sexta-feira, 4 de setembro de 2015

EXERCÍCIOS DESAFIADORES SÃO UMA ÓTIMA FORMA DE ENSINAR CIÊNCIA



Cientistas desenvolvem modelo para ajudar alunos a pensar de forma crítica



Exercício sobre a duração do movimento de um pêndulo foi um dos destaques do estudo

A imagem do professor que ensina os alunos com desafios práticos para eles pensarem sozinhos não é só coisa de filme. Segundo pesquisadores das Universidades Stanford e British Columbia, nos Estados Unidos e Canadá, exercícios desafiadores são uma ótima forma de ensinar ciência.
Os pesquisadores testaram os exercícios introdutórios de laboratório dados aos alunos de Física para ver a real eficácia deles. Na prática, os alunos seguem os exercícios em laboratório para confirmar os resultados dados no próprio exercício. Para ver a real eficácia, os pesquisadores modificaram os enunciados para forçar os alunos a chegarem aos seus próprios resultados e conclusões. Quando os alunos estiveram mais independentes no laboratório, eles melhoraram em até 12 vezes a forma de encontrar os dados almejados.
Eles descobriram que encorajar os estudantes a tomar decisões a partir de dados coletados durante cursos de laboratório no primeiro ano da faculdade de Física melhora a habilidade de pensar de forma crítica. "O mais importante é que eles vejam que, mesmo ainda sendo estudantes, podem chegar a conclusões por meio dos dados que conseguem na sala de aula. O papel deles no laboratório é serem cientistas e descobrir coisas novas para eles e não confirmar o que já viram na classe", afirma a coordenadora desta pesquisa na Universidade de British Columbia, Natasha Holmes.
O grupo experimental de 130 pessoas ensinadas de maneira diferente também foi quatro vezes mais hábil para identificar e explicar os limites dos seus modelos com base nas informações que coletaram. E ainda conseguiram usar as mesmas habilidades críticas no segundo ano do curso de Física ao passo que o grupo de controle (aqueles que receberam os exercícios tradicionais) apresentou mais dificuldades no segundo ano.
Metodologia
Uma das primeiras experiências feitas pelos pesquisadores foi com um exercício sobre a duração do movimento de um pêndulo medido com dois ângulos de amplitude, ou seja, o pêndulo era solto de duas alturas diferentes. Os alunos que fizeram o experimento da forma tradicional coletaram os dados, compararam com a equação do livro, corrigiram erros e seguiram em frente.
No curso modificado, os alunos eram instruídos a tomar decisões com base em comparações. Fazendo o exercício, percebiam que havia uma pequena diferença nas medições. Primeiro, eles tinham que pensar no que deveriam fazer para melhorar a qualidade dos dados que estavam obtendo e, depois, como poderiam melhorar o teste ou explicar a comparação entre o resultado obtido em sala e o do livro. Entre as melhorias sugeridas por eles estavam: conduzir mais tentativas para reduzir o erro, fazer com que a superfície em que o pêndulo estava fosse mais precisa para medir o ângulo, ou mesmo, colocar o aluno mais rápido para apertar o cronômetro para fazer a medição. Enquanto os dados se tornavam mais precisos, eles entendiam os processos do trabalho e aumentavam a confiança em sua informação e sua habilidade de testar resultados previsíveis. "Ao conseguirem dados de qualidade, eles descobrem que a equação do livro é aproximada e aprendem uma nova física neste processo", diz Natasha.
Para ela, os estudantes querem ser criativos, donos de seu trabalho e capazes de pensar e dar sentido às coisas. "É difícil sair do controle, mas é muito recompensador quando você passa a decisão para os alunos. Isso significa que você dá espaço para eles falharem, mas também a oportunidade de superarem essa falha. Gasta mais tempo, mas vale a pena, já que acaba virando um hábito pensar daquela forma e usar essas capacidades". Ela sugere que nas Ciências Humanas, por exemplo, os professores poderiam pedir que os alunos escrevessem ensaios de duas formas diferentes e compararem e descobrir o que gostaram mais de cada um e produzir um produto final cada vezmelhor.
O co-autor do estudo Carl Wieman, da Universidade de Stanford, enfatiza que a capacidade de tomar decisões com base em dados está se tornando cada vez mais importante na formação de políticas públicas e o entendimento de que qualquer dado real tem um grau de incerteza é muito importante. "Saber como chegar a conclusões significativas em meio a incertezas é essencial e esse metódo prepara os estudantes para lidar com a realidade".

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

FMI OPINA



Brasil piora mais que o esperado em meio à crise política, afirma FMI



A atividade econômica do Brasil se contraiu em ritmo mais profundo que o esperado por conta da contínua queda da confiança de empresários e consumidores, em meio à piora do ambiente político, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um documento para a reunião do G-20, o grupo dos países mais ricos do mundo, que será realizado dias 4 e 5 na Turquia, chamado "Perspectivas Globais e Desafios de Política Econômica".
O necessário ajuste fiscal e monetário conduzido pela equipe econômica de Dilma Rousseff em meio aos baixos níveis de confiança dos agentes deve seguir enfraquecendo a demanda doméstica, afetando o investimento, que tem declinado de forma rápida, ressalta o documento.
O FMI chama atenção para o fato de que a manutenção da queda do preço das commodities no mercado internacional, provocada pela moderação do ritmo de crescimento da China, também está afetando o Brasil e outros países da América Latina. A região pode ter o quinto ano consecutivo de crescimento decepcionante.
Com a economia brasileira pressionada, tanto pelo cenário externo mais adverso, como pelo ambiente doméstico mais complicado, sobretudo em Brasília, o FMI destaca no relatório que o real sofre forte desvalorização. Entre julho e agosto, foi a terceira moeda que mais perdeu valor, atrás das divisas da Rússia e da Turquia.
Uma das receitas para o Brasil voltar a crescer recomendadas no documento do FMI é que o governo de Dilma Rousseff tome medidas para melhorar o ambiente de negócios, incluindo reformas estruturais, o que ajudaria a recuperar a confiança dos agentes na economia. O FMI volta a sugerir que o Brasil faça reformas, como na educação e no mercado de trabalho, para aumentar a competitividade e a produtividade.
O FMI deve atualizar as projeções para a economia mundial em outubro, quando faz sua reunião anual, que desta vez será em Lima (Peru). No dia 6 de outubro serão divulgadas as novas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial e de diversos países. Nos últimos números divulgados pelo FMI sobre o Brasil, em julho, a previsão era de que o PIB brasileiro fosse recuar 1,5% este ano e ter expansão de 0,7% em 2016.

HUMOR



PRESIDENTE HUMORISTA


Na mesma entrevista em que falou pela primeira vez da CPMF, Dilma saiu em defesa do ministro da Fazenda. Indagada por repórteres sobre um suposto desgaste e isolamento de Levy na Esplanada dos Ministérios, a chefe do Executivo disse que, nesta questão, haviam "fatos que não são verídicos".

Essa presidente é uma verdadeira humorista. Ao afirmar proferir a frase "FATOS QUE NÃO SÃO VERÍDICOS" fatos são fatos, portanto verídicos. Ora senhora presidente se não são verídicos não são fatos.

SIM SIM - NÃO NÃO



  

Simone Demolinari




São muitas as pessoas com dificuldade em dizer o que pensam, expor seu ponto de vista ou dizer um “não”. Exemplos não faltam: um amigo que convida para um aniversário ao qual você não está com a mínima vontade de ir; um convite para ser padrinho/madrinha de casamento ou do filho; um parente que pede para se hospedar 15 dias em sua casa; um almoço de domingo na casa da sogra, entre outras coisas. Quando isso ocorre, boa parte das pessoas contém o impulso de dizer um sonoro “não” e dizem “sim”. Aquele “sim” que vem com um sorriso amarelo e uma alegria triste.

Mas, afinal de contas, de onde vem toda essa dificuldade em falar a verdade?

Vem de várias causas e uma delas é a culpa, principalmente naquelas situações em que há condições de atender o pedido, mas não há interesse. Ajudar um parente na mudança ou emprestar dinheiro são alguns exemplos. Você dispõe do que o outro precisa, porém não gostaria de fazê-lo. E então, equivocadamente, nasce um sentimento de culpa. Sentimento que deriva da crença de que apenas o fator “vontade” não é o suficiente. Uma espécie de lógica invertida na qual o desejo de um prevalece e o do outro, não.

O que geralmente ocorre é que aquele que foi solicitado acaba cedendo à solicitação, tanto para evitar a culpa, quanto para o enlevo do bem estar adquirido.

Outra dificuldade em dizer “não” deriva do fato de as pessoas sentirem medo de serem rejeitadas. Acreditam que, ao negarem a solicitação de determinadas pessoas, mesmo as estranhas, serão colocadas em segundo plano e, com isso, perderão prestígio e significância. Há quem chegue à situação extrema de comprar coisas das quais não gostou só pela dificuldade em dizer “não” ao vendedor. Quem age e pensa dessa forma se pauta pelo que os outros irão pensar. Para não serem mal interpretados, sucumbem à vontade do outro mesmo em detrimento da sua.

Há também aqueles que alimentam a crença de que, para serem considerados, precisam agradar o outro. Nunca se posicionam de forma contrária. Geralmente agem sob o pretexto de que “não custa nada” atender a essa ou àquela solicitação. Acabam se tornando exímios doadores, não pela generosidade, mas sim para garantir a continuidade de uma relação. Priorizam a vontade alheia para serem aceitos pelo outro.

Mais um aspecto da dificuldade em dizer “não” tem origem na vaidade. Pessoas que querem se tornar insubstituíveis optam por realizar todas as vontades do outro sem medir esforços. Se sacrificam, se endividam, pedem favores a terceiros, não há limites para se tornarem essenciais na vida do outro. São motivados pela ufania de se sentirem indispensáveis.

Seja por culpa, medo, necessidade de ser aceito ou vaidade, quem diz “sim” quando, na verdade, gostaria de dizer “não”, carrega consigo o peso de se colocar em segundo plano. Mantém uma contabilidade inconsciente na qual o outro é sempre devedor do sacrifício que ele fez. Um resultado que dificilmente fechará com lucros.

Aprender a falar “não” é fundamental para a saúde emocional. Um aprendizado difícil? Sim. Porém totalmente possível, libertador e aliviante.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...