
chegar ao banco dos réus, se não forem julgados e condenados cidadãos que não
souberem honrar os cargos que ocuparam na a administração.
Os deslizes, delitos e crimes são
patentes cometidos, os interrogatórios os tornam amplamente visíveis, mas bons
advogados de defesa, regiamente pagos, é claro, sabem como atuar. E se
evidencia a inclinação para a inocência de homens que têm culpa inquestionável.
Se continuar assim, o Brasil seguirá
como campeão da impunidade, como o mundo tem observado. Não é o título que o
povo brasileiro queria ter para a nação que completará duzentos anos de
independência daqui a sete.
A acumulação de graves problemas nas
mãos do judiciário lhe dá grandeza, mas também o situa em nível de observação
por quantos querem que prevaleça a impunidade, sobretudo nos casos de empresas
públicas dilapidadas. O cidadão ainda procura crer ou nele crê. É uma
esperança, uma demonstração de confiança.
Ficou perfeitamente claro que o Poder
Judiciário, mesmo contendo em seu bojo alguns homens de duvidosa conduta, pode
salvar a idoneidade nacional. Os brasileiros mais cuidadosos reconhecem que
verdadeiras máfias estavam e ainda agem para completar-se prejudicando a nação.
São numerosos crimes que ainda dependem de apuração final e julgamento.
Mas se esperava ou se espera que os
homens de bem que ainda existem no país consigam que os culpados sejam julgados
e condenados. Não é o caso apenas do Pizzolato, da representação do Planalto em
São Paulo e tantos outros que o espaço é pequeno para abrigar.
O mensalão é o princípio de uma
história longa e deprimente, ou revoltante. Depois, vieram outros, cujo
desenlace ainda não houve. O caso da Petrobrás é o mais escandaloso e nem seus
empregados, quase todos filiados à CUT e ao governo, estão satisfeitos. Muito
menos os da primeira hora de fundação da empresa, quando não existiam os ratos
de várias procedências que a dominaram para tirar proveito, muitíssimo
proveito. O que aconteceu causa vergonha...
Um jovem juiz federal entrou em cena e
vem merecendo do povo respeito. Para o cidadão, lugar de ladrão é na cadeia e,
assim, os responsáveis por crimes devem pagar pelo que perpetraram.
Rigorosamente, dentro da lei. Nada mais do que isso.
No entanto, o fatiamento dos processos da Petrobrás como pretendido por alguns causa pasmo. Curioso como, de uma hora para outra, certos cidadãos chegaram à conclusão de que o trabalho e muito extenso e pesado para apenas o magistrado de Curitiba e sua coesa equipe.
No entanto, o fatiamento dos processos da Petrobrás como pretendido por alguns causa pasmo. Curioso como, de uma hora para outra, certos cidadãos chegaram à conclusão de que o trabalho e muito extenso e pesado para apenas o magistrado de Curitiba e sua coesa equipe.
Segundo os velhacos, é hora de
minorar-lhe o esforço, embora ele não se queixasse ainda, em qualquer momento.
O Brasil não quer excessos de pena e exacerbado rigorismo. Tampouco é favorável
ao simples esquecimento dos delitos e a prescrição, a impunidade enfim, que só
serve ao interesse dos fora da lei e corruptos – onde estiverem e que crimes
tenham cometido.