terça-feira, 4 de agosto de 2015

PLEONASMO



Você já 'pleonasmou' hoje?

Autor: "Anônimo Desconhecido”. Já é o primeiro pleonasmo.


Todos os brasileiros, ou quase todos sofrem de "pleonasmite", uma doença para a qual não tem vacinas nem antibióticos. Não tem cura, mas também não mata. Mas, quando não é controlada, chateia quem convive com o paciente. Aqui vão quatro exemplos óbvios: "Subir para cima", "descer para baixo", "entrar para dentro" e "sair para fora".
Já se reconheceu como paciente ou ainda está em fase de negação? Olhe que tem muita gente que leva uma vida a pleonasmar sem se aperceber que pleonasma a toda a hora. Vai dizer-me que nunca "recordou o passado"? Ou que nunca está atento aos "pequenos detalhes"? E que nunca partiu uma laranja em "metades iguais"? Ou que nunca deu os "sentidos pêsames" à "viúva do falecido"?
Logo à noite, experimente ligar o telejornal e "verá com os seus próprios olhos" a pleonasmite atacando.
Um repórter vai dizer que a floresta "arde em chamas". Um treinador de futebol vai reclamar dos "elos de ligação" entre a defesa e o ataque. E um "político da nação" vai pedir um "consenso geral" para sairmos juntos desta crise.
E por falar em crise! Quer apostar que a próxima manifestação vai juntar uma "multidão de pessoas"?
Ao contrário de outras doenças, a pleonasmite não causa "dores desconfortáveis" .
E por isso podemos "viver a vida" com um "sorriso nos lábios".
Mas como falei no início, o descontrole da pleonasmite pode ser chato para os que o rodeiam e nocivo para a sua reputação.
Por isso, tente cortar aqui e ali, um e outro pleonasmo. Vai ver que não custa nada. E "já agora" siga o meu conselho: não "adie para depois" e comece ainda hoje a "encarar de frente" a pleonasmite!
Ou então esqueça este texto.
Porque afinal de contas eu posso estar só "maluco da cabeça".

IMPORTÂNCIA DA JORNADA



  

Luiz Hippert


Olha essa história: Um grupo de alpinistas está numa escalada, enfrentando diversos perrengues. Pensa aí numa montanha pra lá de difícil e, de quebra, uma chuva. É, pra que facilitar a vida dos caras, né? Tá bom, vamos jogar um pouquinho de neve também. Mesmo assim, eles estão super determinados e não vão desistir. Não há nada que os detenha rumo ao topo. Estão muito bem preparados para a empreitada e tudo foi feito com planejamento detalhado. Compraram os equipamentos corretos, fizeram a preparação física, todos já andaram treinando por uns montinhos mais básicos que este, até optarem pelo desafio maior.

Corta agora pra reta final, para a chegada. A vista é maravilhosa, e o êxito pede uma comemoração frenética. Depois de abraços efusivos, gritos de guerra e o sabor da vitória eles se preparam para… Descer.

Essa história não é minha, nem mesmo inventada por mim. Já vi de exemplo outras vezes, quando se fala em superação, metas, objetivos e, principalmente, sentido da vida. Na semana passada falei sobre ser feliz, e a trabalheira que dá. Tudo meio com cara de autoajuda, lembra? Aí entrei de leve nesse assunto, da importância da jornada, muitas vezes subestimada, mas, no final das contas, bem mais importante que o destino. Eu sei que tudo isso é meio clichê, e sempre sou o primeiro a reconhecer. Só acho que, clichê ou não, o tema é recorrente em todo mundo que para pra pensar a vida, enquanto vai vivendo.

O tal do “chegar lá” é algo meio efêmero, como comprova o caso aí dos montanhistas. Após a conquista do topo, com a sensação de felicidade e dever cumprido, o que resta? Aquele momento é somente a chave de ouro que coroa um objetivo. O que conta mesmo é a vivência de todo o processo, além do sabor das recordações. Mais ainda, os caras adquiriram histórias pra contar. E vamos combinar? A vida contada costuma ser até mais legal do que quando vivida, o que, aliás, foi o tema da minha primeira coluna aqui no jornal.

Por outro lado, à parte toda a vaidade em saborear e alardear conquistas, o “chegar lá” sempre nos lembra que a vida não para. Nunca está pronta. Se em alguns aspectos isso pode dar desânimo de pensar no eterno recomeçar, em outros pode ser o melhor combustível pra seguir em frente, sabendo que sempre há algo de novo a conquistar. Parece que, quanto mais metas, mais vida.

É isso, todo mundo quer resultados, “todo mundo sonha em ter uma vida boa”, já dizia Lulu Santos. O caso é que não dá pra ficar esperando o dia dessa “vida boa” chegar. Afinal, a comemoração no topo da montanha é uma vez só. Ou uma a cada montanha, pode ser também. O fato é que a vida é o dia a dia, daí que ter uma vida boa talvez seja lembrar isso a todo momento. Abrir os olhos, enxergar ao redor e curtir a escalada, ainda que com perrengues, chuvas e trovoadas.

“O que conta mesmo é a vivência de todo o processo, além do sabor das recordações”

MANIFESTAÇÃO DE INSATISFAÇÃO



  




Por que ir às ruas? Porque as autoridades brasileiras e os políticos brasileiros precisam conhecer a exata dimensão da insatisfação, do inconformismo, da revolta do povo brasileiro por tudo o que vem assistindo de desmandos, de fracasso administrativo, de mau uso do dinheiro público, de crimes eleitorais, da ausência de ações básicas de saúde, segurança e educação.

Da demagogia que plantou a ideia de se estar construindo um país maravilhoso enquanto, em verdade, uma parte se ocupava de roubar o que podia e outra tratava de gastar o dinheiro em favores, benefícios para hoje obrigar os brasileiros a colher retrocesso, carestia, inflação e carências porque destruíram o que o Plano Real construiu.

Ir às ruas é a única forma de demonstrar a todos que exercem mandatos em nosso nome que estamos cheios, fartos e queremos ação, medidas, providências que, de fato, representem esforço no caminho de consertar o país que amamos, onde vivemos e que precisa estar bem para que também estejamos.

Contudo, é necessário fazer novamente um alerta. Sempre que falamos em manifestação pública é indispensável considerar que isto tem que ser feito com respeito e seriedade.

Ir às ruas é revelar com a presença cidadã que se pretende mudanças, correções, ajustes. Com a simples presença, nada mais que isto. Caso contrário, com violências, desrespeito ao patrimônio público ou particular, estaremos transformando algo democrático que é a manifestação em crimes e desrespeitos.

A simples presença nas ruas, no próximo dia 16, é um recado aos nossos parlamentares, aos nossos magistrados, àqueles que exercem elevadas funções públicas.

Ao Ministério Público, à Polícia Federal, a todos que estão envolvidos neste imenso trabalho de separar o joio do trigo, de preservar o Brasil que constrói e barrar o caminho daquele que destrói. Engana-se quem pensa que a pretensão é o impeachment da presidente Dilma. Ele pode até ser parte de um todo de providências e medidas. Mas não é a única nem a mais importante.

O que mais importa neste instante ou, a partir deste instante, é a sequência desse imenso trabalho realizado na 13a. Vara do Paraná, sob a direção do juiz Sérgio Moro, do Ministério Público Federal daquele estado e da Polícia Federal, na Operação Lava Jato e em quantas mais sejam necessárias para apurar responsabilidades, desvendar desfalques, recuperar dinheiro que é do povo e mandar para a cadeia os responsáveis por esses roubos, além de oxigenar o ar para que os brasileiros possam respirar.

Todos que desejam correções, ajustes, consertos devem ficar atentos para as tentativas que virão para pintar um país colorido, de instituições formidáveis e de caminhos de correção já delineados.

Os palanques mentirosos do ano passado não podem ser de novo plantados em nossos ouvidos. Não há mais lugar para os de boa fé porque os de boa fé já se desencantaram.

E os interesseiros que teimam em não enxergar o que está acontecendo jamais serão convencidos porque apenas defendem privilégios. Mas, vamos respeitar os que acham que está tudo bem, que o país caminha no rumo certo.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O EPÍLOGO ESTÁ PRÓXIMO



Desafio da Lava Jato é avançar além de Dirceu

Josias de Souza




A exemplo do que sucedera no mensalão, o escândalo do petrolão é marcado por uma excentricidade: a acefalia. Na Era petista, a corrupção é acéfala. A máfia não tem capo. Lula, como se sabe, reivindica o papel de cego atoleimado. Nunca sabe de nada. Preso por ordem do juiz Sérgio Moro, José Dirceu emerge novamente como candidato a chefe da perversão. No escândalo anterior, isso pareceu pouco. No atual, parece pouquíssimo. Dirceu tem cara de subchefe. Consideradas as dimensões da pilhagem, não passa de um pixuleco mandado.
Por sorte, os investigadores da Lava Jato ainda não entregaram os pontos. Escalado para falar sobre a nova fase da operação, batizada de Pixuleco, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse: “Chegamos a um dos líderes principais, que instituiu o esquema.'' O uso do plural reclama a apresentação de pelo menos mais um rosto.
“Isso passou pelo mensalão, passou pela investigação do caso, passou pela prisão [de Dirceu] e perdurou apesar da movimentação da máquina do STF e do Judiciário'', prosseguiu o doutor. De novo, a petulância da reincidência e o desprezo às instituições são indícios eloquentes da existência de ordens superiores ao comando de Dirceu.
“Durante o período em que foi ministro da Casa Civil, ele permitiu que esse esquema existisse e se beneficiou dele'', disse o procurador. “Ele é uma das pessoas que decidiram pela criação desse esquema. O DNA, como afirmou o ministro Gilmar Mendes, é o mesmo do mensalão.'' Quem permitiu que Dirceu permitisse a existência da roubalheira?, eis a pergunta que os brasileiros fazem aos seus botões desde o mensalão.
Perguntou-se claramente ao procurador se Lula pode ser preso. E ele: “Não existe possibilidade real.'' Deixou claro, porém, que a força-tarefa da Lava Jato não se exime de perscrutar todas as possibilidades. Os investigadores olham para o alto: “Temos uma ideia boa e clara de onde podemos chegar, mas isso é fato sigiloso'', disse. Torça-se para que a Lava Jato chegue longe. O Brasil merece conhecer em detalhes o que se passou acima de José Dirceu.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...